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CURSO INTENSIVO SOBRE DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO ISTA | 2013 Prof. Carlos Cunha

CURSO INTENSIVO SOBRE DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO ISTA | 2013 Prof. Carlos Cunha. INQUIETAÇÕES INICIAIS. O que é “Diálogo Inter-Religioso”?. Por que falar sobre DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO HOJE?. Quais são as implicações para a fé cristã do DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO?.

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CURSO INTENSIVO SOBRE DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO ISTA | 2013 Prof. Carlos Cunha

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Presentation Transcript


  1. CURSO INTENSIVO SOBRE DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO ISTA | 2013 Prof. Carlos Cunha

  2. INQUIETAÇÕES INICIAIS

  3. O que é “Diálogo Inter-Religioso”?

  4. Por que falar sobre DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO HOJE?

  5. Quais são as implicações para a fé cristã do DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO?

  6. Quais são os limites entre o DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO e o sincretismo?

  7. O que o DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO propõe?

  8. Como, quando e onde surgiu o DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO?

  9. Quais são as implicações pastorais do DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO?

  10. DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO CONCEITOS E PROPOSTAS

  11. “dia” + “logos” “dia” expressa uma dupla ideia – alude ao que separa e divide, mas igualmente à ultrapassagem de um limite “logos” indica um dinamismo racional do ser humano, a capacidade humana de pensamento e raciocínio

  12. Também conhecido como... “Ecumenismo planetário” (M-D. Chenu) “Macroecumenismo” (Pedro Casaldáliga) “Ecumenismo mais ecumênico” (R. Panikkar)

  13. “Conjunto das relações inter-religiosas, positivas e construtivas, com pessoas e comunidades de outras confissões religiosas, para um mútuo conhecimento e um recíproco enriquecimento”

  14. Envolve: Não é estar de acordo com o que ou quem se compreende Exercício de deixar valer o outro Intercâmbio de dons Prontidão em se deixar transformar pelo encontro

  15. Objetivos “Instaura uma comunicação e um relacionamento entre fiéis de tradições religiosas diferentes, envolvendo partilha de vida, experiência e conhecimento”

  16. Objetivos “Propicia um clima de abertura, empatia, simpatia e acolhimento, removendo preconceitos e suscitando compreensão, enriquecimento e comprometimento mútuos e partilha da experiência religiosa”

  17. Diálogo inter-religioso é um lugar de tensão “O pluralismo religioso provoca dissonâncias cognitivas, causa ‘problemas’ na medida em que desestabiliza ‘as autoevidências das ordens de sentido e de valor que orientam as ações e sustentam a identidade”

  18. PONTOS DE ENCONTRO DO DIÁLOGO Convicção da unidade, igualdade e da dignidade de todos e todas; Inviolabilidade do indivíduo e de sua consciência; O amor, a compaixão, o desprendimento e a veracidade são maiores e mais nobres do que o ódio, a inimizade, o rancor e o interesse próprio; Responsabilidade para com os pobres e oprimidos; Esperança do vencimento do bem.

  19. Vias do DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

  20. ENCONTRO DAS RELIGIÕES História, método e finalidade

  21. HISTÓRIA Fenômeno relativamente novo Não há sinais explícitos sobre a questão antes de 1925 Traços de uma sensibilidade ao pluralismo religioso desde o 3º século d.C. Tema que faz repensar tratados teológicos (Barth, Tillich, Moltmann, Rahner, Geffré, Küng etc.) Pauta de conferências

  22. HISTÓRIA • Marco referencial: • PARLAMENTO MUNDIAL DAS RELIGIÕES • Chicago (EUA), 1893 • 18 dias de reunião entre várias tradições para mútuo conhecimento e sinalização do lugar da religião no desenvolvimento humano • Presença de mais de 4 mil pessoas • CMI, 1979, “Diretrizes para o diálogo com outras religiões e ideologias de nosso tempo” • ICAR – declaração conciliar NostraAetate– divisor de águas

  23. MÉTODO • A teologia das religiões não apresenta ainda um estatuto epistemológico bem definido • Relação entre Teologia e Ciência(s) da(s) Religião(ões) • Diálogo “inter-religioso” ou “trans-religioso”? • Cf. Comentário do J. Moltmann

  24. “O conceito do diálogo apresentou-se como apropriado para definir o encontro e a convivência de diversas comunhões religiosas na sociedade moderna... Todo teólogo cristão formado deveria poder dizer com que outra religião ele se ocupou de modo intensivo. No entanto, é preciso estar ciente de que a ciência da religião não capacita para o diálogo, porque ela apresenta as religiões de maneira cientificamente objetiva, ela própria não é religiosa e não levanta a pergunta por Deus, não capacitando, portanto, para as controvérsias na disputa das religiões. Da capacidade para o diálogo faz parte também a dignidade para o diálogo. Digno de participar do diálogo é somente quem conquistou uma posição firme na sua própria religião e vai para o diálogo com a autoconsciência correspondente. Somente a domiciliação na sua própria religião capacita para o encontro com uma outra. Quem cai no relativismo da sociedade multicultural pode até estar capacitado para o diálogo, mas não possui a dignidade para o diálogo. Os representantes das outras religiões não querem conversar com modernos relativizadores da religião, mas com cristãos, judeus, islamitas etc. convictos. O “pluralismo” como tal não é uma religião e nem se constitui numa teoria particularmente útil para o diálogo inter-religioso. Quem parte dessa divisa logo nada mais terá a dizer e ademais ninguém mais lhe dará ouvidos... O diálogo só se torna sério quando se torna necessário. Ele torna-se necessário quando surge um conflito que ameaça a vida, e cuja solução pacífica deve ser buscada conjuntamente mediante o diálogo... O diálogo deve girar em torno da pergunta pela verdade, mesmo que não seja possível chegar a um consenso em relação a ela. Pois o consenso não é o objetivo do diálogo. Se um dos parceiros for convencido pelo outro, acaba o diálogo. Quando dois dizem a mesma coisa, um deles está sobrando... O objetivo do diálogo inter-religioso não é uma religião unitária nem a metamorfose e o acolhimento das religiões na oferta pluralista de prestação de serviços de uma sociedade de consumo religioso, mas a ‘diversidade reconciliada’, a diferença suportada e produtivamente conformada”. (MOLTMANN, Jürgen. Experiências de reflexão teológica: caminhos e formas da teologia cristã. São Leopoldo: Unisinos, p.28-29).

