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A Casa de Dona Yayá

A Casa de Dona Yayá. Comissão de Patrimônio Cultural da USP. Sobre a personagem Dona Yayá Nome Completo: Sebastiana de Mello Freire; Pais: Manoel de Almeida Mello Freire (bacharel em Direito, Político e grande proprietário de terras) e Josephina Augusta de Almeida Mello;

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A Casa de Dona Yayá

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Presentation Transcript


  1. A Casa de Dona Yayá Comissão de Patrimônio Cultural da USP

  2. Sobre a personagem Dona Yayá Nome Completo: Sebastiana de Mello Freire; Pais: Manoel de Almeida Mello Freire (bacharel em Direito, Político e grande proprietário de terras) e Josephina Augusta de Almeida Mello; Data Nascimento: 21 de janeiro de 1887; Data Falecimento: 04 de setembro de 1961; Natural de: Mogi das Cruzes; Residência em São Paulo: Palacete de dois andares à Rua de Abril, nº 37. Foto – “A Casa de Dona Yayá” – pág. 33

  3. A Casa de Dona Yayá A CASA

  4. O Primeiro proprietário da casa foi José Maria Talon • A construção inicial data provavelmente do final da década de 1870, década de muitas transformações na cidade de São Paulo, advindas principalmente da chegada da ferrovia, com a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a Sorocabana e outras • Pequeno chalé de tijolos com provavelmente apenas quatro cômodos, num terreno de mais de 30.000 metros quadrados que limitava aos fundos com o córrego do Bixiga, formador do Anhangabaú, ambos há muito subterrâneos.

  5. Em 1888 o imóvel foi vendido a Afonso Augusto Roberto Milliet, quem provavelmente deu à residência sua configuração atual . • Ampliação e criação de um alpendre em • três de seus lados. • Paredes externas do antigo chalé passaram a ser internas, e o número de cômodos passou a uns 13.

  6. A chácara foi vendida novamente em 1902 para João Guerra, um próspero comerciante de secos e molhados • Integração à mancha urbana, embora mantivesse a área original. O novo proprietário realizou novas ampliações, construindo alguns anexos, e por meio de reformas procurou dar à casa uma ornamentação mais sofisticada

  7. Uma das características da Casa de Dona Yayá é o significativo repertório de afrescos que cobrem as paredes de diversos aposentos do imóvel.  • As pinturas murais eram comuns nas residências de alto padrão do final do século XIX e primeira do século XX, e demonstravam o nível econômico de seu proprietário. • Externamente, a ornamentação se dá pelos frontões, pilastras embutidas, compoteiras, típicos ornatos da arquitetura neoclássica, pelas colunas de ferro fundido (fabricadas em série na Europa) que sustentavam o alpendre.

  8. Seu banheiro não possuía torneiras, a água saía diretamente da parede. As janelas dos cômodos ocupados por Yayá foram especialmente projetadas pelo dr. Juliano Moreira, e além de serem inquebráveis, só se abriam do lado de fora. • Na residência moravam, além de d. Yayá, numerosa criadagem, seu enfermeiro, sua amiga Eliza Grant e sua prima Eliza de Mello Freire.

  9. A Casa de Dona Yayá Tombamento Em abril de 2001, o imóvel foi tombado pelo CONDEPHAATcomo testemunho material de uma das formas de tratamento da loucura do início do século XX. A CASA E em 12 de dezembro de 2002 foi tombado em instância municipal pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo ( CONPRESP).

  10. A Casa de Dona Yayá O RESTAURO

  11. A Casa de Dona Yayá Identificação e Estudos • De 1989 a 1991 • Implantação do programa de identificação: • Identificação e caracterização das pinturas dos murais de 12 ambientes da casa; • Análise das argamassas, tijolos e tintas; • Levantamento métrico-arquitetônico; • Pesquisa histórico-documental sobre a casa e seus antigos proprietários visando subsidiar as análises de campo e datações da estratigrafia arquitetônica; O RESTAURO Fase 1

  12. A Casa de Dona Yayá Papeis de parede encontradas sob as cabeiras dos forros de madeira em diversos ambientes da casa. O RESTAURO Fase 1

  13. A Casa de Dona Yayá Providências e Diretrizes • De 1991 a 1998 • Foram realizados serviços de manutenção e conservação geral na casa. Estes serviços, de caráter emergencial, definiram-se com base nas diretrizes determinadas pelos trabalhos de identificação da cronologia arquitetônica do imóvel e diagnóstico do estado de conservação de suas estrutura, componentes arquitetônicos e pinturas realizados anteriormente pelo CPC-USP e contaram com a constatntes supervisão dos órgãos de preservação estatais. O RESTAURO Fase 2

  14. A Casa de Dona Yayá Providências e Diretrizes • Em 10 de março de 1998 foi criada uma comissão especial do CPC com objetivo de elaborar um plano de restauro e ocupação da Casa de Dona Yayá. • A partir de então, as intervenções realizadas no imóvel e as destinações a ele previstas foram discutidas, elaboradas e aprovadas por esta comissão, que definiu diretrizes e parâmetros gerais de usos, preservação e conservação do bem de patrimônio cultural. • Todo o material produzido foi devidamente encaminhado aos órgãos de preservação e as intervenções só ocorreram após as devidas autorizações. O RESTAURO Fase 2

  15. A Casa de Dona Yayá O Uso Definido • Definiu-se um programa de uso e conservação para a Casa, que passaria a abrigar a sede do CPC. As atividades a serem desenvolvidas de forma permanente envolveriam cursos, exposições, oficinas, visitas uma crescente integração com o bairro e a cidade e vinculariam-se com as identidades e desafios propostos pelas características da casa, tais como: restauração e preservação, educação ambiental e patrimonial, loucura, regerssão, grupos e relações socias, entre outros. • Simultaneamente, funcionaria como um efetivo elemento de ligação da Usp com a cidade através da cultura e extensão universitária. A CASA

  16. A Casa de Dona Yayá O Restauro – fase 3 Conclusão das Obras • Em 2001 o programa de Conservação e Restauração de Bens Arquitetônicos e Integrados voltou a atuar na Casa, iniciando o restauro das pinturas murais de dois cômodos da casa.

