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Gabarito - Atividade de revisão parte II

gabarito da revisão para recuperação final , segunda parte

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Gabarito - Atividade de revisão parte II

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Presentation Transcript


  1. Atividade de revisão Parte II 1) Sobre o período regencial diferencie o grupo político dos restauradores, dos moderados e dos exaltados quanto as ideias que defendiam.

  2. 2) Explique o processo de criação e funcionamento da guarda nacional A Guarda Nacional era recrutada entre os cidadãos com renda anual superior a 200 mil réis, nas grandes cidades, e 100 mil réis nas demais regiões. Era vista por seus idealizadores como o instrumento apto para a garantia da segurança e da ordem, vale dizer, para a manutenção do espaço da liberdade entre os limites da tirania e da anarquia. Tinha como finalidade defender a Constituição, a liberdade, a independência e a integridade do Império, mantendo a obediência às leis, conservando a ordem e a tranquilidade pública. Com a criação da Guarda Nacional Feijó fortalecia as elites políticas locais, pois eram elas que formavam ou dirigiam o Corpo de Guardas e, ao mesmo tempo, demostrava a falta de confiança do governo na fidelidade do Exército. A posição das tropas, participando das lutas políticas e posicionando-se pela volta de D. Pedro I, no caso da oficialidade, e reivindicando por melhores soldos e mostrando-se contra as discriminações racial e social, no caso das patentes mais baixas, tornavam-no suspeito para garantir a ordem no país. Com o objetivo de realizar um enxugamento no Exército, a Regência tomou uma série de medidas: em maio de 1831 o número de efetivos das tropas já havia baixado de 30 mil para 14.342 homens e, em 30 de agosto, reduziu-se ainda mais caindo para 10 mil homens. As demissões e licenças de militares são facilitadas, enquanto cessa, por tempo indeterminado, o recrutamento militar. Em relatório de seu Ministério, datado de maio de 1832, Feijó faz um balanço da situação militar no Rio de Janeiro: "A tropa de primeira linha da capital desapareceu: as guarnições de terra, as rondas policiais, o auxílio à justiça são prestados pelos guardas nacionais." Essa situação faz crescer a insatisfação nos meios militares. Em fins de setembro de 1831 houve um tumulto no Teatro São Pedro provocado por dois oficiais, cuja prisão o major Miguel de Frias, que teve importante atuação no movimento da abdicação de D. Pedro I, tentou evitar. Por ordem do juiz de paz, a Guarda Nacional evacuou o teatro e prendeu os oficiais envolvidos e o major. No dia 6 de outubro ocorreu nova revolta. O Corpo de Artilharia da Marinha, aquartelado na ilha das Cobras, liderado pelo ex-deputado Cipriano Barata, preso por crime de imprensa, rebelou-se, tomando conta da ilha e prendendo oficiais que não aderiram ao movimento. Com o apoio da Guarda Nacional, Feijó repeliu violentamente os extremistas. Para consolidar a vitória solicitou à Câmara dos Deputados a concessão de poderes extraordinários, e a supressão das garantias individuais. Seus pedidos foram rejeitados, inclusive pelos moderados que temiam nova concentração de poder no Executivo.

  3. 3) Comente as quatro alterações que o ato adicional de 1834 fizeram na constituição de 1824. Foi chamado de Ato Adicional a medida de adicionar e alterar a constituição de 1824, estabelecida após a independência do Brasil. O ato adicional faz parte do período regencial brasileiro e foi por ele que se estabeleceu a Regência Una, ou seja, somente um regente conduziria a nação, diferente do que ocorria com a chamada Regência Trina. O ato adicional foi uma importante ferramenta para rever a constituição de 1824, em 1834. As movimentações para possíveis alterações já começam em 1831 com a abdicação de Dom Pedro I, que deixou o país desestabilizado. As primeiras propostas debatidas eram bastante radicais: fim do poder moderador e defesa de uma monarquia federativa foram pautas importantes discutidas. Estas questões foram apenas o ponto inicial para o texto final do Ato Adicional de 1834. O Ato instituiu a Regência Una, dissolveu os conselhos de estado e criou as assembleias legislativas provinciais – medida que gerou certa autonomia para as províncias. Além disso, estabeleceu um município neutro na corte, que caracterizava a situação administrativa do Rio de Janeiro. Somente em 1891, com a nova constituição republicana, o município neutro passou a se chamar Distrito Federal. Além disso, manteve a vitaliciedade do senado. É preciso lembrar que até então o poder imperial esteve centralizado na corte – Rio de Janeiro – e pouco se conhecia ou se entendia do restante do tão vasto território. Desta forma, a criação das assembleias provinciais foi manobra fundamental na tentativa de conciliação. Ao mesmo tempo que o Ato Adicional centralizou o poder na forma de um único regente, com mandato de quatro anos, descentralizou em mesma medida por meio das assembleias provinciais. Essa medida aumentou os poderes dos presidentes de província, que se tornaram as principais autoridades locais. No entanto, a nomeação dos presidentes de província, por exemplo, era privilégio do imperador e os cargos não garantiam estabilidade, pois os presidentes poderiam ser substituídos a qualquer momento. O fim do Conselho de Estado e a posterior criação de assembleias provinciais trouxe, portanto, mais poderes aos líderes locais. Além destas atribuições, o Ato Adicional estabeleceu também a distribuição de rendas entre governo central, províncias e municípios. Às Assembleias couberam as responsabilidades de fixar

