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Intervenção Psicoterapêutica na doença crónica

Intervenção Psicoterapêutica na doença crónica. Docentes: Doutora Ana Paula Relvas Doutora Madalena Lourenço. 2006/ 2007 Ana Vanessa Amâncio Paula Reis Tânia Morais. Genograma:. Genograma da Família Gomes. Genograma Família Gomes. Esclerose Múltipla – O que é?.

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Intervenção Psicoterapêutica na doença crónica

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Presentation Transcript


  1. Intervenção Psicoterapêutica na doença crónica Docentes: Doutora Ana Paula Relvas Doutora Madalena Lourenço 2006/ 2007 Ana Vanessa Amâncio Paula Reis Tânia Morais

  2. Genograma: Genograma da Família Gomes Genograma Família Gomes

  3. Esclerose Múltipla – O que é? www.youtube.com/watch?v=8NwVQxrMIu0

  4. Caso – Esclerose Múltipla • Diagnóstico aos 51 anos. • Queixava-se há 4/5 anos sem que o médico conseguisse identificar qualquer doença específica exames: ressonância magnética descoberta da doença • foi internada, fez punções lombares e não restaram dúvidas.

  5. Caso (cont.) • 1os sintomas: cansaço, perna e braço direito dormentes, arrastar a perna, poucas forças, perda do equilíbrio, diferenças na visão. • Evolução: • por surtos (um – internamento); • Medicação, administra injecções todas as semanas, tem consultas e exames regulares. • Reforma aos 52 anos por invalidez.

  6. Caso (cont.) • Informação que possui: • Antes – não tinha informação; • Dada pelos médicos (possíveis causas e evolução) • Também leu sobre o assunto. • Sem explicação para o aparecimento da doença. • Início – revoltou-se e pensava “porquê a mim?”, aprendeu a viver com ela e agora aceita-a.

  7. Caso (cont.) • Futuro: • Medo de vir a depender de alguém e de ser um “peso”. • O que está a ser feito? • consultas e exames regulares, medicação. • Família • Apoio-a muito; • A filha pesquisava na Internet e o marido e o filho “passaram a ajudar mais nas coisas de casa” e não “me deixam fazer certas tarefas”.

  8. Caso (cont.) • Amigos/ colegas de trabalho • Foram todos pessoas excelentes (sobretudo o patrão) • Estão bem informados sobre a doença. • Pessoas que mais a ajudam: marido, filhos, pai, prima (lúpus) e cunhada; • dão-lhe o apoio necessário.

  9. Caso (cont.) • Com a doença ficaram mais unidos; • Sempre que pode também os ajuda; • Não falam muito sobre a doença, mas quando falam é com naturalidade; • Em caso de crise: ajuda do marido, filhos, pai e a prima Não há cuidador primário

  10. Caso (cont.) • Mudança da vida da família: • ajuda nas tarefas domésticas; • marido ou o filho têm que faltar ao trabalho para a acompanharem às consultas; • passam mais tempo em casa, etc; • A família às vezes sente-se fraquejar mas nunca deixou que a doença a derrotasse.

  11. Caso (cont.) • O doente crónico como cuidador primário: • A mãe tem Alzheimer; • depende completamente dela; • deixou de sair de casa; • sente os nervos à flor da pele; • Com a doença da mãe “comecei a pensar menos na minha doença e a pensar mais na dela”;

  12. Caso (cont.) • Já teve diferentes médicos: • relação mais próxima com a neurologista; • muito simpáticos e acessíveis; • Informam-na acerca dos tratamentos, perguntam-lhe se concorda e se tem dúvidas. • Com os restantes profissionais de saúde: • Boa relação (ex.: enfermeiros)

  13. Reflectindo sobre o caso • Tipologia: GEF+ • começo gradual: • a senhora D. “ andava com queixas há alguns 4/5 anos” • “o diagnóstico serve como ponto de confirmação” “marcaram-me alguns exames, uma ressonância magnética, foi aí que descobriram a minha doença”.

  14. Reflectindo sobre o caso • curso da doença • Episódico: “alternância entre períodos estáveis, de baixa sintomatologia, e outros de exacerbação” • tendo implícita uma certa imprevisibilidade • Resultado: • a esperança de vida dos pacientes é só moderadamente diminuída • É uma doença incapacitante

  15. Reflectindo sobre o caso • Fases de desenvolvimento da doença: • a esclerose múltipla não passa por todas as fases (a terminal não se verifica) • neste momento, a doença encontra-se na fase crónica - principal tarefa “colocar a doença no seu lugar” • há uma tarefa que não está totalmente satisfeita - necessidade de alargar ou manter a rede social.

  16. Reflectindo sobre o caso • Sobreprotecção familiar em relação ao doente: • compreensível quando se situa dentro dos limites da normalidade. • Reciprocidade – capacidade de devolver o apoio que os outros lhe dão. • A senhora D. conseguiu integrar este aspecto de forma muito positiva na sua vida “Sempre que posso fazer alguma coisa por elas, nunca hesito.”