  17. A Casa de Dona Yayá O Restauro – fase 3 1.Restauro dos Murais Artísticos Sala Verde – sala de jantar Vista da sala de jantar no início dos trabalhos. As pinturas antigas estavam encobertas com cinco demãos de tintas novas. Após as primeiras sondagens, iniciou-se a decapagem de uma pequena área da parede da sala de jantar; quando foram identificados trechos de pinturas com motivos florais.

  18. 1.Restauro dos Murais Artísticos Sala Verde – sala de jantar

  19. 1.Restauro dos Murais Artísticos Sala Verde – sala de jantar As “faixas estratégicas” de sondagem preliminar para a localização de pinturas antigas, foram realizadas em todos os cômodos da casa, em alturas diferentes e qualidades variáveis, de modo a explorar todas as áreas de paredes onde os murais artísticos supostamente existiam. Após o reconhecimento numérico dos estratos de tinta sobrepostos e identificação dos mais antigos, o passo seguinte foi a execução de decapagens; procedimento que implica na remoção gradativa das tintas novas que recobrem as pinturas de interesse. Foram abertas com prudência pequenas “janelas” (retângulos de aproximadamente 10x20cm), uma a uma, começando a partir da quarta camada visível, para assegurar de que nenhum trecho de pintura artística insubstituível estava sendo removido. Como as camadas de tinta sobrepostos tinham constituição, espessura e textura variadas, algumas delas foram retiradas com procedimentos mecânicos, com o auxílio de bisturi cirúrgico e, nos pontos onde as tintas ofereciam maior resistência, foram removidas com produtos químicos adequados a sua natureza. A pintura decorativa de estilo art noveau foi identificado sob quatro grossas camadas de tinta a óleo e esmalte modernas.

  20. A Casa de Dona Yayá O Restauro – fase 3 • Para viabilizar o uso público da casa e sua efetiva ocupação pelo CPC, foram realizados e concluídos no ano de 2003, com recursos da universidade, o restauro das fachadas externas e azulejaria interna; a reforma dos jardins e a implantação de redes de infra-estrutura. • Internamente, foi concluído o restauro das pinturas murais dos dois cômodos iniciada em 2001, assim como a recuperação das portas e janelas da casa e a restauração dos cômodos destinados ao confinamento de Dona Yayá.

  21. A Casa de Dona Yayá O Restauro – fase 3 2.Restauro da Azulejaria Interna

  22. O Restauro – fase 3 2.Restauro da Azulejaria Interna Ambiente antes do restauro Azulejos restaurados Piso hidráulico restaurado

  23. O Restauro – fase 3 2.Restauro da Azulejaria Interna Ambiente após restauro

  24. O Restauro – fase 3 2.Restauro da Azulejaria Interna Ambiente após restauro

  25. A Casa de Dona Yayá O Restauro – fase 3 3.Restauro das Fachadas

  26. O Restauro – fase 3 3.Restauro das Fachadas Antes do restauro

  27. O Restauro – fase 3 3.Restauro das Fachadas

  28. O Restauro – fase 3 3.Restauro das Fachadas

  29. O Restauro – fase 3 3.Restauro das Fachadas

  30. O Restauro – fase 3 3.Restauro das Fachadas

  31. O Restauro – fase 3 3.Restauro das Fachadas

  32. O Restauro – fase 3 3.Restauro das Fachadas

  33. SOLARIUM, MODIFICAÇÃO FEITA NA VARANDA PARA ATENDER AS ORIENTAÇÕES DOS PSIQUIATRAS QUE FAZIAM O TRATAMENTO DE DONA YAYÁ.

  34. A Casa de Dona Yayá VISITA – DOMINGO 26 DE MARÇO DE 2006

  35. BIBLIOGRAFIA A CASA DE DONA YAYÁ – COLEÇÃO CADERNOS CPC ED. EDUSP PATRIMÔNIO CULTURAL PAULISTA – COMEMORAÇÃO 30 ANOS CONDEPHAAT – BENS TOMBADOS 1968-1998 SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA SITE: www.usp.br/cpc

  36. AGRADECIMENTOS AGRADECEMOS A MARIANA E A EQUIPE DO CPC, PELA ORIENTAÇÃO E ATENÇÃO PARA COM ESTE TRABALHO. EQUIPE CAROLINA PARADISO DE CARVALHO JOAQUIM DE SÁ CAVALCANTE LUIS NISHI MARCIO HUMBERTO RODRIGUES PRISCILA RAQUEL GARDIM VICTOR ACORSI FIAM FAAM CENTRO UNIVERSITÁRIO ARQUITETURA E URBANISMO PROFº EDGAR COUTO – 7º SEMESTRE – NOTURNO – 2006

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