  4. as despesas municipais e as despesas provinciais, e lançar impostos atendendo a essas despesas, sem com isso prejudicar as rendas a serem arrecadadas pelo governo central. Outro papel importante das assembleias foi a tarefa de nomear e demitir funcionários públicos. Essa atividade era entendida como um verdadeiro poder nas mãos dos políticos locais. Com esse tipo de troca, o serviço público muitas vezes funcionou como arma para obtenção de votos. As principais medidas do Ato Adicional foram, portanto: • • • • Criação da Regência Una; Dissolução do Conselho de Estado do Império do Brasil; Criação das Assembleias Legislativas Provinciais; Estabelecimento do Município Neutro no Rio de Janeiro. O Ato Adicional de 1834 representou uma conciliação entre forças políticas divergentes. Ao mesmo tempo que centralizava o poder na figura de um só regente – Feijó foi o primeiro regente eleito após o Ato Adicional – atribuía poderes às províncias por meio das assembleias, dando-lhes uma autonomia considerável. O ato apresentava, portanto, uma contradição bastante evidente, especialmente entre a centralização e a descentralização. 4) Porque houve a mudança de regência trina para regência uma? Naquele momento, o período regencial estava repleto de agitações sociais espalhadas por todo o país, a intenção era de centralizar o poder nas mãos de um regente apenas, e este com pulso firme e autoridade controlar e dominar as revoltas sociais. O Ato adicional de 1834 fez esta mudança e o Pe. Diogo Antônio Feijó foi nomeado como primeiro regente uno do Brasil.

  5. 5) Caracterize os dois governos dos regentes unos. A regência una de Feijó Eleito em 1835, o padre Diogo Antônio Feijó manteve a postura e a mão firme que o tornou figura de destaque no período em que foi ministro da justiça, apesar de estar com alguns problemas de saúde. Durante sua regência começaram os três maiores conflitos do período: a Cabanagem, a Sabinada e a Revolução Farroupilha. Feijó também não era muito afeito aos caprichos da Câmara. Moderado, não cedeu às propostas extremas dos dois lados e, apesar de ouvir propostas de descentralização do poder, não deixou de combater aqueles que ameaçavam a unidade política do Brasil. Ele também não era muito bem visto na Igreja, já que era favorável ao fim do celibato. Feijó tinha um grande aliado político: Evaristo da Veiga. Mas a morte de seu aliado, em 1837, fez com que o padre repensasse seu cargo. Feijó renunciou em 19 de setembro de 1837. Um dia antes ele havia nomeado Pedro de Araújo Lima como ministro. O mais interessante de tudo é que Araújo Lima, de orientação moderada, era adversário político de Feijó, e com a renúncia ele acabava de ocupar o posto de regente interino. A regência una de Araújo Lima O período em que ficou como regente interino deu força para que Araújo Lima se candidatasse no pleito de 1838 e vencesse com relativa facilidade. Mas sua permanência enquanto regente não foi nada fácil. Apesar de conseguir acabar com o Ato Adicional — o que voltava com a centralização total do poder para o Rio, acabando com a autonomia provincial — , Araújo Lima teve que lidar com a época mais complicada da Farroupilha e da Sabinada, além de ter que conter a eclosão da Balaiada, no Maranhão. Para isso, a Guarda Nacional teve seu comando subordinado diretamente ao poder central, e aumentando o controle sobre as tropas, Araújo Lima reprimiu violentamente — ou tentou reprimir —  todas estas revoltas. Em 1839 as agitações políticas e o descontentamento de alguns pela forma com que as decisões eram tomadas fez com que crescesse a ideia do golpe da maioridade, levado a cabo em 1840.

