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1865 / 1867 – Perturbações Internas

1865 / 1867 – Perturbações Internas. Dificuldades financeiras e mentalidades em confronto – a “Questão Coimbrã” e o seu significado. 1865 – 1867 -. Governo de Fusão. Agravam-se algumas das dificuldades que se vinham fazendo sentir desde meados dos anos cinquenta. - Desenvolvimento

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1865 / 1867 – Perturbações Internas

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Presentation Transcript


  1. 1865 / 1867 – Perturbações Internas Dificuldades financeiras e mentalidades em confronto – a “Questão Coimbrã” e o seu significado. 2013 / 04 / 03

  2. 1865 – 1867 - Governo de Fusão Agravam-se algumas das dificuldades que se vinham fazendo sentir desde meados dos anos cinquenta - Desenvolvimento económico lento - Endividamento agravado - Constituem-se novos grupos políticos, pondo em causa o modelo rotativista Agudizam-se discordâncias políticas internas - Comunicações mais fáceis e rápidas – navegação a vapor, comboio, estradas. Mantêm-se mais fáceis os contactos com o mundo exterior Alteram-se mentalidades e gostos estéticos - A “Questão Coimbrã” , também conhecida por ´”Questão Bom Senso e Bom Gosto” 2013 / 04 / 03

  3. “Questão Coimbrã” – Localização espácio-temporal - Desenrola-se entre Novembro de 1865 e Julho de 1866; … entre facções políticas; - Na sua origem não está um confronto … … entre governo e cidadãos; … entre dois grupos de intelectuais, um deles, temporariamente radicado em Coimbra, o outro em Lisboa - Na sua origem está um confronto … - Pela repercussão que tem na imprensa a polémica terá eco por todo o País. 2013 / 04 / 03

  4. A “Questão Coimbrã” – Os chefes de fila – do grupo de Lisboa António Feliciano de Castilho (1800-1875) 2013 / 04 / 03

  5. “Questão Coimbrã” – Os chefes de fila - do grupo de Coimbra 1ª edição publicada em 1865 Antero de Quental (1842-1891) 2013 / 04 / 03

  6. Questão Coimbrã – duas posições em confronto • 1ª posição – numa linha tradicional (aceite pelo grupo em torno de Castilho) • - Afirmavam-se herdeiros dos valores do romantismo, subjacente à construção do liberalismo, a saber … • ... a exaltação da Nação e o Estado-nação • … a exaltação da liberdade • … a exaltação do indivíduo e dos seus direitos • … a exaltação da Natureza • … a exaltação do sentimento e da análise subjectiva 2013 / 04 / 03

  7. Questão Coimbrã – duas posições em confronto • 2ª posição – uma nova atitude mental (defendida pelo grupo de Coimbra) • …os objectivos, temáticas e processos literários devem reflectir as novas doutrinas filosóficas e científicas e as novas realidades sociais. • ... acusam o romantismo de se ter tornado uma estética estagnada... • … não adquiriu novos valores, próprios do tempo... • … não valoriza a dimensão social. • …limita-se a exaltar a sentimentali-dade • … não esteve atento à evolução mental e social… … tornou-se um ultra-romantismo. 2013 / 04 / 03

  8. Questão Coimbrã – como se desencadeou - Publicou a obra “Odes Modernas” - É reveladora de novos objectivos e procura caminhos novos - Publicou a obra “Poema da Mocidade” - Dedicou-a a António Feliciano de Castilho 2013 / 04 / 03 • 1865 • Antero de Quental • Manuel Pinheiro Chagas

  9. Manuel Pinheiro Chagas - Invocação da Mocidade Sonhos da mocidade! ardentes devaneios,que me afagais gentis quando esmorece o sol! Frescas visões de amor! suavíssimos gorjeios, que desprende em meu peito ignoto rouxinol! Vagas aspirações! poemas indizíveis,que na fragrante balsa e no rosal colhi! Vago e meigo cismar d’amores impossíveis com virgens ideais, fantasmas que entrevi! Manuel Pinheiro Chagas (1842-1912) 2013 / 04 / 03

  10. Antero de Quental 2013 / 04 / 03 Conquista pois sozinho o teu futuro, Já que os celestes guias te hão deixado, Sobre uma terra ignota abandonado, Homem – proscrito rei – mendigo escuro! Se não tens que esperar do Céu (tão puro, Mas tão cruel!) e o coração magoado Sentes já de ilusões desenganado; Ergue-te, então na majestade estoica Duma vontade solitária e altiva, Num esforço supremo de alma heroica! Faze um templo dos muros da cadeia, Pretende a imensidade eterna e viva No círculo de luz da tua Ideia!

  11. Questão Coimbrã – como se desencadeou 2013 / 04 / 03

  12. Questão Coimbrã – como evoluiu “Não é lisonjeando o mau gosto e as péssimas ideias das maiorias, indo atrás delas, tomando por guia a ignorância e a vulgaridade, que se hão de produzir as ideias, as ciências, as crenças, os sentimentos de que a humanidade contemporânea precisa” Antero 2013 / 04 / 03

  13. Questão Coimbrã – como evoluiu 2013 / 04 / 03

  14. Questão Coimbrã – apresentação esquemática das posições em confronto • A corrente tradicional entendia que … • Na linha das novas propostas literárias entende-se que… • … cabe ao artista o papel de educador do povo para isso a sua mensagem tem de ser … • … cabe ao artista o papel de mentor das transformações sociais para o progresso da humanidade … • … facilmente inteligível … • … como tal aa literatura tem de fazer-se eco das novas … • … apelando ao sentimento, à beleza, ao indivíduo … … doutrinas sociais (Proudhon) • … teorias filosóficas ( Hegel, Comte) • … desligada de intensões de propaganda política. 2013 / 04 / 03

  15. O que foi a Janeirinha? Conjunto de manifestação de carácter sociopolítico, organizadas, em simultâneo, em várias cidades do país, por associações comerciais e industriais, com provável apoio de grupos políticos – como foi o caso dos Penicheiros - e com forte adesão popular. Os manifestantes tinham protestavam contra o projecto de reforma da administração local, proposto pelo ministro Martens Ferrão, e contra o imposto sobre o consumo, lançado pelo ministro Fontes Pereira de Melo. Ao mesmo tempo, exigia-se do rei a demissão do Governo de Fusão. 2013 / 04 / 03

  16. Como se desenrolou a Janeirinha • Movimento de agitação social e contestação política… • 1 de Janeiro de 1868 … • … até 4 do mesmo mês • Eclodiu em várias cidades do País • Lisboa; Porto • Braga; Viana do Castelo; Leiria; Vila Real, etc • Desencadeado por … • Agremiações comerciais e industriais • Camadas populares • Tinha como objectivo fundamental • Derrubar o Governo • Trazer para o plano governativo as novas correntes políticas 2013 / 04 / 03

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