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A LTA I DADE M ÉDIA. A LTA I DADE M ÉDIA. INTRODUÇÃO Origem do termo idade média Divisão tradicional Alta Idade Média = século V ao X Baixa Idade Média = século XI ao XV Formação e apogeu do Feudalismo. Síntese de elementos do antigo Império Romano + povos bárbaros + cristianismo.
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ALTAIDADEMÉDIA • INTRODUÇÃO • Origem do termo idade média • Divisão tradicional • Alta Idade Média = século V ao X • Baixa Idade Média = século XI ao XV • Formação e apogeu do Feudalismo. • Síntese de elementos do antigo Império Romano + povos bárbaros + cristianismo.
ALTAIDADEMÉDIA • FEUDALISMO: SÍNTESE DOS ELEMENTOS ROMANO E GERMÂNICO
ALTAIDADEMÉDIA • OS POVOS BÁRBAROS • Povos fora das fronteiras (sem cultura greco-romana). • Germânicos – principal grupo (suevos, lombardos, teutônicos, francos, godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, anglos, saxões...).
ALTAIDADEMÉDIA • OS POVOS BÁRBAROS • Economia • Agropastoril. • Ausência de comércio e moeda. • Sociedade • COMITATUS (laços de dependência entre guerreiros). • Direito Consuetudinário (tradição).
ALTAIDADEMÉDIA • OS POVOS BÁRBAROS • Política • Poder político = casta de guerreiros.
ALTAIDADEMÉDIA • FEUDALISMO • Economia: agrícola, auto-suficiente (subsistência), sem comércio e moeda.
ALTAIDADEMÉDIA • FEUDALISMO • Economia: Unidade econômica básica: FEUDO (benefício). • MANSO SENHORIAL – castelo + melhores terras. • MANSO SERVIL – terras arrendadas (lotes = glebas ou tenências). • MANSO COMUNAL – bosques e pastos (uso comum)
ALTAIDADEMÉDIA • FEUDALISMO A casa de Deus, que cremos ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros combatem, e outros, enfim, trabalham. Bispo Adalbéron de Laon, século XVI, apud Jacques Le Goff. "A Civilização do Ocidente Medieval". Lisboa: Editorial Estampa, 1984, v.II. p 45-6. "Deus quis que, entre os homens, uns fossem senhores e outros, servos, de tal maneira que os senhores estejam obrigados a venerar e amar a Deus, e que os servos estejam obrigados a amar e venerar o senhor..."
ALTAIDADEMÉDIA • FEUDALISMO • Sociedade:Estamental (posição social definida pelo nascimento) • Poder vinculado à posse e extensão da terra. • Laços de dependência pessoal:SUSERANIA e VASSALAGEM (entre nobres); SENHOR e SERVOS.
ALTAIDADEMÉDIA A imagem retrata a investidura de um cavaleiro medieval. Os símbolos do seu estamento (a espora, a espada, o capacete e o escudo) são sacramentados pelo ingresso na ordem cavaleiresca (um conjunto de privilégios e obrigações caracterizados do modo de vida da aristocracia), que ordenava simbolicamente o mundo na Idade Média, O Feudalismo
ALTAIDADEMÉDIA • FEUDALISMO • Sociedade: • CLERO: terra + poder político + poder ideológico (salvação) • NOBREZA: terra + poder político (defesa) • SERVOS: obrigações (corvéia, talha, banalidades, tostão de Pedro, dízimo, mão-morta, capitação, formariage...) e VILÕES: quase servos, porém com menos obrigações
ALTAIDADEMÉDIA • Política: descentralização;
ALTAIDADEMÉDIA • Cultura – Ideologia: • Teocentrismo: Explicação com base na fé. • IGREJA: maior instituição (atuante em todos os setores) • Conformismo, continuísmo • Ética paternalista cristã Nossa Sra. de Belém (pormenor), Francisco de Holanda, 1553, Lisboa, MNAA
ALTAIDADEMÉDIA IMPÉRIO BIZANTINO • O IMPÉRIO BIZANTINO: • ORIGEM • Império Romano do Oriente ou Império Grego.
