Só para lembrar o caso Sakineh .

1. Só para lembrar o caso Sakineh. Lula ofereceu asilo à iraniana condenada à morte por apedrejamento Mas nosso país se abstém de assinar resolução sobre violação de direitos humanos no Irã. Sakineh está no corredor iraniano da morte.

2. 1. Só para lembrar. O presidente Lula, sensibilizado, ofereceu asilo à iraniana SakinehAshtiani, condenada à morte por lapidação em face de adultério. Essa mesma iraniana foi, também, acusada, em processo reaberto depois de absolvição, por cumplicidade no assassinato do marido. Pela participação no homicídio recebeu a pena de enforcamento. Diante da pressão internacional, o Estado teocrático iraniano aguarda uma melhor oportunidade para a execução da pena de morte imposta a Sakineh. Poderá ser por lapidação (dois adultérios) ou enforcamento (participação no homicídio do marido). Para se ter idéia, no ano de 2009 foram executadas 402 sentenças impositivas de pena capital no Irã. Um aumento de cerca de 20% em comparação ao ano de 2008, quando se consumaram 336 execuções. Dentre os enforcados em 2009 estão 13 mulheres e quatro menores de 18 anos.

3. Antes de Sakineh houve outro caso de repercussão internacional. Nesse, o Estado teocrático iraniano mandou executar logo DelaraDarabi, de 23 anos, tudo como, com exclusividade, destacou este blog Sem Fronteiras de Terra Magazine. DelaraDarabi foi enforcada num final de semana, para evitar repercussões maiores. Sem saber sobre o julgamento do seu último recurso judicial, DelaraDarabi, por celular emprestado, ligou à mãe e, desesperada, disse que estava sendo levada à forca. Pouco depois, as autoridades anunciaram o seu mortal enforcamento. A respeito das penas de morte, o Irã só perde para a China em número de execuções. E convém recordar a análise feita por Amiry-Moghaddam, membro da Iran HumanRights: “O regime iraniano emprega a pena de morte para mostrar sua força, interna e externamente, e difundir o medo”.