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PROPOSTA CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE BRUSQUE

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PROPOSTA CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE BRUSQUE

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Presentation Transcript


    1. PROPOSTA CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE BRUSQUE

    2. TEORIA E PRATICA NA REDE MUNICIPAL: Qual a realidade atual? Como estamos avaliando?

    4. “AVALIAÇÃO” REALIDADE ATUAL A PRÁTICA NA SALA DE AULA É CONTRADITÓRIA À TEORIA PROFESSADA UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS INADEQUADOS DE AVALIAÇÃO O QUE O PROFESSOR AVALIA: conteúdos?atitudes? Participação? FALTA DE CRITÉRIOS – dificulta a avaliação

    5. MAS, POSITIVAMENTE NÃO CABE AQUI A TODA REDE Possuímos escolas com professores exemplares, PRÁTICAS E TEORIAS COERENTES, PLANEJAMENTOS estruturados, mas o objetivo deve ser comum a todos, e portanto nossa preocupação é : AVALIAÇÃO PROCESSUAL

    6. REALIDADE ATUAL Não possuímos atualmente o Projeto Reforço. O que fazer com àqueles alunos com dificuldades de aprendizagem? LDB: Art 24, item V, letra e: “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência, paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensinos em seus segmentos.”

    7. REALIDADE ATUAL Recuperar paralelamente é trabalhar novamente os conteúdos não aprendidos. não é somente repetir o instrumento avaliativo (prova de recuperação) Não possuímos classes lineares, possuímos uma gama de alunos diferentes entre si: gênero, raça, religião, etc.

    8. REALIDADE ATUAL A preocupação maior deve ser “o que medir”e não “como medir” Os instrumentos avaliativos devem ser escolhidos de acordo com os objetivos que se pretende alcançar O professor deve ter, portanto, visão clara e precisa dos objetivos que quer alcançar, não só para que oriente a aprendizagem com segurança como também para que possa elaborar instrumentos de medida que realmente meçam aquilo que estabeleceu como meta e que perseguiu durante a direção da aprendizagem dos alunos.

    9. REALIDADE ATUAL Os objetivos de ensino e, conseqüentemente, os objetivos que deverão ser medidos, podem representar comportamentos em três áreas básicas: a área motora, a área afetiva e a área cognitiva. A área motora inclui comportamentos que mais facilmente se evidenciam, porque são as habilidades manipulativas, as atividades, as ações.Por exemplo: falar com clareza e boa dicção, saber manejar um mapa, saber usar um computador, etc. A área afetiva engloba aqueles comportamentos que mais comumente denominamos atitudes, idéias, interesses, valores. Exemplos de objetivos nessa área seriam: gosto pela leitura, precisão científica na condução de pesquisas, participação nos trabalhos, interesse por problemas sociais.

    10. REALIDADE ATUAL A área cognitiva inclui comportamentos de caráter intelectual, isto é, os conhecimentos que o indivíduo deve adquirir e as habilidades intelectuais que deve desenvolver. É a área que com mais freqüência e mais intensidade é medida na escola e em exames de classificação ou seleção.

    11. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Os tipos mais comuns de instrumento avaliativo são: Prova escrita e oral, trabalhos em grupo, trabalho individual (desenvolvimento de texto dissertativo) e exercícios da matéria. “O tipo de instrumento e a forma de medir, dependerão, exclusivamente , daquilo que se pretende medir.”

    12. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS A prova é um instrumento avaliativo valioso, mas utilizado de forma distorcida no meio escolar. A prova tem sido compreendida por professores e alunos como instrumento de repressão, como meio de garantir que uma aula seja levada a termo com certo grau de interesse. Sentenças como: “anotem, pois vai cair na prova”, “prestem atenção nesse assunto porque na semana que vem tem prova”, “se não ficarem calados vou fazer uma prova surpresa”, “já que vocês não param de falar, considero a matéria dada e vai cair na prova”. Se para o professor esse processo gera ansiedade, podemos imaginar o que representa para os alunos. “hora do acerto de contas”, “a hora da tortura”, etc. Enquanto não há prova “marcada”muitos alunos encontram um álibe para não estudar.

