Psicologia do Desenvolvimento do Transtor no da Aprendizagem

1. Psicologia do Desenvolvimento do Transtorno da Aprendizagem Professora: Roseli Nogueira da Silva Mendes Turmas: 1 E 2 Período: PEDAGOGIA e Psicologia

2. PDTA – ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO - CONSTRUTIVISMO • ALFABETIZAÇÃO: Historicamente, o conceito de alfabetização se identificou ao ensino-aprendizado da “tecnologia da escrita”, quer dizer, o sistema alfabético de escrita, o que, em linhas gerais, significa, na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em “sons”, e na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos. A partir dos anos 1980, o conceito de ALFABETIZAÇÃO foi ampliado com as contribuições dos estudos sobre a Psicogênese da aquisição da língua escrita, particularmente com os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky. De acordo com esses estudos, o aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio de correspondências entre GRAFEMAS e Fonemas (a decodificação e a codificação), mas se caracterizaria como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, constituiria e reconstituiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação. Progressivamente, o termo passou a designar o processo não apenas de ensinar e aprender as habilidades de codificação e decodificação, mas também o domínio dos conhecimentos que permitem o uso dessas habilidades nas práticas sociais de leitura e escrita. É diante

3. PDTA - ALFABETIZAÇÃO Dessas novas exigências que surge uma nova adjetivação para o termo – alfabetização funcional criada com finalidade de incorporar as habilidades do uso da leitura e da escrita em situações sociais e, posteriormente, a palavra LETRAMENTO. Com o surgimento dos termos LETRAMENTO e ALFABETIZAÇÃO, muitos pesquisadores passaram a preferir distinguir ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO. Passaram a utilizar o termo ALFABETIZAÇÃO em seu sentido restrito, para designar o aprendizado inicial da leitura e da escrita, da natureza e do funcionamento do sistema de escrita. Passaram, correspondentemente, a reservar os termos LETRAMENTO ou, em alguns casos, analfabetismo funcional para designar os usos (e as competências de uso) da língua escrita. Outros pesquisadores tendem a preferir utilizar apenas o termo alfabetização para significar tanto o domínio do sistema de escrita quanto os usos da língua em práticas sociais. Nesse caso, quando sentem a necessidade de estabelecer distinções, tendem a utilizar as expressões “aprendizado do sistema de escrita” e “aprendizado da linguagem escrita”.

4. PDTA - LETRAMENTO • LETRAMENTO: É na segunda metade dos anos 1980 que essa palavra surge no discurso de especialistas das Ciências Linguísticas e da Educação, como uma tradução da palavra da língua inglesa literacy. Sua tradução se faz na busca de ampliar o conceito de alfabetização, chamando a atenção não apenas para o domínio da tecnologia do ler e do escrever (codificar e decodificar), mas também para os usos dessas habilidades em práticas sociais em que escrever e ler são necessários. • Implícita nesse conceito está a ideia de que o domínio e o uso da língua escrita trazem consequências sociais, culturais, econômicas, cognitivas, linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o indivíduo que aprensa a usá-la. • LETRAMENTO: é pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita. Como são muitos variados os usos sociais da escrita e as competências a eles associados (de ler um bilhete simples a escrever um romance), é frequente levar em consideração níveis de letramento (dos mais elementares aos mais

5. PDTA - LETRAMENTO Complexos). Tendo em vista as diferentes funções (para se distrair, para se informar e se posicionar, por exemplo) e as formas pela quais as pessoas têm acesso à língua escrita – com ampla autonomia, com ajuda do professor, ou mesmo por meio de alguém que escreve, por exemplo, cartas ditadas por analfabetos - , a literatura a respeito assume a existência de tipos de LETRAMENTO ou LETRAMENTOS, no plural.

6. PDTA - CONSTRUTIVISMO • A Educação deve ser um processo de construção de conhecimento ao qual ocorrem, em condição de complementariedade, por um lado, os alunos, e professores e, por outro, os problemas sociais atuais e o conhecimento já construído - acervo cultural da Humanidade. • Construtivismo, segundo pensamos, é esta forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento – e, por consequência, um novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais (Fernando Becker) • O Construtivismo não é uma teoria, mas um referencial explicativo que parte da consideração social e socializadora da educação escolar, integra dessa forma, contribuições diversas, sendo utilizado como instrumento para análise das situações educativas, como ferramenta útil na tomada de decisões quanto ao planejamento, aplicação e avaliação de ensino. O construtivismo não é um livro de receitas, mas um conjunto articulado de princípios com os quais é possível diagnosticar, julgar e tomar decisões sobre o ensino. (Isabel Sole – César Coll, 2003).

7. ENSINO-APRENDIZAGEM • Papel do educador como mediador: Ponto de partida: o que o aluno já sabe – Sistematizar o conteúdo a ser ensinado – viabilizar a reconstrução do conhecimento – conhecimento articulado a realidade vivida. • Eixo Categorial: compreensão da relação entre o particular e o geral; • Eixo Semântico: Compreensão do sentido do conteúdo na realidade vivida. • Condições para aprendizagem: Querer aprender: para o aluno e professor o conteúdo deve ser significativo • Espontaneísmo: relação estímulo – resposta – aprender: intencionalidade consciente entre sujeito e objeto – saber espontâneo não sistematizado X saber conscientemente elaborado. • Aprendizagem Intencional – Planejada – Sistematizada: Trabalhar com o aluno – interação – estrutura cognitiva do aluno como ponto de partida: ampliar os esquemas mentais – verificar a aprendizagem: Perguntar-Corrigir - conhecimentos científicos espontâneos:

