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Benefícios da Criação de Espaços Lúdicos em Bibliotecas Públicas

Benefícios da Criação de Espaços Lúdicos em Bibliotecas Públicas . Luciana Fleury Prado Rosana Formigoni Telles Julho de 2013. Grupo é …. O Lúdico.

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Benefícios da Criação de Espaços Lúdicos em Bibliotecas Públicas

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  1. Benefícios da Criação de Espaços Lúdicos em Bibliotecas Públicas Luciana Fleury Prado RosanaFormigoniTelles Julho de 2013

  2. Grupoé…

  3. O Lúdico • Tem suaorigemnapalavralatina “ludus” que, do ponto de vista etimológicoquerdizer JOGO. Refere-se aojogar, aobrincar, aomovimento. Fonte: Larrouse Brinquedo (objetodestinado) Jogo (ação de jogar, folguedo, divertimento Ex. Jogos de empurraempurra, de azar, olímpicos, etc. Ato de Brincar Brincadeira (ação do Brincar)

  4. A criançaé o movimentolúdicoe este, a linguagemqueelaconhece e domina. Socialização Brincar (comunicaçãoconsigomesma/ com o mundo Movimento Pensamento Verbalização

  5. Brinquedoteca e EspaçoLúdico Existealgumadiferença entre um e outro? Definição: Brinquedotecaé um espaçopreparadoparaestimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a umagrandevariedade de brinquedos, dentro de um ambienteespecialmentelúdicoque incentive:

  6. Brinquedoteca • a brincadeira do faz-de-conta; • a dramatização; • a construção; • a solução de problemas; • a socialização e a vontade de inventar Contribuindopara o desenvolvimento da imaginação, criatividade e autonomia

  7. Origem da Brinquedoteca • 1937 nagrandedepressãoeconômicanos EUA (cçasroubavambrinquedos); • Criou-se o 1º serviço de empréstimosem LA; • Na Suécia, 2 mães de excepcionaiscriaram a Lekotek (emprestarbrinquedos e orientar as famíliasparamelhorestimulá-los); • 1967 “Toy Libraries” naInglaterraparaempréstimos; • Congresso de 1987, ampliação dos serviços: apoioàsfamílias, orientaçãoeducacionale de saúde mental, estímulo social e resgate da culturalúdica de cadapovo.

  8. Origem no Brasil • Em 1971, exposição de brinquedospedagógicosna APAE com o objetivo de mostraraospais/ alunos/profissionaisbrinquedosdisponíveis no mercado; • Em 1973 o setorimplantou o rodízio de brinquedos e material pedagógicoquecirculavampelosetoreducacional; • 1976- Pesquisasobre o interesse de criançasnasdiferentesidades; • 1981 BrinquedotecaIndianópolisquepriorizava a brincadeira e não o empréstimo;

  9. Objetivos da Brinquedoteca • Valorizarosbrinquedos e atividadeslúdicas e criativas; • Orientarsobreadequação e utilização de brinquedos; • Estimular o desenvolvimento global das crianças; • Enriquecer as relaçõeshumanas; • Desenvolverhábitos de responsabilidade e trabalho;

  10. Objetivos da Brinquedoteca • Incentivar a brincadeiraespontânea e trocasafetivasatravés da convivência com outros; • Despertar o interesse de encontrarumaforma de animação cultural quepossadiminuir a distância entre as geraçõese semformalismos; • Criar um espaço de convivênciadesprovido de preconceitos; • Respeitar as preferências das crianças.

  11. Tipos de Brinquedoteca Circulante: • Funcionadentro de um veículoadaptado (caminhãoouônibus); • Alternativaparaatingircomunidadesmaisdistantes; • Atendevárioslocais com sistema de rodízio; • Funcionaempátio de escola, creche, praça, igreja, presídios, museus, etc…

  12. BrinquedotecaCirculante

  13. Tipos de Brinquedoteca Terapêutica: Atividadelúdicanaajudaparasuperação de dificuldadesespecíficas. Objetivos: • Proporcionarestimulação e osbenefícios do brincar; • Orientarpais de criançasportadoras de necessidadesespeciais; • Emprestarbrinquedos; • Enriquecerosrelacionamentos com a família e amigos.