    13. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Na avaliação tradicional, o aprender tem sido visto como gravar informações transcritas para um caderno para devolvê-las da forma mais fiel possível ao professor na hora da prova. Expressões como: “o que será que o professor quer com essa questão?”, “professor a questão sete não estava no caderno, o senhor tem que anular”, “professor, eu decorei todo o questionário que o senhor deu e na prova o senhor perguntou tudo diferente” São indicadores de que a preocupação dos alunos é satisfazer os professores, é tentar responder tudo o que o professor quer para, com isso, obter nota.

    14. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS A relação professor aluno vista desta forma é identificada como uma forma de dominação de autoritarismo do professor e submissão do aluno, sendo por isso uma relação perniciosa na formação para a cidadania. A perspectiva construtivista socio-interacionista propõe uma nova relação entre professor, aluno e conhecimento. A construção do conhecimento é um processo interior do sujeito da aprendizagem, estimulado por condições exteriores criadas pelo professor (mediador)

    15. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Portanto, a prova é um instrumento avaliativo que deve ser bem elaborado, para atingir o seu real objetivo, ou seja, se houve ou não aprendizagem significativa. O texto de Waldemar Setzer “revoltado ou criativo”nos provoca reflexões: 1) Forma de elaborar uma pergunta (se a pergunta não for clara e precisa, ela permite muitas respostas, todas “corretas”, embora diferente das “esperadas”por quem perguntou. 2) O contexto dá sentido ao texto Pergunta: “como é a organização numa colméia?” resposta: É jóia! Ou “É espetacular” Qual seria, neste caso, o parâmetro utilizado pelo professor na correção? O aluno assistiu a minha aula e deve responder da forma que foi dado.(visão tradicional)

    16. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Outra forma de perguntar: Vimos em nossas aulas de Ciências, como é maravilhosa a organização das abelhas numa colméia, pois cada grupo de elementos da colméia tem uma função específica, para que o todo funcione em harmonia. Partido desta idéia: A) descreva a função de quatro grupos de elementos da colméia; B) Apresente um paralelo entre o funcionamento da colméia e o de nossa escola, no tocante ao cumprimento das funções de cada um. Comentários: Nesta forma de elaboração, que se utiliza da contextualização, não se deixou de questionar sobre a colméia e seu funcionamento.

    17. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Questão de Filosofia: Comente a frase de Sócrates: conhece-te a ti mesmo (sexta série) Resposta de uma aluna: “acho uma frase muito profunda, tão profunda que nem consigo captar seu real significado. Mas acho que Sócrates estava certo quando disse a frase, pois sendo um sábio não teria dito besteira. Assim, mesmo que eu não entenda do que ele disse, tenho certeza que a frase tem um grande significado em todos os aspectos em que for analisada.” Comentário: a palavra de comando é comente e a aluna fez seu comentário. Como a questão não trazia parâmetros (contexto), a aluna colocou o que achou que responderia à pergunta, conforme o comando da mesma.

    18. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Outra forma de perguntar: No estudo que fizemos em filosofia, para haver o desenvolvimento do indivíduo para a cidadania, é preciso que ele conheça seu contexto social. Além disso, que ele tenha um profundo conhecimento de si mesmo. Nos debates que fizemos em aula, citamos a frase atribuída a Sócrates “conheça-te a ti mesmo”. Partindo da frase e das discussões feitas em aula sobre o assunto, explique o significado da frase no contexto da filosofia. Comentário: O aluno sabe o que pede dele: uma explicação, cm base na frase e na atividade de aula. A resposta será analisada dentro de um contexto específico: a filosofia. Esses são os parâmetros para a correção.

    19. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Uma questão de Geografia: Dê sua opinião: o que você faria para acabar com a seca no Nordeste? (sexta série) Resposta: “nada, absolutamente nada, pois não gosto de nordestino e quero que todo mundo se lasque. Comentário: a resposta absurda, responde ao comando “dê sua opinião”. Esse é o tipo de questão sem parâmetros para correção. Outra questão: Faça um texto crítico sobre o Nordeste?( sexta série) O aluno perguntou ao professor: o que é texto crítico?

