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Reinos não-islâmicos: A passagem da África medieval ao período moderno

Reinos não-islâmicos: A passagem da África medieval ao período moderno. Características comuns de sua organização. - Organizados na transição do período medieval e moderno. - Grande influência na história pré-colonialista do continente Africano.

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Reinos não-islâmicos: A passagem da África medieval ao período moderno

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Presentation Transcript


  1. Reinos não-islâmicos: A passagem da África medieval ao período moderno

  2. Características comuns de sua organização - Organizados na transição do período medieval e moderno. - Grande influência na história pré-colonialista do continente Africano. - Grande contato de comércio com Europa: produção de escravos e outros contatos indiretos com os povos do continente Americano. - Localizados na região Central subsaariana.

  3. Kongo Lunda Ndongo

  4. Reino do Kongo - Atual: Congo, Gabo, República Centro Africana, parte do Sudão, Uganda, Ruanda. - Século XV: A região do Rio Kongo possuía uma importância social, política e econômica organizada pela linhagem dos grupos étnicos ambundos e ambwela. A aliança se estendeu para mais 6 grupos étnicos que se organizaram em torno da figura do ManiKongo, o líder político da região central dos grupos étnicos do centro-África.

  5. - A unidade de base política: aldeias de linhagem matrilinear. A divisão da aldeia era: homens livres, escravos e prisioneiros de guerra. Em um nível superior estavam os governadores dos distritos nomeados pelo Manikongo. Exerciam papel de administração e de juízo. - Seis províncias principais: Soyo, Mpemba, Mbamba, Mpangu, Mbata e Nsundi. Os governadores recebiam o nome de Mani de sua província. Formavam uma espécie de hierarquia aristocrática. - 1575: organiza-se um exército próprio. Os tributos eram pagos ao Manikongo que também cobrava porcentagem sobre todo o produto produzido ou comercializado. Havia uma rígida inspeção fiscal por parte dos Manis das províncias. - Principal comércio: tecidos, escravos, marfim, madeira e alguns outros metais e ferro.

  6. - A partir de 1700: o Manikongo era eleito entre os filhos do clã por um colegiado formado por nove chefes e um Manikabunga, que era o voto de veto. - A língua oficial do Reino era o Kikongo, porém havia diferença lingüística entre as regiões costeiras, central e Leste. A língua sempre foi um grande problema para organização da sociedade pois haviam cisões devido aos idiomas e dialetos reinantes no território. Além dos constantes conflitos entre os grupos de funcionários dos Mani e os grupos de parentescos. Haviam dois grandes grupos: os MBanza que moravam nas áreas urbanas e de livre comércio assim como os ashikongo, que eram os altos funcionários e os Mabatas, os que moravam na zona rural e nas montanhas, que possuíam uma língua própria, os Kimbundo. Esta divisão influenciava o comércio, as relações sociais e os bens materiais.

  7. - Os cultos tradicionais: as figuras públicas intermediavam entre a sociedade e a natureza. Os ritos eram animistas e envolviam seres e a natureza. O sistema de crença era a favor de uma igualdade social que na verdade não existia na realidade social do Kongo. A sacralização dos governantes deu um sentido de exploração e de domínio entre os povos. - Século XVI: O cristianismo entra no Reino do Kongo, como elemento de controle das classes dominantes. A religião cristã foi “africanizada” ou seja, um translado da cosmogonia kongo para as categorias cristãs.

  8. -1482: Chegam os portugueses ao Reino Kongo sendo o ManikongoNzingaKuweu. Neste período Alguns chefes de Mpinda vão para Portugal e outros missionários ficam no Kongo. Começa a troca comercial e cultural entre os dois reinos. O Manikongo recebe o convite de enviar embaixadores a Portugal e firma uma aliança de colaboração cultural (estudo) e comercial com João II (1491). Um processo de cristianização começa rápido e é freado pelo Manikongo que restaura os cultos locais. Um filho de Nzinga, Mpanzumantem as tradições locais e o outro filho batizado de Afonso junto com a mãe permanecem cristãos. Com a morte do Manikongo, luta-se pela divisão do reino entre os irmãos e começa a influência ideológica de Portugal sobre o território. O Manikabunzu que tinha direito de voto fica do lado de Mpanzu por medo de perder o poder para os portugueses. Afonso, que tinham menor exército mas tinha o apoio das duas maiores províncias Soyo e Mbata, venceu a disputa.