  6. 6) faça um mapa conceitual das revoltas regenciais: Cabanagem, Farroupilha, Malês, Sabinada e Balaiada.

  7. 7) Qual foi a motivação política do golpe da maioridade. A Declaração da Maioridade de D. Pedro II, também referido na História do Brasil como Golpe da Maioridade ocorreu em 23 de julho de 1840 com o apoio do Partido Liberal, e pôs fim ao período regencial brasileiro. Os liberais agitaram o povo, que pressionou o Senado para declarar o jovem Pedro II maior de idade antes de completar 15 anos. Esse ato teve como principal objetivo a transferência de poder para Dom Pedro II para que esse, embora inexperiente, pudesse pôr fim a disputas políticas que abalavam o Brasil mediante sua autoridade. Acreditavam que com a figura do imperador deteriam as revoltas que estavam ocorrendo como: Guerra dos Farrapos, Sabinada, Cabanagem, Revolta dos Malês e Balaiada. 8) identifique as causas e objetivos da revolução praieira. Em fins do Segundo Reinado, a população de Recife se encontrava insatisfeita com o aumento da desigualdade social, o controle do monopólio político e comercial (Portugal), dentre outros problemas. Assim, quando foi eleito governador da Província de Pernambuco, em 1845, pelo partido conservador, Antônio Chinchorro da Gama despertou grande insatisfação na população, sobretudo dos liberais que ocuparam o poder no período anterior de 1844 a 1848. A partir disso, com o apoio dos federalistas, socialistas, republicanos e os setores populares, os liberais almejavam, primeiramente, destituir Chinchorro do cargo. Ao lado de Pedro Ivo, líder militar da revolta, estavam Borges da Fonseca, com quem escreveu o “Manifesto ao Mundo”, e o deputado Joaquim Nunes Machado, influenciados pelo socialismo utópico, do qual destacam-se os pensadores: Pierre-Joseph Proudhon, Robert Owen e Charles Fourier. O "Manifesto ao Mundo" foi publicado em 1849 e trazia as reivindicações do grupo liberal, a saber: • Voto livre e universal

  8. • • • • • • • • • Liberdade de Imprensa O trabalho como garantia de vida para os cidadãos O comércio a retalho só para os cidadãos Brasileiros Harmonia e efetiva independência dos poderes políticos A extinção do Poder Moderador Nova organização Federalista Reforma do poder judicial, assegurando os direitos individuais dos cidadãos Extinção da cobrança de juros Extinção do atual sistema de recrutamento militar Expulsão dos portugueses A revolta praieira, se espalhou pelo Estado de Pernambuco, tendo como palco de confrontos, as cidades de Olinda e Recife, donde durante dois anos houve diversos focos de combates, no entanto, os liberais foram reprimidos pelo governo, em 1850, mais precisamente pelo capitão Antônio de Sampaio, patrono da Infantaria. 9) Explique o funcionamento do sistema parlamentarista implantado por D. Pedro II. Parlamentarismo “às avessas” foi o nome que ganhou o sistema político criado no Brasil, pelo então imperador D. Pedro II, em 1847. Este nome significa que o parlamentarismo adotado no Brasil neste período era posto ao britânico. Na Inglaterra (berço do parlamentarismo), o primeiro-ministro era e ainda é indicado pelo partido político que possui maioria no Parlamento. Este primeiro-ministro, que é o chefe de governo, exerce de fato o poder executivo. Desta forma, o primeiro-ministro (chefe do executivo) fica subordinado ao Parlamento (poder legislativo). No Brasil, D. Pedro II estabeleceu o sistema parlamentarista, em 1847, através da criação do cargo de presidente de Conselho de Ministros. Este, que era uma espécie de primeiro-ministro, era escolhido por D. Pedro II, subordinando assim o Parlamento ao imperador. Quando ocorria algum impasse entre o poder executivo e o legislativo, D. Pedro II tinha o poder de dissolver a Câmara ou substituir o presidente do Conselho de Ministros. Principais características do parlamentarismo “àsavessas”

