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O QUE DIZEM OS NÚMEROS

O QUE DIZEM OS NÚMEROS. A Leitura é extremamente valorizada na sociedade brasileira. Como era de se esperar, mais entre as pessoas mais instruídas, que empiricamente comprovam seus benefícios, porém, mesmo entre as pessoas menos escolarizadas a leitura é bastante valorizada.

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O QUE DIZEM OS NÚMEROS

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Presentation Transcript


  1. O QUE DIZEM OS NÚMEROS

  2. A Leitura é extremamente valorizada na sociedade brasileira. Como era de se esperar, mais entre as pessoas mais instruídas, que empiricamente comprovam seus benefícios, porém, mesmo entre as pessoas menos escolarizadas a leitura é bastante valorizada. • Porém, apesar da sua enorme valorização, a leitura não é tão praticada, como se podia esperar, mesmo entre segmentos mais escolarizados.

  3. Atividade que mais gosta de fazer no tempo livre (Estimulada – Várias opções)

  4. Freqüência que faz cada atividade no tempo livre (Entre quem faz cada uma das atividades) 12º lugar entre quem faz freqüentemente

  5. A Leitura é extremamente valorizada na sociedade brasileira. Como era de se esperar, mais entre as pessoas mais instruídas, que empiricamente comprovam seus benefícios, porém, mesmo entre as pessoas menos escolarizadas a leitura é bastante valorizada. • Porém, apesar da sua enorme valorização, a leitura não é tão praticada, como se podia esperar, mesmo entre segmentos mais escolarizados. • Com essa força no imaginário do brasileiro, falar que não gosta de ler é nadar contra a corrente, assumir isso é um risco de tornar-se “do contra”, de negar uma tendência muito forte. • Leitura é sinônimo de conhecimento, seja para a vida escolar/ acadêmica ou profissional, porém, não parece ser tão valorizada como algo importante para o dia-a-dia, para o cotidiano, das pessoas, por isso, perde parte da sua força. • Não devemos esquecer que é nesse contexto do imaginário do brasileiro que a pesquisa se enquadra. Temos consciência de que muitas das respostas dadas aos nossos entrevistadores tinham o objetivo de satisfazer esse senso comum da importância da leitura. E isso não desqualifica a pesquisa, muito pelo contrário, é graças a esse aspecto, que conseguimos ter uma noção desse imaginário, e não algo extremamente racional e lógico. Essa é uma pesquisa de opinião pública.

  6. Conhecimento de alguém que venceu na vida graças à leitura Dado para uma melhor reflexão:

  7. Há um dado na pesquisa que parece contraditório nesse imaginário do brasileiro: como a leitura pode ser tão valorizada, se a maioria não conhece ninguém que “venceu na vida” graças a leitura? • A explicação disso não está simplesmente na correlação entre as duas perguntas. As pessoas têm noção do valor da leitura, porém, no círculo de amigo da maioria dos brasileiros, não existem muitos “vencedores” na vida. Eles são vistos como minoria no mundo de hoje. • O que notamos, não de uma forma direta, mas por algumas respostas espontâneas apresentadas, é que a leitura ainda é vista, para o brasileiro comum, como algo árduo, cansativo, que demanda um tempo específico (e o pior, num ambiente apropriado). Prova disso é que a “falta de tempo” é a grande “muleta” dos que não lêem. • Não com base na pesquisa, mas no nosso dia-a-dia, a pessoa que gosta de ler é visto como um CDF, como dizem os jovens. Ao invés de valorizar essa pessoa, como a leitura em si é valorizada, nossa sociedade carimba o leitor como alguém “desplugado” do mundo atual, que vive num mundo próprio e “enfiado” num livro. • Assim, junto com a valorização do livro, é preciso valorizar o agente, o leitor.

