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O vírus do Nilo Ocidental (WNV)

Apresentau00e7u00e3o de artigo cientu00edfico sobre o Vu00edrus do Nilo Ocidental (WNV)

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O vírus do Nilo Ocidental (WNV)

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Presentation Transcript


  1. Grupo 03: Leonardo Lopes, Raissa Stefany, Thais Marinho,Jéssica Yonara, Ítalo

  2. O vírus do Nilo Ocidental (WNV) • Foi isolado pela primeira vez em 1937 • Um paciente que apresentou uma doença febril, residente no distrito do Nilo Ocidental, no norte do Uganda.

  3. O vírus do Nilo Ocidental (WNV) • A primeira epidemia documentada de WNV ocorreu em 1951 em Israel em com crianças pequenas. - A doença era leve • Sem mortes relatadas. • E foi a primeira vez que as principais manifestações clínicas foram minuciosamente descritas, consistiam principalmente em febre, dor de cabeça, anorexia, exantema, mialgia, dor abdominal e vômito. Linfadenopatia, dor de garganta e diarréia ocorreram ocasionalmente.

  4. O vírus do Nilo Ocidental (WNV) • Estudos realizados na região do Delta do Nilo demonstraram que o vírus era infeccioso em uma ampla gama de espécies, incluindo aves e mamíferos não humanos. • O WNV era endêmico ao longo do Nilo, com uma soroprevalência de 60% em seres humanos. • A natureza do artrópode vetor do WNV foi sugerida em 1943 e mais tarde caracterizado como uma das arboviroses mais difundidas, foi demonstrado que mais de 65 espécies de mosquitos podem ser infectados por WNV.

  5. O vírus do Nilo Ocidental (WNV) • 1990: o WNV era considerado passado, mas, em 1999, foi detectado nos Estados Unidos da América e causou uma alta mortalidade em vida livre e aves em cativeiro nos zoológicos de Nova York. • 1999: 67 pessoas afetadas e 21 óbitos. • O vírus se espalhou para praticamente todos os estados dos EUA, afetando aves, cavalos e humanos. • Nas últimas três décadas, o WNV tornou-se uma preocupação tanto para a saúde pública como para a medicina veterinária (Europa e Américas).

  6. WNV na América do Sul Na Venezuela, WNV foi detectado em aves silvestres em 2006 e em equinos em 2004. Foi documentado pela primeira vez em 2005 na Colômbia Em 2006, na Argentina em cavalos que morreram de encefalite

  7. WNV no Brasil Há evidência sorológica da infecção pelo WNV em equinos e aves no Brasil. Em soros de animais coletados desde 2008 das regiões centro e oeste do Brasil, particularmente as Região do Pantanal. Fora do Pantanal foi relatado em 2013, Paraíba, sugerindo que o WNV estava se espalhando para o parte nordeste do país. Confirmado em 2014 com a descrição do primeiro caso humano de infecção pelo WNV. O paciente era trabalhador rural do Estado do Piauí e apresentou sintomas clínicos de encefalite aguda. O primeiro isolamento do WNV no Brasil foi documentado em 2018 quando o vírus foi isolado do sistema nervoso central (SNC) de um cavalo morto com manifestações neurológicas.

  8. WNV • Família Flaviviridae. • Gênero Flavivirus. • Mais de 70 espécies de vírus que podem ser divididos em grupos transmitidos por carrapatos ou mosquitos. • Os vírus transmitidos por mosquitos podem ser subdivididos: • Clado encefálico: que inclui WNV • Não-encefalíticos ou hemorrágicos: que inclui o vírus da Dengue (DENV), vírus da Zika (ZIKV) e vírus da Febre Amarela (YFV).

  9. WNV • RNA de fita simples e positivo com um genoma de ~11kb. • O RNA viral é traduzido em uma única poliproteína processada por proteases, dando origem a três proteínas estruturais (envelope [E], pré-membrana / membrana [prM / M] e nucleocapsídeo [C]]) e sete proteínas não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A,NS4B e NS5).

  10. Infecção e replicação • Picada do mosquito. • O WNV entra nas células por endocitose mediada pela clatrina e a baixa do pH dentro do endossomo gera uma mudança conformacional na glicoproteína E, levando à fusão do envelope do vírus com a membrana do endossomo. • Ocorre a fusão do envelope do vírus com a membrana do endossomo e a subsequente liberação do genoma viral no citoplasma. • A replicação de vírus é iniciada assim que o genoma do RNA é liberado no citosol e a montagem do virion começa com componentes de membrana derivados do retículo endoplasmático. • Durante a liberação do vírus, a proteína prM é clivada pela protease furina que é muito importante para a infectividade do vírus, e essa clivagem transforma partículas imaturas em maduras que são depois liberadas no espaço extracelular.

  11. Ciclo de Transmissão Vetores potenciais Em pássaros: mosquitos do gênero Culex (Cx. pipiens and Cx. restuans), Aedes albopictus e Ae. Vexans; Outros vetores (ponte) Em humanos e cavalos: (Cx. salinarius e Aedes/Ochlerotatus spp); CDC (1999-2017) Detecção dos vírus em espécies de mosquitos selvagens (Anopheles, Coquillettidia, Culiseta e Psorophora).

