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O que conversaremos?. Juventude? ou Juventudes?. As Juventudes. Juventude, Juventudes? A imagem dos jovens é permeada por estereótipos e por um conjunto de idéias bastante contraditórias sobre a vivência da condição juvenil
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O que conversaremos? Por que falar sobre juventude hoje?
As Juventudes • Juventude, Juventudes? • A imagem dos jovens é permeada por estereótipos e por um conjunto de idéias bastante contraditórias sobre a vivência da condição juvenil • É comum, por exemplo, que comerciais e propagandas explorem a imagem da juventude, associando os sujeitos jovens à saúde, ao desprendimento, à liberdade e à espontaneidade. Por outro lado, nos noticiários da TV, podemos observar uma percepção bastante negativa dos jovens, atrelando suas imagens, sobretudo de negros e pobres, ao desvio, à desordem social e à violência. • Análise biopsicológica X sociológica - Tempo presente X futuro; • É preciso perceber que a juventude também é uma vivência específica no presente, marcada por novas experiências, contato com outros grupos e maior autonomia da família e de outros adultos. Assim, a juventude combina processos de preparo para a vida adulta, entrando aí a formação, com outros de experimentação e construção de trajetórias que incluem a inserção no mundo do trabalho, a definição de identidades, a vivência da sexualidade, da sociabilidade, do lazer, da fruição e criação cultural e da participação política efetiva.
As Juventudes • ONU: 15 – 24 anos • OIJ (Organização Ibero-americana de Juventude): 15 – 29 anos • Legislação brasileira: 15 – 29 anos, a Política Nacional de Juventude, conforme dispositivo na Lei Federal Nº. 11.129, de 30 de junho de 2005.
As Juventudes • O Conselho Nacional de Juventude - CONJUVE, um espaço de articulação e formulação de políticas para juventude que reúne sociedade civil e representantes do poder público, considera que são jovens no Brasil: “(...) o cidadão ou cidadã com idade compreendida entre os 15 e os 29 anos. (...) Nesse caso, podem ser considerados jovens os “adolescentes-jovens” (cidadãos e cidadãs com idade entre 15 e 17 anos), os “jovens-jovens” (com idade entre os 18 e 24 anos) e os “jovens-adultos” (cidadãos e cidadãs que se encontram na faixa-etária dos 25 aos 29 anos).”
As Juventudes X Adolescência • De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS, a adolescência constitui um processo fundamentalmente biológico e psíquico, que vai dos 10 aos 19 anos de idade, abrangendo a pré-adolescência (10 a 14 anos) e a adolescência propriamente dita (15 a 19 anos). Esta definição leva em conta o desenvolvimento bio-psíquico dos sujeitos. Já a juventude é considerada uma categoria que foi social e historicamente construída e que está relacionada com um período no ciclo vital dos indivíduos para o qual cada sociedade atribui sentidos, expectativas e significados diversos. • A juventude, tal como a concebemos hoje, está conectada à estruturação da sociedade moderna ocidental e às novas possibilidades abertas pelo desenvolvimento industrial e capitalista. A idéia de juventude foi estabelecendo-se como um momento cuja marca seria o preparo para a “vida adulta”. E esse ciclo termina quando os sujeitos transpõem algumas fronteiras que marcam aquilo que socialmente é atribuído ao mundo dos adultos: terminar os estudos, viver do próprio trabalho, sair da casa dos pais, casar-se, ter filhos e estabelecer-se numa moradia pela qual se torna responsável.
As Juventudes X Adolescência POLÍTICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES • Trata especificamente de tutela, defesa e proteção social do grupo de 0 a 18 anos e tendencialmente tem a prevalência de sua competência em relação a os jovens/adolescentes - dos 15 a 18 anos. • São organizações de adultos que participam do sistema. Que, em geral, cuidam e falam pelas crianças e adolescentes. POLÍTICA DE JUVENTUDE • Trata da igualdade de oportunidades, de garantia de direitos, de empoderamento, de expressão cultural e doa processos de participação das juventudes nos processos decisórios. • Neste enfoque são as organizações e grupos protagonizados por jovens os atores relevantes dos processos de desenho das políticas públicas.
