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Formação de Avaliadores Externos. Avaliação externa da dimensão científica e pedagógica (An 2-a ) BF3 e 4 2013-2014. Formador. OBJETIVOS.
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Formação de Avaliadores Externos Avaliação externa da dimensão científica e pedagógica (An2-a) BF3 e 4 2013-2014 Formador
OBJETIVOS • Desenvolver competências no âmbito da observação de aulas, designadamente na aplicação de instrumentos de registo e utilização dos parâmetros nacionais de AE; • Promover o trabalho colaborativo e partilha de experiências entre AE.
SUMÁRIO 3.3. Observação de aulas: instrumentos, intervenientes e técnicas – 6 horas 3.3.1. Observação e avaliação no contexto das práticas profissionais docentes 3.3.2. Componentes da observação: interação observador-observado, postura do observador, métodos de observação, objeto de observação e instrumentos de observação 3.3.3. Observação de aulas no atual regime de avaliação de desempenho docente: quadro de referência, frequência, duração, metodologia e instrumentos de registo. 3.3.4. Objetividade e subjetividade da observação de aulas 3.3.5. Observação, colaboração e reflexão
METODOLOGIA DA SESSÃO: De acordo com percurso formativo selecionado • 1º Momento: Dimensão reflexiva (duração: ) • 2º Momento: Dimensão prática(duração: )
OBSERVAÇÃO DE AULAS ATIVIDADE Metodologia: Trabalho individual + grupo turma • Objetivo: • Identificar constrangimentos no que respeita às questões: • Da objetividade / subjetividade • Dos efeitos que interferem na observação • 1º momento – Observação • Apresentação de uma imagem: O que observam? • 2º momento – Registo da informação • registo da informação a partir da imagem; • 3º momento – brainstorming/discussão • - A partir dos registos individuais realizar um brainstorming (com registo no quadro) para promover o debate e discussão reflexiva tendo em conta a objetividade /subjetividade no ato de observar; competência/desempenho; tipo de observação; instrumentos de registo; indicadores De acordo com percurso formativo selecionado • Tempo: 75 minutos
observação (10 minutos) /registo (15 minutos) O queobservam? ... De acordo com percurso formativo selecionado
Avaliação da componente científico - pedagógica: o desempenho do docente A avaliação é, fundamentalmente, um processo de apreciação e de juízo
Avaliação é … Um processo que consiste em recolher um conjunto de observações pertinentes, válidas e fiáveis e em confrontar este conjunto de observações com um conjunto de critérios coerentes com referentes pertinentes (processo de juízo) com a finalidade de fundamentar uma tomada de decisão adequada à função pretendida. (De Ketele, 2010)
Avaliação … • Segundo Tardifet al. (2010), toda a avaliação rigorosa tem por base três pilares: • Cognição - Uma conceção, uma representação do que será avaliado; • Observação - Uma seleção de provas; • Interpretação – Apuramento de critérios para realizar um juízo e tomar decisões. 9
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO DOCENTE Competência = saber fazer Desempenho = Capacidade + Motivação + Competência sendo Capacidade= aptidão + formação + recursos Motivação = desejo + empenho quantidade de esforço que um profissional se predispõe despender na realização de uma atividade profissional (Adaptado de Passos, A. , 2008)
Desempenho é o quê? Estrutura Situação Dinâmica Ações Representações Investigar o comportamento em situação
Há muito pouca coisa que é observável – os objetos são compósitos
Desempenho em sala de aula Ações desenvolvidas pelo professor, na sala de aula (Adaptado de Santos, L., 2008) • Estrutura (fases/duração/sequência) • Tarefas realizadas (natureza/origem/grau de estruturação/sistematização/avaliação) • Discurso na acção (papel do professor e do aluno) • Ambiente (ritmo/envolvimento dos alunos/relação entre professor e alunos e alunos entre si)
ROTEIRO: Processo de observação de aulas Processo de Ensino • Domínio de conteúdos • Regulação • Gestão dos incidentes críticos • Procedimento pedagógico (indutivo, dedutivo…) • Consideração dos progressos
ROTEIRO: Processo de observação de aulas Processo de Aprendizagem • Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos • Interpretação dos comportamentos • Interpretação dos conhecimentos • Variedade das situações de aprendizagem
ROTEIRO: Processo de observação de aulas Pilotagem pedagógica • Definição do enquadramento • Anúncio dos objetivos • Explicitação de noções novas • Reformulações se necessário • Tempo de palavra VS tempo de atividade dos alunos • Acompanhamento individualizado dos alunos • Síntese das atividades desenvolvidas
ROTEIRO: Processo de observação de aulas Material pedagógico • Utensílios de comunicação com os alunos • Fichas de Trabalho (para as atividades) • Suportes pedagógicos (documentos de trabalho) • Utensílios de aprendizagem (computadores, quadro, fichas…) • Instrumentos de avaliação
ROTEIRO: Processo de observação de aulas Relação com o grupo de alunos • Comportamento geral • Gestão do espaço • Comunicação verbal e não verbal • Autoridade • Resposta às questões colocadas • Gestão equitativa dos alunos
ROTEIRO: Processo de observação de aulas Relação no interior do grupo • Interesse demonstrado pelos alunos • Interação entre alunos • Compreensão das aprendizagens
Técnicas de observação Sobre o que observar? Adaptado de Damas, M. & De Ketele, J. (1985)
Algumas regras de observação Observar mais que olhar !
