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ANTROPOTECNOLOGIA

9. Ergonomia de Sistemas de Produção. MACROERGONOMIA. ANTROPOTECNOLOGIA. Teoria Contigencial Alain Wisner, França botton-up. Teoria Sócio-Tecnica Hall Hendrick, EUA Top-down. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA. Trabalhador. Saúde. Tarefas a serem

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Presentation Transcript


  1. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção MACROERGONOMIA ANTROPOTECNOLOGIA • Teoria Contigencial • Alain Wisner, França • botton-up • Teoria Sócio-Tecnica • Hall Hendrick, EUA • Top-down

  2. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Trabalhador Saúde Tarefas a serem desenvolvidas Atividades de trabalho Emprego Produção Empresa Figura 1.1 - Representação esquemática da relação tarefa X atividade e saúde X produção

  3. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Consideração da variabilidade pela ergonomia: • Caracterizar a questão da variabilidade quando da concepção dos sistemas de produção; • Favorecer a introdução de elementos flexíveis que permitam a adaptação dos sistemas de produção à maioria da população; • Tratar por meios específicos diferenças extremas, que não possam ser levadas em conta nas soluções gerais. Pode-se abordar a questão da variabilidade em dois níveis: • Variabilidade intra-individual (a curto e a longo termo); • Variabilidade inter-individual (características biológicas gerais, formação, condições de vida e personalidade).

  4. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA A determinação dos sistemas de produção: • meios de trabalho socialmente determinados; • meios de trabalho tecnologicamente determinados. Noção de tarefa: A tarefa é o que o trabalhador deve realizar e as condições técnicas, ambientais e organizacionais desta realização. De fato, a tarefa é um objetivo prescrito ao trabalhador: • Em certos casos, a prescrição é extremamente fina e formalizada; • Em outros casos, a prescrição está nos próprios sistemas de produção; • Enfim, a prescrição pode ser relativamente global.

  5. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Níveis de tarefa (segundo Poyet, 1990): • Tarefa prescrita: É o conjunto de objetivos, procedimentos, métodos e meios de trabalho, fixados pela a organização aos trabalhadores. • Tarefa induzida ou Redefinida: É a representação que o trabalhador elabora da tarefa, a partir dos conhecimentos que ele possui das diversas componentes do sistema homem-tarefa. • Tarefa atualizada: Em função dos imprevistos e das condicionantes da situação de trabalho, o indivíduo modifica a tarefa induzida às especificidades desta situação, atualizando, assim, a sua representação mental referente ao que deveria ser feito.

  6. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Noção de atividade de trabalho: • A atividade de trabalho é a mobilização total do indivíduo, em termos de comportamentos, para realizar a tarefa que é prescrita; • Trata-se, então, da mobilização das funções fisiológicas e psicológicas de um determinado indivíduo, em um determinado momento; • A parte observável da atividade (sensório-motora) pode ser evidenciada pelo conjunto de ações de trabalho que caracteriza os modos operativos; • A parte não observável (mental) pode ser caracterizada pelos processos cognitivos: sensação, percepção, memorização, tratamento de informação, tomada de decisão e ação.

  7. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Figura 1.2

  8. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Relações entre atividade de trabalho, saúde e desempenho: O modo operativo, é sempre um compromisso que leva em consideração os seguintes aspectos: • Os objetivos do trabalho: normas, procedimentos, padrões de qualidade e de quantidade; • Sistemas de produção: instalações, máquinas, equipamentos, ferramentas e manuais; • Os resultados obtidos: nível de produtividade alcançada; • O estado do indivíduo: nível de agressão ao seu estado de saúde.

