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TONICO E TINOCO. CARRO DE BOI. Meu véio carro de boi, pouco a pouco apodrecendo Na chuva, sor e sereno, sozinho, aqui desprezado Hoje ninguém mais se alembra que ocê abria picada Abrindo novas estrada, formando vila e povoado.
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TONICO E TINOCO CARRO DE BOI
Meu véio carro de boi, pouco a pouco apodrecendo Na chuva, sor e sereno, sozinho, aqui desprezado Hoje ninguém mais se alembra que ocê abria picada Abrindo novas estrada, formando vila e povoado
Meu véio carro de boi, trabaiaste tantos ano O progresso comandando no transporte do sertão Hoje é um traste véio, apodreceu no relento No museu do esquecimento, na consciência do patrão
Meu véio carro de boi, a sua cantiga amarga No peso bruto da carga, o seu cocão ringidor Meu véio carro de boi, quantas coisa ocê retrata A estrada e a verde mata, e o tempo do meu amor
Meu véio carro de boi, é o fim da estrada cumprida Puxando a carga da vida, a mais pesada bagage E abraçando o cabeçaio, o nome dos boi dizendo O carreiro foi morrendo, chegou no fim da viage.
Esta é uma merecida homenagem a três homens:: - Ao José Garcia Pires, o Zequinha, emérito construtor de carros de boi de Santa Rita de Caldas. - Ao senhor Narcizo Berchol da Silva, grande carreiro, representando aqui todos os carreiros do Brasil, e - Ao grande amigo e filho do senhor Narcizo, João Erasmo, por ajudarem todos a perpetuar esta belíssima tradição do nosso interior, o carro de boi.
Ficha Técnica CARRO DE BOI Autor: Tonico Cantam: Tonico e Tinoco Álbum: Na Beira da Tuia (1959) José Garcia Pires Zequinha By Paulo R.M.Castro pcastro@wide.com.br www.tonicoetinoco.cjb.net