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PANORAMA DO DESCARTE DE AREIAS DE FUNDIÇÃO. APRESENTAÇÃO DA PROBLEMÁTICA E SOLUÇÕES PROPOSTAS. Preparado por: Fábio Garcia Filho (Fagor Ederlan Brasileira) e Raquel Luísa Pereira Carnin (Tupy Fundições Ltda). OBJETIVOS. Objetivo desta Apresentação:
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PANORAMA DO DESCARTE DE AREIAS DE FUNDIÇÃO APRESENTAÇÃO DA PROBLEMÁTICA E SOLUÇÕES PROPOSTAS Preparado por: Fábio Garcia Filho (Fagor Ederlan Brasileira) e Raquel Luísa Pereira Carnin (Tupy Fundições Ltda).
OBJETIVOS • Objetivo desta Apresentação: • Apresentar o Trabalho que está sendo desenvolvido pela ABIFA (Associação Brasileira de Fundição). • Não viemos aqui defender a Liberação ou o Abrandamento da postura de controle sobre as AFFD pelo contrário, buscamos melhorar o controle.
Objetivos do Trabalho: • Mostrar para as Empresas que somente o conhecimento e controle sobre as AFFD poderão tornar eficazes as soluções existentes. E que sem isso não há luz no fim do túnel para o problema que é de toda a sociedade. • Mostrar para os Órgãos Ambientais e a sociedade que eles estão certos em sua postura de precaução (Ambiental e Legal), mas que também somente que somente o apoio ao Desenvolvimento e Aprimoramento das Regras; Normas ou Leis irá Solucionar o Problema que é de todos Porque: • Da maneira que está hoje é pior para o Meio Ambiente; Empresas e Órgãos Ambientais!
Obter e compilar dados sobre a situação das AFFD (estudos técnicos; quantidades; tipos de classificações; entre outros). • Promover a discussão e o desenvolvimento tecnológico sobre as soluções, suas características; habilidades; vantagens;etc.
Principal Ponto do Trabalho: Criar nas Empresas a cultura de conhecer o seu maior resíduo, porque só assim poderá desenvolver métodos eficientes para poder destinar as AFFD de modo a minimizar seus impactos ao Meio Ambiente e consequêntemente seus custos.
O Brasil é um dos grandes produtores de peças em Ferro Fundido e cada vez mais avança neste mercado porque possui matéria prima, tecnologia e mão de obra qualificada. • A produção atual é cerca de 2.400.000 toneladas/ano gerando 52.000 empregos diretos e 200.000 indiretos.
A quantidade de areia descartada é de aproximadamente 1.800.000 toneladas por ano. • A ABIFA com lideranças das Fundições TUPY e FAGOR está realizando um trabalho a nível nacional para confirmar dados que atualmente são estimativas sobre a situação da geração e destinação das AFFD.
Origem da Matéria-prima • São cavas exploradas por grandes multinacionais do setor de MINERAÇÃO Obs.: A areia utilizada para Fundição de Ferro corresponde a cerca de 15% do volume explorado por estas empresas e está na superfície. Ou seja, esta areia teria de ser retirada de qualquer maneira
FORMULAÇÃO BÁSICA: • Moldagem: Areia, bentonita, pó de carvão - • Macharia: Areia, Resina Fenólica, Catalizadores • Classificados pela Norma NBR 10004em sua grande maioria como Classe II-A por ter principalmente como elementos solubilizados Manganês, Ferro, Alumínio, e em pouquíssimos casos Fenol, Metais, Sódio. • Possui em geral grande proporção de Sílica (SiO2) – 60 a 95% e também óxidos de ferro, alumínio. Em menores proporções outros óxidos como cálcio, sódio, potássio, manganês, magnésio, fósforo. • As areias de moldagem representam em geral cerca de 80% dos resíduos do processo de fundição.
Molde O que é? É um vazio produzido pela compactação da areia a verde no modelo, que por sua vez é o negativo da peça (fundido). É onde se vaza o ferro líquido que, ao solidificar-se, toma a forma que nela se encontra. MOLDES
Macho O que é? Também chamado de núcleo de areia, é um corpo de areia endurecido por aquecimento (calor – chama a gás ou resistência elétrica) ou por reação química de resinas. Para que serve? Serve para fazer as cavidades internas (partes ocas) e também externas da peça. MACHOS
Análises Ambientais (Solubilização) das matérias-primas constituintes da AFF • A AFF-Virgem (sem passar pelo processo de fundição) apresenta alumínio e ferro acima do permitido; • As bentonitas ativada e natural também apresentam alumínio e ferro acima do permitido; • O pó de carvão apresenta manganês acima do permitido. • Então pode-se concluir que as próprias matérias-primas da AFF são consideradas resíduos Classe II A.
Análises dos Solos de Joinville • Foi realizado um estudo para classificar ambientalmente os solos de Joinville; • Foram coletados solos de sete bairros de Joinville conforme indicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina; • Os resultados mostraram que quatro bairros apresentaram os seguintes elementos acima do permitido da NBR 10.004: alumínio e ferro, sendo que um solo apresentou cromo acima do permitido pela legislação. • Conclui-se com este estudo que estes bairros de Joinville são considerados resíduo Classe II-A.