  9. - Começa o período de “aportuguesamento” do Reino Kongo. Afonso é intronizado como Afonso I, porém assume com o cargo de Manikongo e não de reino. A primeira comunicação entre de entrosamento entre os soberanos : D João II, Manuel e João III e os Manikongos, Nzinga, Nkunzu e Afonso.. - 1506 até 1512: O comércio de Portugal e Kongo era intenso e próspero. O Manikongo pedia que enviassem padres, professores, militares e técnicos para trabalharem em suas províncias enquanto eles pagavam com metais como cobre e estanho e escravos. Em 1641, a região do Reino do Kongo tinha uma população aproximadamente de meio milhão de pessoas. - Por intermédio da campanha de ocupação pacífica dos portugueses na região, o Kongo manteve relações diplomática com vários países da Europa como Espanha, Países baixos, França e a santa Sede de Roma.

  10. - Século XVIII: O reino do Kongo já estava em estágio de descentralização e o poder do Manikongo partilhado entre as diversas províncias e as concessões européias realizadas aos longos dos séculos. As províncias litorâneas cobravam taxas sobre os produtos do Manikongo se fortalecendo econômica e politicamente. O principal comércio do reino passou a ser a mão de obra escrava que não necessariamente saia dos grupos étnicos do Kongo, mas que passavam pelos portos congolenses. Kongo passou a ser intermediário do comércio externo e os produtores de escravos do interior da África.

  11. Reino de Lunda • Atual: Fronteira da Angola com o Sul da Republica democrática do Congo e Zâmbia. (1665-1887) • Confederação de africana: cidade principal era Catanga. Foi um dos principais grupos da Angola. • Margens do Rio Kasai: pequenos chefes de Clãs. Dominaram os outros clãs, divulgando suas tradições orais a outros povos que foram adotando sua simbologia e outros ritos. Difundem a sua tradição oral, símbolos, idiomas e títulos por toda a savanna da África de sul a oeste. • - Lenda: Ilunga, caçador da tribo de Luba invade as tribos dos Bungu. Encontra-se com a princesa de Leji e casa-se com ela. As tradições das duas tribos se fundem e formam o Reino de Lunda que se organiza a partir da defesa do território dos Luba e do comércio de Bungu.

  12. Século XV: Maior estabilidade política e aliança com outros povos-irmãos (Kinyama até a fronteira do Zambeze. • Simbolos do poder político: pulseira (Lukano). O poder era transmitido aos filhos e irmãos passando a ser uma sociedade matrilinear. • Século XVIII, os Lundas vão participar ativamente do comércio do atlântico com o fornecimento de escravos. As referências aparecem nos documentos escritos por Portugal que denominam a região de império Lunda, “nação amiga e fornecedora de mão-de-obra para as suas colônias da américa e da ásia.”

  13. A capital: Musumba, a 100 km do rio Kasai. Cidade murada e com fossos de água. A residência do rei era construida com estacas e pátios internos, cada pátio era destinado a uma cerimônia específica, incluindo funerais religiosos e outras cerimonias da corte local. • Comércio: barras de sal, tecidos de ráfia, produção local de agricultura, tubérculos e outros elementos da pecuária. • Século XVII: outros produtos estrangeiros passaram a ser comercializados na capital, oriundos do Brasil e das colônias da Ásia, como cachaça, tabaco, tecidos. Este comércio era organizado pelos responsáveis do rei chamados de MwataYamvo.

  14. O Estado era de carater militar e sua atividade principal era o ataque de vizinhos para capturá-los e vendê-los como escravos: produção econômica de escravos para América, europa e ásia. • Poder: decidido por uma coletividade que atendia aos interesses dos diversos grupos a partir de oferendas e tributos. A resolução política do reino nunca será isolada da participação e consentimento desta rede de autoridades. • O Reino Lunda: funcionava como uma federação comercial e tributária, com um rei e seus conselheiros (coletividade). Congregava povos de línguas e culturas completamente diversas.

  15. Estrutura de poder do reino: guerra, tributos e religião. Musumba, capital, era considerado e espaço neutro de decisões políticas do Reino. • Símbolo da realeza: tartaruga (vida longa e duração do poder) • A unificação se dava a partir da genealogia mística: através do mito da origem todos eram irmãos e por isso cria-se o laço de parentesco fictício. Nele todos os chefes de etnias diferentes que eram dominados, para exercerem o seu poder no reino se transformavam em Mwata Yamvo que também era um processo ritual.

