Oral – o que é o escorbuto

1. Oral – o que é o escorbuto • A concentração de vitamina C normalmente encontrada no plasma humano vai de 0,4 a 1,7 mg dL -1 • Os doentes com escorbuto têm uma concentração no plasma menor que 0,2 mg dL -1

2. Oral –colagénio • Proteína estrutural (é importantíssima!) • É a mais abundante (25% total) • É parte integrante dos ossos, tendões, olhos (córneas), cartilagem, ligamentos, sistema vascular… • Principais resíduos deaminoácidos: Glicina, Prolina e Hidroxiprolina (devido ao seu volume e rotação restrita, são a prolina e a hidroxiprolina que conferem rigidez à tripla hélice) • Tem uma estrutura em tripla hélice mantida por ligações de hidrogénio • A unidade estrutural básica do colagénio é o tropocolagénio • Esta proteína é produzida, essencialmente nos fibroblastos (células do tecido conjuntivo), mas também nos osteoblastos (células do tecido ósseo) e condroblastos (células da cartilagem)

3. Oral – vitamina C como co-factor • O ácido ascórbico oxida facilmente a ácido desidroascórbico • Ficam electrões livres • Hámanutenção de Fe2+, que é necessário para actividade da prolinahidroxilase e lisinahidroxilase (enzimas férricas)

4. Oral - Sintomas • Dificuldade em sarar feridas - justifica-se pelo facto das células não produzirem fibrilhas colagénias e substância intercelular de cimento; assim, uma ferida que habitualmente se curaria em poucos dias pode persistir por vários meses • Fracturas – • a falta de ácido ascórbico impede o crescimento do osso – as células da epífise em crescimento continuam a proliferar, mas entre elas não se deposita matriz nova e os ossos fracturam por falta de ossificação. • Se um osso já ossificado se fractura num paciente com escorbuto, os osteoblastos não podem secretar uma nova matriz para depósito e, em consequência, o osso não cura • Hemorragias-Como não há a formação das fibrilhas de colagénio que normalmente se encontram nas paredes dos vasos sanguíneos, estes tornam-se extremamente frágeis • Fraqueza– a produção de energia é afectada pela falta de vitamina C • Variações de humor – A vitamina C é também co-factor das enzimas responsáveis pela conversão de dopamina em noradrenalina e pela síntese de vários neurotransmissores

5. Oral - diagnóstico • Historial – • O médico deve começar por escutar o paciente (as suas queixas) • Averiguar o seu passado – se já lhe foram detectadas deficiências nutricionais, como se alimenta, etc • Verificar se o doente pertence a um grupo de risco • Exames físicos-o doente, que se apresenta com determinadas queixas (hemorragias, fracturas, etc) é sujeito a diferentes tipos de exames. Se o doente sofre de escorbuto, estes devem auxiliar o médico a excluir outras doenças e chegar ao diagnóstico correcto • Testes clínicos – podem ser de diferentes tipos e servem para medir a concentração de vitamina C de modo a detectar a sua deficiência

6. Oral - prevenção • Como não somos capazes de sintetizar a vitamina C, temos de a ingerir • É de notar que grupos de risco, como as grávidas, por exemplo, devem ingerir suplementos de vitamina C • Diferentes grupos de risco necessitam de diferentes doses de suplementos • Para o indivíduo comum, uma dose tão reduzida como a de 10mg por dia de vitamina C é o suficiente para prevenir o escorbuto (sendo que a quantidade diária recomendada é de 90 mg para o homem e de 75 mg para a mulher)

7. Oral - Tratamento • Antigamente recorriam-se aos “tratamentos” mais incríveis que se possa imaginar; efectuar uma transfusão sanguínea com animais é apenas um exemplo • No séc.XVIII, um médico da marinha inglesa começou a realizar experiências com a tripulação doente – tendo submetido dietas distintas a marinheiros diferentes, descobriu que os que bebiam sumo de laranja e limão recuperavam da sua condição • Apesar de não ter conhecimento da vitamina C, este médico descobriu a cura para o escorbuto: ADMINISTRAÇÃO DA VITAMINA C! • A dieta tem de ser mantida • Normalmente o doente toma os suplementos E altera a sua dieta • Uma criança que padeceu de escorbuto pode recuperar o apetite em 1 ou 2 dias e a irritabilidade, febre e hemorragias generalizadas desaparecem em aproximadamente 7 dias • Só em casos muito raros ocorre hemorragia cerebral, que pode resultar na morte do doente