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Intersetorialidade e redes na proteção à pessoa idosa

Intersetorialidade e redes na proteção à pessoa idosa. Prof Dr Vicente de Paula Faleiros UCB- Pós-Graduação em Psicologia Vice-presidente de gerontologia da SBGGDf. Setores e redes:uma imagem. Tópicos da exposição. 1.Visão relacional da intersetorialidade 2.Intersetorialidade e democracia

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  1. Intersetorialidade e redes na proteção à pessoa idosa ProfDr Vicente de Paula Faleiros UCB- Pós-Graduação em Psicologia Vice-presidente de gerontologia da SBGGDf Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  2. Setores e redes:uma imagem Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  3. Tópicos da exposição • 1.Visão relacional da intersetorialidade • 2.Intersetorialidade e democracia • 3.Intersetorialidade como paradigma de governança • 4.Intersetorialidade e cidadania • 5.Intersetorialidade e multidimensionalidade • 6.Totalidade,complexidade,complementaridade • 7.Ruptura com a cultura política da fragmentação, do clientelismo e do mandonismo e da passividade Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  4. Tópicos da exposição • 8. Intersetorialidade “top-down” • 9. Redes são obrigações • 10. Implicações estratégicas • 11. Redes de serviços e pactação • 12. Táticas operacionais de intersetorialidade e integração • 13.Considerações finais Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  5. 1A intersetorialidade é uma relação de poder • “O poder é uma relação de conquista e manutenção de lugares de decisão, recursos, legitimidade no interesse pessoal ou de um grupo e pressupõe estratégias de competição com concorrentes e dominação de subordinados numa correlação de forças” – Vicente Faleiros • As relações de força são tanto estruturadas, institucionais, como interpessoais configuradas pelos conflitos e disputas. • (Faleiros Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  6. Correlação de forças • As redes e a intersetorialidade não são invenções abstratas, mas partem da articulação de atores/organizações-forças existentes no território para uma ação conjunta multidimensional com responsabilidade compartilhada (parcerias) e negociada. A existência de redes pressupõe uma visão relacional dos atores/forças numa correlação de poder onde a perspectiva da totalidade predomina sobre a da fragmentação (Faleiros) Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  7. Estratégia relacional de forças • A intersetorialidade implica relações do complexas do Estado e governo com a sociedade • Os conselhos de direitos pressupõem intersetorialidade • A intersetorialidade implica uma revolução no processo burocrático linear e hierárquico Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  8. 2A Constituição de 1988 • A Constituição de 1988 reflete um pacto social fundado na democratização da sociedade e na garantia de direitos e na implementação de uma forma de organização política que viesse superar o centralismo e a fragmentação de políticas sociais e aprofundasse o federalismo, o municipalismo e o protagonismo das pessoas. Isto se reflete nas políticas para os idosos. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  9. A intersetorialidade pressupõe a democracia • A democracia representativa está baseada na divergência, no voto, na legalidade e instituições socialmente reconhecidas. • A democracia participativa é um horizonte, uma bandeira de luta, e também um instrumento pedagógico de aprendizagem da decisão, e um forte canal de pressão da população sobre os órgãos e conselhos. Democracia não se resume, pois, no uso do procedimento público (urnas) das eleições, nem na coleta do voto da maioria. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  10. 3.Paradigma estratégico de governança • A governança em redes pressupõe uma teia de parcerias e contratos para realizar o trabalho público, com parcerias, alinhamento de processos, diversificação das escolhas na perspectiva do cliente cidadão, com uso da tecnologia. (Ver GOLDISMITH E EGGERS, 2006) • A quantidade de informação e sua conexão implicam uma gestão do conhecimento Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  11. 4. A intersetorialidade pressupõe a a cidadania e a proteção social • “A construção da cidadania passa a ser a construção da política, entendida como pactos e direitos de convivência cotidiana, de relação entre si e o outro, de relação entre grupos, num determinado território e cultura de convívio como “polis”, com interesses e normas definidos para todos os que sejam reconhecidos como membros de uma sociedade. ”(Faleiros) • O direito estabelecido pelo Estado, entretanto, não basta, por si só, para definir e assegurar a cidadania de todos, pois se inscreve numa determinada correlação de forças sócio-econômicas. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  12. 