Algumas regras de observação Observar mais que olhar !
Principais efeitos a evitar na avaliação do desempenho... • 1. Efeito de Halo/Horn – Acontece quando o avaliador segue um mesmo raciocínio durante toda a avaliação, seja o de avaliar de forma positiva (efeito de Halo) ou negativa (efeito de Horn). Se o avaliado é bom em determinada tarefa, automaticamente será bom em todas ou o contrário. • 2. Efeito de Tendência Central – É o denominado famoso “meio termo”. Seja por medo, insegurança o avaliador atribui notas medianas, como 5 ou 6, por exemplo, a fim de não prejudicar as pessoas ou, ainda, ter que justificar notas muito altas no futuro. • 3. Efeito de Recenticidade- O avaliador usa apenas a sua memória recente para atribuir notas aos seus avaliados. Assim, usa apenas os acontecimentos mais recentes, sejam eles bons ou menos bons, para avaliar o desempenho.
Principais efeitos a evitar na avaliação do desempenho... • 4. Efeito constante (Complacência/Rigor excessivo) – O avaliador adota o seu próprio padrão de desempenho. Assim, alguns avaliadores parecem muito complacentes, enquanto outros rigorosos demais. Definir conjuntamente um padrão de desempenho é essencial para reduzir o efeito das características pessoais. • 5. Efeito de "primeira impressão” - Lá diz o ditado "a primeira impressão é a que fica"? As pessoas mudam e merecem ser reconhecidas pelo seu desenvolvimento profissional. • 6. Efeito de semelhança (autoidentificação) - Os avaliadores tendem a avaliar de forma mais positiva aqueles que possuem os mesmos interesses, a mesma formação profissional, ou os mesmos gostos pessoais. )
Principais efeitos a evitar na avaliação do desempenho... • 7. Efeito de fadiga/rotina - Depois de preencher a “52º.” ficha, o avaliador não consegue já distinguir as diferenças entre as pessoas. É importante que as avaliações não sejam feitas de forma contínua, a fim de evitar o cansaço e os erros de avaliação por causa da fadiga. • 8. Efeito de incompreensão do significado dos critérios de avaliação - Se estes não estiverem claramente definidos, poderão ocorrer erros de interpretação e ocasionar distorções nos resultados.
Avaliação da componente científico e pedagógica da ADD • Proceder à observação de aulas; • Aplicar instrumentos de registo requeridos para a avaliação externa da dimensão científica e pedagógica, tendo por referência os parâmetros nacionais; • Proceder à avaliação das aulas observadas; • Emitir parecer sobre o relatório de autoavaliação do docente relativamente às aulas observadas; • Articular com o avaliador interno o resultado final da avaliação da dimensão científica e pedagógica dos docentes sujeitos à avaliação externa. • Ao • avaliador externo compete
Avaliação da componente científico e pedagógica da ADD • Orientar a sua ação em benefício da aprendizagem dos alunos; • Selecionar as melhores abordagens de ensino; • Criar um ambiente educativo assente em valores comummente reconhecidos, tratando os alunos com a dignidade que esses valores preconizam e assegurando que eles procedam do mesmo modo; • Ter presente a especificidade dos papéis de «aluno» e de «educador/professor», não deixando de considerar as fronteiras que lhe são inerentes • Ao • avaliado compete
Avaliação da componente científico - pedagógica da ADD • Ao • avaliado compete • Desenvolver os processos de reflexão e de autorreflexão sobre as suas práticas; • Elaborar relatório de autoavaliação das aulas observadas.