  14. BrinquedoAdaptado

  15. Tipos de Brinquedoteca Psicopedagógica: • Crianças com dificuldadesescolares; • Profissionalespecializado; • Diagnósticojogos e brinquedos Descontração Afetividade Ausência de cobranças Promove a manifestação das capacidades

  16. Tipos de Brinquedoteca Hospitalar: Conhecendoas possíveismorbidadespsicológicasdecorrentes da hospitalização: • Possibilita o direito de brincar; • Trabalha a auto estima; • Ameniza o trauma da internação; • Melhora a qualidade de vida no hospital; • Oferece um ambiente de confiança e tranquilidadeparacrianças, pais e responsáveis

  17. BrinquedotecaHospitalar

  18. Brincarsob o ponto de vista da Psicanálise • O brinquedoutilizadocomotécnica de tratamento • Funçãocatárticautilizaobjetos e situações do mundo real paracriaro seu, repetindoexperiências dolorosasoutraumáticas Pormeio do brincar, pode-se: • Repetirexperiências de prazerparaocorrer o domínio de eventos; • Projetardesejosquesãoreveladosnasbrincadeiras; • Buscar o equilíbriopassando de espectadorparaator.

  19. Donald Winnicott Cuidadomaternolevaàformação de um espaçopotencialqueéconstituídoporumasobreposição entre 2 realidades: mundointerno e mundoexterno fenômenos e objetostransicionais onde o brincaracontece

  20. Como Aplicamos a Teoria de Winnicott? Relaçãomãe/bebêExperiência de relacio- suficientemente boa namentoconfiável EspaçoPotencialquepermite o brincarcriativo É no brincarque o indivíduopodesercriativo. Aosercriativo, descobre o seu EU. garante

  21. Lev Vygotsky A Culturadetermina a maneira de pensar • Linguagem: • representaa cultura • dependedo intercâmbiosocial • Conceitossãoconstruídos no processohistórico e o cérebrohumanoéresultado da evolução • Preocupação original com o aprendizado escolar.

  22. O Jogo paraVygotsky • Exercício no plano da imaginação (capacidade de planejar, representarpapéis e situações, imaginarsituações) e o caráter social das situaçõeslúdicas com conteúdos e regras Desenvolvimento • RepresentaçãoSimbólica no brincar: desenho- forma particular de linguagem, estágioprecocequelevaàescrita “A criançafaráamanhãsozinhaaquiloquehojeécapaz de fazeremcooperação”. (brinqueaprenda.blogspot.com.br)

  23. Jean Piaget VisãoConstrutivista • Assimilação: processocognitivopeloqualumapessoaintegra (classifica) um novo dado perceptual, motor ouconceitualàsestruturascognitivasprévias • Com as mudançasprovocadaselementonovo, dá-se processode Acomodaçãoqueaospoucosvaisendointegradoàorganizaçãointerna • Equilíbrio:entre assimilação e acomodação

  24. O Brincarpara Piaget • A adaptaçãocomeça com osprimeirosreflexos  do recém-nascido e progrideestágioporestágioatéchegaraoraciocínioadulto. • A criança, aopassarpelosváriosestágios de desenvolvimento, vaiadquirindonovashabilidadesqueenriquecem o conjuntodas anteriores. Seupensamentovai se tornandocadavezmaiscomplexo e flexível, atéatingir o potencialmáximoqueéo do estágiodas operaçõesformais(pensamentoadulto).

  25. 3 Categorias dos Jogos 1- Jogo de ExercícioSensório Motor (0 a 2 anos) • Origina-se da percepção (sensório) e do movimento (motor). A partir de reflexosneurológicosbásicos, o bebêcomeça a construiresquemas de açãoparaassimilarmentalmente o meio; • Consistenarepetição de gestos e movimentos simples, com um valor exploratório(satisfazersuanecessidadeemrealizar o movimento); • As noções de espaço e tempo sãoconstruídaspelaação.

  26. 3 Categorias dos Jogos 2- Jogo Simbólico (2 a 7 anos) • A criançacomeça a manipularsimbolicamenteseuuniverso, pormeio de representaçõesinternasoupensamentossobre o mundoexterior; • Época do faz de conta, da representação, do teatro, de históriasondeobjetos e personagenspodemsertransformados e representamqualquercoisa; • Dá-se o desenvolvimentointelectual,consolidando a capacidade de simbolizarsituaçõesquesão a base do desenvolvimento da linguagem. Pensamentomágico.