ALTAIDADEMÉDIA IMPÉRIO BIZANTINO • LOCALIZAÇÃO/GEOGRAFIA • Constantinopla – capital. Antiga Bizâncio, hoje Istambul (TURQUIA). • Local privilegiado estrategicamente: • Contatos entre Oriente e Ocidente, importante rota de comércio. • Cercada de água por três lados e protegida por muralhas possibilitou a resistência às invasões bárbaras.
IMPÉRIO BIZANTINO • Economia: Comércio ativo + produção agrícola próspera = riquezas. • Comércio, artesanato e urbanismo desenvolvidos (as cidades principais faziam a ponte comercial entre o Oriente e o Ocidente);
IMPÉRIO BIZANTINO • Política: Centralizada no Imperador. • Monarquia despóticateocrática e hereditária. • Imperador com grandes poderes – era chefe do Exército e da Igreja e com direito de intervir nos assuntos eclesiásticos (Cesaropapismo)
IMPÉRIO BIZANTINO JUSTINIANO • JUSTINIANO (527 – 565) – auge do Império. • Poderes ilimitados ao imperador. • Privilégios para a Igreja e para a nobreza. • Marginalização de colonos e escravos. JUSTINIANO
IMPÉRIO BIZANTINO JUSTINIANO • JUSTINIANO (527 – 565) – auge do Império. • Burocracia centralizada + gastos militares + impostos = Revoltas populares (Sedição de Nike) • Nessa época, em virtude da elevação dos impostos, explode a revolta popular de Nica, abafada com violência. (influência da Imperatriz Teodora e a força do general Belisário)
IMPÉRIO BIZANTINO JUSTINIANO • Conquistas territoriais. • Península Itálica + Península Ibérica + Norte da África.
IMPÉRIO BIZANTINO JUSTINIANO • Compilação do Direito Romano a partir do séc. II. CORPUS JURIS CÍVILIS(JUSTINIANO) • Código = conjunto de leis romanas. • Digesto = comentários dos grandes juristas sobre estas leis. • Institutas = princípios fundamentais do Direito Romano. • Novelas = novas leis do período de Justiniano
IMPÉRIO BIZANTINO • Religião: Surgimento de heresias: • Influência de valores gregos (língua a partir do séc. VII) e asiáticos fez com que a religião bizantina, por exemplo tivesse desprezo por elementos materiais (o culto às imagens) exaltando-se unicamente a espiritualidade, como consequência disso surgiu dentro da própria Igreja heresias.
IMPÉRIO BIZANTINO • MONOFISISTAS – (Eutiques) negação da santíssima trindade (Cristo apenas com natureza divina); • ICONOCLASTAS – destruição de imagens (ícones). • 1054:CISMA DO ORIENTE: • Igreja Cristã Ortodoxa (Patriarca de Constantinopla); • Igreja Católica Apostólica Romana (Papa).
IMPÉRIO BIZANTINO • CULTURA • Preservou muito das tradições latinas; • A compilação do Direito Romano gerou o Corpo de Direito Civil, base para vários códigos civis posteriores; • Nas artes, em especial na Arquitetura, criaram o estilo bizantino (cúpula majestosa apoiada em colunas terminadas em capitéis decorados, uso de mosaicos na decoração, etc.) • EX. Igreja de Santa Sofia.
IMPÉRIO BIZANTINO CATEDRAL DE SANTA SOFIA Obra-prima da arquitetura bizantina, a Basílica de Santa Sofia, em Istambul, maior cidade da Turquia, data do século VI. O imperador Justiniano I é o responsável por mandar construí-la no auge do Império Romano do Oriente. Quando os otomanos tomam Constantinopla (1453) e mudam seu nome para Istambul, a basílica se torna uma mesquita. Desde 1935 é um museu.