Análises dos Corpos de prova de Concreto Asfáltico com AFFD • A areia utilizada em concreto asfáltico apresenta ferro e alumínio acima do permitido na NBR 10.004; • O ligante asfáltico atende a legislação, assim como os corpos de prova contendo 15% de AFFD. • Então pode-se concluir que o ligante asfáltico aprisiona os elementos que estão acima do permitido fazendo com que estes elementos não sejam solubilizados – tornando o concreto asfáltico contendo AFFD inerte.
Análises dos Corpos de prova de Concreto Asfáltico com AFFD “Envelhecidos” • Os corpos de prova Envelhecidos contendo areia “virgem”, ou seja, areia utilizada em pavimentação apresentaram alumínio acima do permitido; • Os corpos de prova Envelhecidos contendo AFFD também apresentaram alumínio acima do permitido.
Ensaios de Toxicidade Aguda • Os ensaios ecotoxicológicos realizados em corpos de prova de concreto asfáltico contendo até 15% de AFFD mostraram que não apresentam efeitos tóxicos; • Ensaios dos corpos de prova de concreto asfáltico envelhecidos com AFFD também não apresentaram efeitos de toxicidade. • O envelhecimento dos corpos de prova são de um período de até 8 anos. Este ensaio foi realizado na UNICAMP.
FATOS A RESPEITO DA AFFD • Existe um grande preconceito contra a AFFD em razão de seu aspecto e dos volumes acumulados, o que provocam aparência de degradação das áreas. • As análises realizadas em locais onde são dispostas somente AFFD, mostram que essas não provocam contaminação do solo. Dados de Percolado em área de deposição de AFFD: Estima-se que mais de 90% das AFFD tem estas características
O que aconteceu em alguns lugares é que junto com a AFFD foram depositados outros materiais que continham contaminantes. Estes materiais, misturados aos grandes volumes e a aparência das AFFD fazem com que essas sejam consideradas as “vilãs” pelas contaminações. • Os estudos realizados pela ABIFA irão comprovar que mais de 90% das AFFD são classificadas como classe II - não perigosos ( e por isso podem ser descartadas em aterros classe II licenciados ) porque possuem basicamente Al; Fe e Mg acima do valor máximo permitido. • Esses elementos químicos são naturais dos solos brasileiros, em quantidades muitas vezes superiores as encontradas nas AFFD e, inclusive, apresentam teores superiores aos valores máximos permitidos . ( Exemplos de Joinville) • Por isso é imprescindível que as empresas classifiquem as AFFD de acordo com as normas e as separem para que possam ser destinadas de maneira eficiente e ou utilizadas como subproduto.
ESTÁ MAIS DO QUE COMPROVADO TECNICAMENTE ( através de diversos estudos inclusive no Brasil e experiências no Exterior ) QUE AFFD É EFICIENTE PARA SUBSTITUIR AREIAS DE RIOS E CAVAS NORMALMENTE UTILIZADAS NAS COMPOSIÇOES DE ASFALTO E ARTEFACTOS DE CONCRETO. Obs: Vale lembrar que as areias de rios normalmente utilizadas , MUITAS VEZES possuem mais elementos de Fe , Al . Mg e outros do que as AFFD e por isso se fossem classificadas nas mesmas condições das AFFD também não poderiam ser utilizadas. • Imensos recursos financeiros atualmente utilizados para comprar areia de rios poderiam ser economizados pela comunidade ( prefeituras , estado e união ) . As empresas gastam fortunas ( que poderiam ser utilizadas em projetos ambientais ) para enviar para aterros . Um trabalho em conjunto com certeza é benéfico a todos. ( Meio Ambiente , Comunidade e Empresas ).
DEFINITIVAMENTE NÃO ESTAMOS AFIRMANDO QUE AFFD É UM MATERIAL QUE PODE SER DESCARTADO DE QUALQUER MANEIRA EM QUALQUER LUGAR. • PELO CONTRÁRIO !!! • Somente um trabalho sério de classificação, controle, rastreabilidade, normalização e esclarecimento a sociedade fará com que as AFFD possam vir a ser um subproduto útil para utilização em asfalto e construção civil poupando recurso naturais do Meio Ambiente e financeiros.
A ABIFA e grande maioria das empresas do setor estão trabalhando duro e investindo para cumprir as regras e normas atuais , além de levantar dados e realizar estudos para demonstrar a viabilidade da utilização da AFFD como subproduto. • Estamos buscando a conscientização e o apoio de todos para a busca do melhor caminho. • A indústria precisa ter consciência que somente com o desenvolvimento de tecnologias de reutilização aliado com a segregação , classificação e armazenamento correto poderá pleitear um tratamento do tema de forma justa pela sociedade .
As ONGS, os Órgãos Ambientais, o Ministério Público e Ambientalistas precisam ter o pensamento de que somente com um trabalho em conjunto com dados precisos cientificamente comprovados pode-se estabelecer parâmetros para análises e tomadas de decisão sobre a melhor alternativa para que as AFFD possam colaborar com o Meio Ambiente e industria possa continuar gerando empregos e impostos.
CONCLUSÃO Vamos trabalhar juntos para que possamos aprimorar e desenvolver todos os conceitos e informações essenciais no controle das AFFD trazendo assim melhorias contínuas em nossos meios de conscientização e preservação socioambiental.
INFORMAÇÕES Estamos a disposição e na expectativa de contribuições de idéias, críticas, informações cientificas, experiências, etc. • Dados para contato: • ABIFA : wgutierres@abifa.org.br • Raquel:raquel@tupy.com.br • Fábio: notebookfabio@uol.com.br