  16. Ritual: a nova região conquistada deveria plantar uma muda de mulemba (árvore sagrada). O novo grupo somente ira ser considerado irmão se a árvore criasse raiz, o que significava que os espíritos aceitaram as novas terras e tudo o que nela está. Caso ao contrário, os espíritos não aceitariam este grupo que deveria ir embora ou ser escravizado e retirado da terra. • Havia mobilidade social através da Guerra. Para entrar no exército os homens teriam que passar por um ritual de iniciação masculina chamada de Mukanda.

  17. - A sociedade: mística e Guerreira. Os espaços sociais eram cheios de monumentos religiosos aos quais as pessoas deveriam render homenagens. Os habitantes eram tratados com um exercício de coerção constante sendo sempre ameaçado pelos espíritos. • Criação de um espaço ideológico comum.

  18. Sistema de escravos escravidão • Escravidão: escravos resultantes das punições. Eram pessoas que praticavam transgressões: crimes, mortes, roubo, adultério, desobediência e práticas mágicas. • Estes escravos eram mandados para o grupo dos ‘imbagala’ e criavam comércio no litoral da atual Angola (Luanda) • Além destes escravos excluídos, tinham os escravos de guerra. A escravidão era importante para manter a coesão social, assegurar a estabilidade livrando-se dos elementos indesejáveis.

  19. Século XVIII: Os imbangala, Kazembe e Tchokwe, Matamba, Holo, Mbondo e Kassanje eram os contatos imediatos com os portugueses conservando o centro do reino Lunda livre da interferência dos estrangeiros europeus portugueses. • O escoamento dos escravos por Congo e Dembos: venda de escravos para ingleses, espanhóis e franceses.

  20. Sistema de Escravidão diferenciada: escravos perpétuos. • Possuíam direitos iguais aos livres, mas estavam desterrados de seus grupos de parentesco. Eles poderiam ocupar postos de responsabilidade como os não escravos. • Ser escravo = não ter laços de parentesco, estranho. • Poderiam ser reintegrados em outra família quando se casava com uma mulher livre.

  21. Os laços estabelecidos entre os comerciantes portugueses e as cidades litorâneas do Reino Lunda enfraqueceu a tributação interna e o relacionamento entre Luanda e Mussumba, desagregando a unidade política. • A abolição da escravidão nas colônias: incide diretamente no sistema africano como produto principal de exportação. O sistema de escravidão interna se manteve.

  22. Reino de Ndongo • Atual: Angola (litoral sul) e fronteira com a Namíbia. • Etnia principal: Mbundo. Relação direta com o Reino Lunda presente no interior da região atual de Angola. • Foi fundado no início do século XVI, por um pequeno chefe Kimbundo que possivelmente, controlava o comércio de ferro. Os primeiros ngolas, partindo da possível ligação com a arte do ferro, estenderam a autoridade do Ndongo sobre diversos sobas. (Soba: do quimbundo, senhor de um distrito) para terminarem, em meados do século XVI, ocupando as terras compreendidas entre os rios Dande, Lucala e Cuanza.

  23. Os ngolas foram obrigados a se submeteram os manikongos e pagarem impostos e rendiam a eles homenagens. A organização do estado Ndongo era parecida com a do Kongo, • O estado Kimbundo só se tornou independente em l556, quando as tropas do ngola Inene, apoiadas por alguns portugueses, infligiram uma importante derrota ao manikongo. • Este último, inspirado pelos portugueses, tentava uma aventura militar nos territórios do Ndongo: interesse – a escravidão

  24. - Mbundos: eram matrilineares e linhageiras. • As formas sociais rudimentares: pequenas aldeias submetidas pelos graus de parentescos. A figura do ancião é central responsável pelo rito e era celebrado entre os grupos de parentes. • Os chefes das aldeias eram responsáveis pela prática da agricultura, pesca e caça, assim como o pagamento de tributos e o culto divino a terra através do ritual Malunga (figuras de madeira depositadas na beira dos rios)

  25. A figura do ancião foi trocado pela figura do Ngola tirando da ancestralidade o governo das aldeias. Cada aldeia buscava o seu protetor (Ngola) para garantir a autonomia, a partir da força militar e política e poderia ser exercida tanto por homem quanto por uma mulher. (novidade!). • Foram os ‘samba’ que introduziram o manuseio do ferro na cultura Mbundo. O Ngola Samba Musuri que difundiu a técnica e mudou a forma de organização militar do reino Ndongo.

