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SAÚDE INTERSETORIALIDADE CAMPO E NÚCLEO VIGILÂNCIA EM SAÚDE EPIDEMIOLÓGICA SANITÁRIA AMBIENTAL

SAÚDE INTERSETORIALIDADE CAMPO E NÚCLEO VIGILÂNCIA EM SAÚDE EPIDEMIOLÓGICA SANITÁRIA AMBIENTAL. Doença de Marrocos. Analise o seguinte problema : Antecedentes

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SAÚDE INTERSETORIALIDADE CAMPO E NÚCLEO VIGILÂNCIA EM SAÚDE EPIDEMIOLÓGICA SANITÁRIA AMBIENTAL

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Presentation Transcript


  1. SAÚDE • INTERSETORIALIDADE • CAMPO E NÚCLEO • VIGILÂNCIA EM SAÚDE • EPIDEMIOLÓGICA • SANITÁRIA • AMBIENTAL

  2. Doença de Marrocos • Analise o seguinte problema : Antecedentes Em princípios de setembro de 1959, na cidade de Meknês, Marrocos, um fabricante de tapetes observou, ao despertar pela manhã, que não podia mexer os braços nem as pernas. Nos dias anteriores, ele e sua esposa haviam sentido dores musculares no dorso, braços pernas, porém essas dores haviam desaparecido. O indivíduo despertou sua esposa que também apresentava dificuldades semelhantes em mover as extremidades. A paralisia aumentou durante o dia, e a noite a mulher estava incapacitada como o marido.

  3. Doença de Marrocos Antecedentes Nessa mesma semana, em uma dezena de outras famílias de Meknês, maridos, mulheres, filhos, muitas vezes famílias inteiras, foram igualmente afetadas. Ao redor de 18 de setembro, estavam sendo notificados cerca de 200 casos por dia. Em dezembro, o número de vítimas ultrapassava 9.000 e continuava aumentando.

  4. Investigação Epidemiológica Para se conhecer melhor o problema foi realizado um estudo de um bairro inteiro, com um total de 10.000 pessoas. O bairro era representativo da cidade de Meknês, pois nele se encontravam mulçumanos, cristãos, judeus e todo o tipo de classe sociais. Nesse bairro, 50% da população era do sexo masculino. Ai foram identificados 3.000 casos.

  5. Resultados Casos segundo sexo e idade

  6. Resultados Casos segundo classe socioeconômica

  7. Resultados Observações: • Na área estudada, havia um quartel com 100 soldados, dos quais (2) dois adoeceram. • Observou-se evidência da doença em vários cães.

  8. Resultados Casos segundo religião

  9. Assinale a resposta mais correta : 1. De acordo com as informações anteriores você considera que houve uma epidemia em Meknês ? a. ( ) Sim, porque afetou homens e animais b. ( ) Não, porque não se propagou entre os soldados e quartel. c. ( ) Sim, porque a incidência da doença excedida sua freqüência usual na mesma população. d. ( ) Sim, pela única razão de número de casos. Uma doença que normalmente apresenta um grande número de casos é considerada como epidemia, qualquer que seja o período de tempo e. ( ) Não, embora importante pela quantidade essa não era uma doença conhecida e portanto não se caracteriza uma epidemia

  10. 2. Por que, na sua opinião, o estudo foi feito num bairro ? a. ( ) Falta da capacidade das autoridades sanitárias, pois provavelmente estavam cuidando dos numerosos enfermos. b. ( ) Para conhecer com mais segurança as características epidemiológicas da doença que pudessem ajudar a esclarecer o agente casual c. ( ) Porque o sistema de registro de dados e de informação epidemiológica do País estavam mal estruturados. d. ( ) Porque sempre se fazem estudos desse tipo quando aumenta a freqüência de qualquer doença para que se saiba como a população pode aceitar a solução do problema

  11. 3. Os resultados do estudo indicam : a. ( ) A enfermidade ocorreu mais entre os homens de classe social muito pobre e de qualquer tipo de crença religiosa. b. ( ) A doença ocorreu igualmente entre homens e mulheres até os 20 anos, porém mais entre as mulheres adultas e, especialmente, entre os cristãos. c. ( ) A doença ocorreu mais entre muçulmanos pobres e mais entre homens que mulheres. d. ( ) A doença ocorreu mais entre muçulmanos, mais entre mulheres e homens e mais freqüentemente entre pessoas de 20 a 40 anos.