  8. Mais dados para refletirmos:

  9. Existência de bibliotecas na cidade Utilização

  10. O LIVRO • Apesar da grande concorrência das diversas formas de leitura a que as pessoas hoje em dia estão expostas, o livro ainda parece ser o meio que melhor representa a leitura. Apesar de não termos feito uma pesquisa qualitativa mais aprofundada sobre o tema, os dados comparativos do livro frente a outros instrumentos de leitura, tudo leva a crer que no imaginário do brasileiro, se ele tivesse que associar a leitura a um deles, o mais associado seria o “velho e bom” livro. • Outro fator que corrobora com esse quadro da leitura no Brasil é a questão das bibliotecas. Biblioteca no Brasil é um equipamento para estudantes. Não existe entre nós, brasileiros, o hábito de freqüentar a biblioteca para momentos além da escola/ faculdade. Isso é claramente apontado na pesquisa. • O PAPEL DO PODER PÚBLICO • Numericamente, o dado mais importante da pesquisa é o aumento do número de livros lidos entre os brasileiro, se comparado com a pesquisa passada. Fora a ressalva da diferença amostral, uma das principais justificativas dessa elevação é a eficácia de políticas públicas de distribuição de livros. • Assim, comprova-se mais uma vez a força do poder público na democratização do saber no país, sem ele, a posição da grande maioria da população é de total passividade em relação ao seu desenvolvimento educacional.

  11. Outro dado importante:

  12. Forma como lê

  13. COMPLICADOR • Apesar de todos os entraves aqui citados com relação a leitura, há ainda os fatores “estruturais” para que a leitura se dê de forma concreta: o analfabetismo, seja absoluto, seja funcional.

  14. Outros dados importantes:

  15. Freqüência com que vê/ via os pais lendo

  16. Principal responsável pelo incentivo ao gosto pela leitura(Entre quem gosta de ler - Estimulada – Duas opções)

  17. Freqüência com que foi/ é presenteado com livros/ revistas por familiares

  18. COMPLICADOR • Apesar de todos os entraves aqui citados com relação a leitura, há ainda os fatores “estruturais” para que a leitura se dê de forma concreta: o analfabetismo, seja absoluto, seja funcional. • COMO TENTAR MUDAR? • O papel feminino, encarnado pela mãe, tem se mostrado como um caminho seguro, firme e eficaz para o nascimento do “gosto” pela leitura. Porém, não temos dados efetivos de que o papel do pai, da figura masculina do lar, seja de fato menor, o que vemos é ele é menos presente, mas não podemos afirmar que menos eficiente do que a mãe. • A grande maioria dos brasileiros não tem ou não teve, quando criança, o hábito ler para os filhos. Esse pode ser um caminho... • Apesar de ser valorizada, a leitura não está presente na vida cotidiana das pessoas, nem como uma forma de união familiar, na leitura de livros em casa para os filhos, por exemplo, nem há, para a grande maioria dos brasileiros o hábito de presentear com livros, apesar das diversas datas comerciais existentes nos dias de hoje.

  19. Voltando a questão das políticas públicas, outro dado interessante é que as pessoas com mais livros ao seu dispor, aumentam seu interesse em ler. É preciso oferecer o livro, o acesso é importantíssimo, mas, esse acesso, infelizmente, ainda deve ser de forma “assistencialista”, de colocar o livro na casa das pessoas para incentivar a valorização e gosto/ prazer pela leitura. • Soluções criativas nesse sentido são muito importantes, quem sabe utilizando as crianças como “distribuidoras” de livros para os pais. É uma idéia. • Grande parte das pessoas não se mostra muito dispostas a ir atrás dos livros nas bibliotecas, infelizmente, seja pela sua inexistência no município, pelas faltas de condições das bibliotecas existentes, seja pela falta de costume, do hábito em visitá-las, como já disse. • Assim, ao que tudo indica, para que se aumentem ainda mais os índices de leitura no Brasil, é preciso também intensificar o acesso aos livros, e da forma mais “paternalista” possível, levando-os até a casa das pessoas, ai sim estarão mais dispostas a ler. Esse deve ser um dos papeis do Estado em parceria com a sociedade brasileira.

  20. FIM Maurício Garcia pedro borges, 20 – salas 1307 e 1308 fortaleza - ce tel 85 3226 1960 fax 85 3226 6324 celular 85 9213 5559 mauricio.garcia@ibope.com.br

  21. FIM Muito obrigado! Maurício Garcia

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