240 likes | 385 Views
Memórias de um sargento de milícias(1854-1855). Manuel Antônio de Almeida. Diretor da Tipografia Nacional. Escreveu apenas um livro. Morreu num naufrágio nas costas fluminenses. A fórmula romântica:. Retrato da alta burguesia; Personagens idealizadas; Sentimentalismo exacerbado;
E N D
Manuel Antônio de Almeida Diretor da Tipografia Nacional. Escreveu apenas um livro. Morreu num naufrágio nas costas fluminenses.
A fórmula romântica: • Retrato da alta burguesia; • Personagens idealizadas; • Sentimentalismo exacerbado; • Linguagem educada, polida; • Maniqueísmo: bem(herói) X mal(vilão) • Estereótipos: figuras sem profundidade psicológica, cristalizadas, símbolos de uma classe; • Final feliz.
Quebra da fórmula romântica: • Retrato da baixa burguesia; • Personagens sem idealização; • Situações ridículas, engraçadas; • Humor, gozação; • Narrador levemente irônico; • Linguagem simples e giriesca; • Relativização do Maniqueísmo.
Elementos de contato com o Romantismo: • A trama é simples, inocente, sem complexidade; • Há um casal que passa por vários revezes até ficar junto; • Há final feliz, desfecho preferido dos românticos brasileiros.
Classificações do livro: Romance carnavalesco: promove a quebra de um estilo consagrado, fugindo de seus preceitos. Romance picaresco: um personagem vadio e safado passa por várias aventuras.
Classificação de Leonardinho Pataca: (segundo o professor Antônio Cândido) Malandro: o típico enrolador e safado brasileiro, cheio de peraltices, artes, diabruras, brincadeiras.
Narrador: • Terceira pessoa onisciente; • Brincalhão, bem-humorado; • Conversa com o leitor; • Faz digressões: comentários à margem da narrativa.
Espaço: Rio de Janeiro
Não-linear • Não há o predomínio da linearidade na obra, pois acontecem digressões e a quebra do enredo para comentários.
Personagens (estereótipos): • Leonardinho Pataca • Luisinha (sobrinha de Dona Maria) • Vidinha (mulata debochada, segunda namorada de Leonardinho) • Leonardo Pataca (pai) • Maria da Hortaliça (mãe) • Padrinho barbeiro • Madrinha parteira
Vizinha (eternamente chata) • Dona Maria (adorava demandas judiciais) • José Manuel (gaiato oportunista) • Mestre de cerimônias (padre safado) • Cigana (amante do padre e de Leonardo) • Sacristão da Sé (amigo de Leonardinho) • Major Vidigal (incansável perseguidor de Leonardinho): representa a “ordem desordenada” do Império • Toma-largura (funcionário da Ucharia) • Chico-Juca (arruaceiro)
A história • O romance narra suas aventuras e desventuras na "baixa sociedade" fluminense, até que ele é preso pelo Major Vidigal - um personagem que existiu mesmo: Miguel Nunes Vidigal, chefe da Guarda Real, criada pelo rei em 1809, para policiar o Rio de Janeiro.
Vidigal • Símbolo da repressão arbitrária e socialmente injusta, temida por todos aqueles que - tenham ou não problemas com a lei - são pobres e não dispõem de recursos, nem contam com a amizade de algum poderoso que eventualmente possa ampará-los num momento de necessidade.
Críticas subliminares: • Sugestão do caos social do Brasil à época da família real; • Sugestão do espírito corrupto que perpassava as várias camadas do poder; • Retrato bem-humorado da devassidão do clero; • No reino da desordem (Quinto dos infernos), os malandros proliferam.
Resumo da obra • A obra conta as aventuras de Leonardo ou Leonardinho, filho dos portugueses Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça. Como os pais não desejassem criá-lo, Leonardo fica por conta de seu padrinho (um barbeiro) e de sua madrinha (uma parteira), após a separação dos de seus progenitores.
Resumo da obra • Sempre metido em travessuras, desde cedo Leonardo mostra-se um grande malandro. Já moço, apaixona-se por Luisinha, mas põe o romance a perder quando se envolve com a mulata Vidinha. A primeira decide, então, casar-se com outro.
Resumo da obra • Tempos depois, Leonardo é preso pelo Major Vidigal, enfrenta diversos problemas, mas acaba sargento de milícias. Quando da viuvez de Luisinha, reaproxima-se da moça. Os dois casam-se e Leonardo é reabilitado.
ATENÇÃO: TAIS CRÍTICAS SÃO INDIRETAS, SUBLIMINARES, SUB-REPTÍCIAS, PASSANDO QUASE QUE DESPERCEBIDAS PARA O LEITOR DA ÉPOCA. O LIVRO ADQUIRE UMA CAPA DE ESPETÁCULO CIRCENSE, BRINCALHÃO, CÔMICO, FINGINDO NÃO SER UMA CRÍTICA SÉRIA.
CONCLUSÃO: TAL LIVRO NÃO PODE SER CHAMADO DE PRÉ-REALISTA, POIS NÃO POSSUI A FORMA DE UM ROMANCE REALISTA, NEM TAMPOUCO POSSUI A FILOSOFIA DETERMINISTA QUE O EMBASA. TRATA-SE DE UM ROMANCE ROMÂNTICO EXCÊNTRICO, CARNAVALESCO, BURLESCO.
FINAL ABSOLUTAMENTE ROMÂNTICO: Leonardinho acaba por ficar rico, belo e idealizado, ao lado de sua amada.