    20. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Outra forma de perguntar: Neste mês estudamos o quanto nossos irmão do sertão nordestino sofre com a seca que os assola. Imagine que você fosse uma autoridade com poderes de resolver, mesmo em parte, a questão. Apresente quatro medidas racionais e humanitárias que você tomaria para resolver o problema. Comentário: Neste caso o enunciado introduz a idéia de cidadania na expressão “nossos irmãos nordestinos”. Há um parâmetro de “4 medidas (não importa quais). O aluno deverá pensar positivamente, pois as medidas deverão ser racionais e humanitárias.

    21. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Pergunta de Ciências (sexta série): Onde se encontram as brânquias no camarão? Resposta: no corpo dele. Alternativa: vimos que as brânquias são elementos essenciais para a vida do camarão. Vimos também que, por este motivo, elas se encontram num lugar específico de seu corpo. Descreva a localização.

    22. TIPOS DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS Questão de Ciências (sexta série): em quantas partes se divide o corpo de um crustáceo? Resposta de aluno”: depende da cacetada. Comentário: parece engraçada a resposta, mas responde ao comando da questão.

    23. Características das provas na perspectiva construtivista São aquelas provas que explicam, contextualizam antes de perguntar. O texto deve servir de contexto e não de pretexto. Dica: as “chamadas”de jornais, revistas (notícias) constitui um ótimo contexto para orientar a reflexão do aluno. Questão: Tragédia mutila Lars Grael ( A Gazeta, 10 de setembro de 1998) Carlos lima: “não acho que eu mereça ser punido. Não me sinto culpado, foi uma fatalidade.” O empresário Carlos Guilherme de Abreu e Lima, 29 anos, que domingo abalroou o barco onde estava Lars Grael, disse não ter visto o tornado a tempo de desviar. (Folha de São Paulo, 10 de setembro de 1998)

    24. Características das provas na perspectiva construtivista Exame de piloto revela embriaguez O exame etílico de Carlos Lima, revelou estado de “embriaguês com ressalva”, no dia do acidente. O exame etílico consiste na determinação do teor de álcool etílico (etanol) encontrado no nsangue. Quantos carbonos hidrogênio e oxigênios são respectivamente encontrados em 1 molécula de etanol? A) 2, 5, 1 B) 2,5, 1 ........

    25. Características das provas na perspectiva construtivista Comentário: A exploração da questão foi pobre. O que poderia ter sido explorado era a incompatibilidade entre bebida alcoólica e o volante. Poderia solicitar ao aluno uma opinião pessoal sobre a culpabilidade ou não de CarlosLima. Estes são temas transversais, ligados à cidadania, que deveriam ser explorados em todas as disciplinas, mesmo sem deixar de perguntar os dados específicos da matéria. Assim, se o objetivo do professor era apenas verificar se o aluno sabia o número de carbonos, hidrogênios e oxigênios, não havia necessidade nenhuma do contexto. Neste caso dizemos que o professo fez do texto um pretexto e não um contexto.

    26. Características das provas na perspectiva construtivista Outra questão: Meio Ambiente: Navio encalhado e com rachadura no casco corre o risco de explodir no porto da cidade de Rio Grande. Derrame de ácido pode causar desastre ecológico no Rio Grande do Sul (Folha de São Paulo, 04 de setembro de 1998) A administração do porto de Rio Grande começou, no final da noite de anteontem, a derramar 12 toneladas de ácido sulfúrico no canal que liga a Lagoa dos Patos ao mar. A fórmula do ácido sulfúrico é H2 So4. Qual o número de oxidação do enxofre nesse composto? A) 6+ B) 4+

    27. Características das provas na perspectiva construtivista Comentários: O texto foi muito bem escolhido e poderia servir para a exploração do tema enunciado no início da questão: meio ambiente. Ele poderia servir como elemento motivador para que o aluno se pronunciasse sobre a conservação das águas, sobre a legislação ambiental, sobre o número de oxidação, objeto de conhecimento específico da matéria.

    28. Exemplos de termos para perguntas de provas Compare, confronte, justifique, dê argumentos a favor e contra, dê exemplos originais de, explique, como? Por quê? Para quê? analise, relacione, critique, sugira.