  27. 3 Categorias dos Jogos 3- Jogo de Regras (simples e complexas(7 a 11 anos) • Adquireum pensamentomaissocializado,istoé: nãopassarámais a brincaraolado do outro, mas brincar com o outro. Éuma forma de adaptaçãoprogressivaàvidaemsociedade; • Começaa utilizaralgumasoperaçõeslógicas, como a reversibilidade, a classificação dos objetosporsuassemelhanças e diferenças, e também a compreenderosconceitos de número e tamanho; • Coincide com o começo da escolaridade da criança e com a diminuição do egocentrismo;

  28. 3 Categorias dos Jogos 3- Jogo de Regras (simples e complexas(7 a 11 anos) • Com o advento dos jogos de regras, as criançasnãoabandonamtotalmenteosjogossimbólicos, mas estes se adaptam, cadavezmaisàrealidadeemboramuitasvezeshajaumaevolução no sentido do seuaperfeiçoamento, semquehajadiminuição do seuaspectosubjetivo; • A criançaaperfeiçoasuacapacidade de expressarseumundo.

  29. Organização do Espaço A montagem da Brinquedoteca/ EspaçoLúdico • Todososbrinquedosdevemficardisponíveis e acessíveisàscrianças (algunspodemserusados com maiscontrole); • Osbrinquedosdevemestardispostos de maneiraque as crianças, principalmente as pequenas, possamencontrá-los e manuseá-los facilmente (faseexploratória); • Blocos de construção, principalmenteos de madeira, devemficaremprateleirasbaixas e emcaixasplásticasparafacilitar o transporte;

  30. Organização do Espaço A montagem da Brinquedoteca/ EspaçoLúdico • Osquebracabeçaspoderãoserguardadosemsacosou envelopes, individualmente; • Jogos de regras e outros quenecessitam de maioratençãopodemserguardadosemlocaissupervisionados; • Éimportantedardestaqueaosbrinquedosnovos;

  31. Organização do Espaço Os Cantos Especiais • Canto do Faz de Conta: Espaço com mobíliasinfantis (dormitório, berço, cama, guardaroupas, cozinhacompleta, roupas de bonecas, carrinho de supermercadoe feira com produtosparacomprar, camarim com espelho, chapéus, maquiagem, fantasia, bijuterias,roupas e sapatosvelhossãomuitovaliososparabrincar de papai e mamãe, teatro de fantoches, etc.

  32. Canto do Faz deConta

  33. Organização do Espaço Os Cantos Especiais • Canto de Leitura: Tapetefofo e almofadasgrandes, estante com 3 ou 4 prateleiras. Deveráconterlivrosdesdeosmais simples apenas com gravurasatéaquelesquecontémtextosmaiselaborados e de diferentesmaterais. O ideal équeesse canto nãosejapassagemparaos outros Porseremumabiblioteca, pode-se integraresse canto aoconjunto, desdeque a criançasinta-se atraídae possaexplorarmelhoroslivros, estimulandotambémsuaautonomia.

  34. Organização do Espaço Os Cantos Especiais • Canto das Brincadeiras: Composto de tapetes, estantescom prateleirasnaaltura das criançasparaquepossampegarosbrinquedos e brincar no chão. Deveterbrinquedos de construção, carrinhos, jogosde encaixe, brinquedospedagógicos, sonoros, musicais, manipulação. Podemseracondicionadosemcestas de plásticosparafacilitar o manuseio e a limpeza

  35. Canto das Brincadeiras

  36. Brinquedoteca de Barueri

  37. Organização do Espaço Os Cantos Especiais • Canto dos Jogos: Nesse canto ésugerido o uso de mesas e cadeiras de alturacompatível com as crianças. Prateleiras com jogos (regras simples e complexas, de acordo com as faixasetárias dos usuários) deverãoserretirados do acervo (único local onde a criançanãodeveteracessosozinha, poisédestinadoàmaiororganização dos jogos.

  38. Canto dos Jogos

  39. Organização do Espaço Os Cantos Especiais • Oficina: É o lugarreservadopara a construção e invenções e de brinquedosde sucata, colagens, pinturas, massinhas, restauração de brinquedos e caixas, enfim, para as atividadesartísticas. De preferênciaperto de umajanelaparaventilarmelhor. Énecessárioumabancadaparapelomenos 6 pessoas, pia, estanteparaguardare organizar as sucatasdevidamentelimpas e classificadas. Materiais de papelariacomo cola, tesoura, tintas, pincéis, papéis de váriastexturas, etc, juntos.