  12. Ciclo de Transmissão Capacidade de infectar várias espécies de mosquitos Diversidade de espécies hospedeiras Muitos ciclos de transmissão 🡪 Entretanto não está claro como a população de mosquitos influencia o tempo e a intensidade das epizootias e epidemias humanas. Hipótese: O clássico ciclo de transmissão envolvendo o pardal estaria relacionado também com vetores (mosquitos e carrapatos) e hospedeiros (aves e roedores).

  13. Ciclo de Transmissão Pássaros: Passeriformes, Charadriiformes, Strigiformes e Falconiformes podem atuar como reservatórios e ampliadores (viremia prolongada); 🡪 Taxas podem exceder a 40%; Ectodérmicos (répteis e anfíbios): Atingem níveis suficientes de viremia para infectar mosquitos; Humanos e cavalos: São hospedeiros acidentais! Viremia curta e insuficiente para infectar mosquitos, terminando o ciclo de transmissão. O ciclo é bem entendido nos EUA, mas a natureza do vírus e ciclo de transmissão dovírus no Brasil ainda não são.

  14. Ciclo de transmissão Os mosquitos são vetores de risco para a transmissão do vírus no Brasil; Mosquitos produzem altos níveis de viremia; Diretriz de vigilância para o Cx. quinquefasciatus (2011); Transfusão de sangue e transplante de órgãos também são ameaças para a transmissão. Transmissão vertical e amamentação é possível, mas não é recorrente.

  15. Manifestações Clínicas - Humanos Infecção pelo WNV é predominantemente subclínica Cerca de 20% dos pacientes infectados: sintomáticos Período de incubação: 3 a 15 dias Febre e mialgia à meningoencefalite e morte. A maioria dos casos sintomáticos em humanos infectados com WNV apresentam uma doença febril aguda chamada: Febre do Nilo Ocidental

  16. Manifestações Clínicas - Humanos Febre do Nilo Ocidental Erupção maculopapular, não pruriginosa, pode ocorrer nas extremidades (palmas das mãos, plantas e dorso dos pés. A erupção pode ocorrer do 5º ao 12º dias de sintomas e dura cerca de uma semana. Início abrupto de febre, mal-estar, perda de apetite, dor de cabeça, mialgia, fadiga, dor ocular, náusea, vômitos e linfadenopatia.

  17. Manifestações Clínicas - Humanos Quadro Neuroinvasivo (menos de 1% dos indivíduos infectados): - Meningite - Encefalite - Síndrome de poliomielite ou paralisia flácida aguda Meningite por WNV: febre ou hipotermia, dor de cabeça, fotofobia e sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia e sinais meníngeos, tais como rigidez da nuca, sinais de Kernig e / ou Brudzinski

  18. Manifestações Clínicas - Humanos Encefalite por WNV: - Doença leve: febre ou hipotermia, dor de cabeça, náusea, vômito, tremores, fraqueza e confusão mental - Doença grave: encefalopatia e óbito Pacientes com encefalite por WNV também apresentam distúrbios extrapiramidais, mioclonia principalmente durante o sono e características do parkinsonismo Ressonância magnética é mais útil que a tomografia computadorizada na detecção da inflamação do sistema nervoso central

  19. Manifestações Clínicas - Humanos Síndrome semelhante à poliomielite e paralisia flácida aguda: - Fraqueza muscular que evolui para insuficiência respiratória (maioria dos casos) Grupos com maior risco para infecções sintomáticas por WNV: • Idosos, pacientes imunocomprometidos, diabéticos, hipertensos, doentes renais e receptores de transplante A taxa de letalidade é maior em idosos acima de 65 anos

  20. Manifestações Clínicas - Humanos Quadro Neuroinvasivo: capacidade do WNV de atravessar barreira hematoencefálica e infectar o sistema nervoso central por meio de disseminação no transporte axonal. • A replicação do WNV em neurônios, astrócitos e micróglia: liberação de mediadores imunológicos por estas células, resultando em aumento de permeabilidade, inflamação das meninges, dano às células SNC • Quadros clínicos neuroinvasivos não se correlacionam necessariamente com um prognóstico ruim • Pacientes com encefalopatia grave inicial e quadro comatoso podem mostrar uma boa recuperação e sequela mínima.

