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História da Educação Aula Dois- O Império Romano Licenciatura em Pedagogia

História da Educação Aula Dois- O Império Romano Licenciatura em Pedagogia. Prof. Elcio Nogueira dos Santos E-mail; elcionsantos@uol.com.br. Contextualização.

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  1. História da EducaçãoAula Dois- O Império Romano Licenciatura em Pedagogia Prof. Elcio Nogueira dos Santos E-mail; elcionsantos@uol.com.br

  2. Contextualização A história romana data de 2.000 anos antes de Cristo, quando a parte central da península foi atacada por bárbaros, conhecidos como Italianos ou itálicos. Esta invasão provoca a divisão do povo original em diferentes povos, com costumes, linguagens e hábitos diferentes. Alguns se dedicando ao pastoreio outros a agricultura.

  3. Contextualização • No princípio o povo romano vivia em comunidades primitivas e não tinham a propriedade privada da terra. • Aceitavam, como na Grécia, a autoridade do paterfamílias, como autoridade máxima destas comunidades.

  4. Contextualização • Ocupam as Colinas do Lácio, onde em 753 a.C. é fundada a cidade de Roma. Esta fundação é envolta em lendas. • Uma destas lendas, a mais conhecida, nos diz que uma Loba alimentou dois irmãos na floresta. Eram Romulo e Remo. Estes seriam os fundadores da cidade.

  5. Contextualização • Em 753 a.C. os gregos começam a povoar o sul da Península Itálica. Esta região passa a ser conhecida como Magna Grécia. • Ao norte, na Etrúria, hoje conhecida como Toscana, o povo é mais evoluído e tem o domínio da escrita.

  6. Períodos Históricos • Realeza (753 a.C. a 509 a.C.): da fundação de Roma à queda do último imperador Etrusco • República (509 a.C. a 27 a.C.): de início prevalece a luta entre patrícios e plebeus, posteriormente ocorre o expansionismo militar • Império (27 a.C. a 476 d.C.) da instauração do Império a sua queda, com a invasão dos bárbaros

  7. A Realeza • Neste período é abandonado o pastoreio e se inicia a cultura de cereais. Nasce o comércio e Roma começa a se transformar em urbs(cidade). A posse comum da terra é substituída pela propriedade privada. • Surge a divisão de classes: de um lado a aristocracia representada pelos patrícios e do outro a maioria da população: plebeus.

  8. República • Com a queda do último rei Etrusco, tem início a república. Os únicos cidadãos que têm acesso ao poder são os patrícios, a classe dominante. • Vários plebeus que enriqueceram, especialmente aqueles que se dedicaram ao comércio, lutam para ter maior poder e representatividade no senado.

  9. República • Os plebeus obtém várias conquistas nos Séculos V e IV a.C. a criação do tribunato da plebe, a permissão do casamento misto e a lei das 12 tábuas. • Tais conquistas se devem também ao surgimento de uma nova aristocracia. Esta nova aristocracia não é mais orientada pelo nascimento, mas sim pela busca da riqueza.

  10. A queda da república • Roma inicia sua busca expansionista e isso irá provocar o fim da república. • A política expansionista se inicia no século V a. C. e ao fim do século III a.C. toda a península Itálica esta nas mãos dos romanos. • Após as três Guerras Púnicas contra os Cartagineses são conquistadas as mais diversas províncias.

  11. A queda da república • No século I a.C. o Mar Mediterrâneo passa a ser conhecido como o Mare Nostrum. • Com o expansionismo se verificam várias mudanças importantes em Roma. O comércio se intensifica, assim como as importações e exportações. O número de escravos cresce e a escravidão passa a ser uma instituição importante em Roma.

  12. A queda da república • A escravidão impulsiona o comércio e as relações sociais em Roma. Os prisioneiros de guerra eram feitos escravos, assim como, aqueles que deviam ao Estado podiam ser feitos escravos. • Vários escravos eram pertencentes ao Estado e construíam os monumentos romanos, famosos até os dias atuais.

  13. A queda da república • A expansão militar altera profundamente as tradições romanas. A Grécia, anexada a República Romana em 146 a.C. encontrava-se no chamado período helenístico, conhecido por sua convivência com os povos do Egito até a Índia. Essa influência estrangeira se faz sentir por toda Roma, mudando as características desta sociedade.

  14. O Império Romano • Em 27 a.C. Otávio recebe o título de Augusto (filho dos deuses) e decreta o fim da República e o Inicio do Império. • No século de Augusto, conhecido como de grande crescimento cultural são feitas várias obras como: aquedutos, termas (saunas), bibliotecas.

  15. O Império Romano • São incentivadas as artes e escritores como Virgílio, Otávio, Horácio têm nítida influência junto ao imperador. • A manutenção do Império Romano é bastante complicada e complexa e exige então os funcionários do governo, cresce a burocracia.

  16. A queda do Império • O surgimento do Cristianismo marca profundamente o Império Romano. • Cristo nasce durante o reinado de Augusto, portanto no início do Império. • As ideias cristãs são levadas para a Palestina, sob domínio romano.

  17. A queda do Império • As ideias cristãs eram consideradas subversivas, pois não aceitavam os deuses cultuados pelos romanos, nem render culto ao sagrado imperador, além de ter como adeptos pobres e escravos. • A perseguição aos cristãos se inicia com Nero em 64 d.C. e se repetiu por dois séculos.

  18. A queda do império • Em 313 d.C. Constantino permite o culto cristão. E no final do século IV a doutrina cristã se torna a religião oficial dos romanos. • Havendo a adesão da elite romana o cristianismo assume cada vez mais a estrutura hierarquizada do império.

