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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO JOÃO DE DEUS GERONTOLOGIA SOCIAL /2009. Recensão do artigo “Mais vale prevenir…” De: Susana Lage. Unidade Curricular: Bioética Docente: Prof. Doutor Luís Larcher Discente: Valériya Kalyuga, nº 17. O que são as células estaminais?.
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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO JOÃO DE DEUS GERONTOLOGIA SOCIAL /2009 Recensão do artigo “Mais vale prevenir…” De: Susana Lage Unidade Curricular: Bioética Docente: Prof.Doutor Luís Larcher Discente: Valériya Kalyuga, nº 17
O que são as células estaminais? As células estaminais são células que podem originar, por diferenciação, diversos tipos de células de tecidos do nosso organismo. São células consideradas reparadoras, uma vez que possuem o potencial de se transformarem em células com funções mais especializadas, (ex. células do músculo cardíaco). Possuem a capacidade de se auto renovarem e dividirem indefinidamente. .
Tipos de células estaminais Embrionárias : são as células obtidas a partir da massa interna do blastocisto, capazes de se multiplicarem de forma rápida, dando origem a todas as variedades de tecidos diferenciados.
Células estaminais do cordão umbilical (SCU): formadas a partir do sangue do cordão umbilical do recém-nascido. Células estaminais amnióticas:foram recentemente descobertas no líquido amniótico de grávidas, cujas características se aproximam das embrionárias.
Células estaminais da placenta (sangue placentário): são retiradas sem afectar a mãe ou a criança (particularidade); são também 100% compatíveis com o bebé caso este venha alguma vez a desenvolver uma doença. Células estaminais de células da pele: criação de células estaminais de células epiteliais humanas.
Adultas: são as células maduras (isoladas a partir de tecidos já formados: fígado, pâncreas, medula óssea, pele, sangue, tecido adiposo, ossos, etc.) sendo as mais utilizadas as encontradas na medula óssea; multiplicam-se mais lentamente que as embrionárias e a sua capacidade de geração de variedades de tecidos diferenciados é limitada.
A utilização das CE Reparação e regeneração celular por transplantação de células estaminais, tendo como objectivo restabelecer a produção de células sanguíneas e a função do sistema imunitário (ex. deficiências nas funções, devido a doença ou a terapêuticas agressivas, como a quimioterapia). Tratamento de doenças: - degenerativas - artrite reumatóide; (Parkinson, Alzheimer); - anemia; - diabetes; - doenças metabólicas; - leucemia; - fracturas e queimaduras etc.
CE do sangue do cordão umbilical Células estaminais hematopoiéticas, que são multipotentes (capacidade de diferenciação). Possuem a capacidade de se poderem diferenciar nas células da linhagem sanguínea, os glóbulos vermelhos (eritrócitos), os glóbulos brancos (leucócitos) e as plaquetas, tendo por isso a capacidade de regenerar o sistema sanguíneo e imunitário. Utilizam-se no tratamento de doenças como leucemia, linfoma, anemia, doenças metabólicas e imunodeficiências.
Cont. • Células estaminais mesenquimatosas (ou mesenquimais), que são pluripotentes. Têm um elevado potencial de diferenciação, podendo originar células do sistema nervoso (neurónios), fígado (hepatócitos), osso (osteócitos), cartilagem (condrócitos), gordura (adipócitos), musculares e musculares cardíacas, entre outras. • As células mesenquemais são complementares às células hematopoiéticas e utilizam-se no tratamento de doenças degenerativas como (Parkinson) , esclerose lateral amiotrófica, também apresentam aplicações em regeneração óssea, de cartilagem, em diabetes e músculos (incluindo o cardíaco).