  9. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Figura 1.3 - Relações entre atividade de trabalho, saúde e desempenho: ATIVIDADE DE TRABALHO TAREFA Produção Objetivos Regulação Modos operativos Sistema de Produção Saúde

  10. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Figura 1.4 - Situação de trabalho sem condicionantes: ATIVIDADE DE TRABALHO TAREFA Produção Objetivos Regulação Modos operativos Sistema de Produção Saúde

  11. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Figura 1.5 - Situação de trabalho com fortes condicionantes (1oM) ATIVIDADE DE TRABALHO TAREFA Produção Objetivos Regulação Modos operativos Sistema de Produção Saúde

  12. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Figura 1.6 - Situação de trabalho com fortes condicionantes(2oM) ATIVIDADE DE TRABALHO TAREFA Produção Objetivos Regulação Modos operativos Sistema de Produção Saúde

  13. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Esta descrição da inter-relação entre os diversos mecanismos que contribuem na elaboração dos modos operativos permite precisar alguns aspectos: • Não existe uma relação direta entre o desempenho obtido pelo trabalhador e o custo fisiológico e/ou psicológico para alcançá-lo; • Na medida em que os objetivos fixados pela organização não possam mais ser alcançados, senão a um custo fisiológico e/ou psicológico elevados, pode-se evidenciar uma disfunção ergonômica, que vai afetar não só a saúde do trabalhador, mas também a produção;

  14. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • A noção de carga de trabalho pode ser interpretada, então, como a margem de manobra que o trabalhador dispõe, num determinado momento, e que lhe permite alcançar os objetivos pré-estabelecidos; • A análise ergonômica do trabalho coloca, então, em evidência a natureza dos compromissos que intervêm na elaboração dos modos operativos, e identifica como esses compromissos possam vir a fracassar, atingindo a saúde dos trabalhadores e/ou a produção.

  15. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Critérios de saúde e critérios de produtividade A intervenção ergonômica na concepção de um sistema de produção responde a duas exigências: • Melhoria das condições de trabalho (critério de saúde); • Melhoria da eficácia do sistema de produção (critério de produtividade).

  16. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Nos sistemas de produção de seriada existe uma relação, relativamente, direta entre a quantidade de trabalho humano efetuada e a produção obtida; • Nos sistemas de produção fortemente automatizados não existe esta relação de proporcionalidade entre trabalho humano e produção.

  17. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Aspectos que contribuem para a convergência desses critérios: • Dificuldades para assegurar a qualidade e a quantidade da produção; • Dificuldades para manter os prazos de entrega dos produtos; • Dificuldades para responder à variabilidade das demandas dos clientes; • Dificuldades para recrutar e/ou manter pessoal qualificado; • Exclusão de trabalhadores experientes; • Absenteísmo e turn-over; • Degradação das instalações; • Problemas de segurança para a população em geral e o meio-ambiente.

  18. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Aspectos que contribuem para a divergência desses critérios: • Efeitos sobre a saúde do trabalhador, somente a longo prazo, sem conseqüências imediatas para a empresa; • Existência de vários custos que não atingem diretamente a empresa; • Critérios clássicos de gestão que não evidenciam todos os custos das condições de trabalho.

  19. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Ergonomia e critérios de gestão: • Política de gestão de estoques; • Planejamento e controle da produção; • Política de manutenção; • Política de gestão da qualidade; • Política de gestão de pessoal; • Avaliação da produção; • Estruturas de circulação e de tratamento das informações.

  20. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • O ponto de vista da ergonomia: Devido a dualidade de seus critérios de intervenção, a ergonomia de sistemas de produção é levada a assumir duas posições: • De um lado, ela trabalha na direção de uma convergência entre os critérios de saúde e de produtividade, sempre que isto for possível; • Por outro lado, quando os critérios de saúde aparecem nitidamente divergentes dos de produtividade, não cabe a ergonomia estabelecer um compromisso, mas apenas explicitar essas divergências, fornecendo métodos que permitam avaliar suas vantagens e inconvenientes.