  21. Manifestações Clínicas - Humanos Após doença aguda (cerca de 40% dos pacientes): - Sintomas persistentes por mais de um ano (fadiga, dores musculares, dores de cabeça, distúrbios musculares e dificuldades de memória e concentração) - Pacientes com encefalite grave por WNV podem exigir assistência em atividades diárias básicas após a alta hospitalar

  22. Manifestações Clínicas - Animais • Infecções por WNV em animais: doença semelhante a causada humanos • Os sinais clínicos variam de acordo com a espécie animal infectada • Dentre as espécies susceptíveis ao WNV: as aves são mais afetadas (principalmente exóticas) e cavalos • Algumas ordens de aves: Passeriformes, Charadriiformes e Falconiformes são consideravelmente mais propensos a desenvolver doença do que outros, como os Galliformes, que podem ser infectados mas não manifestam sinais clínicos

  23. Manifestações Clínicas - Animais Nas espécies pertencentes ordem de Galliformes: • Sinais clínicos podem ser inespecíficos • Específicos: • Depressão, letargia, anorexia, perda de peso • Sinais neurológicos: ataxia, paralisia, tremores, movimentos de pedalar, nadando em círculos, postura anormal da cabeça, torcicolo, nistagmo, convulsões, opistótonos e óbito.

  24. Manifestações Clínicas - Animais Mamíferos susceptíveis ao WNV: esquilos, morcegos, cães, gatos, veados de cauda branca, renas, ovelhas, alpacas, primatas não humanos, cavalos, focas, dromedários e outros Pequeno número de mamíferos irá manifestar sinais clínicos e tornar-se doente Depois dos humanos, os cavalos são os mamíferos mais afetados por WNV Podem desenvolver doença com o mesmo nível de gravidade dos humanos

  25. Manifestações Clínicas - Animais Período de incubação WNV em cavalos: 3 – 15 dias (semelhante em humanos) Maioria dos cavalos infectados não manifestam sinais clínicos Pequena porcentagem pode desenvolver encefalite e óbito Sinais clínicos: depressão, perda de apetite, cólica, fraqueza nos membros, e fasciculação muscular Quadro neurológico: ataxia, estupor, alterações de comportamento, paralisia de um ou mais membros, sudorese intensa, movimentos de pedalada, convulsões, opistótono, paralisia nervosa, hemiagnosia.

  26. Diagnóstico e Tratamento: • WNV x outros flavivírus: sinais neurológicos • Diferencial: meningites, encefalites, meningoencefalites • Laboratorial: • RNA viral: viremia (RT-qPCR) • IgM ELISA: 5-8 dias • Reatividade Cruzada: Flavivirus • Outros: imunofluorescência, imunohistoquímica • Padrão-ouro: PRNT (Teste de Neutralização em Redução de Placa)

  27. Fonte: CDC

  28. Diagnóstico e Tratamento: • Hidratação e manejo das dores • atenção: imunocomprometidos; idosos • Paralisia assimétrica aguda • Dados Epidemiológicos + Manifestações Clínicas: • co-circulação de flavivirus • Tratamento antiviral: • viremia | Interferon alfa • Imunoglobulinas anti-WNV

  29. VIGILÂNCIA E PREVENÇÃO Vacinas 🡪 Alternativas para animais já existem - 4 vacinas autorizadas pelo USDA para equinos; - Mecanismos 🡪 Manipulação de DNA: - WNV inativada - Vacina recombinante de Canarypox - Flavivírus quimérico inativado Redução na ocorrência em cavalos - Diferentes estratégias 🡪 Já em estudo para primatas e pequenos mamíferos Em humanos 🡪 Prevençãoainda é melhor alternativa Medidas mais eficazes: - Controle de vetores - Uso de repelentes

  30. VIGILÂNCIA E PREVENÇÃO Focos para Sistemas de Vigilância - No Brasil, após casos notificados em 2014 e 2017 🡪 Maior intensidade em sistema de vigilância epizoótica - Afecções em SNC sem etiologia clara 🡪 Incluir WNV no diagnóstico diferencial - Notificação e análise de pássaros mortos - Vigilância de infecção em mosquitos e aves + Análises do clima = Predição de novos casos em equinos e humanos - Globalização 🡪 Vigilância em pontos estratégicos para evitar entrada e disseminação de novas doenças

  31. CONCLUSÃO • WNV: vírus emergente na América Latina • Casos no Brasil: 2014 e 2017 🡪 Notificados após implementação de Sistema de Vigilância Sentinela para Encefalite e outras Síndromes Neurológicas • Novos casos 🡪 Preocupação sobre o WNV se estabelecer no país • Semelhança sintomatológica com outras doenças + Falta de capacidade para diagnósticos moleculares ou sorológicos = Notificação deficiente da doença • WNV + Mosquitos dos gêneros Culex e Aedes = Preocupação na expansão do vírus pelo país

  32. CONCLUSÃO Culex: - Abundante no Brasil - Ciclo 🡪 Água acumulada contendo material orgânico - Controle de vetor 🡪 Áreas com saneamento básico deficiente Aves e migração: Potencializa a expansão do vírus (vide EUA) 🡪 Aves mortas sem causa definida 🡪 Mamíferos com síndromes neurológicas sem causa definida Deve-se fomentar investigação sobre ocorrência de WNV Faz-se necessário o aumento na vigilância epidemiológica em animais e humanos como forma de prevenção. Esta medida deve ser adotada antes que esta doença se estabeleça no Brasil e se torne um grave problema de saúde pública.

  33. Obrigado

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