  25. FINALIDADE O Diálogo Inter-Religioso pressupõe: A consciência da humildade Abertura ao valor da alteridade Fidelidade à própria tradição Busca comum da verdade Ecumene da compaixão

  26. DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO E FÉ CRISTÃ Encontros e desencontros

  27. Diferentes posicionamentos Eclesiocentrismo “Fora da Igreja não há salvação” Cristocentrismo “Fora de Cristo não há salvação” Teocentrismo “Fora de Deus não há salvação”

  28. Encontros e desencontros

  29. DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO E FÉ CRISTÃ A questão cristológica Fonte bibliográfica: MIRANDA, Mário de França. O cristianismo em face das religiões. São Paulo: Loyola, 1998.

  30. Pergunta fundamental: • “Podemos manter tudo o que confessa de Jesus Cristo a fé cristã sem com isso incorrer numa atitude de superioridade e impossibilitar o diálogo inter-religioso?” • Numa sociedade pluralista nenhuma instituição religiosa consegue ter o controle social de seus símbolos – ex. pluralidade de leituras sobre Jesus Cristo. • Jesus Cristo como constitutivo e não normativo da salvação. • Como pode um evento particular, porque histórico, ter uma pretensão universal, portanto trans-histórica?

  31. Jesus Cristo como a “autocomunicação de Deus”. Sua pessoa faz surgir visivelmente no interior da história o ser mesmo de Deus, que é amor – existência concreta. • Separação da encarnação do mistério pascal - Jesus sem Cristo é vazio e Cristo sem Jesus é mito. • Jesus Cristo, embora seja Deus, não revela a totalidade divina, exatamente devido à sua condição humana limitada e contextualizada. • Afirmar ser Jesus Cristo a verdade última de Deus não significa que tenhamos já a compreensão e a expressão definitiva dessa mesma verdade.

  32. DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO • E • FÉ CRISTÃ • A questão soteriológica • Fonte bibliográfica: • MIRANDA, Mário de França. O cristianismo em face das religiões. São Paulo: Loyola, 1998

  33. Pergunta fundamental: • “Como relacionar a confissão cristã da salvação única e universal de Jesus Cristo à pretensão salvífica das outras tradições religiosas sem violentar os testemunhos neotestamentários ou reduzir soteriologias milenares a meras fantasias?” • Deus mesmo constitui a salvação do ser humano. • O Concílio Vaticano II reconhece a possibilidade de salvação para aqueles que não são membros, seja da Igreja, seja do cristianismo (LG 16). • Qual é o papel das religiões no desígnio salvífico de Deus?

  34. O desígnio salvífico de Deus é levado adiante pela ação do mesmo Espírito Santo, universalmente ativo, que oferece a todos poderem dele participar, embora de um modo só conhecido por Deus (GS 22). • A ação do mesmo Espírito, enquanto acolhida pelo ser humano, é experimentada e expressa diversamente, conforme o contexto cultural e religioso onde acontece. • Cada religião capta apenas uma “perspectiva” da realidade, que a impede de captar outras perspectivas, de tal modo que cada salvação é verdadeira dentro de sua perspectiva sem que as outras a contradigam.

  35. DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO • E • FÉ CRISTÃ • A questão pneumatológica • Fonte bibliográfica: • MIRANDA, Mário de França. O cristianismo em face das religiões. São Paulo: Loyola, 1998

  36. Pergunta fundamental: • “Se a atividade básica do Espírito consiste numa mistagogiacrística, como encontrá-la nas outras tradições religiosas?” • A universalidade do Espírito, como a do vento que sopra onde quer (Jo 3,8), foi recebida e cada vez mais valorizada na consciência de fé da Igreja. • Podemos reconhecer que toda oração autêntica é suscitada pelo Espírito Santo, o qual está misteriosamente presente no coração de cada ser humano.

  37. A importância de estar atentos aos “sinais dos tempos” para poder ouvir o que nos diz o Espírito, daí o imperativo para a Igreja de dialogar com a sociedade. • Não poderiam as experiências novas do Espírito enriquecer ainda mais a percepção de sua atuação salvífica e consequentemente a compreensão de sua Pessoa? • As religiões são grandezas porosas apontando na sua múltipla diversidade para a fonte única de toda vida que é o Espírito da Verdade.

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