  9. - O primeiro-ministro era escolhido pelo imperador (executivo) e não pelo partido de maioria no Parlamento (legislativo), como ocorre na Inglaterra. - O Parlamento ficava subordinado ao imperador (D. Pedro II). - Era centralizador (poder centralizado no imperador). - Era oligárquico, pois o imperador quase sempre atendia somente aos interesses dos grandes e ricos fazendeiros. - Não era democrático, pois a maioria da população não podia votar, em função dos critérios censitários do processo eleitoral brasileiro da época. Somente os mais ricos votavam neste período. - Era escravista, pois o imperador nada fez para abolir a escravidão, pelo contrário, manteve-a durante o sistema parlamentarista. 10) faça uma cronologia da implantação da cultura cafeeira no Brasil no segundo império. Na Guiana Holandesa (hoje Suriname), foram introduzidas mudas do Jardim Botânico de Amsterdã. Chegou à Guiana Francesa atravé s do Governador de Caiena que conseguiu, de um francês chamado Morgues, algumas sementes semeando-as no pomar de sua residência. A partir desse plantio o Sargento Francisco de Mello Palheta transportou para o Brasil, para a cidade de Belém (Pará) em 1727, algumas sementes e plantas ainda pequenas. Em Belém, a cultura não foi muito difundida. Foi levada nos anos seguintes para o Maranhão, chegando à Bahia em 1770. No ano de 1774 o desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe do Maranhão para o Rio de Janeiro algumas sementes que foram semeadas na chácara do Convento dos Frades Barbadinos. Então espalhou-se pela Serra do Mar, atingindo o Vale do Paraíba por volta de 1820. De São Paulo, foi para Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. No Brasil, o desenvolvimento da cultura confunde-se com a própria história do País devido a sua grande importância econômica e social (o "Ciclo do Café"). 1820: A partir dessa década, o Brasil passou a ser considerado exportador de café com exportações contínuas do produto, provenientes do Vale do Paraíba-SP, Araxá-MG e Goiás. 1845: O Brasil produz 45% do café mundial.

  10. 1857: Elevação dos preços internacionais devido à recuperação da economia européia e redução da oferta de café brasileiro, devido ao ataque do inseto "bicho mineiro" nas lavouras e pela limitação de mão-de-obra escrava (lei Eusébio de Queiroz). Os preços tiveram uma elevação de 50%, o que causou grande expansão da produção nos anos seguintes. 1865: Os preços caíram devido à diminuição das exportações para os Estados Unidos, que enfrentavam a Guerra de Secessão. 11) Que produtos eram destinados ao mercado interno brasileiro? 12) Explique o que determinava a Tarifa Alves Branco e a Lei Eusébio de Queiros? A Tarifa Alves Branco foi uma medida da política tarifária (de caráter alfandegário) protecionista, criada pelo ministro da fazenda Manuel Alves Branco, em 1844 (durante o reinado de Dom Pedro II). Esta taxa incidia sobre os produtos importados pelo Brasil (cerca de 3 mil mercadorias). Os produtos importados que possuíam similares no Brasil foram taxados com 60% de impostos. Já os que não tinham similares brasileiros foram taxados com uma alíquota de 30%. Vale lembrar que antes desta revisão tarifária, os produtos estrangeiros (principalmente britânicos) entravam no Brasil com alíquota de apenas 15%. A Tarifa Alves Branco foi aplicada no Brasil até meados da década de 1860. Objetivos principais: - Desestimular a importação de mercadorias, favorecendo assim os produtos nacionais. - Diminuir o grande déficit da balança comercial brasileira, tornando-a superavitária. - Diminuir o déficit fiscal brasileiro. - Incentivar o desenvolvimento de manufaturas no Brasil, que existiam em número muito baixo até então. - Acabar com a dependência brasileira dos produtos manufaturados ingleses.