As juventudes na agenda • A Quantidade Populacional (É a maior da história demográfica do país – nunca tivemos e nunca mais teremos tantos jovens na população brasileira como agora) • As Condições de Exclusão Social (A ausência histórica do Estado em assistir essa população contribuiu de maneira determinante para a precariedade da condição juvenil) • Estratégia para o Desenvolvimento da Nação (Para construir o desenvolvimento é preciso preparar essa geração de jovens que, em breve, assumirá os destinos do país
As juventudes na agenda • Aspectos Demográficos: • 2000 a 2010 - década da população jovem mundial (ONU) • Mais de 85% vive, hoje, nos países em desenvolvimento • BRASIL: • 5º posição mundial (depois da China, Índia, Indonésia e EUA) • 50% da América Latina e 80% do Cone Sul • Estimativa 2007 Brasil - 50,2 milhões (população jovem), Argentina - 40 milhões(população total) e Venezuela - 26 milhões(população total) • De 15 a 24 anos • De 8,2 milhões (1940) para 34 milhões (2000) • 20% da população brasileira (2000, IBGE) • De 15 a 29 anos • 48 milhões (2000) • 28% da população brasileira (2000,IBGE)
As juventudes na agenda • Explosão demográfica • Magnitude: 48 milhões tinham de 15 a 29 anos em 2000. • Aumento da fecundidade na adolescência, em curso desde os anos 1970 • Baby Boom - período onde o coeficiente de natalidade cresce de forma drástica e anormal. • Novas questões que pioraram a condição juvenil • Instabilidade e precariedade de inserção no mercado de trabalho • Instabilidade nas relações afetivas • Violência nas grandes cidades • Taxas crescentes de prevalência e mortalidade por DSTs, em especial por AIDS.
As juventudes - Bônus Demográfico?Pirâmide Etária – Brasil 1981 WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Bônus Demográfico?Pirâmide Etária – Brasil 1992 WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Bônus Demográfico?Pirâmide Etária – Brasil 2002 WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes na agenda • Diminuição da taxa de natalidade • Nas próximas décadas teremos um maior contingente de adultos / idosos • Esta é a maior geração jovem da história do mundo • No Brasil, é a maior geração de jovens em números absolutos de todos os tempos
As juventudes na agenda • Condições de Vida do jovem no Brasil: • 40% vivem em famílias sem rendimento ou até com ½ salário mínimo (2000, IBGE). • A cada 2 desempregados do país, 1 é jovem (somente 35% têm carteira assinada) • Desemprego atinge mais intensamente jovens negros e mulheres. • 2/3 da população carcerária do país é de jovens. • 2º lugar no ranking do pessimismo (1999, ONU). -De cada 10 jovens 7 acreditam que vão ter piores condições de viver e trabalhar que seus pais. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes na agenda • Condições Educacionais do jovem no Brasil: • A cada 10 jovens somente 6 são estudantes. • Apenas 3 em cada 10 têm acesso ao ensino médio. • Entre os que já pararam de estudar 51% parou no ensino fundamental 12% sequer ultrapassaram a 4º série. • 8 milhões de jovens com baixa escolaridade. (cinco anos de atraso em relação série/idade) • 3,3 milhões não freqüentam a escola. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes na agenda • Estratégia para o Desenvolvimento: A população jovem é um elemento determinante na estratégia de desenvolvimento de qualquer nação, por duas causas: • Pelo enorme potencial modificador da realidade; • Pela possibilidade de ser fator limitante do desenvolvimento. • 1. A CAPACIDADEPOTENCIAL DEMODIFICAR A REALIDADE é observada em diversas experiências governamentais. - Tais experiências demonstram que quando a JUVENTUDE é incorporada às políticas públicas ela se torna uma força essencial no processo de TRANSFORMAÇÃO LOCAL. • 2. A CAPACIDADE DE LIMITAR O DESENVOLVIMENTO é diretamente proporcional às condições de vida e de formação oferecidas a essa parcela da população. - sem garantias de CONDIÇÕES BÁSICAS de vida e acesso a uma FORMAÇÃO INTEGRAL, essa geração não será capaz de construir os avanços sociais e econômicos que o país necessita. Portanto, se forem mantidas as atuais condições de exclusão da maioria juventude teremos no futuro um RETROCESSO. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
