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Amar, verbo intransitivo

Amar, verbo intransitivo. Mário de Andrade Personagens e Enredo http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/amar_verbo_intransitivo <ACESSO 19/04/2012 às 14:41h>. Foco narrativo.

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Amar, verbo intransitivo

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  1. Amar, verbo intransitivo Mário de Andrade Personagens e Enredo http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/amar_verbo_intransitivo <ACESSO 19/04/2012 às 14:41h>

  2. Foco narrativo A narrativa é feita na terceira pessoa, por um narrador que não faz parte do romance.É o narrador tradicional, um narrador onisciente e onipresente. Mas há ainda um outro ponto de vista: o autor se coloca dentro do livro para fazer suas numerosas observações marginais. Para comentar, criticar, expor ideias, concordar ou discordar... É uma velha mania do romance tradicional. E os comentários são feitos na primeira pessoa. Observe:Isto não sei se é bem se é mal, mas a culpa é toda de Elza. Isto sei e afirmo...Volto a afirmar que o meu livro tem 50 leitores. Comigo 51.

  3. Personagens As personagens do livro são, em geral, fabricadas, artificiais, sem muita vida ou substância humana.Os personagens de Amar, Verbo Intransitivo são bem parecidos, e socialmente domesticados. Para ver, praticamente, todos os personagens em ação, com certa espontaneidade, o melhor momento é a volta de trem, depois daquela viagem ao Rio de Janeiro. Um dos momentos narrativos mais interessantes em todo o romance. Mas a ação principal está em Fräulein: seu domínio sexual, com imperturbável serenidade bem alemã, contrasta com a espontaneidade sexual, com a impetuosidade bem brasileira do excelente aluno (em sexo), Carlos.

  4. Personagens O narrador gosta de ver os seus personagens. É um espectador pirandeliano (PirandelIo, 1867/ 1936) que acompanha suas criaturas. Que mentira, meu Deus!! Dizerem Fräulein, personagem inventado por mim e por mim construído! Não constrói coisa nenhuma. Um dia Elza me apareceu, era uma quarta-feira, sem que eu a procurasse.... E continua a sua pequena teoria o personagem. São os personagens que escolhem os seus autores e não estes que constroem as suas heroínas. Virgulam-nas apenas, pra que os homens possam ter delas conhecimento suficiente....

  5. Personagens: Felisberto Sousa Costa • Paide Carlos. É, possivelmente um doutor em qualquer coisa. É o centro, não afetivo, mas administrativo da casa em que mantém, até certo ponto, o regime patriarcal.

  6. Personagens: D. Laura • Mãe de Carlos, esposa de Felisberto. Como devia, sempre obedece ao marido. É uma senhora bem composta, acomodada, burguesa. Uma senhora da sociedade e que mantém todas as aparências de seriedade religiosa e familiar. Concorda com os argumentos do marido, na educação do único filho-homem.

  7. Personagens: Carlos Alberto • Filho de Felisberto e D. Laura, com idade entre 15 e 16 anos. Uma espécie de “enfant gaté” (um queridinho da família, porque único) e que, certamente, deverá ser o principal herdeiro do nome, da fortuna e das realizações paternas. Como era costume, possivelmente, deveria ser a projeção do pai, a sua continuação. Centraliza a narrativa, é personagem do pequeno drama amoroso do livro, ao lado da governanta alemã, Elza.

  8. Personagens: Elza • Fräulein (= senhorita), governanta alemã. Tão importante que ela dava nome ao romance. Como descrevê-la? Ela é a mais humana e real. Parece arrancada da vida. Ela, sem muito interesse, cuida também da educação ou instrução das meninas: principalmente para ensinar alemão e piano. São três meninas que, apenas, completam a família burguesa. São três meninas que brincam de casinha.

  9. Personagens: Maria Luísa • Irmã de Carlos, tem 12 anos. Ela vai ser o centro de uma narrativa dentro do romance: a sua doença e a viagem ao Rio de Janeiro, para um clima mais saudável em oposição ao frio paulistano.

