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Pintura e a Matemática

Pintura e a Matemática. Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970) Maurits Cornelis Escher (1898 - 1972). Wellington Ribeiro dos Santos PET - Matemática. Modernismo.

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Pintura e a Matemática

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Presentation Transcript


  1. Pintura e a Matemática Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970) Maurits Cornelis Escher (1898 - 1972) Wellington Ribeiro dos Santos PET - Matemática

  2. Modernismo Chama-se genericamente modernismo (ou movimento moderno) o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que mudaram as artes e o design da primeira metade do século XX. Surgiu no final do século XIX e em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.

  3. Referências históricas e palavras chaves • Início do século XX: O burguês comportado, tranqüilo, contando seu lucro. Capitalismo monetário. Industrialização e Neocolonialismo. • Reivindicações de massa. Greves e turbulências sociais. Socialismo ameaça. • Progresso científico: eletricidade. Motor a combustão: automóvel e avião. • Concreto armado: “arranha-céu”. Telefone, telégrafo. Mundo da máquina, da informação, da velocidade. • Primeira Guerra Mundial e Revolução Russa. • Abolir todas as regras. O passado é responsável. O passado, sem perfil, impessoal. Eliminar o passado.

  4. Modernismo na Pintura • O modernismo na pintura tem seus grandes movimentos: Cubismo, Futurismo, Abstracionismo, Surrealismo. • Características na Pintura: • A idealização da mulher manifestou-se em figuras meio ninfas e meio anjos; corpos etéreos e pele translúcida; • A natureza assumiu a forma de bosques aquáticos, com plantas de ramos ondulados e longos;

  5. "Atirador de arco", 1925, Vicente do Rego Monteiro “Cabeça”, 1912, Amadeu de Souza Cardoso

  6. Vicente do Rego Monteiro • Nasceu em Recife 1899 e morreu na mesma cidade em 1970; • Pintor, escultor, desenhista, ilustrador e artista gráfico; • Inicia seus estudos artísticos em 1908, acompanhando sua irmã Fedora do Rego Monteiro; • Em 1911, viaja com a família para França, onde freqüenta várias academias de arte. Participa do Salon des Indépendants em 1913, sua primeira exposição coletiva em Paris.

  7. Com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), deixa a França, estabelecendo-se no Rio de Janeiro, em 1915; • Em 1920 expôs algumas obras em São Paulo, conhecendo o grupo de modernistas da cidade e abrindo caminho para a exposição de 8 obras suas na Semana de Arte Moderna de 1922; • Não esteve presente na semana de Arte moderna devido a sua ida a Paris; • Na Europa diversifica muito suas atividades, participando da elaboração de máscaras e figurinos de balé, organizando espetáculos teatrais, ilustrador de livros, literato e poeta.

  8. Em 1930, depois de uma longa estada em Paris, veio ao Brasil trazendo a exposição da Escola de Paris a Recife, Rio de Janeiro e São Paulo; • Em 1957, fixou-se no Brasil. passando a lecionar sucessivamente na Escola de Belas-Artes de Recife, na de Brasília e de novo na de Recife; • Muitas das melhores telas de Monteiro perderam-se em um incêndio, no fim da década de 20; • Ministrou aulas de pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco. • Foi professor do Instituto Central de Artes da Universidade deBrasília.

  9. Vicente do Rego Monteiro OBRA: “A pintura de Vicente do Rego Monteiro é marcada pela sinuosidade e sensualidade. Contido nas cores e contrastes, as obras do artista nos reportam a um clima místico e metafísico. A temática religiosa é freqüente em sua pintura, chegando a pintar cenas do Novo Testamento, com figuras que, pela densidade e volume, se aproximam da escultura.” “Sua obra, porém, permanece inserida no contexto modernista, tendo sido bastante influenciada pelo impressionismo, cubismo, e figurativismo construtivista. Suas telas são um passeio pelo pintura de gênero, pelo retrato, natureza-morta, arte sacra.”

