E N D
3. Objetivo Esclarecer aspectos das implicações da utilização da gordura trans nos aspectos nutricionais, na saúde e as alternativas para a tecnologia de alimentos, diante da necessidade observada em sala de aula e no próprio grupo.
7. Há a inserção de 1 hidrogênio em algumas insaturações (veja o segundo ácido graxo do glicerol, após a primiera flecha não há mais a primeira insaturação) e outras são isomerizadas à conformação transHá a inserção de 1 hidrogênio em algumas insaturações (veja o segundo ácido graxo do glicerol, após a primiera flecha não há mais a primeira insaturação) e outras são isomerizadas à conformação trans
8. Hidrogenação O mesmo processo só que numa visão industrialO mesmo processo só que numa visão industrial
10. Trans X Cis Os isômeros cis são mais rapidamente metabolizados como fonte de energia e são preferencialmente incorporados em fosfolipídios estruturais e funcionais.
Em humanos a incorporação dos trans nos tecidos depende:
da quantidade ingerida
do tempo de consumo de alimentos com esse tipo de gordura
da quantidade de ácidos graxos essenciais consumida
do tipo de tecido
do tipo de isômero (configuração e posição da dupla ligação na cadeia)
11. Breve histórico
12. Vantagens tecnológicas
13. Fontes de ácidos graxos trans na alimentação Margarinas e cremes vegetais
Biscoitos (cream cracker e recheados)
Massas folhadas
Batata frita (fast-food)
Panificados e confeitaria (“shortening”)
Sorvetes De 80 a 90% da ingestão de trans é proveniente do consumo dos seguintes alimentos:
O restante do consumo corresponde a produtos derivados de ruminates e óleos vegetais submetidos a altas temperaturas.De 80 a 90% da ingestão de trans é proveniente do consumo dos seguintes alimentos:
O restante do consumo corresponde a produtos derivados de ruminates e óleos vegetais submetidos a altas temperaturas.
15. Implicações Nutricionais Diversos efeitos relacionados com a ocorrência de DCV, como:
Aumento de LDL-c
Diminuição de HDL-c
Alteração na razão LDL-c/HDL-c
O aumento de 1 unidade desta razão está associada a um risco 53% maior de DCV !
16. Efeito no metabolismo de Ácidos Graxos Poliinsaturados
Competição na absorção
Inibição das enzimas ?-6 e ?-5 ácido graxo dessaturases
Bloqueio da síntese de eicosanóides
Causam mudanças na produção e formação de prostaglandinas e tromboxanos
Agregação plaquetária (aterosclerose) Dinâmica biológica alterada, possibilidade de formação de ateromas !Dinâmica biológica alterada, possibilidade de formação de ateromas !
17. Outros Efeitos Modulação da atividade de macrófagos e
monócitos:
Aumento da produção de fator de necrose tumoral alfa, interleucina-6 e proteína 1 quimioatratora de leucócitos
Elevação de marcadores séricos inflamatórios e de disfunção endotelial
Piora da resposta vasodilatadora
18. Implicações no desenvolvimento infantil
Fase de desenvolvimento intra-uterino :
Inibição da biossíntese dos AGPI-CL
Diminuição do peso ao nascer
Redução do perímetro cefálico
Imprint metabólico para aterogênese (camada íntima) . Trans no cordão umbilical tem relação inversamente proporcional com as variáveis citadas
A ação dos trans na deficiência de ácido linoléico propiciaria alteração na divisão das células musculares lisas da íntima
Trans no cordão umbilical tem relação inversamente proporcional com as variáveis citadas
A ação dos trans na deficiência de ácido linoléico propiciaria alteração na divisão das células musculares lisas da íntima
19. Trans e amamentação O leite materno funciona como veículo de transporte de AGT
Efeito dose-resposta
Portanto, a preocupação com o consumo de
AGT deve se estender para além do período
gestacional, mantendo-se, preferencialmente,
por toda a vida.
20. Posição sobre o consumo de gorduras trans Órgãos de saúde em diversos países limitaram o consumo destes compostos.
A Food and Drugs Association, em 2006, liberou um documento que recomenda que o consumo de trans seja inferior à 1% do VCT e obrigou a inclusão desse compostos nos rótulos de alimentos.
21. Gordura Trans Esforço global para diminuição e eliminação de gordura trans nos produtos industrializados
Dinamarca: uso proibido
Diversos países: programas educativos
No Brasil: não há prazos para diminuição/ eliminação do uso.
22. No Brasil, não há recomendação para o consumo de gorduras trans em relação ao VCT, mas se preconiza que não se consuma mais de 2 gramas de gordura trans por dia (ANVISA).
O valor deve ser declarado em gramas presentes por porção do alimento.
Quanto ao claim “livre de gorduras trans”, ele pode ser usado se o alimento pronto para o consumo contiver no máximo 0,2g de gorduras trans e 2g de gorduras saturadas por porção. Os termos permitidos para fazer este claim são: “não contém...”, “livre...”, “zero...”, “sem...”, “isento de...”. (ANVISA, 2002).
23. Gordura Trans As tecnologias de substituição do uso das trans por outras substâncias menos prejudiciais à saúde incorrem:
Aumento de custos para a indústrias (especula-se que pode se gastar até 25% a mais);
Alternativas nem sempre são práticas;
Demanda de adaptações de processos de produção;
Nem sempre as alternativas produzem produtos com características similares.
24. Gordura Trans
25. Substitutos para gordura trans Interesterificação
Fracionamento
Ácido esteárico
26. Interesterificação Alternativa tecnológica ao processo de hidrogenação parcial
Principal método para preparação de gorduras plásticas com baixos teores de isômeros trans ou mesmo ausência destes compostos
Em contraste à hidrogenação este processo não promove a isomerização de duplas ligações dos ácidos graxos e não afeta o grau de saturação dos mesmos.