  19. A queda do império • A partir do século II d.C. se inicia a decadência do império romano que culminará com a sua queda. • Há um desmantelamento da burocracia, lutas pelo poder, cada vez mais personalista, altos impostos, corrupção, esvaziamento dos cofres públicos e a dissipação dos costumes, afrouxados pelo luxo.

  20. A queda do império • No século III, com o cessar das guerras de expansão, a crise do escravismo, os agricultores livres ficam presos à terra que cultivam e pagam os proprietários da terra com parte da produção. O declínio do artesanato e do comércio provocam a ruralização da economia. Os bárbaros começam a invadir as fronteiras. É o fim do Império Romano.

  21. A pedagogia romana • Por ser uma sociedade escravista, a sociedade romana não valoriza o trabalho braçal ou manual. • Já o trabalho intelectual é bastante valorizado e se constitui em privilégio da aristocracia.

  22. A pedagogia romana • Por consequência, os educadores procuram formar o homem racional capaz de se expressar corretamente e convincentemente. • Em Roma a atenção a filosofia não era tão sistemática. Quintiliano e outros pedagogos encaram a filosofia com certa desconfiança.

  23. A pedagogia romana • Os romanos adotam uma postura mais pragmática, voltada para o cotidiano e para a vida política. Assim o que prevalece é a retórica, ou a arte de discursar e não a introspecção filosófica. • Essa trama que torna o discurso mais literário do que filosófico se acentua no fim do Império.

  24. A pedagogia romana • Roma desenvolve a noção de império formado por vários povos. Isto indica uma cultura de caráter universalista. • Esta cultura pode ser indicada na palavra Humanitás. Em sentido literal: humanidade. • Busca o que é de universal em todos os homens. Uma cultura de caráter humanista.

  25. A educação em Roma • A educação no período romano pode ser dividida em três momentos: • Educação Heróico- Patrícia • Educação Cosmopolita • Educação no Império

  26. Educação Heróico-Patrícia • Os aristocratas, ou patrícios (proprietários de terra), recebem uma educação que visa perpetuar os valores da nobreza de sangue. • Nesse período a família não era nuclear como nos dias de hoje, mas sim, eram famílias extensa. Tais famílias eram compostas de pai, mãe, filhos, tios, avós, escravos, clientes, dos quais o paterfamílias é o proprietário, juiz e conciliador.

  27. Educação Heróico- Patrícia • Até os sete anos a criança fica com a mãe ou uma matrona (mulher digna e responsável). Depois dessa idade os meninos acompanham o pai em festas, atividades e na vida pública em geral. Ou seja, a educação dos meninos cabe exclusivamente ao pai. • As meninas depois dos sete anos permanecem em casa para aprender as tarefas domésticas.

  28. Educação Heróico- Patrícia • O menino aprende a lei das doze tábuas para desenvolver o orgulho da pátria. • O menino também aprende a cuidar da terra. • A prende a ler, escrever e contar ne torna-se hábil no manejo das armas. Os exercícios físicos visam o aprendizado para o exército, e não são exercícios desinteressados.

  29. Educação Heróico- Patrícia • Aos quinze anos acompanha o pai ao foro, praça central onde se faz o comércio e os assuntos públicos e privados são tratados. • Caso o pai não pudesse acompanhar o menino essa tarefa ficava a cargo de um parente ou até mesmo um escravo.

  30. Educação Heróico- Patrícia • Aos dezesseis anos o jovem é encaminhado para o exército visando sua preparação para a guerra. • A educação heróico- patrícia é pouco voltada para questões filosóficas. É voltada para o aprendizado moral. • A aprendizagem se baseia na vida cotidiana com exemplos de edificação moral.

  31. Educação Cosmopolita • Com o crescimento da República a educação se torna mais complexa. • A partir do século IV a.C. são criadas escolas elementares particulares escolas chamadas ludi magister, ludi- Lúdica; magister- Mestre • Nestas escolas aprendia-se a ler, escrever e contar, dos sete aos doze anos.

  32. Educação Cosmopolita • Por volta do século II a.C. com o crescimento das guerras os romanos entram em contato com todo o esplendor da cultura grega, também conhecida como cultura helenística. • Os romanos passam a aprender o grego, iniciando assim o período de aprendizado bilíngue dos romanos.

  33. Educação Cosmopolita • É nesse período que os romanos conhecem as escolas dos gramáticos. Jovens dos doze aos dezesseis anos entram em contato com os clássicos gregos e estudam as chamadas “disciplinas reais”, ou seja, geografia, matemática, geometria e astronomia. Iniciam-se também na arte do bem falar e escrever.

  34. Educação Cosmopolita • Com o tempo a arte da retórica exige um maior aprofundamento do conteúdo e da forma do discurso. Surge então a necessidade do terceiro grau de educação. Nasce a escola do retor (professor de retórica). Diferentemente dos ludi magistere dos gramáticos, os professores de retórica são mais bem pagos e respeitados.

  35. Educação No Império • Cresce, neste período, a intervenção do Estado na educação. • O Estado incentiva a criação de escolas em todo território. • No século I d.C. Vespasiano isenta os professores de impostos e estimula a contratação de professores de retórica.

  36. Educação no Império • Trajano, ainda no século I d.C. passa a alimentar as crianças na escola. • O Estado obriga as escolas particulares a pagarem pontualmente seus professores. • No fim do Império Roma constrói uma das maiores bibliotecas da antiguidade.

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