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Humberto de Campos (Espírito) Psicografia de Francisco Cândido Xavier Editora FEB, 1938
“O Brasil representará a fonte de um pen- samento novo, sem as ideologias de sepa-ratividade, e inundará todos os campos das atividades humanas com uma nova luz. Peçamos a Deus que inspire os homens públicos para que saibam colocar em pri-meiro lugar seus deveres essenciais. E a vós, meus filhos, que Deus vos forta-leça e abençoe, sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material. (Emmanuel)
Idade medieval e as incompreensão das li- ções do Evangelho. Final do século XIV Jesus visita a Terra Conversa com Heliel
“Para esta terra bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo todos os povos da Terra apren- derão a lei da fraternidade universal. Tu, Helil, te corporificarás na Terra, no seio do povo mais pobre e mais trabalhador do Ociden- te e instituirás um roteiro de coragem para além dos oceanos que separam o velho do novo mun- do. Aproveitaremos o coração fraternal dos ha- bitantes destas terras novas, (os índios) e mais
tarde, ordenarei a reencarnação de Espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças oprimidas e sofredo- ras das regiões africanas, para formarmos o pedestal de solidariedade do povo fraterno que aqui flo- rescerá, no futuro, a fim de exaltar o meu Evangelho, nos séculos gloriosos do porvir. Aqui, sob a luz das estrelas da cruz, ficará localizado o coração do mundo!”
Cumpriu o início das navegações e descobertas marítimas. Desencarna em 1460 Desencarnado influencia D. Duarte I e D. Afonoso V D. João II assume a ex- pansão marítima, iniciada pelo tio avô Henrique de Sagres.
D.JoãoIImorre envena- do, em1495 mas os planos estavam consolidados. D. Manoel I assume, e o preparo para as navega- ções está terminado. 09 de março de 1500 – inicia-se a expedição de Cabral
Assembleias espiritu- ais, sob as vistas amo- rosas do Senhor, aben- çoamasaspraias exten- sas e claras e as flores- tas cerradas e bravias. Há contentamentoin- traduzível em todos os corações. Heliel rejubila-se com as bênçãos do céu, mas, de alma alarmada pelas emoções mais carinho- sas e mais doces, confia ao Senhor seus receios.
“Temo, Senhor, que as na- ções ambiciosas matem as nossas esperanças, invali- dando as suas possibilida- des e destruindo os seus te- souros...” “ Helil, a região do Cruzeiro estará ligadaeternamente ao mente meu coração. As potências imperialistas da Terra es- barrarão sempre nas suas claridades divinas e nas suas ciclópicas realizações.
Em meio à comemo- ração no plano espiri- tual Jesus se dirige a um de seus mensagei- ros e o indica como ze- lador dos patrimônios imortais da Terra do Cruzeiro: Ismael.
“Para aí transplantei a árvore da minhamisericór- dia. Ela será a doce paisa- gem dilatada do Tibería- des, que os homens aniqui- laram na sua voracidade de carnificina Guarda este símbolo da paz com os quais abrirás para a humanidade dos séculos futuros um cami- nho novo, mediante a sagrada revivescência do Cris- tianismo. (orientações de Jesus para Ismael)
AfonsoRibeiro,um dos condenados ao penoso des- terro, avança numa piroga desmantelada. –“Jesus, tende piedade da minha infinita amargu- ra! Enviai a morte – sou inocente, Senhor. Nesse instante, o pobre exilado sente que uma es- perança nova se apossa de todas as suas fibras. Emvãoasondas sinistras e poderosas tentam arre- batá-lo para o oceano largo. Uma força misteriosa o conduz a terra firme. Ismael havia realizado o seu primeiro feito nas Terras de Vera Cruz.
Trazendo um náufrago e inocente para a base da sociedade fraterna do porvir, Ismael obedecia a sa- gradas determinações do Divino Mestre. Primeiramente, os índios, que eram os simples de coração; em segundo lugar, chegavam os sedentos da justiça divina (os degredados) e, mais tarde, vi-riam os escravos, como a expressão dos humildes e dos aflitos, para a formação da alma coletiva de um povo bem aventurado por sua mansidão e fraternidade. Naqueles dias longínquos de 1500, já se ouviam no Brasil os ecos acariciadores do Sermão da Montanha.
A Terra de Santa Cruz não desperta o interesse da metrópole. Ismael institui o programa espiritual e conta com Manuel da Nóbrega (Emma- nuel) e Anchieta. (Fabiano de Cristo)
Ismael define SP e MG como fonte de forças para a organização da pátria e serão por muito tempo a balança econômica e política. • Estácio de Sá funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Muitas vezes reencarnou para vi- ver na paisagem predileta dos seus olhos. • Sua personalidade aí adquiriu e- lementos de ciência e de virtude e, ainda há poucos anos, podia ser encontrada na figura do gran- de benemérito Osvaldo Cruz. Obs. Osvaldo Cruz é André Luiz, conforme informações de Chico Xavier.
Índios e negros sofriam humilhações e vexa- mes, Brancos ignoravam leis humanas ou divi- nas, na condição de superioridade que se atri- buíam. A situação geral era a mais deplorável. Ismael e seus colaboradores sofrem em seus tra- balhos árduos e quase improfícuos e recorrem às orações.