  40. Organização do Espaço Os Cantos Especiais • ÁreaExterna Deveráterbalanços, escorregador, trepa-trepa, casinha de boneca, giragira, triciclos, bicicletas, bolas, corda, bambolê, amarelinha, túnel de tecido, enfim;brinquedosquepossamdesafiar e desenvolver a criatividade e motricidade da criança.

  41. Critérios e CuidadosnaEscolha dos Brinquedos • Observar a faixaetária; • Realidadeemquevivem; • Número de criançasquevaiusar o espaço (porvolta de 4/5 brinquedosporcriança); • O que o brinquedopodefavorecer no desenvolvimento da criança: conhecimento, raciocínio, aspectossocias, motores, afetivos; • O quepodeoferecer no que se refereaodesenvolvimento de habilidadeparamúsica, pintura, artesemgeral;

  42. Critérios e CuidadosnaEscolha dos Brinquedos • O quepodeofereceremtermos de possibilidade de transformação, criação, recreação, imaginação; • Emtermos de prazer, diversão e alegria; • A estética do brinquedo: forma, cor, beleza, textura, etc; • O quepodetrazercomonovidade; • A possibilidade de favorecer a integração social (por ex.: bonecasfacilitam a brincadeira entre as meninas)

  43. Critérios e CuidadosnaEscolha dos Brinquedos • Possibilidade de lidarem com a competição e a cooperação; • Possibilidade de representação do mundoadulto: personagens, utensílios, mobiliário; • A necessidade de termais de um exemplar do mesmobrinquedo(ex.: telefones, bonecas, kit de jogos de construção); • Imagemassociadaaosbonecospersonagens (bem/mal, sensualidade);

  44. Critérios e CuidadosnaEscolha dos Brinquedos • Valorespresentesnosbrinquedos(ex.: bonecas de raçasdiferentesou com deficiênciafísica, violência, consumismo, etc); • Diversidade dos brinquedos: originários de outrasculturas, produzidosatravés de processosdiferentes (industrializados, artesanais, feitopelosprofissionais, pelascrianças, pais, etc); • Brinquedossolicitadospelascrianças; • Indicadosporespecialistas; • Consulta a catálogos, lojas, feiras, etc;

  45. Critérios e CuidadosnaEscolha dos Brinquedos • Escolha do sistema de classificação dos brinquedos (I.C.C.P. , ESAR e outros); • Relaçãoqualidade X custo: um acervo com itens de qualidadepodesignificarmuitaeconomia a longoprazo; • Envolvimento da famíliafavorecendo a integração, especialmente no caso de empréstimo de brinquedo; • Adequaçãoaosobjetivospropostos; • Enriquecimento da experiência dos usuários: com brinquedos, passeios, histórias, visitas, etc.

  46. Preparação dos Jogos/ Brinquedos • Análise: o brinquedo/jogodespertainteresse das crianças? Vale àpenatê-los?; • Ofereceperigo? Precisa da presença de um adulto?; • Registro: etiqueta com a entrada e classificação; • Observar a funcionalidade: 1- As regrassãoclaras? 2- As regrasestãocolocadas de forma/local funcionais?;

  47. Preparação dos Jogos/ Brinquedos • Copiarosfolhetos das regras e modelos de jogos de construçãoparadeixararquivado (perda); • A embalagemédurável?; As boas embalagensdevemserreforçadas com contacttransparente e aquelasfrágeispoderãosersubstituídasporcaixas de plásticoquandodestruídas; Peçaspequenaspoderãoseracondicionadasempotes de plásticotransparente.

  48. Papel do Brinquedista • É um facilitador? De umacertamaneirasim, aoviabilizar o brincar, mas àsvezesdificultaaopropordesafios; • É um educador? Cuidado, nãoécomo um professor queensina, comoalguémquejásabee passaumaconotaçãode superioridade; • É oprofissionalqueexpressa a filosofiaeducacional da brinquedoteca. Precisasercapaz de se encantarobservando a criançabrincar, respeitando-a e subsidiando/alimentandoseubrincar.

  49. AlgunsPrincípos da FilosofiaEducacional • Considerarcadaserhumanocomoúnico e especial, respeitandosuasnecessidades e talentos; • Favorecer a manifestaçãode potencialidadesatravés do estímuloàliberdade, aorespeitoe àresponsabilidade; • Estimular as trocasafetivaslevando a criança a aprendertanto a darcomo a receber, valorizandotambém as dádivas da natureza; • Estimularconscientização /oberservação do momentopresente e dos própriossentimentos;

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