  12. Comentários explicativos A doença atacava mais muçulmanos que cristãos, porém nenhum judeu adoeceu. Não se pode pensar em um vírus que respeita crenças religiosas. Outro fato curioso é que a doença não acometia as pessoas ricas. Atacava os pobres, porém os mais pobres entre eles também escapavam. A investigação junto ao grupo de soldados esclareceu que os dois que adoeceram haviam estado fora do quartel nos dias anteriores. Suspeitou-se de contaminação alimentar, uma vez que a única diferença entre soldados foi o fato de que esses dois haviam comido fora do quartel

  13. Investigação do agente Uma dona de casa chamou a atenção dos médicos para o azeite marca “Le Cerf” que ela havia comprado e que apresentava uma coloração escura. Desconfiada do mesmo, ela atirou ao seu cão as frituras que tinham sido preparadas com o azeite, tendo o animal as comido inteiramente. Observando que nada aconteceu ao cão, a senhora decidiu comer o restante das frituras e seguir utilizando o azeite “Le Cerf”. Duas semanas depois, a dona de casa, seu marido, filhos e o cão estavam paralisados. A análise química do azeite “Le Cerf” comprado no comercio de Meknês revelou que continha TRI-ORTO-CRESIL_FOSFATO (TOCP).

  14. Investigação do agente TOCP entra na composição do óleo para limpeza de armamento e é extremamente tóxico para os nervos. Descobriu-se que alguns comerciantes haviam comprado o azeite do material excedente de base aérea de Nouasseur, pertencente a força Aérea dos Estados Unidos, próximo a Casablanca, no mês de março de 1959. Havia uma grande quantidade de azeite e parte dele continha TOCP como aditivo.

  15. Explicação dos fatos Com a descoberta do agente casual e do mecanismo de ação, os achados epidemiológicos passavam a ser explicados: Somente os marroquinos pobres utilizavam o azeite “Le Cerf” por ser mais barato. Os mais pobres escaparam porque não tinham recursos para comprar qualquer tipo de azeite, nem mesmo os mais baratos. Os judeus, por costumes dietéticos diferentes, somente faziam uso de azeites vegetais. As mulheres de 20 a 50 anos adoeceram mais que os homens adultos porque esses faziam pelo menos uma refeição fora de casa.

  16. Continuação da epidemia O mais chocante aconteceu depois que o povo de Meknês e Rebat haviam sido alertados contra o usa do azeite contaminado. Alguns dos comerciantes inescrupulosos, tendo observado que as suas vendam baixaram nessas cidades, passaram a enviar os seus estoques de azeite a outros povoados mais afastados, onde os avisos não tinham chegado. O Rei Mohamed V e a Assembléia Marroquina decretaram pena de morte para as pessoas que vendessem azeite conscientemente. A policia interditou 800 toneladas de azeite e prendeu 27 negociantes, após o que a epidemia terminou.

  17. Conseqüências Os nervos destruídos pelo TOCP jamais se recuperariam. Por muitos anos, Meknês e outras cidades tiveram que arcar com o peso de milhares de paralíticos. Das 10.000 vitimas, 600 permaneceram permanentemente recolhidas ao leito e cerca de 8.00 necessitaram reabilitação intensiva por longo tempo. É fácil imaginar as dificuldades que um país pobre como Marrocos teve para enfrentar essa situação, a qual veio a se somar aos problemas correntes de Saúde Pública do País.

  18. Método EpidemiológicoDoença de Marrocos

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