  17. Reflectindo sobre o caso • Em casa: • Não falam muito sobre a doença; • “quando falamos é com naturalidade”. • Relação com os profissionais de saúde: • diferentes médicos – “relação muito boa”; • sempre foi bem atendida “são muito simpáticos e acessíveis”; • considera-se uma participante activa no tratamento, “os médicos informam-me sempre do que irá ser realizado”, “perguntam se há dúvidas e se estou de acordo”.

  18. Objectivos da Intervenção

  19. Promover a Socialização da PI

  20. Intervenção: • Intervenção em Rede Primária • “estratégia de intervenção face a problemas dolorosos e difíceis, de uma pessoa ou de uma família, em que os técnicos actuam como catalizadores e a rede como agente terapêutico”. (Alarcão, 2006) • começar com a construção do Mapa de Rede Social Pessoal: • perceber quais as pessoas significativas para a doente e que a poderiam ajudar; • permitia que a doente visualizasse os recursos disponíveis.

  21. Intervenção: • Primeiro encontro: reunião da equipa com a família para saber qual é o problema e para propor a intervenção em rede. (Elkaim, 1995) • Apresentada e aceite a proposta de intervenção em rede: • Pede-se à PI/família que escolham um dia e uma hora e que telefonem a todos os familiares, amigos, vizinhos e conhecidos (que sintam que os podem ajudar) - estarem presentes na sessão de rede a realizar em casa da família. (Elkaim, 1995)

  22. O que nos levaria a optar por este tipo de intervenção? • Consciencializar a rede para o(s) problema(s); • Activar as pessoas da rede para prestarem apoio à doente e à sua família; • Aparecimento de novas visões e ideias alternativas; • Ampliar a rede social; • “Colocar a doença no seu lugar”.

  23. O que nos levaria a optar por este tipo de intervenção? • Redefinição das funções familiares; • Discussão de crenças incorrectas; • Evitar o isolamento da doente e da família nuclear; • Permite a expressão de sentimentos positivos.

  24. Intervenção • É importante não esquecermos que quem encontra e propõe as soluções é a família e não a equipa. • Acreditamos que apenas uma reunião de rede seria suficiente para concretizar os objectivos.

  25. A colaboração entre os profissionais de Saúde Mental e os profissionais médicos

  26. Colaboração • Doença crónica - paralelamente à intervenção dos profissionais médicos seria importante uma intervenção psicoterapêutica, devido: • ao impacto da doença (no doente e na família); • médicos são “treinados para curar” doenças, mas não para tratar a experiência da doença.

  27. Colaboração (cont.) • Se recebêssemos um pedido de análise deste caso, seria importante: • ter conhecimento dos profissionais com os quais o PI estabelece contactos (enfermeiros, médicos e uma neurologista). • estabelecer um clima de colaboração com os profissionais – integrar os processos biológicos e psicossociais. • Esta colaboração requer: • treino das habilidades de articulação; • transmissão de informação;

  28. Colaboração (cont.) • Perante dúvidas relacionadas com aspectos básicos da doença (que provavelmente surgiriam) poderíamos: • recorrer à consulta pedindo directamente ao médico para nos esclarecer; • ou procurar informações junto da família. • No âmbito da colaboração: • Nós, enquanto técnicos de saúde mental e os clínicos deveríamos estar ao mesmo nível; • respeitar as competências uns dos outros; • comunicar de forma a maximizar o tratamento dos pacientes.

  29. Colaboração (cont.) • Contudo, esta relação de colaboração poderia ser dificultadas por vários aspectos: • diferenças de preparação, diferenças na linguagem, no modelo teórico, na cultura, no estilo de trabalho, na duração das consultas e no próprio tratamento; • Pela nossa percepção de confidencialidade, porque os níveis de sigilo são diferentes na psicoterapia e num contexto clínico alargado. • Se as diferenças não forem tidas em conta – poderá ocorrer alguma tensão ou competição.

  30. Colaboração (cont.) • Seria importante: • comunicarmos com os diversos profissionais sobre as diferentes visões acerca da doença e sobre os objectivos do tratamento; • clarificarmos os papéis de cada um ; • negociarmos um plano de tratamento em conjunto; • existir respeito pelo território profissional de cada um, para não ocuparmos os “espaço” dos outros.

  31. Colaboração (cont.) • Perante este caso seria necessário: • valorizarmos a persistência e a criatividade; • Procurarmos os interesses em comum com os restantes profissionais; • Ganharmos a confiança destes. • Se conseguíssemos superar as barreiras criadas pela formação e pelas rivalidades profissionais poderíamos apreciar a estimulação profissional e o entusiasmo resultado do trabalho em conjunto.

  32. Bibliografia • Alarcão, M. (2006). Dossier de Intervenção Sistémica I • Elkaim, M. et al. (1995). Las practicas de la terapia de red. Barcelona: Gedisa. Ed. Original. 1987 • McDaniel, S; J. & Doherty, W. J. (1992). Medical family therapy. New York, Basic Books. (pp.36-60) • Sousa, L. Mendes, A. & Relvas, A. P. (2007). Enfrentar a velhice e a doença crónica. Lisboa: CLIMEPSI

  33. FIM

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