  10. “Eu planejo como um arquiteto. Eu uso cálculos sucessivos até achar a linha para a construção definitiva. Eu acho que o quadro, vou usar essa palavra, o quadro se fabrica, se constrói como uma casa. Esse negócio de falar de inspiração, de improvisação, só no tachismo e impressionismo, onde o artista vai com o corpo e a cara, com tudo, improvisa. Mas eu acho que o artista, depois do cubismo, constrói o seu trabalho. Para mim a linha é muito importante. A linha é exatamente o continente, e a cor, o conteúdo. A cor dá luz e sombra mas a linha é que define".

  11. “Retrato de Joaquim do Rego monteiro” (1920)

  12. “A Cobra Grande Manda para sua Filha a noz de Tucunã” (1920)

  13. “Menino” (1920)

  14. “Retrato da Mãe do Artista” (1920)

  15. Mani Oca: O Nascimento de Mani (1921) ..... Uma lenda. Nesta época os artistas pretendiam valorizar a cultura brasileira ao comemorar os cem anos de independência do país.

  16. O Boto (1921) Retrata o jovem índio seduzindo uma índia em umas das mais famosas lendas do folclore brasileiro.

  17. “Índia” (1921)

  18. Sem título, obra de 1921

  19. “A Crucifixão” (1924)

  20. “Mulher Sentada” (1923)

  21. “Os Calceterios” (1924)

  22. “Fuga para o Egito” (1923)

  23. “Pietá” (1924)

  24. “Menino e Ovelha” (1925)

  25. Mulher com Galinha (1925) Quadro arrematado em leilão no Rio de Janeiro por R$ 840.000,00

  26. “Moderna Degolação de São João Batista” (1929)

  27. “Atirador de Arcos” (1969)

  28. O Mundo Impossível de Escher

  29. Mauritus Cornelis Escher "Apesar de não possuir qualquer conhecimento ou treino nas ciências exatas, sinto muitas vezes que tenho mais em comum com os matemáticos do que com os meus colegas artistas” M.C. Escher.

  30. Vida e Obra Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, 17 de junho de 1898 – Hilversum, 27 de Março de 1972) foi um artista gráfico Holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons, que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses (padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes).

  31. Na sua juventude não foi um aluno brilhante, nem sequer manifestava grande interesse pelos estudos; • Ele mesmo admitiu mais tarde que jamais ganhou, ao menos, um "regular" em matemática; • Na Escola de Belas Artes de Haarlem conheceu o seu mestre, um professor de Artes Gráficas judeu de origem portuguesa, chamado Jesserum de Mesquita; • Depois de várias viagens pela Europa, Escher começou a se interessar pelas gravuras, se apaixonou pela Italia, onde morou, casou e teve dois filhos;

  32. Após algumas exposições pela Europa, suas obras ficam famosas no mundo todo, sendo publicadas em revistas cientificas e em conferências de matemática; • Publicou o célebre texto “Regelmating Vlakverdeling” sobre a divisão regular do plano ; • Em 1960 expõe  em  Cambridge  e  é orador convidado numa conferência internacional de cristalografia. A sua obra torna-se, reconhecidamente, uma ponte entre a ciência e a arte. 

  33. Escher, sem conhecimento matemático prévio mas através do estudo sistemático e da experimentação,  descobre todos os diferentes grupos de combinações isométricas que deixam um determinado ornamento invariante. A reflexão é brilhantemente utilizada na xilografia "Day and Night", uma das gravuras mais emblemáticas da carreira de Escher. 

  34. Day and Night (1938 - xilogravura) Se olharmos o losango branco abaixo somos levados automaticamente ao céu, onde o losango vira um pássaro branco que voa para a noite.

