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Poesia Romântica 2ª Fase: ultrarromântica

Poesia Romântica 2ª Fase: ultrarromântica. A décima onda , de Ivan Aivazovsky, 1850. Características. Sentimentos arrebatados; Poeta isolado, incompreendido por defender valores morais e éticos contrários aos interesses econômicos da burguesia;

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Poesia Romântica 2ª Fase: ultrarromântica

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Presentation Transcript


  1. Poesia Romântica2ª Fase: ultrarromântica A décima onda, de Ivan Aivazovsky, 1850

  2. Características • Sentimentos arrebatados; • Poeta isolado, incompreendido por defender valores morais e éticos contrários aos interesses econômicos da burguesia; • Os autores voltam-se para sentimentos individualistas, ao contrário dos autores da geração anterior, que buscavam uma identidade nacional; • Defendiam valores incorruptíveis como a honestidade, o amor e o direito à liberdade O pesadelo, de Henry Fuseli, 1781

  3. Interesse pelo amor e pela morte; • Os poetas dessa geração geralmente morriam muito cedo; • Desejo de evasão; • Atração pelo mistério; • Solidão, culto a uma natureza mórbida; • Idealização da mulher virginal, pálida, lânguida e etérea. • Idealização do amor, que é projetado em sonhos e marcado por suspiros e lamentos. Jovem arrebatada pela tempestade, de Bonnemaison, 1799

  4. Locus horrendus • As forças incontroláveis da natureza simbolizam os sentimentos violentos que precisam ganhar expressão literária; • A escuridão, os lugares ermos, os cemitérios e as praias abandonadas servem de refúgio para os desesperados. O dilúvio, de Gustave Doré

  5. “Mal do século” Morte (Hora de delírio) (Junqueira Freire) Pensamento gentil de paz eterna,Amiga morte, vem. Tu és o termoDe dois fantasmas que a existência formam,– Dessa alma vã e desse corpo enfermo. Pensamento gentil de paz eterna,Amiga morte, vem. Tu és o nada,Tu és a ausência das moções da vida,Do prazer que nos custa a dor passada. Pensamento gentil de paz eterna,Amiga morte, vem. Tu és apenasA visão mais real das que nos cercam,Que nos extingues as visões terrenas. [...] Amei-te sempre: – e pertencer-te queroPara sempre também, amiga morte.Quero o chão, quero a terra, – esse elemento,Que não se sente dos vaivéns da sorte. [...] • A morte como fim da agonia de viver. A balsa do Medusa, de Théodore Géricault, 1818

  6. Canto para a minha morte (Raul Seixas/Paulo Coelho) Eu sei que determinada rua que eu já passeiNão tornará a ouvir o som dos meus passos.Tem uma revista que eu guardo há muitos anosE que nunca mais eu vou abrir.Cada vez que eu me despeço de uma pessoaPode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vezA morte, surda, caminha ao meu ladoE eu não sei em que esquina ela vai me beijar Com que rosto ela virá?Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?Na música que eu deixei para compor amanhã?Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada, E que está em algum lugar me esperandoEmbora eu ainda não a conheça? Vem, mas demore a chegar.Eu te detesto e amo morte, morte, morteQue talvez seja o segredo desta vidaMorte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida Qual será a forma da minha morte?Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.Existem tantas... Um acidente de carro.O coração que se recusa abater no próximo minuto,A anestesia mal aplicada,A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecidaO câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio... Oh morte, tu que és tão forte,Que matas o gato, o rato e o homem.Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscarQue meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a ervaE que a erva alimente outro homem como euPorque eu continuarei neste homem,Nos meus filhos, na palavra rudeQue eu disse para alguém que não gostavaE até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite... Vou te encontrar vestida de cetim,Pois em qualquer lugar esperas só por mimE no teu beijo provar o gosto estranhoQue eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar

  7. Aline (Marcelo Camelo) Oh, minha menina és de tudo que mais belo existeVer tua beleza é esquecer tudo que há de tristeTua presença Aline é tão sublime quanto o mar e o arE estar sempre ao teu lado é ser amado e ter pra sempre o teu Olhar que faz meu bem querer, sustenta meu amorQue faz com que a cada dia eu te ame mais... Sei que a tua boca já beijou a outra que não a minhaSei que já amou a outros quando não me conheciaMesmo assim Aline teu carinho me tomou o peitoHoje sem você não mais consigo ser do mesmo jeito Então dedico a ti esta cançãoTentando em notas dizerQue eu te amo tantoTentando gritar ao mundo Aline, sem você confesso eu não vivoSem você minha vida é um castigoSem você prefiro a solidãoA sete palmos do chão • A morte está diretamente ligada ao amor não correspondido, fonte de sofrimento insuportável.

  8. Desejos sexuais associados à culpa e à destruição; • Fuga da realidade por meio de drogas como o ópio e o haxixe e de bebidas fortes, como o absinto. • Como resultado da vida boêmia, muitos poetas morreram cedo, quase sempre de tuberculose; • Esse comportamento autodestrutivo ficou conhecido como “mal do século”. Nu, de Rodolfo Amoedo, 1884

  9. Casimiro de Abreu Meus oito anos (Casimiro de Abreu) Oh! que saudades que eu tenhoDa aurora da minha vida,Da minha infância queridaQue os anos não trazem mais!Que amor, que sonhos, que flores,Naquelas tardes fagueirasÀ sombra das bananeiras,Debaixo dos laranjais! Como são belos os diasDo despontar da existência!- Respira a alma inocênciaComo perfumes a flor;O mar é – lago sereno,O céu – um manto azulado,O mundo – um sonho dourado,A vida – um hino d’amor! • Poemas suaves, sem o pessimismo característico de sua geração; • Suas figuras femininas não vêm associadas à morte; • Saudosismo de uma infância inocente, ingênua e perfeita; • Louvor à pátria

  10. Álvares de Azevedo Quando à noite no leito perfumado (Álvares de Azevedo) Quando, à noite, no leito perfumadoLânguida fronte no sonhar reclinas,No vapor da ilusão por que te orvalhaPranto de amor as pálpebras divinas?E, quando eu te contemplo adormecidaSolto o cabelo no suave leito,Por que um suspiro tépido ressonaE desmaia suavíssimo em teu peito? • Explora o tema dos desesperos passionais de duas formas: séria e irônica; • Sua principal obra na poesia é Lira dos vinte anos. Nessa obra figuram tanto o sentimentalismo típico dos ultrarromânticos quanto o humor, a ironia e o sarcasmo. • Na prosa, publicou Noite na taverna, uma coletânea de contos cuja principal lição é: o amor verdadeiro só é possível após a morte. Namoro a cavalo (Álvares de Azevedo) Todo o meu ordenado vai-se em floresE em lindas folhas de papel bordado,Onde eu escrevo trêmulo, amoroso,Algum verso bonito... mas furtado... [...] Eu moro em Catumbi. Mas a desgraçaQue rege minha vida malfadada,Pôs lá no fim da rua do CateteA minha Dulcinéia namorada. [...]

  11. Fagundes Varela Cântico do Calvário (Fagundes Varela) À MEMÓRIA DE MEU FILHOMorto a 11 de dezembro de 1863Eras na vida a pomba prediletaQue sobre um mar de angústias conduziaO ramo da esperança. — Eras a estrelaQue entre as névoas do inverno cintilavaApontando o caminho ao pegureiro.Eras a messe de um dourado estio.Eras o idílio de um amor sublime.Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,O povir de teu pai! — Ah! no entanto,Pomba, — varou-te a flecha do destino!Astro, — engoliu-te o temporal do norte!Teto, — caíste! — Crença, já não vives! • Embora da segunda geração, aborda temas sociais, característica marcante da terceira geração; • Devido à morte de seu filho, que tinha apenas três meses de vida, entregou-se à boemia e ao alcoolismo; • Compôs poemas em que a escravidão é apresentada como uma injustiça social.

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