  11. Reações dos prejudicados - Os comerciantes e industriais ingleses ficaram muito insatisfeitos, pois eram os que mais lucravam com a venda de mercadorias ao Brasil. Suas vendas despencaram com a elevada tarifação sobre os importados. - A elite brasileira, que consumia muito os produtos importados, também ficou muito insatisfeita. Os mais ricos passaram a ter que pagar muito mais pelos produtos, que consideravam de qualidade superior aos nacionais. - Houve também reações contrárias por parte dos comerciantes brasileiros, que atuavam na área de importação. Principais resultados A Tarifa Alves Branco acabou gerando a instalação de muitas fábricas no Brasil, criando mais empregos em território nacional. Ela também intensificou a substituição dos produtos importados pelos nacionais. Porém, foi somente no final do século XIX e começo do XX, que a indústria brasileira deu um grande salto desenvolvimentista. Denominou-se Lei Eusébio de Queirós na legislação brasileira, durante o Segundo Reinado, o projeto que proibiu a entrada de africanos escravos no Brasil interatlântico, criminalizando quem a infringisse, a partir do Artigo 3º. Ela foi aprovada em 4 de setembro de 1850. Um dos principais motivos foi a pressão da Inglaterra, materializada pela aplicação unilateral, por aquele país, do chamado "Bill Aberdeen". Este tratado permitia que frotas britânicas navegassem pelo Atlântico para fiscalizar o tráfico negreiro intercontinental.  13) Além das ferrovias que outros setores da economia foram modernizados no segundo império? Além das ferrovias foram criadas e modernizadas dezenas de industrias, companhia de iluminação e gás, companhia de seguros, navegação, bancos, empresas de mineração e transportes urbanos.

  12. 14) Comente as 3 razões pelas quais a Inglaterra passou a combater o tráfico e a escravidão. Desde a Independência, a Inglaterra vinha exigindo do governo brasileiro ações explícitas para acabar com o tráfico. Como resposta, foi aprovada, em 1831, uma "lei para inglês ver", que declarava livres os africanos desembarcados em portos brasileiros após aquele ano. Essa lei, naturalmente, foi desrespeitada milhões de vezes, com a cumplicidade cínica das elites políticas e das autoridades do governo, o que ajudou a consolidar a tradição que vigora até hoje no Brasil, segundo a qual a violação da regra é a regra. Em 1845, esgotou-se a paciência dos ingleses. Eles aprovaram o Bill Aberdeen e passaram a reprimir o tráfico internacional de escravos. O Brasil ainda resistiu por alguns anos, mas, em 1850, depois de várias ações inglesas contra navios brasileiros, foi aprovada a Lei Eusébio de Queirós, que extinguia o tráfico para o Brasil. A extinção do tráfico tornou o fim da escravidão uma questão de tempo. Os fazendeiros começaram a tentar utilizar o trabalho livre do imigrante. Depois de alguns fracassos iniciais, o sistema do colonato se consolidou como uma alternativa segura e eficiente. A abolição da escravatura nas colônias da França e depois nos EUA jogou por terra o último argumento da aristocracia escravista brasileira em defesa do regime. As elites alegavam que o fim da escravidão representava o colapso da economia do país. Identificavam assim seus interesses particulares com os da nação. Entretanto, a realidade internacional mostrava o contrário: nos países em que a escravidão fora extinta, o desenvolvimento se acelerara. O "terrorismo" das elites aristocráticas não tinha amparo na realidade. As pressões do Movimento Abolicionista desferiram o golpe final contra o regime. A escravidão acabou e o fim do mundo não veio, como previam as elites decadentes e retrógradas. 15) Explique o que determinava: A) Lei Bill Aberdeen B) Lei Eusébio de Queirós