JUVENTUDENO BRASIL WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Juventude na Economia • Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD há cerca de 50,2 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos no Brasil, representando mais de 1/4 da população brasileira. Em um rápido comparativo demográfico, no ano de 2007, a população total da Argentina foi estimada em cerca de 40 milhões e da Venezuela em 26 milhões. • A População Jovem passou de 8,2 milhões em 1940 para um contingente de 34 milhões de pessoas hoje na faixa do 15 aos 24 anos. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Juventude em Números • “53% da população total da América Latina tem menos de 25 anos de idade.” Fonte BID • A população jovem constitui mais de 46% do total de eleitores brasileiros. segundo o Tribunal Superior Eleitoral – TSE. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Quem são os Jovens do Brasil • De acordo com o Censo Demográfico 2000, cerca de 20% da população brasileira tinha entre 15 e 24 anos, totalizando 34 milhões de jovens • Quanto ao sexo: • 17 milhões (50%) eram mulheres; • 17 milhões (50%) eram homens. • Quanto a cor ou raça: • 17 milhões (50%) eram brancos; • 16,4 milhões (48%) eram negros; • Os outros 2% eram indígenas ou de cor/raça amarela ou não declararam. • Dos jovens de 15 a 24 anos: • 10,5 milhões (31%) moravam em Regiões Metropolitanas; • 17,7 milhões (52%) moravam em Áreas Urbanas Não-Metropolitanas;5,9 milhões (17%) moravam em Áreas Rurais. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Renda Familiar Per Capita • Dos 34 milhões de jovens de 15 a 24 anos: • 4,2 milhões (12,2%) viviam em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo; • 6,8 milhões (20,1%) viviam em famílias com renda per capita entre ¼ e ½ salário mínimo; • 9 milhões (26,4%) viviam em famílias com renda per capita entre ½ e 1 salário mínimo; • 14,1 milhões (41,3%) viviam em famílias com renda per capita acima de 1 salário mínimo. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes -Escolaridade dos Jovens • Dos 33,4 milhões de jovens de 15 a 24 anos pesquisados pela PNAD*, em 2002 (que não pesquisa a área rural da Região Norte, exceto Tocantins): • 1,2 milhão (3,8%) eram analfabetos; • 12,9 milhões (39%) não tinham concluído o Ensino Fundamental; • 4,5 milhões (13,7%) concluíram o Ensino Fundamental; • 5,7 milhões (17,4%) tinham começado o Ensino Médio, mas não haviam concluído; • Somente 6,6 milhões (19,8%) tinham concluído o Ensino Médio; • 2,1 milhões (6,2%) cursaram pelo menos 1 ano de Ensino Superior. . WWW.INFOJOVEM.ORG.BR *Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
As juventudes - Jovens que freqüentam a escola • Dos jovens 33,4 milhões de 15 a 24 anos, em 2002, apenas 16,2 milhões estavam freqüentando a escola, destes: • 67 mil (0,4%) estavam em classes de Alfabetização; • 5,6 milhões (34,3%) estavam cursando o Ensino Fundamental regular; • 7 milhões (43,2%) estavam cursando o Ensino Médio regular; • 496 mil (3%) estavam cursando o supletivo do Ensino Fundamental; • 337 mil (2%) estavam cursando o supletivo do Ensino Médio; • 2,3 milhões (14%) estavam no Ensino Superior. FONTE: IBGE. PNAD 2002 (microdados). Esta fonte não pesquisa moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Nota: 441 mil (2,7%) estavam cursando mestrado ou doutorado WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens que não freqüentam a escola • Dos 33,4 milhões de jovens pesquisados pela PNAD*, em 2002, 17,2 milhões não freqüentavam a escola. Destes: • 1,1 milhão (6,5%) eram analfabetos; • 7,2 milhões (42%) não tinham concluído o Ensino Fundamental; • 1,9 milhão (11%) tinham concluído o Ensino Fundamental; • 1,2 milhão (6,8%) tinham começado o Ensino Médio, mas não haviam concluído; • 5,3 milhões (31,2%) tinham concluído o Ensino Médio; • 495 mil (2,9%) tinham cursado pelo menos 1 anos de Ensino Superior. *Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Analfabetismo • Em 2002, dos jovens de 15 a 24 anos, 1,2 milhão eram analfabetos. Destes: • 430 mil (34,9%) viviam em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo; • 443 mil (36%) viviam em famílias com renda per capita entre ¼ e ½ salário mínimo; • 258 mil (21%) viviam em famílias com renda per capita entre ½ e 1 salário mínimo. • Dos 1,2 milhão* de jovens