  26. Século XVI: Todos os reis do Ndongo eram chamados de Ngola, porém somente um governava por turnos a região (guerreiro); • Conselho: chefe local, auxiliares e os Macotas (representantes das linhagens) • Na base local estavam os sobas (chefes da linhagem). Cada um deveria pagar um tributo chamado ‘luanda’ reconhecimento ao Ngola supremo. • Lingua oficial: Kimbundo • Na cultura: o Ngola tem poder sobre a chuva e a fertilidade. Seus símbolos sagrados eram o arco e a flecha (ifá) e braceletes de metais (malunga). • Havia outro posto de confiança como os Tendala e os quiamboles que auxiliavam os Sobas.

  27. Escravos: chamados de cativos. Submitidos aos Ngolas. Trabalhavam apenas um pouco mais do que os não livres. O escravo poderia acumular bens e tornar-se livre. O cativo perpétuo era liberto quando morria o seu dono. • Alguns chegavam a chefes ou conselheiros. (Ex: Ginga Amona auxiliar da rainha Nzinga) • Somente era vendido como escravo para os estrangeiros os punidos da sociedade e os de guerras. • Eles eram responsáveis pela agricultura juntamente com as mulheres.

  28. Produção econômica: agricultura e utensílios de metais. Bom aproveitamento das terras férteis porém sem controle passavam por tempos de secas e períodos de fome. • A pesca é a complementação da agricultura, não se organizando para a criação de animais. • Produção artesanal de ráfias, fios, cordas e lonas. • Aproveitavam o território dos rios: Kwaznza, Lukala e Bengo (onde se tinha pequenos e poucos animais) • As mulheres eram as responsáveis pela agricultura básica; semeavam, colhiam e cuidavam da plantação. Os homens se preocupavam com a floresta, queimada e a preparação do terreno. Construção de casas, barcos e instrumentos para trabalhar a terra. • Havia a pesca em alto mar: diferencial de outros povos.

  29. 1624: Morte do Ngola Mbandi houve desintegração da família e a luta pelo controle do reino ficou na mão dos filhos. A filha Nzinga que ocupava o posto de política principal do seu pai se considerou a mais preparada para o governo. Os Makotas ficaram contra e ela se colocou ao lado dos portugueses. • Promoveu uma eliminação de seus adversários, deturpação dos símbolos reais e morte de seus parentes (até seu filho). Nzinga toma posse do título de Ngola.

  30. Após os primeiros anos do governo de Nzinga, os portugueses se associam ao soba Airi e em 1626 ele consegue assumir como Ngola pagando tributos aos portugueses. • Nzinga foge para o interior do territorio Mbundo, faz aliança com os imbangalas como alternativa contra os portugueses. • Os portugueses dominam e controlam a cidade de Luanda e os sobos passam a servir o império português. • Século XVII: marcado por lutas entre os portugueses e os mbundos organizados por Nzinga na região da matamba (interior). • Nzinga: consegue uma aliança forçada com os portugueses, porém não cumpre as regras cristãs e também econômicas do seu tempo. • Com sua morte, o reino cai de vez nas mãos dos portugueses (partilha da África)

  31. Cidades estados - Não chegam a configurar a estrutura de reinados ou impérios, porém organizam as vidas sociais, econômicas e cultura local. • Organizada a partir da convivência de várias etnias que ora mantinha sua língua e costumes próprios, ora se apresentavam de maneira dependente e mesclada. • Três maiores: Ioruba (pela ligação com o Brasil), Zulu (maior do sul da Africa), Monomotapa (maior do Oceano Índico)

  32. Iorubas Monomapata Zulus

  33. Civilização Ioruba • Ocupação: Benin, Togo, Serra Leoa, Chade, Nigeria, Niger, Gana • Um dos maiores grupos étnicos-linguísticos: a língua, embora com muito dialéticos, congrega traços comuns em várias cidades; • Relação direta com a Europa e América: relações intermediárias de comércio e de transmissão de cultura entre continentes a partir do produto da escravidão.