    29. Bases para organização da Prova oral O professor pode aprofundar temas, a medida que o conhecimento do aluno o permite. Todavia, as incompatibilidades e as simpatias entre examinador e examinando exercem papel importante, talvez incontrolável, de sorte que a confiabilidade desse tipo de exame é praticamente nula.

    30. Bases para organização da Prova oral As reações do aluno constituem também um ponto alto a ser considerado, uma vez que muitos ficam totalmente bloqueados, outros intimidados e há os que se sentem perfeitamente a vontade. Embora precisemos cuidar de medir a habilidade de expressão e comunicação de nossos alunos, devemos precisar que, sem dúvida alguma, a prova oral é a que está mais intimamente ligada ao fator emocional do examinado.

    31. BASE PARA ORGANIZAÇÃO DA PROVA OBJETIVA Uma das maneiras consiste em discutir uma pergunta com um grupo de alunos ou professores e anotar as respostas; em seguida a pergunta pode ser mudada, reinterpretada, dando assim origem a novos enfoques. Geralmente, quando um tema é bem discutido, origina-se um grande número de itens para a prova, de boa qualidade. O argumento mais forte a favor da prova objetiva é que ela pode ser suficientemente clara para que o estudante saiba o que se espera dele, apesar de que o argumento mais forte para as provas de dissertação é que a resposta é a mais espontânea possível.

    32. BASE PARA ORGANIZAÇÃO DA PROVA OBJETIVA Todavia, uma prova deve ser feita para a população apropriada. Freqüentemente encontramos provas com perguntas altamente discriminativas – mas o que é muito discriminativo para uma faixa da população brasileira já não o é para outra. As dificuldades das perguntas devem ser da ordem de 50%, tolerando-se uma variação de 15%.

    33. Montagem da prova Após formular as questões o professor passará a ordenação dos mesmos. Os fatores a serem considerados numa ordenação: A) dificuldade (partir do mais fácil ao mais difícil, para estimular o aluno e dar-lhe mais tempo para resolvê-la) B) Conteúdo (os itens podem ser ordenados de acordo com as unidades trabalhadas, utilização da lógica)

    34. Montagem da prova Tipo de item: costuma-se organizar de acordo com o tipo de item: 1- assinalar 2)dissertativa Previsão de utilidade: fazer uma análise do que deseja aprofundar, para poder poder fazer uma leitura se a prova será de multipla escolha, dissertativa, falso e verdadeira, etc.

    35. PROFESSOR COMPETENTE Segundo Perrenoud (2000) “competência é a capacidade do sujeito mobilizar recursos( cognitivos) visando abordar uma situação complexa. Professor competente é aquele que conhece o conteúdo específico da disciplina e tem habilidade para ensinar. Sabe administrar uma aula, utiliza estratégias adequadas para os alunos,enfim, dentro da visão socio- interacionista é saber utilizar constantemente o método dialético no processo de interação.

    36. PROFESSOR COMPETENTE O professor competente identifica valores culturais ligados ao ensinar Conhece e utiliza uma linguagem adequada aos seus alunos Sabe administrar a emoção dos alunos: empolgação, rejeição, medo, indiferença, amor, ira, culpa; sem apelar para o autoritarismo, punição. É capaz de estabelecer limite “contrato didático”.

    37. PAPEL DAS ORIENTADORAS Estar atenta ao planejamento dos professores (prazo esgotado de entrega); Verificar se o professor estabelece contrato didático com seus alunos, se utiliza critérios na sua avaliação. Nas reuniões, desenvolver exercícios com os professores em relação a criação de 2 perguntas relativas a prova operatória;

    38. BIBLIOGRAFIA BORDENAVE, Juan Dias. Estratégias de ensino- aprendizagem. 20 ed. Petrópolis, 1999. MORETTO, Vasco Pedro. Prova- um momento privilegiado de estudo – não um acerto de contas. 5 ed. Rio de janeiro: 2005

    39. Trabalho em grupo Em grupo, coloque como acontece a avaliação na sua escola? Expor pontos positivos e negativos. Como está a entrega dos planejamentos? Quais os parâmetros utilizados para as correções destes documentos. O PPP tem sido atualizado nas escolas?

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