analfabetos: • 865 mil (70%) viviam no Nordeste. • 149 mil (12%) viviam em Regiões Metropolitanas; • 556 mil (45%) viviam em áreas Urbanas não-metropolitanas; • 527 mil (43%) viviam em áreas Rurais WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Analfabetismo WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Analfabetismo • A evolução do analfabetismo que é apresentada no Gráfico anterior mostra que o avanço representado pela redução substancial do analfabetismo na faixa etária de 15 a 17 anos (de 8,2%, em 1992, para 1,7%, em 2007) e na faixa 18 a 24 anos (8,6% para 2,4%) reflete a evolução do sistema educacional em incorporar e alfabetizar crianças e jovens. Os dados para a população acima de 40 anos alertam para o grande contingente de analfabetos nesta faixa etária. • Apesar da boa evolução que tivemos quanto ao analfabetismo que caiu 7,2 pontos percentuais: 17,2% em 1992 para 10% em 2007, ou seja, uma redução média de aproximadamente 0,5% ao ano, a situação ainda é muito grave. Hoje, no país, a taxa de analfabetismo para população com idade maior que 15 anos é de 10%, sendo que, no Nordeste, atinge 20% - um analfabeto a cada cinco brasileiros com mais de 15 anos; na região urbana metropolitana a taxa cai para 4,4% e, nas áreas rurais, é de 23,3%. Se olharmos os dados por raça, os jovens brancos apresentam taxa de analfabetismo de 6,1%, enquanto os jovens negros 14,1%, conforme próxima tabela. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Os Jovens e o Mercado de Trabalho • Dos jovens 33,4 milhões de jovens pesquisados na PNAD*, em 2002: • 17,2 milhões (52%) estavam ocupados. • 3,8 milhões (11%) estavam desempregados. Destes, 2 milhões (53%) eram mulheres. • As maiores taxas de desemprego eram encontradas nas regiões metropolitanas: • Taxa de Desemprego de 25,7% nas regiões metropolitanas. • Taxa de Desemprego de 17,7% nas áreas urbanas. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR *Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
As juventudes - Os Jovens no Mercado de Trabalho: ocupados • Dos 17,2 milhões de jovens ocupados em 2002: • 10,5 milhões (61%) tinham entre 20 e 24 anos. • Apenas 6 milhões (36%) estavam em empregos formais. Fonte. IBGE. PNAD (microdados). Nota: Nota: Esta pesquisa não inclui moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Os Jovens no Mercado de Trabalho: ocupados • No que tange à questão do desemprego juvenil, a PNAD de 2007 mostra o quanto ainda são restritas as oportunidades para os jovens no mercado de trabalho: 4,6 milhões estavam desempregados, representando 63% do total de desempregados no país. Nota-se que o desemprego juvenil era 2,9 vezes maior que o dos adultos (a taxa de desemprego juvenil era de 14%, enquanto a taxa de desemprego adulto era de 4,8%). • Desagregando os dados por faixas etárias, consta-se que, de 2006 para 2007, ocorreu uma redução no percentual de desempregados nas faixas etárias de 15 a 17 anos e de 18 a 24 anos. O mesmo não aconteceu no grupo de 25 a 29 anos, para o qual foi constatada uma ligeira alta no desemprego. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens Extremamente Pobres • Dos jovens vivendo em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo, para os quais podemos analisar informações de cor/raça e sexo (3,8 milhões*): • 2 milhões (52%) eram mulheres; • 1,8 milhão (48%) eram homens. * Estes valores não incluem os jovens que residem nas áreas rurais da Região Norte (exceto Tocantins), pois estes não são pesquisados pela PNAD/IBGE. Estima-se que estes jovens vivendo na área rural da Região Norte e em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo eram cerca de 285 mil em 2002. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens Extremamente Pobres – Onde Vivem • Dos jovens 4,2* milhões de jovens com renda familiar per capita de até ¼ de salário mínimo, em 2002: • 700,9 mil (17%) viviam em áreas metropolitanas; • 1,8 milhão (43%) viviam em áreas urbanas; • 1,7 milhão (40%) viviam em áreas rurais. *Inclui estimativa feita dos jovens vivendo em famílias nesta faixa de renda nas áreas rurais dos estados da Região Norte (para aquelas áreas não pesquisadas pela PNAD). WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens Extremamente Pobres - Escolaridade • Dos jovens vivendo em família com renda per capita de até ¼ de salário mínimo (3,8 milhões*): • 430 mil (11%) eram analfabetos; • 2,6 milhões (67%) tinham Ensino Fundamental Incompleto; • 373 mil (9,7%) concluíram o Ensino Fundamental; • 302 mil (8%) tinham Ensino Médio Incompleto; • 165 mil (4%) concluíram o Ensino Médio; • 12 mil (0,3%) cursaram pelo menos 1 ano de Ensino Superior. *Não inclui moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens Pobres • Dos jovens vivendo em famílias com renda per capita entre ¼ e ½ salário mínimo para os quais se tem informações sobre o sexo (6,6 milhões*): • 3,3 milhões (50%) eram mulheres; • 3,3 milhões (50%) eram homens. • *Não inclui moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - A Questão Racial: jovens negros • Dos 1,2 milhão de jovens analfabetos, 900 mil (73%) eram negros. • Dos 1,2 milhão de jovens que não trabalhavam e não estudavam e viviam em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo, 840 mil (71%) eram negros. • Quanto menor a renda familiar per capita, maior a participação dos jovens negros: • Dos 3,8 milhões *de jovens com renda familiar per capita de até ¼ de salário mínimo, 2,7 milhões (71%) eram negros; • Dos 6,6* jovens com renda familiar per capita de ¼ até ½ de salário mínimo, 4,4 milhões (66%) eram negros; • Dos 8,9* jovens com renda familiar per capita de ½ até 1 de salário mínimo, 4,8 milhões (53,9%) eram negros. *Não inclui moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens e Gravidez • É considerável o número de jovens grávidas: 695 mil (22,6%) dos nascidos vivos no Brasil, em 2001, eram filhos de mães com idade entre 15 e 19 anos. • Destas mães, 35,8 mil (5%) não tinham feito nenhuma consulta pré-natal e destas 19 mil (53%) residiam no Nordeste . Fonte: Ministério da Saúde. Datasus. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. SINASC. 2001 WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens e Gravidez • Das mães entre 15 e 19 anos que tiveram filhos nascidos vivos: • 236 mil (34%) residiam no Sudeste; • 233 mil (33,6%) residiam no Nordeste; • 85,9 mil (12,4%) residiam no Norte; • 84 mil (12,2%) residiam no Sul; • 55 mil (7,9%) residiam no Centro-Oeste. Fonte: Ministério da Saúde. Datasus. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. SINASC. 2001 WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Juventude e Violência no Brasil • 79,5% das mortes entre jovens são causadas por fatores externos, 44% desse total por homicídios. • A maioria da população carcerária é composta por jovens. • A mortalidade violenta entre os jovens, entre os anos de 1989 a 1998, constatou que o número de homicídios aumentou em 51%; WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
Homicídios por 100 mil habitantes Fonte: World Health Statistics Annual. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Mortalidade de Jovens por Homicídio • Segundo dados do Mapa da Violência III, da UNESCO (2002), a taxa de mortalidade por homicídios de jovens de 15 a 24 anos no Brasil (45,8 por 100 mil jovens em 1999) era a terceira maior do mundo, ficando atrás apenas da Colômbia e Porto Rico e sendo quase 8 vezes maior que a da Argentina (6,4 por 100 mil jovens em 1998). WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Violência • A juventude também tem sido a grande vítima do aumento da violência urbana, gerado pelo crescimento desenfreado das grandes cidades e pelo processo intenso de urbanização. Os jovens, sobretudo negros e pobres, estão no topo das estatísticas de mortes por causa externa, em especial o homicídio. De acordo com o Mapa da Violência: os jovens do Brasil IV (2004), entre os anos de 1993 e 2002, o número total de homicídios registrados pelo SIM (Subsistema de Informações de Mortalidade), no país, passou de 30.586 para 49.640, o que representa um aumento de 62,3%. No entanto, se observarmos o aumento decenal de homicídios entre os jovens, pode-se verificar que na população juvenil esse incremento foi de 88,6%. • Essa é a evidência, que permite afirmar que a escalada da violência homicida no país avança vitimando, preferencialmente, a juventude. Dos 48.196 jovens que morreram em 2002, 14.983 foram vítimas de armas de fogo. Nada menos que 31,2% de todas as mortes juvenis no ano de 2002 foram causadas por armas de fogo, num crescente significativo: em 1988 essa proporção era de 25,7%. Conclui-se, então, que o reconhecimento do avanço da violência e do homicídio nas últimas décadas, no Brasil, é também fortemente explicado pelo aumento das taxas de homicídio entre a juventude. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Violência • É possível identificar, por meio desse estudo, mais um elemento que mostra a juventude como o segmento mais vulnerável à violência letal. É no grupo de 15 a 25 anos que os homicídios atingem sua maior incidência; o momento crítico, onde há maior risco de ser vítima de homicídio, é na idade de 20 anos, com uma elevada taxa de 69,1 homicídios em 100 mil jovens de 20 anos de idade. • A taxa de homicídios entre jovens negros (68,4 em 100 mil) é 74% superior à taxa de homicídios dos jovens brancos (39,3 em 100 mil). Há que se destacar uma causalidade, senão unívoca, mas forte, entre desigualdades sociais e violência. Hoje, em nossa sociedade, em especial nas metrópoles, são criadas expectativas de vida para o conjunto da população, sem bases materiais para o seu atendimento, o que, no caso dos jovens têm especial significado, considerando sua exposição à mídia, a apelos de consumo, e ao fato de que, para a maioria dos jovens, não há respaldo econômico para satisfação de todos esses estímulos. Existe uma série de preconceitos relacionados à condição juvenil: o local de moradia, a aparência física, a raça, a cor, a maneira de vestir e a condição social. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
Índice de óbitos por homicídio 15 a 24 anos por 100 mil habitantes – “Mapa da Violência III” WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
Taxa de vitimização juvenil Relação da taxa de óbito por homicídio entre 15 e 24 e a taxa da população total WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Mortalidade por Homicídio e Região – Jovens do Sexo Masculino • Das 16,9 mil mortes por homicídio de homens de 15 a 24 anos: • Cerca de 10 mil (58%) ocorreram em áreas metropolitanas (9 regiões* mais o Distrito Federal). • A Região Metropolitana de São Paulo respondeu por 4,2 mil (24%) destas mortes. • A Região Metropolitana do Rio de Janeiro respondeu por 2,2 mil (12,7%) destas mortes. Fonte: Ministério da Saúde. Datasus. Sistema de Informações sobre Mortalidade. SIM. * Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Drogas e Juventude • Pesquisa da CEBRID (2001)*, em 107 cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, revelou que 19,4% dos indivíduos tinham contato com as drogas (excluídos tabaco e álcool). Entre os estudantes do fundamental e médio, o álcool era a droga mais utilizada, muito a frente da segunda colocada, o tabaco. • Pesquisa da Unesco (2002)* constatou que cerca de 1 milhão de estudantes admite a existência de entorpecentes nas escolas. 141 mil declararam fazer uso diário (ou quase todos ou dias ou em todos os finais de semana) de drogas ilícitas. *Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. I Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país. São Paulo. CEBRID, UNIFESP, 2001. Unesco. Castro, Mary e Abramovay, Miriam. Drogas nas escolas. 2002. Pesquisa representativa de 4,6 milhões de alunos de escolas públicas e privadas de ensino fundamental (5a a 8a série) e médio das seguintes capitais: Maceió, Manaus, Salvador, Fortaleza, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Belém, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo e Brasília. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens em conflito com a lei • Existiam no Brasil, 10 mil* jovens em privação de liberdade, em 2001. Destes: • 90% eram do sexo masculino; • 76% estavam na faixa etária de 16 a 18 anos; • 60% eram da raça negra; • 51% não freqüentavam a escola e 40% não trabalhavam no momento em que cometeram o ato infracional. • 71% das instituições foram consideradas inadequadas, pelos padrões do Estatuto da Criança e do Adolescente. *Enid e Gueresi, Simone.Adolescentes em Conflito com a Lei: Situação do Atendimento Institucional no Brasil. IPEA, Texto para Discussão n. 979, 2003. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR
As juventudes - Jovens em Situação de Indigênciaabaixo da linha de R$61 per capita. WWW.INFOJOVEM.ORG.BR