  21. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA A Gestão Ergonômica de Sistemas de Produção: • Aergonomia propõe a introdução de uma metodologia que visa antecipar as principais características da atividade real dos trabalhadores; • A ergonomia distingui-se de outras áreas que participam da concepção dos sistemas de produção, tendo em vista sua visão antropocêntrica;

  22. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • A ergonomia, quando procura adaptar os sistemas de produção à atividade dos trabalhadores, enfrenta sempre um paradoxo incontornável: a atividade desenvolvida depende diretamente dos próprios sistemas de produção; • A ergonomia evidencia que é impossível antecipar a atividade futura em todos os seus detalhes: o que se pode determinar é o espaço possível do prognóstico da atividade.

  23. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • A Abordagem Ergonômica e o cronograma de um projeto industrial: • Intervenção ergonômica nos estudos preliminares de engenharia; • Intervenção ergonômica nos estudos de engenharia básica; • Intervenção ergonômica nos estudos de engenharia de detalhamento; • Intervenção ergonômica na engenharia de montagem industrial; • Intervenção ergonômica na operação piloto e na produção nominal.

  24. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA Figura 2.2

  25. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Intervenção ergonômica nos estudos preliminares de engenharia: • Raramente ocorre uma intervenção ergonômica nos estudos preliminares. Todavia, alguns aspectos ergonômicos podem ser considerados na definição dos objetivos do projeto, a partir da análise preliminar da situação existente: • Análise dos pontos negativos (de saúde e de produtividade); • Análise dos pontos positivos a serem mantidos nas futuras instalações; • Análise da tecnologia escolhida; • Dados e projeções sobre o estado do efetivo futuro; • Dados sobre a organização do trabalho.

  26. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Intervenção ergonômica nos estudos de engenharia básica: • Na definição detalhada dos objetivos do empreendedor; • Na redação dos cadernos de encargos para a concepção dos ambientes de trabalho; • Na concepção e especificação para aquisição de máquinas e equipamentos; • Na concepção e seleção de interfaces e softwares; • Na definição da organização do trabalho; • Na definição dos programas de capacitação profissional.

  27. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Intervenção ergonômica nos estudos de engenharia de detalhe: Nesta etapa, a ergonomia pode contribuir no gerenciamento dos diversos projetos de engenharia de detalhamento, garantindo a substância e a coerência das decisões técnicas, ambientais e organizacionais, tomadas pelo empreendedor.

  28. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Contribuições da ergonomia: • Consideração das características da atividade futura dos trabalhadores; • Integração dos cadernos de encargos e dos planos do projeto, com as normas ergonômicas; • Preparação de meios para a construção civil e recepção das instalações; • Preparação do pessoal para as discussões sobre a organização do trabalho.

  29. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Intervenção ergonômica na engenharia de montagem: Nesta etapa, pode-se realizar um acompanhamento na montagem das instalações, máquinas, equipamentos e dos postos de trabalho, por meio de planilhas de controle, do tipo chek-list.

  30. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Deve-se prever todas as situações possíveis: • Funcionamento normal; • Funcionamento em modo degradado; • Intervenções para manutenção, recuperação, etc.

  31. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.1 - MACROERGONOMIA • Intervenção ergonômica na operação piloto e na produção nominal: • Nesta etapa, a ergonomia pode contribuir, de forma considerável, evidenciando os seguintes aspectos: • Elementos mal concebidos ou mal instalados; • Formação e enquadramento dos trabalhadores; • Acúmulo de experiências para realizações posteriores.

  32. 9. Ergonomia de Sistemas de Produção 9.2 - ANTROPOTECNOLOGIA TECNOLOGIA DEFINIÇÕES interface Homem/Ambiente restrito abrangente

  33. Tipos de Tecnologia TECNOLOGIA Tecnologia de Processo Tecnologia de Produto Tecnologia física Tecnologia de gestão Técnicas de ordem comportamental e ideológica Técnicas de ordem instrumental • disposição de máquinas e equipamentos • sequência das etapas de produção • mecanismos de motivação e integração • planos de treinamento de pessoal • trabalhos em grupos participativos

  34. Definições de Transferência de Tecnologia ONG (1991) - processo de introduzir uma tecnologia já existente, onde ela não foi concebida. Wisner (1985) - poderoso instrumento para muitos países que não têm ainda um desenvolvimento completo de suas economias