27. Interesterificação É a quebra de um triacilglicerol específico com remoção de um ácido graxo ao acaso, embaralhamento deste com o restante dos ácidos graxos e sua substituição ao acaso por outro ácido graxo resultando em um novo triglicéride, com novas propriedades organolépticas, físicas e químicas. Pode ser intra ou inter-moléculas de triacilgliceróis Esterificação: entre um triacilglicerol e ácido graxo (mesmo processo)
Veja que os radicais dos dois gliceróis são trocados!!!!!Esterificação: entre um triacilglicerol e ácido graxo (mesmo processo)
Veja que os radicais dos dois gliceróis são trocados!!!!!
28. Interesterificação Dois tipos:
Química
Enzimática
29. Interesterificação Química Na interesterificação química, largamente utilizada, o catalisador empregado com maior freqüência é o metóxido de sódio (MeONa).
Óleos e gorduras, isentos de umidade, são aquecidos e o catalisador é adicionado até a ocorrer sua rápida e completa dispersão na matéria-prima. A reação é finalizada mediante a adição de água, que promove a inativação do catalisador. As mudanças nas propriedades de fusão e solidificação de óleos e gorduras interesterificados devem-se às proporções relativas dos componentes acilglicerídicos após o rearranjo dos ácidos graxos.Na interesterificação química, largamente utilizada, o catalisador empregado com maior freqüência é o metóxido de sódio (MeONa).
Óleos e gorduras, isentos de umidade, são aquecidos e o catalisador é adicionado até a ocorrer sua rápida e completa dispersão na matéria-prima. A reação é finalizada mediante a adição de água, que promove a inativação do catalisador. As mudanças nas propriedades de fusão e solidificação de óleos e gorduras interesterificados devem-se às proporções relativas dos componentes acilglicerídicos após o rearranjo dos ácidos graxos.
30. Interesterificação Enzimática No processo enzimático, biocatalizadores, tais como lípases microbianas, são utilizados para promover a migração acila nas moléculas acilglicerídicas
Processo mais caro
A interesterificação enzimática do óleo de algodão com o óleo de soja completamente hidrogenado permite a criação de um produto que tem uma estabilidade relativa, servindo como matéria-prima para a fabricação de margarina “trans free”
31. Fracionamento O fracionamento é um processo de separação termo-mecânico onde os triacilgliceróis componentes de óleos e gorduras são separados por cristalização parcial.
São obtidas frações líquidas (oleína) e sólidas (estearina)
32. Fracionamento Existem três processos básicos de fracionamento:
a seco, em solvente e com detergente.
O processo ocorre em três estágios:
Resfriamento dos triacilgliceróis líquidos ou fundidos para provocar a nucleação
Crescimento dos cristais a um tamanho e forma que permita separação eficiente
Separação e purificação das fases sólida e líquida resultantes (filtração, centrifugação ou decantação)
33. Fracionamento a seco É o processo de fracionamento mais utilizado
Neste processo a cristalização ocorre sem solvente
Rápido e econômico
Utilizado em grande escala (principalmente com óleo de palma)
Fracionamento de óleo de palma:
34. Fracionamento a seco Estudos sugerem substituição de óleos hidrogenados pelo óleo de palma nos produtos alimentícios.
Ao contrário dos demais óleos vegetais insaturados, não necessita de hidrogenação para atingir a consistência semelhante à margarina (é semi-sólido em estado natural), sendo isento de ácidos graxos trans.
35. Ácido esteárico
36. Ácido esteárico Gorduras ricas em ácido esteárico apresentam alta plasticidade e estabilidade, sendo este indicado como substituto a gorduras trans.
Fortes evidências indicam que o ácido esteárico, apresenta caráter neutro em relação aos níveis de colesterol sérico.
Melhor q o óleo de palma!!!!
Necessário mais estudosMelhor q o óleo de palma!!!!
Necessário mais estudos
37. Conclusão Fortes evidências de que as gorduras trans podem desempenhar importante efeito deletério na saúde humana
Diversas recomendações sobre o controle do seu consumo: ausência de informações em tabelas de composição química de alimentos prejudica essa ação
Crescente oferta de alimentos manufaturados no mercado consumidor: elevados teores de gorduras hidrogenadas em sua composição
Efeito competitivo entre as gorduras trans e as essenciais para a saúde humana
Melhor q o óleo de palma!!!!
Necessário mais estudosMelhor q o óleo de palma!!!!
Necessário mais estudos
38. Conclusão Incentivo ao hábito da leitura de rótulos de produtos: muito importante para identificar a presença dos ácidos graxos trans e da gordura hidrogenada, levando a escolhas mais saudáveis
A redução do consumo de ácidos graxos trans deve envolver:
- ampla divulgação dos seus prejuízos à população
- realização de mais estudos que visem determinar o seu conteúdo nos alimentos e estimar os níveis de ingestão diária
- ações governamentais que incentivem o desenvolvimento de tecnologias para produção de gorduras com níveis reduzidos de isômeros trans sem elevar o conteúdo de ácidos graxos saturados
Melhor q o óleo de palma!!!!
Necessário mais estudosMelhor q o óleo de palma!!!!
Necessário mais estudos
39.
Concluímos que a real preocupação, de profissionais de saúde e da indústria de alimentos, deve estar baseada no alto consumo de gorduras saturadas ou trans em detrimento da ingestão de outros nutrientes, além de PUFAS e MUFAS, necessários para uma vida saudável!
OBRIGADO