  13. C) Lei de Terras A Lei de Terras, sancionada por D. Pedro II em setembro de 1850, foi uma lei que determinou parâmetros e normas sobre a posse, manutenção, uso e comercialização de terras no período do Segundo Reinado. Objetivos da Lei de Terras - Estabelecer a compra como única forma de obtenção de terras públicas. Desta forma, inviabilizou os sistemas de posse ou doação para transformar uma terra em propriedade privada. - O governo imperial pretendia arrecadar mais impostos e taxas com a criação da necessidade de registro e demarcação de terras. Esses recursos tinham como destino o financiamento da imigração estrangeira, voltada para a geração de mão-de-obra, principalmente, para as lavouras de café. Vale lembrar que o tráfico de escravos já era uma realidade que diminuía cada vez mais a disponibilidade de mão-de-obra escrava. - Dificultar a compra ou posse de terras por pessoas pobres, favorecendo o uso destas para fins de produção agrícola voltada para a exportação. Este objetivo foi alcançado pelo governo, pois esta lei provocou o aumento significativo nos preços das terras no Brasil. - Favorecer os grandes proprietários rurais, que passavam a ser os únicos detentores dos meios de produção agrícola, principalmente a terra, no Brasil. - Tornar as terras um bem comercial (fonte de lucro), tirando delas o caráter de status social derivado da simples posse. Consequências - Possibilitou a manutenção da concentração de terras no Brasil. - A Lei de Terras regulamentou a propriedade privada, principalmente na área agrícola do Brasil. - Aumentou o poder oligárquico e suas ligações políticas com o governo imperial. - Dificultou o acesso de pessoas de baixa renda às terras. Muitas perderam suas terras e sua fonte de subsistência. Restou a estas apenas o trabalho como empregadas nas grandes propriedades rurais, aumentando assim a disponibilidade de mão-de-obra. - Aumentou os investimentos do governo imperial na política de estimulo à entrada de mão-de-obra estrangeira, principalmente europeia, no Brasil. - Favoreceu a expansão da economia cafeeira no Brasil, na medida em que a Lei de Terras favoreceu a elite agrária brasileira, principalmente da região Sudeste. A Lei Bill Aberdeen foi promulgada em 08 de agosto de 1845 pela Inglaterra proibindo o tráfico de escravos africanos. Desse modo, a marinha britânica perseguia, interceptava e aprisionava os navios negreiros que transportavam os escravos pelo Atlântico Sul. Assim que o barco fosse capturado, os escravos eram devolvidos para a África e desembarcados em regiões como Serra Leoa ou Libéria.

  14. 16)Diferencie o sistema de parceria criado em 1847 do colonato criado em 1871. Parceria: Período de 1847-1860; Os fazendeiros cediam um pedaço de terras aos imigrantes, dentro de suas glebas, para que eles cultivassem alimentos; Os imigrantes deveriam dividir os lucros com a venda do café e também com a venda dos alimentos; Os fazendeiros transferiram todas as despesas para a obtenção do trabalho imigrante para os próprios trabalhadores; Os imigrantes não podiam deixar as fazendas antes de pagar todas as dívidas pendentes. Colonato: Foi um sistema misto de remuneração: podia ser por tarefa e por produção. O colono passa a receber um pequeno salário anual para cuidar de um certo número de pés de café e no final da colheita, o colono recebia um outro salário. Além do salário, o imigrante tinha a sua disposição terras, onde cultivavam alimentos para si. 17)Identifique as causas da Guerra do Paraguai. 18)Quais eram os planos paraguaios para conseguir uma saída para o Oceano Atlântico? 19)Quais as consequências da guerra para o Brasil e para o Paraguai?

  15. O Que foi A Guerra do Paraguai foi um conflito militar que ocorreu na América do Sul, entre os anos de 1864 e 1870. Nesta guerra o Paraguai lutou conta a Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai. Causa principal: - Pretensões do ditador paraguaio Francisco Solano Lopes de conquistar terras na região da Bacia do Prata. O objetivo do Paraguai era obter uma saída para o Oceano Atlântico. Início e desenvolvimento do conflito: - A guerra teve início em novembro de 1864, quando um navio brasileiro foi aprisionado pelos paraguaios no rio Paraguai. - Em dezembro de 1864, o Paraguai invadiu o Mato Grosso. - No começo de 1865, as tropas paraguaias invadiram Corrientes (Argentina) e logo em seguida o Rio Grande do Sul. - Em 1 de maio de 1865, Brasil, Argentina e Uruguai selam um acordo para enfrentar o Paraguai. Contam com a ajuda da Inglaterra. - Em 11 de junho de 1865 ocorreu um dos principais enfrentamentos da guerra, a Batalha de Riachuelo. A vitória brasileira neste enfrentamento naval foi determinante para a derrota do Paraguai. - Em abril de 1866 ocorreu a invasão do Paraguai. - Em 1869, sob a liderança de Duque de Caxias, os militares brasileiros chegam a Assunção. - A guerra terminou em 1870 com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. Saldo e consequências da Guerra: - Nesta guerra morreram cerca de 300 mil pessoas (civis e militares); - Cerca de 20% da população paraguaia morreu na guerra; - A indústria paraguaia foi destruída e a economia ficou totalmente comprometida; - O prejuízo financeiro para o Brasil, com os gastos de guerra, foi extremamente elevado e acabou por prejudicar a economia brasileira. - A Inglaterra, que apoiou a Tríplice Aliança, aumentou sua influência na região.

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