Durante a observação Colaboração e reflexão
Questões para orientar a caraterização da aula observada (LeCompte & Preissle, 1993, cit. por Braga, 1998 e 2005)
No quadronormativoda ADD, osinstrumentos de registo: • Favorecem a recolhadainformaçãopertinente e relevanteemfunção dos “parâmetros”definidos; • Promovem o rigor quantitativo e qualitativodainformaçãorecolhida; • Permitem a restituiçãosignificativa e útildainformaçãonumalógica de reflexão e autorreflexão(ou de “avaliaçãointersubjetiva”); • Garantem a exequibilidadedo registo de informação; • Inibem as tentações do “classificadorespontâneo”ou do “avaliador-pontuador”. (Gonçalves, Alves & Machado, 2009) 41
Caraterísticas dos instrumentos de registo normalizado: • O objetivo não é classificar; • O objetivo é registar o resultado das observações efetuadas pelo avaliador; • No limite não deve ser atribuída qualquer menção qualitativa; • Devem ser simples e contemplar apenas as dimensões que vão ser objeto de avaliação; • A existirem vários instrumentos de registo normalizado eles devem estar articulados e coerentes entre eles. (Gonçalves, Alves & Machado, 2009)
Orientações para a construção de instrumentos de registo na AEDD • Para a sua elaboração devem ser definidos com objetividade os indicadores referentes aos parâmetros científico e pedagógico (cf. anexo I do despacho n.º 13981/12). • A ficha de registo de informação deve permitir a descrição, isto é, ter espaços em aberto para observações orientadas pelos indicadores definidos, sendo dada ênfase aos aspetos positivos e aos aspetos menos conseguidos da aula observada (cf. anexo II do despacho n.º 13981/12). • Embora orientada por diferentes indicadores de forma a objetivar a avaliação, a ficha de registo de observação deve ser flexível, porque sujeita a reformulações em função das contingências. • Podem assim vir a ser valorizados aspetos relacionados como a criatividade, o improviso, a capacidade de resolução de problemas não previstos e o sentido de oportunidade.
Observação de aulas Se soubermos observar saberemos compreender Se soubermos compreender saberemos intervir Se soubermos intervir saberemos melhorar
BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL Alves, M. P. & Machado, E. A. (2010). O pólo de excelência. Caminhos para a avaliação do desempenho docente. Porto: Areal Editores. Braga, F. (1998). Formação Inicial e Práticas Curriculares de Professores Principiantes - um estudo de caso. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade do Minho. Braga, F. (2005). Ramo Educacional FLUP: um projectoreconceptualizado. Tese de doutoramento apresentada à Universidade do Minho. Damas, M. & Ketele, J. (1985). Observar para avaliar. Coimbra:Livraria Almedina Graça, A., Duarte, A.P., Lagartixa, C., Tching, D., Tomás, I., Almeida, J., Diogo, J., Neves, P., Santos, R. (2011). Avaliação do desempenho docente: Um guia para a acção. Lisboa: Lisboa Editora. Estrela, A (1994). Teoria e prática de observação de classes: Uma estratégia de formação de professores. Porto: Porto Editora. Machado, E. A., Alves, M. P., & Ribeiro Gonçalves, F. (2011). Observar e avaliar práticas docentes. Santo Tirso: De Facto Editores. Reis, P. (2011). Observação de aulas e avaliação do desempenho docente. Cadernos do CCAP-2. Ministério de Educação: CCAP. Santos, L. (2008). Avaliação do desempenho dos docentes, Formação de Formadores , ppt, DGRHE: Beloura. Tardif, J. & Foucher, C. (2010). Um conjunto de balizas para a avaliação da profissionalidade dos professores. In M. P. Alves e E. A. Machado. O pólo de excelência. Porto: Areal. Trindade, V. (2007). Práticas de formação. Métodos e técnicas de observação, orientação e avaliação (em supervisão). Lisboa: Universidade Aberta.
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