5.A INTERSETORIALIDADE PRESSUPÕE A MULTIMENDIOSALIDADE DO ENVELHECIMENTO o envelhecimento diz respeito a processos biopsicosocioculturaismultidimensionalmente articulados. O conceito de velhice, associado negativamente a perdas ou positivamente a ganhos e conquistas, faz parte da visão contraditória da velhice (Faleiros, 2006). Essa multidimensionalidade e essa visão de ganhos e perdas fazem parte da organização da INTERSETORIALIDADE. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  13. 6. Aintersetorialidade pressupõe o olhar da totalidade, da complexidade ,da incompletude e da complementaridade • A totalidade, na perspectiva de Marx, é a reflexão da realidade em suas relações e contradições • A complexidade, na perspectiva de Edgar Morin é aquilo que é tecido junto, buscando-se distinguir e reunir (MORIN,2003) Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  14. Totalidade • A totalidade, na perspectiva de Marx, é a reflexão da realidade como relações multidimensionais • Como contradições e movimento • Como processo de construção da profundidade enquanto abstração e concretização Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  15. ComplexidadeSegundo Morin (2003) • Articular as parte e todo, inclusive de o todo estar nas partes; • pensamento de auto-regulação e não de causalidade linear; • ciclo recorrente em que o produto também interfere no processo; • articular a autonomia e a dependência; • dialógica ordem/desordem; • princípio de reintrodução do conhecido. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  16. Incompletude • Para conceber e agir em rede pressupõe-se também que nenhuma organização dá conta, por si mesma, da multidimensionalidade do envelhecimento, ou mesmo do existir humano, o que configura a incompletude de todas as instituições e, ao mesmo tempo, a complementaridade dos atores. As instituições que se pretendem totais são ilusórias, pois privam as pessoas de realização de suas necessidades, de interação e protagonismo, como de seus direitos de participação. Nenhuma instituição dá conta completamente de atender a multidimensionalidade do ser humano, das suas necessidades, da diversidade e das ocorrências que sucedem durante a vida (Faleiros) Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  17. Complementaridade • A INTERSETORIALIDADE pressupõe a complementaridade das ações com convergência compartilhada. Se a incompletude das instituições implica a multidimensionalidade, a ação em rede implica uma ação multidimensional articulada em que haja complementaridade de níveis, escalas, complexidade e fundamentalmente interação, com construção coletiva de propostas e práticas compartilhadas. (Faleiros) Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  18. 7. Ruptura da cultura política da fragmentação, do clientelismo e mandonismo A organização das ações públicas funcionam de forma fragmentada, com divisão político-operacional das ações em setores separados e também como “porteiras fechadas de cargos”. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  19. Intersetorialidade e cultura política • Ruptura com o clientelismo (lealdades pessoais) • Transparência • Ruptura com o jeitinho • Ruptura com a privatização do Estado • Compromisso com a democracia • Compromisso com a participação • (FALEIROS, 2001) • Ruptura com o “ao”- ao Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  20. Cultura Política >Rupturas • Com o mandonismo político • Com a convergência de conveniência • Com improvisação e ações “ad hoc” • Com interesses políticos acima dos interesses da população • Com a manutenção da continuidade do poder como prioridade • Com a distância entre o escrito e o discurso e a prática • Com o discurso do vamos fazer sem que se faça (promessa enganadora) Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  21. Cultura política :ruptura com a passividade • Precisamos romper com uma cultura do sem voz e sem história”, passando para uma cultura de protagonismo com reconhecimento do outro e do outro lado, e de que juntos se pode obter melhor resultado para fortalecimento dos direitos: uma cultura cidadã. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  22. 8.Intersetorialidade na lei e por cima (top-down) • Exemplos • Política Nacional Anti-Drogas • Política Nacional do Idoso • Política para as Mulheres • Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico • Vantagem: Alerta para a Intersetorialidade • Relação entre o “top-down” (de cima para baixo)e a horizontalidade Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  23. 9.Uma definição de Intersetorialidade pelo Ministério da Saúde • Desenvolvimento de ações integradas entre os serviços de saúde e outros órgãos públicos, com a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde- SUS, potencializando, assim, os recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos disponíveis, evitando duplicidade de meios para fins idênticos” <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/05_0001_M.pdf> Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  24. Atendimento domiciliar proposto • O Ministério da Saúde estabeleceu uma política de atendimento domiciliar tanto pela Estratégia de Saúde da Família, como de incentivo à implementação de serviços domiciliares em co-parceria com estados e municípios conforme a Portaria nº 2529 de 19 de outubro de 2006 que “institui a internação domiciliar no âmbito do SUS”, Por sua vez, o SAMU – Serviço de Assistência Médica de Urgência pode atender a demandas emergenciais, conforme o município tenha organizado o serviço. