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INTRODUÇÃO

Pesquisa Qualitativa. Entrevista. Sujeitos: Transexuais e travestis Orla de Camburi –ES. Histórias de vida. O RECONHECIMENTO DA DIVERSIDADE SEXUAL POR MEIO DO ESPAÇO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CONTEXTO DO PROEJA. Leyse da Cruz Ferreira [1]

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  1. Pesquisa Qualitativa Entrevista Sujeitos: Transexuais e travestis Orla de Camburi –ES Histórias de vida O RECONHECIMENTO DA DIVERSIDADE SEXUAL POR MEIO DO ESPAÇO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CONTEXTO DO PROEJA Leyse da Cruz Ferreira [1] Maria José de Resende Ferreira [2] 1. Cientista Social, Prefeitura Municipal de Vitória 2. Historiadora, Doutora em Educação. Ifes, Campus Vitória, ES. RESULTADOS • Os fatores positivos que elas vivenciaram estão relacionados a superação dos preconceitos em relação as suas identidades trans. INTRODUÇÃO Apresenta-se os resultados da pesquisa onde se buscou estabelecer diálogos sobre a diversidade sexual e sobre o espaço escolar da Educação de Jovens e Adultos – EJA, no contexto do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. De acordo com o cenário nacional e local, a materialização da homofobia demonstrar o recrudescimento da violência exercida contra o homossexual: • A cada um dia e meio, um homossexual brasileiro é morto. Nos três primeiros meses de 2011 foram 65 assassinatos. (Relatório do Grupo Gay da Bahia, 2011. • Vitória – ES: é apontada como a mais homofóbica do Brasil; 47,9% dos professores declaram não saber como abordar o assunto e 44% dos estudantes do sexo masculino não gostariam de ter colegas de classe homossexuais. (ONU/BRASIL, 2009.) A discussão teórica vai permear a discussão sobre a relação entre EJA, sexualidade e direito à educação. A EJA tem como meta o resgate do sujeito na perspectiva da cidadania, ou seja, assume a responsabilidade de “redizer o direito à educação dos jovens e adultos” (PAIVA, 2006). Nesse sentido, como campo a ser (re) configurado (ARROYO, 2007), ousamos pensar a EJA, no contexto do PROEJA, como espaço de direito para o debate, para a reflexão e para a inserção da população excluída da escola devido à discriminação por orientação sexual. A escola como instituição socializadora torna-se extensão da obrigação comportamental e da elaboração de corpos socialmente aceitos. Para BENTO (2006), Nesse processo, certos códigos naturalizam-se, outros são sufocados ou e/sistematicamente eliminados, postos à margem do humanamente aceitável. Rediscutir essas condições permite compreender por quais motivos as (os) transexuais e travestis são fortemente discriminadas e afastadas das instituições que sustentar a ordem dos gêneros como família, igreja, escola e outros. Olha! Eu vencer os preconceitos tá! Eu me sinto uma pessoa digna e honrada porque aprendi bastante coisa, tá entendendo! Mas devido a um problema de familiar não pude levar adiante, entendeu! Mas foi muito bom pra mim, graça à Deus eu sei ler e escrever, aprendi várias regras e por ai vai, aprendi muita coisa boa (VANESSA). • Para as transexuais e as travestis, as experiências negativas estão majoritariamente relacionadas à discriminação sexual e não a outros elementos. Para Bianca “Era muita zoação na escola, não animava, por isto que parei também de ir” • Os banheiros tornam-se espaço de uso para os corpos socialmente aceitos e também, um local de subordinação e segregação das pessoas rejeitadas pela escola como no caso das transexuais e travestis. Para Juncais et. al (1998), a escola aparece como uma instituição que silencia a dor sofrida e legitima as normas e valores hegemônicos da sociedade heteronormativa, assim como a agressão aos seres que não se enquadram na ordem de gênero instituída. • Os maiores praticantes das discriminações são os estudantes do sexo masculino que as exercem por meio de piadas, insultos e agressões. • A falta de formação e o despreparo dos gestores e professores potencializa a segregação e o fracasso escolar. Sobre a aceitação das identidades trans, a transexual Deborah Sabará afirma que: . A questão da discriminação né. O preconceito por parte dos professores né, o não preparo da escola comigo, acho que foram os piores momentos né, foi por isto que eu tive que sair da escola na 6° série e acabei de completar o segundo grau agora, tem um ano (DEBORAH). • Sobre a resolução que reconhece o nome social no ambiente escolar, todas as entrevistadas consideram uma medida positiva que poderá promover uma melhor compreensão sobre o universo trans e a maior aceitação das mesmas. METODOLOGIA CONSIDERAÇÕES FINAIS Evidenciam indicadores que demonstram que a permanência do homossexual na escola é marcada por diversos momentos e comportamentos implícitos e explícitos de discriminação contra as/as LGBT e essas situações trazem como consequências, a invisibilidade, o silenciamento e a expulsão escolar desse público estudantil. Ao trazermos este debate para a EJA e para o PROEJA no contexto do Ifes Campus Vitória, acreditamos que promoverá a reinclusão de um assunto que foi (e é) fortemente silenciado e que marginalizou as cidadãs do convívio escolar. Estas damas da noite não foram apenas colocadas no campo da periferia social, mas também são indivíduos que a sociedade tenta tirar da ótica visual para assim, garantir a manutenção das normas e regras que regulam os comportamentos individuais. REFERÊNCIAS DELGADO, Lucilia de A. Neves. História oral: memória, tempo, identidades. Belo Horizonte: Autêntica: 2006. ARROYO, M. G. Educação de jovens e adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, L.; GIOVANETTI, A. G. C.; GOMES, N. L. (Orgs.) Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual, Rio de Janeiro. Garamond. 2006. JUNCAIS, I. J., SILVA, G. M. Escola e sexualidade: Reflexões sobre vivências de exclusão social. Trabalho aprovado peloST 51 - Gênero e sexualidade nas práticas escolares, realizada em Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008. Acesso em outubro de 2011 GRUPO GAY DA BAHIA. Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais disponível em www.ggb.org.br. Acessado em 10 de Junho de 2011. BRASIL. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. 2009. Disponível em: http:// unesdoc.unesco.org/por.pdf. Acessado em 10 de junho de 2011. As trajetórias de vida ou histórias de vida conforme preconiza Delgado (2006), são estratégias de entendimento da realidade vivida pelas participantes. A pesquisa foi composta por um roteiro com doze perguntas, aplicada a cinco transexuais e ou travestis com o objetivo de conferir as hipótese propostas conforme a: • Verificação das percepções que as transexuais e travestis possuem da escola; • Quais os elementos que promoveram a exclusão escolar; • Quem foram os principais sujeitos motivadores das experiências negativas; • como os professores lidavam com os assuntos da diversidade sexual; • Quais foram os conflitos entre a identidade trans e o uso do banheiro, ao reconhecimento do nome social e outras atividades; • Como a resolução 2.735/ 2011 do Conselho Estadual de Educação poderá contribuir para o retorno das trans à escola.

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