190 likes | 300 Views
Arai Santos. ATITUDES DE CRIANÇA. Inês Vieira. Automático. Criança! Sabemos o quanto precisa do espaço da liberdade. Gostaria de correr tanto até ver pequeno o que deixou para trás e quando o caminho é curto vai fazendo ziguezague para que se sacie um pouco mais.
E N D
Arai Santos ATITUDES DE CRIANÇA Inês Vieira Automático
Criança! Sabemos o quanto precisa do espaço da liberdade.
Gostaria de correr tanto até ver pequeno o que deixou para trás e quando o caminho é curto vai fazendo ziguezague para que se sacie um pouco mais.
Um obstáculo grande você pula e o pequeno contorna só para não se arriscar.
Você é alegria; é movimento que sacode um ambiente; E quando não alcança o que deseja, consegue no pulinho, pois você é persistente.
Na mesa, segura garfo e faca com discrição, Mas quando se distrai, esquece os talheres e pega tudo com a mão.
Para reclamar alguns direitos: _ “Eu já sou grande e posso ter”; Mas se houver conveniência, pede colo _“Eu sou pequenininho e não posso fazer”.
Acreditando ser grande, arrasta o que não pode carregar, Mas por causa de ciúmes, regride e faz o que não fazia mais.
Veste roupa dos mais velhos, para adulto se achar! Mas distrai-se com detalhes, o que é da frente fica do lado de trás.
Abre o baú para uma festa à fantasia! _Se vista você de princesa porque ela, eu já fui noutro dia! O sapato da menina, o importante é ter altura; Enquanto o menino põe gravata e faz bigode com pintura.
Adora ser viajante e deitando cadeiras constrói um vagão. Lugares tomados: piuí, piuí até chegar à estação.
Para fazer graça ou assustar, enche o rosto de caretas. E se não tiver efeito sua causa, vira palhaço e faz piruetas.
Criança! Desejando-lhe um futuro promissor, fazemos atalhos e falamos: isto não lhe prepara “Doutor”! Então lhe matriculamos em judô, balé, música, futebol, natação. Depois se não quiser seguir, nós só queremos lhe ver campeão.
E se lhe trancamos com grades e telas, é porque sua vida é bela, E não queremos ver outras Isabelas, caírem ou serem atiradas pelas janelas.
Como também aquele grito que ecoou para o infinito: _”Não levem meu João Hélio”! Mas nem o motoqueiro, andando rasteiro foi capaz de evitá-lo. Vidros com insulfilm, cadeirinhas de segurança, é para que vivas crianças!
E se pudéssemos, ficaríamos mais tempo com você e até assopraríamos suas bolinhas de sabão, enquanto recuperasse seu fôlego degustando açúcar em forma de algodão.
E quando lhe soltamos, é a hora que mais lhe carregamos, não nos braços, mas em nossos corações.
Texto: Arai Terezinha Borges dos Santos Música: Instrumental Infantil Imagens: Internet inesdedes@gmail.com Que Seja Doce!