8. PDTA – ENSINO- APRENDIZAGEM • Papel da escola na luta das camadas populares pela apropriação do saber culturalmente sistematizado: Reelaboração dos conhecimentos populares a partir da relação desses com os conhecimentos científicos: consciência de classe • Ausência de compreensão : Conteúdos sem significados, distantes da vida cotidiana: aprendizagem mecânica. • Escola como espaço de construção do conhecimento: Valorização da realidade do aluno – compreensão crítica da realidade – práticas democráticas-exercício da cidadania – professor mediador: aluno-seus saberes- saberes sistematizados – aspecto ideológico: valorizar e legitimar a cultura do aluno – aspecto psicológico: partir da estrutura cognitiva – ampliar os esquemas mentais. • Disciplina para a participação: Disciplina: Imobilismo X Organização do trabalho escolar – meta da educação: educar para a autonomia – autonomia: implica na participação do aluno no processo educativo – participação ativa: concentração X dispersão

9. PDTA – ENSINO - APRENDIZAGEM • Motivação: Motivação e aprendizagem: relação dialética não linear - aspecto afetivo: despertar interesse – aspecto cognitivo: assimilar conteúdo – dimensão subjetiva-estrutura cognitiva: aprendizagem X desenvolvimento mental – significado social e individual dos conceitos – aprender implica: atividade psico-intelectual para significar os conteúdos e relacionar os novos conhecimentos aos já existentes. • A Prática Pedagógica: A Educação como prática social e política: não pode ser compreendida fora do contexto histórico-social – A Educação direcionada por uma concepção teórico-filosófica – prática educativa: a partir da concepção de homem e de sociedade presente em seu projeto pedagógico – aprendizagem: atividade contínua, realizada ao longo da vida não apenas no espaço escolar – aprender a aprender: função do processo ensino-aprendizagem e formação de pessoas autonômas • Problemas Sociais e de Aprendizagem • A) Problemas sociais demandam soluções educativas – Educação: solução dos problemas sociais-analfabetismo, desadaptação – falta de habilidades – Problemas de aprendizagem: são vistos como problemas pedagógicos – educação Técnica de interação e ou controle social – teorias pedagógicas: tradicional, nova e tecnicista- relação educação e sociedade: os problemas são vistos de forma imediata - a realidade é o que parece ser.

10. PDTA – ENSINO - APRENDIZAGEM • B) Problemas Educacionais são reflexos dos Problemas Sociais: A Educação reproduz os problemas sociais – dificuldades de aprendizagem: decorrem desigualdades sociais – programas compensatórios: merenda escolar, serviço social, assistência social, programas de saúde escolar – teorias pedagógicas: crítico-reprodutivistas – dificuldades de aprendizagem: só podem ser superadas com a superação da estrutura social desigual - secundariza o papel transformador da educação – dilui-se os problemas pedagógicos e os problemas de aprendizagem. • C) Problemas Educacionais e de Aprendizagem decorrem da forma como a sociedade capitalista está organizada: Limites dessas leituras: não compreendem a realidade como processo dialético e contraditório, no qual as partes só podem ser entendidas no todo e vice-versa – a sociedade capitalista é incapaz de resolver os problemas causados por sua lógica: em última instância reproduz esses problemas - a solução dos problemas da educação e de aprendizagem da superação desse modelo de sociedade – problemas educacionais não são meros reflexos dos problemas sociais – embora determinada pela sociedade, a educação tem certa autonomia e, por isso, é capaz de redefinir seus princípios.

11. PDTA – ENSINO - APRENDIZAGEM • Aprendizagem pressupõe uma concepção: O que, como e para que ensinar... • Concepções de aprendizagem: • Inatismo (Gestaltismo): conhecimento é inato – procede a experiência • DESCARTES (1596 – 1950): as ideias já se encontram no espírito, são provenientes da razão e fundamentam a apreensão de outras verdades (Aranha, 1996) • Empirismo (Behavorismo-Ambientalismo): conhecimento é adquirido através da experiência. • Locke (1632 – 1704): A alma é uma tábula rasa, por isso o conhecimento começa após a experiência com o mundo sensível (Aranha, 1996). • Tendências da Aprendizagem • Pedagogia Liberal Tradicional: Baseada nas ideias iluministas: base da educação escolar – surge no século XVI: alternativa ao ensino religioso medieval – exalta: razão, liberdade, interesses individuais, propriedade privada – escola, espaço de difusão das ciências – influência positivista – ensino enciclopédico – ensino objetiva a formar o indivíduo para desempenhar seu papel na sociedade – tripé: governo (controla a agitação), instrução (educar as vontades) disciplina (formar para moralidade), sucesso: depende do esforço pessoal e das aptidões individuais.

12. PDTA – ENSINO - APRENDIZAGEM • 2)Tendência escolanovista: Final do século XIX: novos valores sociais, produção em grande escala (Fordismo), pedagogia da essência X pedagogia da existência – formação do indivíduo para a nova sociedade – perspectiva: tempo de aprendizagem, aspectos psicológicos, razão X emoção – Brasil: século XX, década de 20 – manifesto dos pioneiros da educação (1932) – contradição educação gratuita e democrática para todos, reproduz os ideais liberais e o ensino elitista. • 3) Tendência Liberal Tecnicista: Século XX reprodução da racionalização do sistema de produção capitalista – influência: positivismo e psicologia Behaviorista – objetivo: condicionar e controlar comportamentos: mensurar o conhecimento – reprodução da divisão social do trabalho: trabalho manual X trabalho intelectual. • 4) Tendência Progressista: Desenvolvimento: mudanças dos aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais – Snyders: Pedagogia Progressista (1974) pedagogias centradas na superação das desigualdades sociais – PEDAGOGIA LIBERTADORA – PEDAGOGIA LIBERTÁRIA – PEDAGOGIA CRÍTICO – SOCIAL DOS CONTEÚDOS.