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  25. Serviços em rede na assistência social • A proteção se vincula a um sistema de garantias de direitos, com participação da sociedade e dos sujeitos de direitos. Na Política Nacional de Assistência Social (Resolução CNAS Nº 145/2004), a proteção é definida como uma segurança de rendimento, de autonomia, de convívio ou vivência familiar, de cuidados e serviços e de projetos operados em rede. Norma Operacional Básica do SUAS – Sistema Único de Assistência Social. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  26. Estatuto do Idoso • Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. • VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  27. 10.Focos estratégicosimplicações • Objetivos e prioridades comuns • Compartilhamento • Compromisso de cada setor com o todo • Responsabilidade dividida • Qualidade do serviços para o público • Potencialização da ação, • Otimização do processo de trabalho. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  28. Estratégias de INTERSETORIALIDADE • Coordenação inter-serviços • Portas de entrada • Sistema de gestão por situações • Elaboração de planos e serviços concretos • avaliação único compartilhado • Conexão • Contato- intensidade • Cadeia – relação entre as parte • Centralidade – articulação Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  29. Implicação da participação e formas de resolução de conflitos • A dinâmica efetiva e a prática de redes pressupõem mobilização, atores em movimento,forças em presença, debates, conflitos, e formas de construção de consensos Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  30. Tipos básicos de redes • Redes primárias • Redes de serviços • Articulação de ambas Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  31. 11.Sistema e redes de serviços • “A proteção se dispõe em rede supõe um sistema, embora sistema e rede sejam formas distintas de organização. Na Norma Operacional Básica do SUAS – Sistema Único de Assistência Social (que implementa o art 6º da LOAS) a proteção social “consiste no conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS para redução e prevenção do impacto das vicissitudes sociais e naturais ao ciclo da vida, à dignidade humana e à família como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional”. Assim, a proteção social implica, ao mesmo tempo, direitos, sistema de garantias e rede de atores e compromisso.” (Faleiros) Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  32. A rede secundária de serviços é uma pactação • A rede secundária se configura no território • como interação institucional entre serviços • como apoios • Como organização própria • Construídas num processo de pactacão de alto nível • E não como contatos informais Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  33. Operações da INTERSETORIALIDADE • Gestão intersetorial • Mapeamento DO TERRITÓRIO:Serviços e atores • Planejamento: operacional : prioridades comuns e metas compartilhadas com divisão de responsabilidades • Parcerias em movimento • Discussões conjuntas e acompnhamento conjunto • Formação de gestores e pessoal • Reorganização dos serviços. • Articulação necessária entre conhecimento e prática • Infraestrutura comum • Articular a ação no território com coordenação e comunicação e resolubilidade Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  34. O território • Nos territórios/cultura é preciso decifrar e potencializa as relações dos idosos e seus coletivos com a cidade, os bairros, o comércio, os amigos, as instituições, a família, os serviços, os suportes. Então, para o trabalho em rede é preciso decifrar tanto os vínculos como os lapsos e bloqueios dos vínculos e das desvinculações existentes, assim como de seu potencial na proximidade do sujeito e na vinculação mais complexa de atore Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  35. Coordenação • A rede não deslancha nem se estrutura sem coordenação. Daí a importância de se construir uma coordenação de rede, o que é uma das questões mais difíceis de serem trabalhadas, não só em razão da diversidade de instituições e de atores mas de suas diferenças de linguagem, e principalmente de poder. Coordenar pode ser um mecanismo rotativo que pressupõe legitimidade com dinâmica democrática e descentralizada. • A construção da coordenação é um dos processos mais complicados da rede porque entra na disputa de poder. A definição de regras de transparência, rotatividade, prestação de contas, debates traz a possibilidade de redução dos conflitos. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  36. Comunicação permanente • Para que haja vinculação e articulação de atores é indispensável a comunicação entres os mesmos. Não adianta elencarmos quais são os atores que irão atuar na rede. É necessário saber que tipo de comunicação deve ser estabelecida entre eles, porque é justamente nessa interação comunicativa que poderemos trabalhar consensos e construir argumentos. Poderemos explicitar divergências e resolver inclusive questões de personalismos e clientelismos. • É pela comunicação que se definem as responsabilidades a serem assumidas e compartilhadas para se colocar à disposição do conjunto os recursos, as pessoas, os carros, os telefones, a informática e a Internet e outros dispositivos (Faleiros) Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  37. Resolubilidade • Finalmente, é condição de possibilidade de trabalho em rede a definição e a busca da resolubilidade das questões, da efetivação de direitos e da satisfação das pessoas sujeitos em pauta. Uma rede se sustenta na efetivação dos direitos com o protagonismo das pessoas na sua cultura, na sua proximidade, integrando as redes primária e secundária, mas não bastam discursos e promessas. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  38. 12. Táticas operacionais de Intersetorialidade e integração • A integração normativa (IN) está na base da rede: Para que a a integração dos serviços se realize é preciso que os atores envolvidos compreendam o modelo e adiram a ele. Discutir a Rpresentaçãoi do trabalho • Integração dos serviços às condições particluares da ação. Onde o local tem mais. (IC) • Integração Informacional- buscando conciliar as concepçoes divergentes dos atores. Construção dos instrumentos de informação. • Integração organizacional- mecanismos de coordenação vertical e horizontal. • Integração financeira par la mise en commun des budgets requis pour les activites de coordination. • Compartilhamento do protntuários, fluxos www.usherbrooke.ca/prisma Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  39. Articulação Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  40. RENADI • Esses direitos estão se identificando numa rede de proteção que envolve vários órgãos públicos. Essa identificação está em processo de construção pela formulação, ainda incipiente, da Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa – RENADI. Em 2006 foi realizado o IV Encontro Nacional de Conselhos de Idosos, com várias oficinas. Foram levantados os atores envolvidos nessa rede destacando-se os órgãos públicos do Executivo e do Judiciário, a mídia, as universidades e sociedades científicas, as organizações sindicais e empresariais, e as Ongs. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  41. CONSELHOS: ATORES CRUCIAIS • Os Conselhos traduzem, na prática uma possibilidade de democracia participativa e de controle democrático das ações do governo. • CNDI – Conselho Nacional de Direitos do Idoso é “um órgão colegiado de caráter deliberativo, integrante da estrutura básica da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, tendo por finalidade elaborar as diretrizes para formulação e implementação da política nacional do idoso, bem como acompanhar e avaliar a sua execução” (FALEIROS, 2006). Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  42. Combate à violência • O combate à violência está articulado por um “Plano Nacional de Enfrentamento da Violência à Pessoa Idosa”, mas além de alguns centros vinculados ao âmbito dos direitos humanos, são os CREAS – Centros de Referência Especializados em Assistência Social e o Ministério Público que oferecem, tanto serviços como ações judiciais, respectivamente para a defesa dos idosos. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  43. Considerações finais • Implantação de um sistema de gestão efetivo do Estado em relação com a sociedade. • Ter o horizonte civilizatório dos direitos humanos como base de oposição à barbárie social da guerra e da negação do outro enquanto sujeito humano e sujeito de direitos, o que acontece na hegemonia do mercado e da força. • Construção efetiva da cidadania, num Estado de direito que reconheça e de assegure direitos. Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  44. Considerações finais • Mais que imperioso é uma sociedade organizada, questionadora, crítica e reivindicativa, aliada ou não a setores governamentais, para defender esses direitos e impulsionar sua efetivação, inclusive para além do capitalismo. • Essa mobilização crítica implica uma forte ênfase participação Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

  45. Aprendizagem dos conflitos e de resolução dos conflitos • Analisar os conflitos e contradições na rede • Analisar os conflitos entre direitos e consumeirização , medicalização da velhice e responsabilização dos idosos pela crise • Assegurar a qualidade dos serviços e a formação continuada Faleiros,V.P. 2011- SBGG- 4º Congresso - Porto Alegre

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