IMPÉRIO BIZANTINO • Decadência: • Séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e árabes; • Séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas; • 1453 – Conquistados pelos Turcos Otomanos (marco histórico que delimita oficialmente o fim da Idade Média e início da Idade Moderna.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • O IMPÉRIO ÁRABE: • Localização/Geografia • Península Arábica. • 5/6 do território corresponde a áreas desérticas • Divisão tradicional:Duas Épocas da História: • Pré-islâmica: antes da criação da religião muçulmana (ano 570) • Islâmica: após a criação do islamismo
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Origem: semita e até o séc. VI eram divididos em aproximadamente 300 tribos. • A Arábia Pré-Islâmica (até 570) • Árabes do deserto (Beduínos): eram nômades - transporte de mercadorias em camelos e pastores. • Árabes da Cidade (Urbanos): eram sedentários - dedicavam-se ao comércio e agricultura - Crença Religiosa: Politeístas (acreditavam em vários deuses)
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Mecaera além de importante centro comercial, ponto de encontro de mercadores da África, Extremo Oriente, e de outras regiões era também o centro religioso da Arábia.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • CRONOLOGIA • MAOMÉ (570 – 632) – membro do ramo pobre dos coraixitas, hashemita. • 610 – REVELAÇÃO: “Só há um Deus que é Alá, e Maomé é seu profeta”. • Surge o Islamismo que significa “submissão a Alá”, condenando o politeísmo representava uma tendência sincrética de dogmas judaicos e cristãos. • Oposição dos administradores de Meca. Condenando a idolatria da Caaba, motivo da peregrinação anual dos árabes a Meca e portanto fonte de grandes lucros Maomé colocava em risco o poder dos coraixitas. • Repressão aos seguidores de Maomé.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • 622 – HÉGIRA: fuga de Maomé e seus seguidores para Iatreb (Medina – a cidade do profeta). • Início do calendário muçulmano. • Com grande popularidade Maomé torna-se governador da cidade, utilizando os beduínos como combatentes: População local é convertida. • Proclamação da primeira Jihad (esforço coletivo).
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • 630 – Retorno a Meca com exército de populações convertidas. • Unificação política e religiosa da Arábia. • Destruição de divindades politeístas, porém preservou a Caaba e a Pedra Negra. Segundo a tradição esta pedra foi oferecida por Deus ao filho de Abraão, e era branca, escurecida pelos pecados e beijos dos milhões de peregrinos. • Anistia a antigos opositores. • Península Arábica é completamente convertida ao islamismo.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • 632 – Maomé morre. • Califas continuam expansão do islamismo. 1º Califa: ABU BAKR – sogro de Maomé. • Motivações do expansionismo: crescimento populacional + busca de terras. O aumento demográfico, a guerra santa, as vantagens econômicas, o direito ao botin e a unificação política – foram as principais causas da expansão árabe, iniciada no século VII, e que deu aos árabes o controle sobre o Mediterrâneo, “isolando” a Europa. • Justificativa ideológica: Jihad. • Amplas conquistas territoriais: Norte da África, Península Ibérica, Império Persa até parte da Índia, Império Bizantino.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Posteriormente, sob a dinastia Omíada, iniciou-se a expansão para o Ocidente, a qual atingiu seu apogeu quando Gibral Tarik (711) atravessou o estreito entre a África e a Europa, que recebeu seu nome Gibraltar. Penetrou na península Ibérica e subjugando grande parte dos visigodos, os árabes só seriam barrados pelo Franco Carlos Martel em 732 na batalha de Poitiers, nos Pirineus.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Em 750, a dinastia Omíada foi derrubada sendo substituída pelos califas abássidas. Inicia-se a decadência do Império Islâmico devido a intensas disputas políticas e religiosas, somada a pressão exercida pelos cristãos europeus para reconquistar os territórios perdidos. É nesse contexto que se inserem a Guerra da Reconquista e as Cruzadas.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • A ruína do Império, tem sua origem na perda de unidade religiosa, quando ganharam força algumas seitas islâmicas, destaque para os sunitas (partidários da escolha eleição do chefes entre os fiéis e que reconheciam na Sunna, livro dos ditos de Maomé era uma importante fontede verdade para o islã) e xiitas (que defendiam um ideal absolutista de Estado, tendo como chefe religioso e político um descendente direto de Maomé e a aceitando apenas o Corão como fonte de ensinamentos religiosos.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Maomé e o Islamismo: • Maomé (570 – 632) fundador do islamismo (ano 570): membro do ramo pobre dos coraixitas, hashemita. • Monoteísta: existência de um único deus: Alá • Pedra Negra (Caaba): símbolo religioso.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Os princípios do Islamismo • A religião islâmica tem duas fontes: • O Corão (livro sagrado que contém as revelações feitas a Maomé pelo anjo Gabriel) • A Suna (A tradição, o comportamento em vida do profeta. A Suna está sintetizada no Hadiz, um conjunto de textos que reúne as palavras do Profeta que não estão contidas no Corão.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Os muçulmanos também aceitam outros livros como o Torá (formado pelos primeiros livros da Bíblia), os Salmos e os Evangelhos, bem como certos princípios do mazdeísmo. Porém o Corão é a única e indiscutível revelação divina (não possibilitando o livre arbítrio).