  34. As lendas contam que Ilé-Ifé teria sido o próprio berço da humanidade. Ali Todos os povos e reinos descenderiam do deus-rei Odudua, fundador da cidade sagrada • Fundação de Oyo, capital política dos iorubas. Cidades independentes com seus governantes, camponeses. • Estrutura básica: Mandantes de cada cidade que era chamado de Bale; A assembleia dos notáveis, que era na realidade a detentora da autoridade.

  35. Os guardas das muralhas: Babalaô, também recolhia impostos. • Economia: entreposto comercial com interior do continente. Relações estreitas com os mandatários europeus. • Aristocracia: controlava armas, o comercio local e com outros povos; • Cultura e arte: O costume de arte e artesãos entre o Yoruba é profundamente assinalado no corpo literário Ifá que indica os orixás Ogun, Obatala, Oxum e Obalufon como central à mitologia de criação inclusive a obra artística (isto é a arte da humanidade.

  36. O iorubá ou ioruba é um idioma da família linguística nigero-congolesa, e é falado ao sul do Saara, na África, dentro de um contínuo cultural-linguístico, por 22 milhões a 30 milhões de falantes. • Idioma falado e reorganizado em outras partes do mundo: Brasil e Cuba, com a variante Nagô (religiões de raiz africana) Nos Estados Unidos (Sul) com a variante, Lucumí.

  37. Zulus • Povo do sul da África, vivendo em territórios atualmente correspondentes à África do Sul, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique. • Embora hoje tenham expansão e poder político restritos, os zulus foram, no passado, uma nação guerreira que resistiu à invasão imperialista britânica e bôere no século XIX. • Grande Clã: fundado pelo guerreiro Zulu Kanthombela. Eram liderados por um Shala.

  38. Século XVI: Expansão. Dominação de vários povos vizinhos. Organização de exércitos por idades. Os chefes se mantinham no poder através do pagamento de tributo de gado. • Duas grandes tribos: Tribo central: Dingiswayo. Funcionava como a sede da civilização Zulu. Conquistou as tribos ao norte e ao sul da África impondo o seu exército e os seus tributos. • No final do século XVIII: Nasce Tchaka, filho ilegítimo do Rei Zulu, assume o exército e impondo suas regras.

  39. A sociedade zulu se organizou a partir do exército de Tchaka. Todos faziam parte do exército, mulheres e crianças serviam ao exército. • O chefe supremo era o chefe militar que era ditador e era considerado dono de todas as terras da tribo. Exercia o poder de vida e de morte sobre os membros da tribo. • Tinha um conselho consultivo (indunas) que ajudava o chefe em questões de justiça. A organização militar ajudou a conquistar e derrotar várias tribos.

  40. 1827: A morte da sua mãe, Nadi, leva a desestruturação do ditador. Convoca o luto geral, proibindo o exercício da agricultura, não beber leite, nem carne e abster de relações sexuais, sendo passíveis de morte todos que o fizessem. • Revolta geral: os dois irmãos de Tchaka Dingane e Mlangane resolvem matar o irmão. Os irmãos matam Tchaka e Dingane sucede o Tchaka. • Grande evento: A guerra anglo-Zulu de 1879.

  41. 11 de Dezembro de 1878: o reino unido entra pelo litoral da África do Sul e dá um ultimato aos 11 chefes das tribos zulus, representados por Setshwayo. • Os termos ingleses: desestruturação do exército zulu, aceitação da autoridade britânica como dominadores das terras, e administrados dos bens e comércio entre os povos africanos e europeus. • Recusa Zulu, 1897: Os Zulus ganham a primeira batalha de Isandlwana (22 de janeiro). A reviravolta vem na batalha de Rokers Drift em fevereiro e a conquista e dominação vem 4 de julho na batalha de Ulundy. (começa o processo de dominação inglesa no sul da África)

  42. Monomotapa • Mwuenemutapa (nome dado ao rei) foi a civilização que cresceu no século XV ao XVIII entre o rio Zambeze, Zimbabue e o oceano Indico até o Rio Limpopo. • Relações estreitas com o Brasil: Uma das mais importantes possessões portuguesas na produção de metais preciosos e de troca constante de produtos brasileiros como açucar e pau-brasil. Principal entreposto de comércio no índico.

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