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Congresso Mineiro de Nefrologia Ouro Preto 2009. Sessão de casos clínicos Dr Gustavo M Capanema Santa Casa de BH. Discussão : aspectos diagnósticos e fisiopapatológicos. IRA. Aspectos e eventos relevantes tempo de evolução: pouco mais de dois meses. Câncer ovariano em paciente jovem
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Congresso Mineiro de NefrologiaOuro Preto 2009 Sessão de casos clínicos Dr Gustavo M Capanema Santa Casa de BH
Aspectos e eventos relevantestempo de evolução: pouco mais de dois meses • Câncer ovariano em paciente jovem • QT padrão para o caso: cisplatina/paclitaxel • Nefrotoxicidade da cisplatina • Descontinuação precoce da cisplatina • Recuperação progressiva de FR • DHE residual associado (predisposição arritmogênica) • PCR (comprometimento da perfusão em rim previamente lesado) • IRA oligoanúrica- dialítica • Recuperação da FR compatível com vida sem diálise
Câncer ovariano • Causa líder de morte entre as neoplasias ginecológicas nos EUA • Modernas intervenções cirúrgicas c/ QT contemporânea: remissão clínica em maioria dos pacientes • QT padrão para tratamento inicial: • Cisplatina • paclitaxel
QTefeitos adversos • Mielotoxicidade • Extra-hematológico • Estratégias usadas para minimizar mielotoxicidade: • Retardar ciclos • Reduzir dose • Fator estimulante de colônia granulocítica
cisplatina • Marcante sucesso na guerra contra o câncer • Amplamente usada para QT desde sua descoberta acidental há mais de quatro décadas • Possibilita uma das mais altas taxas de cura em: • testiculo • Cabeça/pescoço • Ovario • Cervical • Pulmão • outros
Fatores limitantes do uso de cisplatina:resistência efeitos colaterais • Efeitos colaterais em tecidos normais: • Neurotoxicidade • Ototoxicidade • Nausea • Vômitos • Nefrotoxicidade (principal fator limitante de seu uso)
Nefrotoxicidade da cisplatinatubulotoxicidadeDHE Queda RFG • Indução de morte celular por apoptose • Inflamação • Necrose • Redução fluxo sanguíneo renal (hipóxia da medula externa) Sítio preferencial: Segmento S3 TP baixa capacidade de glicólise anaeróbica alta demanda metabólica tensão de oxigênio limítrofe fisiológica
Figure 1 | Overview of the pathophysiological events in cisplatinnephrotoxicityKidney International (2008) 73, 994–1007
ViasapoptóticasativadasporcisplatinaemcélulastubularesrenaisViasapoptóticas (intrínseca e extrínseca) envolvendocaspases
Tubulotoxicidade da cisplatina segmento S³ preferencialevidências • Falta ou perda de expressão de megalina • Queda da expressão de AQP-1 (canal de água de membranas apical e BL de células TP) • Megalina: • receptor densamente expressado em membrana apical CTP • Removedor de proteínas filtradas (endocitose) Excreção urinária de proteínas : albumina / β2m/ NAG (N-acetil-β-glucosaminidase)
DHEMagnésio níveis séricos • 1,5 – 1,9 mEq/l (normal) • <1,5 mEq/l / <1,8mg/dl (deficiência leve) • <1,0 mEq/l / <1,2 mg/dl (grave) 1mmol/l = 2mEq/l = 2,4mg/dl
Hipomagnesemiadrogas mais implicadas • Aminoglicosídeos • Anfotericina B • Cisplatina • Ciclosporina A • pentamidina
Hipomagnesemiaperda renal • Cisplatina: • 100% dos casos • Uma única dose é suficiente • Incidência aumenta com dose acumulativa • Fase aguda da nefrotoxicidade: sódio/K+ hiponatremia e hipocalemia • Crônica: após 3 sem de uso (persiste por meses/anos), associam: • Hipocalciúria • Maior excreção renal de Mg • Alcalose metabólica hipocalêmica
Hipocalemia na hipomagnesemia • Mg e K: mais importantes cátions IC • Críticos para estabilizar potencial de membranas e reduzir excitabilidade celular • Hipomagnesemia: • exacerba excreção renal de K • agrava os efeitos adversos da hipocalemia em tecidos alvos • em >50% das hipocalemias • compromete Na-K-ATPase captação celular de K+ • Favorece excreção renal de K
Sumário de efeitos de Magnésio IC e força motriz na secreção renal de potássioJ Am Soc Nephrol 18: 2649–2652, 2007
DHE residual e arritmogenicidade cardíaca • Apenas 5% do Mg citosólico é livre (restante complexa com ATP e outros nucleotídeos) • Rim e coração: extensão cambiável do Mg citosólico com plasma alcança até 100% em 3-4 horas: profundos efeitos adversos em miocárdio • Risco aumentado de complexos ventriculares prematuros com pequenas reduções :apenas 0,2mg/dl [Mg] plasmático Reconhecer a concomitante deficiência de magnésio para precoce tratamento é imperativo na efetiva abordagem e prevenção das complicações da hipocalemia
Situações de maior risco arritmogênico na hipomagnesemia • DC previa • IAM/ angina anterior • ICC • Enfermidade aguda (CTI) • Hipocalemia associada
PCR: tecido renal em regeneração sofre insulto isquêmico • Segmento S³ do TP: • sítio mais lesado pela cisplatina • > vulnerável à injúria isquêmica (localizado em região crítica renal): • Baixa tensão de oxigênio • Maior geração de ROS • Maior stress osmótico • Menor capacidade de gerar ATP por glicólise anaeróbica durante isquemia • Mais necrose que apoptose