As células hematopoiéticas são mais toleradas pelo sistema imunitário do receptor do que as células da medula óssea, habitualmente utilizadas no transplante. • Essa tolerância deve-se ao facto de as células serem neo-natais, ou seja mais jovens, podendo assim adaptar-se mais facilmente a qualquer indivíduo. • A colheita de células da medula óssea é efectuada sob acção anestésica e é mais exposta a riscos de contaminação, enquanto a colheita do sangue do cordão umbilical não coloca em risco nem o bébé nem a mãe. • O sangue do cordão umbilical pode ser criopreservado e as CE mantêm-se viáveis por longos períodos de tempo, as células são disponibilizadas de imediato assim que forem necessárias, enquanto que o processo da amostra de medula óssea pode levar semanas ou mesmo meses.
Nos transplantes de sangue do cordão umbilical a incidência da doença do transplante contra o hospedeiro (GVHD) é menor, dado que são células mais imaturas. • A ocorrência de GVHD ocorre aproximadamente em 10 por cento nos transplantes das células estaminais do cordão umbilical e 60 por cento nos de medula óssea. • Nos transplantes alogénicos • de sangue do cordão umbilical • não é necessário existir • compatibilidade (HLA) • total entre dador e paciente.
Transplante em indivíduos adultos • No organismo adulto também se encontram células estaminais em diferentes órgãos e tecidos. • No entanto, as células estaminais diferenciam-se em células do mesmo tipo de órgão de onde derivam. • Hoje é possível fazer o transplante das CE do sangue do cordão umbilical para o tratamento de doenças hematooncológicas. • A maior limitação que existe neste transplante é a dificuldade em obter grandes quantidades de células estaminais do cordão umbilical, visto que o seu volume é limitado. • Uma vez que o número de células estaminais é importante para a recuperação do paciente, estão em curso diversos ensaios que visam aumentar a quantidade de células estaminais usadas num transplante.
Criopreservação O sangue do cordão umbilical, geralmente descartado durante o parto, é uma fonte muito rica de células estaminais. O sangue recolhido imediatamente após o parto, contém células estaminais, que permanecem viáveis após a criopreservação por um período pelo menos de 15 a 20 anos. É importante fazer-se a criopreservação das células estaminais, pois só assim se podem aumentar as hipóteses de tratamento de possíveis patologias. No entanto, a recorrência ao sangue do cordão umbilical não deve ser considerada como uma alternativa infalível, pois ela tanto constitui um meio para tratar definitivamente a doença como apenas para controla-la ao longo de toda a vida.
As células estaminais do cordão umbilical são 100 por cento compatíveis com o bébé (são as suas células, pois a placenta e o cordão umbilical pertencem ao bébé e não à mãe) e entre irmãos, essa compatibilidade pode chegar até aos 50 por cento. É importante não desperdiçar as células estaminais do sangue do cordão umbilical no transplante autólogo e/ou familiar, para poder usufruir das suas potencialidades.
No entanto os custos de conservação do material biológico nos bancos privados são elevados, o que restringe, de certa forma, o acesso a este tipo de serviço da maior parte da população. A situação podia ser melhorada, ou seja, o acesso seria facilitado através da criação do serviço de criopreservação nos bancos públicos. Em Junho de 2007 foi efectuado o primeiro transplante com células estaminais do sangue do cordão umbilical criopreservadas no banco privado português. A aplicabilidade do sangue do cordão umbilical irá alargar-se com as investigações que estão a ser feitas hoje em dia. A realidade é promissora para o tratamento de doenças metabólicas hereditárias. Assim as investigações têm o objectivo de alargar o âmbito de aplicações terapêuticas das células estaminais do sangue do cordão umbilical
As investigações A utilização das células estaminais embrionárias (embriões excedentários gerados por fecundação invitrode um óvulo por um espermatozóide) para a Medicina Regenerativa (especializada em doenças degenerativas e na reparação de tecidos que não tem a capacidade de se auto-reparar. O estudo do potencial das células estaminais adultas para a sua manipulação na transformação destas noutros tecidos que não aquele de onde foram extraídas.