  35. Globalização Blocos econômicos Cooperação Competição • repartir o mercado mundial • a transferência de tecnologia representa um fator essencial para o desenvolvimento da competitividade

  36. Efeitos das Transferências de Tecnologia Positivos • desenvolvimento • competitividade Negativos • saúde • funcionamento técnico • financeiro

  37. Saúde • alta freqüência de acidentes do trabalho • aumento significativo de doenças profissionais Funcionamento técnico • baixo volume de produção • baixa qualidade dos produtos • freqüente degradação do dispositivo técnico Aspectos financeiros • sem condições de oferecer aos operadores- bons salários, benefícios sociais e condições de trabalho • dependência diante dos organismos de empréstimo

  38. Transferência de Tecnologia Prof. Wisner e seus orientandos PDI - PVDI Geográfico Industrial Social Antropológico Financeiro PROBLEMAS contextos condições de trabalho INADAPTAÇÃO

  39. CONDIÇÕES DE TRABALHO ERGONOMIA • Técnicas • Físico-ambientais • Organizacionais É preciso mais para os processos de transferência de tecnologia

  40. É PRECISO • estudar e considerar Geográfico Industrial Social Antropológico Financeiro CONTEXTOS ANTROPOTECNOLOGIA Adaptação da tecnologia à realidade do importador

  41. FINANCEIRO • tipos de negociação Ex: Brasil x Leste europeu café x eq. obsoletos • GEOGRÁFICO • clima • água • energia • vias de circulação • TECIDOS CONTEXTOS SOCIAL • INDUSTRIAL • fornecedores • manutenção • disponibilidade de recursos humanos ANTROPOLÓGICO • hábitos e costumes regionais (Ramadã)

  42. GEOGRAFIA SOCIOLOGIA HISTÓRIA ERGONOMIA DO TRABALHO ANTROPOLOGIA BASES TEÓRICAS

  43. HISTÓRIA Contribuirá ao • fornecer a evolução técnica dos povos • evidenciar na história de cada povo os elementos positivos e negativos que permitam compreender a situação atual • SOCIOLOGIA DO TRABALHO • ao evidenciar as transformações nas relações sociais • ao estudar a relação entre o dispositivo técnico e o tipo de vida que ele produz GEOGRAFIA GEOGRAFIA ANTROPOLOGIA BASES TEÓRICAS

  44. ANTROPOLOGIA ANT. CULTURAL ANT. FÍSICA ANT. COGNITIVA ANTROPOMETRIA BASES TEÓRICAS

  45. ANTROPOTECNOLOGIA ERGONOMIA melhorias das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores orientar-se para uma situação de trabalho AET situação de trabalho ERGONOMIA ANTROPOTECNOLOGIA • Amplia o campo de atuação • outras variáveis • metodologia comparativa

  46. PAÍS VENDEDOR PAÍS COMPRADOR ERGONOMIA CONTEXTOS METODOLOGIA ANTROPOTECNOLÓGICA Análise do local de transferência Análise de situações de referência Projeção do quadro futuro Prognóstico da atividade futura - A. Wisner - F. Daniellou Análise da atividade real

  47. Análise de situações de referência Diferentes momentos Modernização • análise da situação atual(mesmos produtos, matérias primas, e trabalhadores - sistema de produção diferente) - evidenciar: aspectos que desaparecerão, permanecerão, aparecerão • situações semelhantes

  48. Implantação - Inovação • no país vendedor • evidenciar condicionantes da tecnologia • outra região do país comprador • análise do sistema original - modificações e soluções encontradas Invenção • análise do trabalho em ensaios de laboratório

  49. Projeção do quadro de trabalho futuro Descrever • tarefas futuras e suas condições de execução • a população futura e suas variações

  50. Prognóstico da atividade futura • Tentativa de prever as atividades futuras • a partir do trabalho real • Objetivo • identificar modos operatórios para atendimento dos objetivos variabilidade humana

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