  10. Personagens: Laurita • Outra irmã de Carlos, tem 7 anos.

  11. Personagens: Aldina • Irmã caçula de Carlos. Tem 5 anos.

  12. Enredo Souza Costa, homem burguês, bem posto na vida, contrata uma governanta alemã, de 35 anos, para a educação do filho, principalmente para a sua educação sexual.“Não me agradaria ser tomada por aventureira, sou séria, e tenho 35 anos, senhor. Certamente não irei se sua esposa não souber o que vou fazer lá. “Elza é o nome da moça. Mas será sempre chamada pela palavra alemã Fräulein. Chegou à mansão de Souza Costa, numa terça-feira. (Ganharia algum dinheiro... Voltaria para a Alemanha... Se casaria com um moço “comprido, magro”, muito alvo, quase transparente”...).

  13. Enredo • A família era formada pelo pai, por D. Laura, o rapazinho Carlos e as meninas: Maria Luísa, com 12 anos; Laurita com 7 e Aldinha com 5. Havia também na casa um criado japonês: Tanaka. A criançada toda começou logo aprendendo alemão e chamando a governanta de Fräulein. Carlos não se dedica seriamente ao estudo. Fräulein logo se inseriu na família, uma família “imóvel, mas feliz”. O papel principal da governanta é ensinar o “amor”.

  14. Observações: 1. O problema central do romance é a educação sexual de um rapaz de família burguesa em São Paulo. As meninas ficam relegadas a um segundo plano. Carlos é mais importante. Não pode ficar sujeito à ganância e às doenças das mulheres da vida. Como resolver o problema? Contrata-se Fräulein, professora de sexo. É mais uma estrangeira que entra para a típica casa brasileira da década de 20, no século XX. Nela o copeiro é um italiano fascista, a arrumadeira é belga ou suíça, o encerador é polaco ou russo. Na casa de Souza Costa , o empregado é japonês e a governanta é alemã. Só as cozinheiras que ainda são mulatas ou cafuzas.

  15. Observações: • 2. Há uma referência ao racismo alemão: “quedêraça mais forte? Nenhuma... O nobre destino do homem é se conservar sadio e procurar esposa prodigiosamente sadia. De raça superior, como ela, Fräulein. Os negros são de raça inferior. Os índios também. Os portugueses também.”São as ideias de Fräulein, principalmente depois que leu um trabalho de Reimer, no qual se afirmava a inferioridade da raça latina.

  16. Observações: • 3. A família burguesa é patriarcal: o centro de tudo é o homem, o pai e o filho, Carlos. Todos têm que obedecer ao pater-familias. A começar de D. Laura que se submete, adapta-se, aceita as ideias do marido, conforma- se com a presença da Fräulein como professora de sexo do filho. E a família vai continuar patriarcal porque já estão centralizando todas as atenções no filho varão.

  17. Observações: • 4. Nessa família existe também uma religião, certamente velha tradição dos ancestrais. Uma religião de domingo e de tempos de doença. Para que a filha, Maria Luísa, sare, Sousa Costa aceita fazer todos os sacrifícios. Deixará até algumas aventuras fora de casa. “Ora deixemos de imoralidades! Sousa Costa nunca teve aventuras, nunca mais terá aventuras, todos os sacrifícios, porém que minha filha sare!... Sousa Costa pensa em Deus.”

  18. Observações: • 5. Carlos é o retrato ou exemplo da nossa sexualidade latina ou brasileira. Com todas as suas minúcias e permissões. Fräulein não compreende bem o amor latino. Para manter a sexualidade de Carlos e a pureza de sua saúde é que Fräulein foi contratada. Carlos precisava de uma ‘amante’ dentro de casa.

  19. Observações: • 6. Tudo passa e muda. A família burguesa, bem composta, bem construída, mantém sua estabilidade. “Uma família imóvel, mas feliz.”

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