  35. Um dos seus mais famosos trabalhos “Serpentes” data de 1969.

  36. Esboços de “Serpentes”

  37. Escher e a Matemática • Os trabalhos de Escher constroem-se, em grande parte, sobre o fascínio por alguns objetos e conceitos matemáticos (infinito, sólidos platônicos, rotações, simetrias, translações...). Não é pois de espantar que a sua obra tenha chamado à atenção de alguns matemáticos; • Um dos seus fascínios era a representação tridimensional dos objetos na inevitável bidimensionalidade do papel. Explorou em profundidade as leis da perspectiva e desafiou essas leis nas representações bidimensionais e tridimensionais, provocando o conflito das representações.

  38. “Drawing Hands” (1948)

  39. Dono de uma personalidade humilde, Escher, não se considerava artista nem matemático. Mas a verdade é que transportou para os seus desenhos estruturas matemáticas complexas, perspectivas espaciais que necessitam sempre de um apurado segundo olhar, ou até, de um terceiro, quarto ... 

  40. "House of Stairs“ (1943) Quase toda a metade superior da estampa é a imagem refletida da metade inferior. A escada superior, onde um bicho-rolapé desce da esquerda para a direita, reflete-se duas vezes: no meio e no lado inferior. Na escada, no canto superior direito, neutraliza-se a oposição entre subida e descida: duas fileiras de bichos avançam lado a lado; contudo, uma sobe, enquanto a outra desce.

  41. “High and Low” (1947) Nesta estampa reproduz-se duas vezes a mesma representação, cada uma delas dum ponto de vista diferente. A metade inferior mostra a vista de um observador que esteja no rés do chão. A metade superior mostra o que ele veria se estivesse ao nível do segundo andar. O ladrilho que se encontra no centro da composição serve de chão no cenário superior, contudo, este vai servir de teto no cenário inferior.

  42. “Concave and Convex”

  43. “Concave and Convex” (1955) Três casas estão colocadas perto umas das outra. A da esquerda vê-se de fora, a da direita de dentro e a do centro vê-se facultativamente de dentro ou de fora. Em baixo à esquerda, um homem sobe uma escada para uma plataforma. Perto do homem adormecido encontrará uma bacia em forma de concha. Do lado direito alguém sobe uma outra escada, mas então, o que visto da esquerda parecia uma escada, torna-se agora no lado interior de uma abóbada, e a plataforma que era chão firme transforma-se em teto.

  44. Belveder ( litografia de 1958) O rapaz que está sentado no banco tem em suas mãos um objeto com a forma de cubo que, visto de cima, representa uma realidade diferente da de quando visto por baixo. Ele observa pensativamente o objeto impossível e não parece aperceber-se de que o belvedere, atrás das suas costas, é construído desta forma. No piso inferior, no interior da casa, está encostada uma escada pela qual sobem duas pessoas. Mas chegadas a um piso acima, estão de novo ao ar livre e têm de voltar a entrar no edifício.

  45. "Ascending and Descending“ (1960) Um pátio interior é circundado por um edifício cujo telhado consiste numa escadaria onde tanto se pode subir como descer, sem que no entanto se consiga chegar nem acima nem abaixo.

  46. “Waterfall” - 1961 A água de uma cascata põe em movimento a roda de um moinho e corre depois para baixo, numa calha inclinada entre duas torres, em ziguezague, até ao ponto em que a queda de água de novo começa. Ambas as torres são da mesma altura, mas a da direita está, contudo, um andar mais baixo do que a da esquerda.

  47. O formato dos sólidos geométricos, em especial, dos poliedros também atraiu Escher. Seu interesse nasceu a partir da observação dos cristais, possivelmente influenciado por seu irmão que era geólogo; • Realizou diversos trabalhos explorando as possibilidades dos poliedros. Maravilhado pelas suas formas afirma que no caos da sociedade moderna os poliedros "representam de maneira ímpar o anelo de harmonia e ordem do homem“; • São todos estes “condimentos” matemáticos aliados à mente artística de Escher que resultam num trabalho tão original e extraordinário, transformando arte em Geometria e a Geometria em Arte.

  48. “Ordem e Caos” (1950)

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