- Ismael, o país abriga infortuna- dos e infelizes. Em meu coração ecoam as súpli- cas dolorosas de sofredores. Leva a essas coletividades espiri- tuais, sinceramente arrependidas do seu passado obscuro e delituo- so, atuabandeirade paz e de espe- rança; ensina-lhes a ler os preceitos da minha doutri-na, nos códigos dourados do sofrimento.
Falanges de Ismael se fazem presentes MG era a mais rica e onde a tirania e a fraqueza moral estavam presentes. Padres queriam ouro pa- rasuas igrejas e juízes que- riam enriquecer antes de retornar a Portugal. Conflitos se instalam e o governador solicita a pri- são de Tiradentes.
Irmão querido, resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocu- pavas do nefando mister de inquisidor. Redimiste o pretérito obscuro e crimi- noso, com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho de Jesus.
As caravanas espirituais aproveitaram todas as pos- sibilidades. O Rio de Janeiro, sob a direção do bon- doso príncipe, adotara um regime muito mais libe- ral do que as formas de governo existentes em Lis- boa. D. João VI ia prestar ao Brasil os mais inestimáveis serviços, no capítulo de sua autonomia e de sua li- berdade, sem os abusos criminosos das lutas fratri- cidas. A paisagem do Rio acalmava seu coração diante das preocupações com a mãe louca, a esposa desleal e o filho fanfarrão.
Com a revolução constitucionalista D. João é obri- gado a retornar a Portugal . A corte portuguesa exige também a volta de D.Pe- dro I. O Brasil voltaria a condição de simples colonia. Portugueses do Brasil protestam. Colaboradores da espiritualidade se descobram pa- ra promover a conciliação e D. Pedro assina decreto antedatado pró Constituição. D. Pedro I, torna-se o príncipe regente.
Surgem revoltas - D. Pedro visita MG e SP para unificar o Pais. As falanges invisíveis entram em ação novamente e Ismael declara que desde 1808 a independência já havia sido declarada. Ismael orienta Tiradentes a acompanhar D. Pedro I, para ainda em terras pau- listas, auxiliá-lo no grito de liberdade. A partir das notícias dadas por Ismael, Jesus cha- ma Longinus e dá a ele a missão de ser o Imperador do Brasil: D. Pedro II.
Jesus refere-se ao Brasil co- mo o país “cuja configura- ção geográfica representa o órgão do sentimento no planeta, como um coração que deverá pulsar pela paz indestrutível e pela solida- riedade coletiva e cuja evolução terá de dispensar, lo- gicamente, a presença contínua dos meus emissários para a solução dos seus problemas de ordem geral.”
O ambiente confuso no Brasil se multiplicava. O mundo invisível agia sensivelmente nos gabinetes políticos. O próprio exército se voltava contra o Imperador, que ordena ao chefe da guarda para se juntar às tropas. Não quero que se sacrifiquem por mim! Os mensageiros de Ismael auxiliam-no. D. Pedro I abdica (1831): seu filho, com 5 anos, D. Pedro II, fica sob a tutela de José Bonifácio.
Reencarna-se em 1831 com a missão de con- centrar esforços para a criaçãodonúcleo de ati- vidades espirituais, den- tro dos elevados propó- sitos de reforma e rege- neração.
Ismael articula do Alto os elementos necessários à grande vitória. O generoso imperador é afastadodo trono, sob a influência dos mentores invisíveis da pá- tria, voltando a Regência à Princesa Isabel. Sob a inspiração do grande mensageiro do Divino Mestre,osabolicionistas apresentam à regente a pro- posta de lei para imediata extinção do cativeiro, lei que D. Isabel, cercada de entidades angélicas e mi- sericordiosas, sanciona sem hesitar, com a nobre se- renidade do seu coração de mulher.
Jesus - "Irmãos, a Pátria do Evangelho atinge agora a sua maioridade coletiva. A proclamação da Repú- blica Brasileira, há de fazer-se sem derramamento de sangue. E, a 15 de Novembro de 1889, com a bandeira do novoregimenas mãos de Benjamin Constant, Quin- tino Bocaiúva, Lopes Trovão, Serzedelo Corrêa, Rui Barbosa e toda uma plêiade de inteligências cultas e vigorosas, o Marechal Deodoro da Fonseca procla- ma, no Rio de Janeiro, a República dos Estados Unidos do Brasil.
O nobre monarca rece- be a notícia com amar- ga surpresa, repele po- rem todas as sugestões que buscasse reagir. Confortado pelas luzes do Alto, que o não aban- donaram D. Pedro II não permitiu que se derra- masse uma única gota de sangue brasileiro, no im- previsto acontecimento.
Preparou, rapidamente, sua retirada com a família imperial para a Europa e, com lágrimas nos olhos, rejeita as elevadas so- mas de dinheiro que o Tesouro Nacional lhe aceitar somente um travesseiro de terra do Brasil, a fim de que o amor da Pátria do o amor da Pátria do Cruzeiro lhe santificasse a morte, no seu exílio de saudade e pranto. oferece, para
Espiritismo no Brasil Grupos sinceros do Espiritis- mo têm suas águas fluidifi- cadas, a terapêutica do mag- netismo espiritual (passes), os elementos da homeopa- tia, a cura das obsessões, os auxílios gratuitos no serviço de assistência aos necessita- dos: dando de graça o que se recebeu como esmola do céu. A tarefa de Ismael está consolidada. Médiuns espalham colheitas de bênçãos dos céus. O Espiritismo tinha, no Brasil, caracte- rísticas de Cristia- nismo redivivo.