As finalidades a) aumentar o conhecimento dos mecanismos do desenvolvimento biológico dos seres vivos, nomeadamente no que respeita aos aspectos de diferenciação celular e aos mecanismos do seu controlo; b) criar novas terapêuticas de base celular através da cultura de células embrionárias e do controlo dos processos de diferenciação ou transdiferenciação (processo pelo qual um tipo de célula diferenciada é trocada por outro tipo de célula diferente em forma e função) para obter tipos específicos de células; c) obter produtos comercializáveis por patenteamento de linhas celulares estaminais, ou produtos de combinação da engenharia genética com a “tecnologia estaminal” ou outras intervenções patenteáveis.
As vantagens de utilizar células estaminais embrionárias: A pluripotência; Obtenção de grande nº de células estaminais embrionárias em cultura. As vantagens de utilizar células estaminais adultas: Não traz nenhum problema de natureza ética; Há uma possibilidade de se usar células do próprio indivíduo, evitando a rejeição pelo sistema imunitário.
1. Utilização de células estaminais de sangue do cordão umbilical: Os interesses comerciais que se desviem dos fins próprios da investigação. O pleno consentimento e esclarecimento dos progenitores do recém-nascido. 2. Utilização de células estaminais colhidas em tecidos adultos: Esclarecimento do dador sobre quais as finalidades do uso das células e sobre o facto de o seu gesto não implicar necessariamente benefícios directos para si. A protecção da identidade dos intervenientes através do anonimato da dádiva. 3. Utilização de células estaminais colhidas a partir de produtos de abortamento: A obtenção de CE a partir de produtos de abortamento não tem suscitado relevantes problemas éticos.
4. Utilização de células estaminais provenientes de embriões produzidos especificamente para experimentação: O embrião deixa de ser um fim em si e transformam-se em coisa, objecto de investigação. A produção de embriões humanos especificamente para fins experimentais é proibida na maioria dos países, embora haja excepções, como Reino Unido. 5. Utilização de células estaminais provenientes de embriões excedentários: Os embriões congelados ou abandonados: a implantação inutero - adopção dos embriões, manter a criopreservação indefinidamente, retirar os embriões da criopreservação e deixá-los morrer, ou permitir a sua utilização beneficente para a humanidade mediante a investigação de que se tornam objecto. A investigação médica segundo regras estritas de acesso, por equipas acreditadas e com projectos científica e eticamente avaliados.
Argumentos a favor: 1) A dignidade ao puro e simples abandono. As CE podem servir para o progresso do conhecimento científico, com a expectativa de benefícios de tipo terapêutico para a espécie humana. 2) A solidariedade, pois é necessário promover o tanto bem individual como colectivo da comunidade humana a qual pertencemos. 3) A aplicação do critério de utilitarismo, que ao invés de provocar a morte possibilita o benefício para toda a Humanidade de algo que não tinha projecto existencial. Argumentos contra: 1) O embrião dotado de património genético é considerado como revestido de toda a dignidade que o ser humano merece. 2) O valor de um ser humano não depende do estado de desenvolvimento em que se encontra, este valor é lhe inerente e inviolável. 3) Um embrião congelado não é dotado de consciência livre e autónoma, para decidir sobre a utilidade da sua morte
6. Utilização de células estaminais de embriões obtidos por clonagem somática: A clonagem somática para fins terapêuticos, encontra-se num estádio experimental muito precoce e as aplicações que se antecipam correspondem a hipóteses. A avaliação da possibilidade de recolher células estaminais do produto da clonagem depende do estatuto que se reconhece a este produto.
Bibliografia • GAGE, F. H. & CHRISTEN, Y. (Eds.). Isolation, characterization and utilization of stem cells, Springer Verlag, Berlim, 1997. • POTTEN, C. S. (Ed.). Stem cells, Academic Press, Londres, 1997 • VÁRIOS AUTORES. 'Stemcellresearchandethics', Science (número especial), v. 287, n° 5.457 (25 de fevereiro), 2000. • http://www.crioestaminal.pt • http://www.estomatologia.com.br • http://www.europarl.eu.int/ • http://www.estomatologia.com. • http://users.med.up.pt • http://www.cnecv.pt