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Guerra Santa: combate aos não-muçulmanos que ameaçavam a religião muçulmana. • Promessa do paraíso para quem for fiel a Alá.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Obrigações religiosas dos muçulmanos: • Crer em Alá, (chahada = testemunho) • Rezar 5x por dia , • dar esmolas, (zacat = purificação) • Jejuar no mês de Ramadã, • Ir a Meca pelo menos uma vez na vida. • Obs. A vida religiosa do muçulmano tem práticas definidas pela Sharia, o caminho que o muçulmano deve seguir na vida. A Sharia define normas de conduta, comportamento e alimentação, além dos chamados pilares da religião.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • APROFUNDAMENTO • Divergências do Islamismo com: • Os Judeus: São criticados por se considerarem povo “eleito de Deus” e por não admitirem que o Corão siga a tradição do Torá. • Os Cristãos: O Corão nega os três principais principais dogmas: O da Santíssima Trindade, o da Encarnação e da Redenção.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • APROFUNDAMENTO • Povos das Escrituras: Os principais inimigos do Corão são os ateus e os politeístas. Estes devem ser combatidos sem trégua. Os judeus e os cristãos, qualificados como “Povos das Escrituras” merecem tratamento diferenciado, que porém manipularam e utilizaram os desígnios dos profetas com finalidades próprios:
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • APROFUNDAMENTO • Dhimma:Mesmo assim o Islã garante proteção aos judeus e cristãos, desde que mantenham seus culto restrito aos locais adequados e não causem distúrbios na comunidade islâmica, paguem um imposto determinado e não portem armas. É claro que o dhimma muitas vezes existiu muito mais na teoria que na prática.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • CULTURA MUÇULMANA OU SARRACENA • Assimilação de valores de outros povos (hindus, persas, chineses e bizantinos). Os povos conquistados pelos árabes eram respeitados, podendo conservar os seus costumes. • Tradução e conservação de obras clássicas (Aristóteles e Platão) as quais serviram de base para as realizações de Avicena e Averróis.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • CULTURA MUÇULMANA OU SARRACENA • Desenvolvimento das ciências econômicas, para dar suporte as transações comerciais, regulamentação de cartas de crédito, companhias de ações e etc... • Introduziram na Europa novos produtos agrícolas (cana-de-açúcar, arroz, feijão, etc.), técnicas de navegação, produtos asiáticos e invenções chinesas (bússola, o papel, a pólvora, etc).
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Medicina: AVICENA (980 – 1037) – referência mundial até o século XVII com seu compêndio sobre o corpo humano. • Matemática: números arábicos, zero, avanços em trigonometria e álgebra. • Física: pesquisas sobre a refração da luz deram os fundamentos da óptica.
CIVILIZAÇÃO ÁRABE • Química: descrição dos processos de destilação, filtração e sublimação; desenvolvimento do carbonato de sódio, nitrato de prata, ácidos nítrico e sulfúrico e álcool. Todas estas descobertas para tentar criar a “pedra filosofal”, substância que transformaria os metais em ouro e o elixir da longa vida. • Arquitetura: é considerada a maior das artes sarracenas: eram grandes construtores de palácios, mesquitas, cúpulas, arcos em ferradura (minaretes), decoração com motivos geométricos e vegetais.