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Humanismo

Humanismo. Humanismo. Humanismo é human ( faz referência ao ser humano). Antropocentrismo é antropo (também faz referência ao ser humano). = “homem” Human é radical latino Antropos é radical grego

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Presentation Transcript


  1. Humanismo

  2. Humanismo Humanismo é human ( faz referência ao ser humano). Antropocentrismo é antropo (também faz referência ao ser humano). = “homem” Human é radical latino Antropos é radical grego • Essas palavras significam no plano mais amplo da ciência e da cultura do fim da Idade Média, um afastamento em relação ao âmbito da religião (Teocentrismo) e um envolvimento com o homem e com a vida concreta.

  3. Humanismo Idade Média x Renascimento Política, Economia e Sociedade • Feudalismo x Mercantilismo • Nobreza x Burguesia • Cavalaria x Marinha Vida Cultural • Religião x Ciência • Espiritualismo x Materialismo • Teocentrismo x Antropocentrismo

  4. Humanismo • Início do humanismo Nomeação de Fernão Lopes como cronista-mor da Torre do Tombo (1418) incumbido de relatar a história dos reis portugueses. • Fim do humanismo Chegada de Sá de Miranda da Itália com versos decassílabos e soneto.

  5. Contexto Histórico • Século XV - Fim da Idade Média • Teocentrismo ⇨ Antropocentrismo • Dualidade: Fé e Razão • Feudalismo ⇨ Absolutismo (Poder Real) • Mecenato • Consolidação do Estado Nacional Português • Transição da Idade Média para o Renascimento

  6. Contexto Histórico • Transformações na Europa: • Aperfeiçoamento da imprensa POR Gutemberg; • Expansão marítima,; • Invenção da bússola; • Desenvolvimento do comércio (mercantilismo). • A economia baseada na agricultura perde em importância para outras atividades – crise no sistema feudal. • Surgimento da burguesia, nova classe social, composta por mercadores e comerciantes. • O espírito medieval, baseado na hierarquia nobreza-clero-povo começa a desestruturar-se. • O homem preso ao feudo e ao senhor feudal adquire nova consciência – percebe sua força criadora podendo descobrir, conquistar e transformar o Universo.

  7. Os humanistas • O homem valoriza o saber: consome mais livros, difunde novas ideias e volta sua atenção para a cultura de antigos gregos e latinos, porque identifica o espírito da época. • Os humanistas: • Difundiam a ideia de que os valores e direitos de cada indivíduo deviam sobrepor-se à sociedade. • Viviam de muita reflexão e muito estudo (da vida). • Buscavam manuscritos e papiros e divulgavam os grandes pensadores gregos e romanos.

  8. Os humanistas • Os humanistas foram homens de grande emoção e capacidade de se indignar. Martinho Lutero – não foi apenas o sábio que fez a primeira tradução completa da Bíblia, nem foi só o homem que mudou a paisagem religiosa da Era Moderna. Mais do que tudo, ele era um humanista apaixonado, capaz de morrer por sua fé. No entanto, era muito corajoso, muito verdadeiro, muito sincero, por isso mesmo mais “humanista”.

  9. Humanismo – Movimento Cultural • Caráter inaugural – rompeu com a tradição da Idade Média e trouxe à luz a sabedoria da Antiguidade, por meio de trabalhos de erudição e pesquisa. • Movimento cultural, praticou um ato de fé pela natureza humana. Fez do homem o objeto do conhecimento, reivindicando para ele uma posição de importância no Universo, sem negar o valor supremo de Deus.

  10. Humanismo Literário (1434-1527) Humanismo: manifestações literárias • Poesia palaciana – compilada em 1516, por Garcia de Resende – está registrada no Cancioneiro Geral; • Prosa historiográfica (Crônicas), de Fernão Lopes; • Teatro medieval e popular de Gil Vicente.

  11. Humanismo Literário (1434-1527) • Poesia Palaciana: • a tradição escrita (a medida velha) • Crônica Histórica: • historiografia e literatura • Teatro Popular: • sátira e moralização

  12. Poesia Palaciana • Ao contrário da poesia trovadoresca, que estava associada à musica e era cantada ou bailada (dançada), a poesia palaciana foi elaborada para ser lida e recitada nas cortes. Além disso havia maior diversidade de temas. • Trata-se de uma poesia mais moderna. • Por deixar de receber acompanhamento musical, exige mais do poeta (tirar “som” da palavras). • Vários autores: Garcia de Resende, João Ruiz de Castelo Branco, Nuno Pereira, Fernão Pereira, Conde Vimioso, Aires Teles, Diogo Brandão, Gil Vicente, Sá de Miranda.

  13. Poesia Palaciana • Separação entre poesia e música; • Versos redondilhos (medida velha); 5 ou 7 sílabas métricas • Presença de um mote (tema, motivo) a ser desenvolvido na glosa (Obs.: cada estrofe da glosa corresponde a uma volta e deve retomar um ou mais versos do mote); • Gosto pelo Paradoxo e pela Antítese; • Lirismo amoroso: amor cortês, súplica mortal, coita (sofrimento amoroso); • A mulher é carnal, adquire graças físicas e sensoriais, contrariando a maioria dos trovadores medievais. • “Cousas de folgar e gentilezas”: composições sem importância, poesias de circunstâncias e exercícios de virtuosismo poético; • Poemas satíricos (às vezes pornográficos).

  14. Prosa do Humanismo • Fernão Lopes – cronista - historiador tanto dos reis quanto dos movimentos populares. • Investigação e pesquisa para documentar-se (não usou fontes orais), aponta a interferência dos fatos econômicos no destino dos homens, a importância do povo como agente da História.

  15. Prosa do Humanismo Gil Vicente • Teatro: gênero dramático • Expressa sua fé, mas não esquece a razão: • Em nome da religiosidade, faz a crítica moral dos costumes e a sátira aos pecadores. • Farsas: são peças cômicas de um só ato, com enredo curto e poucas personagens, extraídas do cotidiano. • Autos: peças teatrais de assunto religioso ou profano; sério ou cômico. Os autos tinham a finalidade de divertir, de moralizar ou de difundir a fé cristã. • Medievalismo e Classicismo; ambivalência • Figuras cristãs e pagãs; • Anjos, demônios e homens, mulheres reais; • Linguagem culta da elite e linguagem dos camponeses e de pessoas desbocadas das ruas;

  16. Prosa do Humanismo Gil Vicente • Personagens: A) Tipos: são generalizações ou estereótipos, que representam uma classe social ou uma categoria profissional;elas não levam ao palco problemas pessoais, mas questões comuns à coletividade. B) Personagens Alegóricas: são personificações de idéias ou intuições. No Auto da Lusitânia temos Todo o Mundo e Ninguém • As personagens não se sobressaem como indivíduos; • São tipos que ilustram a sociedade da época com suas aspirações, seus vícios e seus dramas; • Quase sempre, são designados pela ocupação que exercem ou por algum outro traço social; • Reis, fidalgos, parvos, beberrões e alcoviteiras, judeus, ciganos, mouros, comerciantes, artesãos;

  17. Prosa do Humanismo Gil Vicente • Personagens: • A cada tipo de personagem, uma característica única: • Fidalgo : orgulhoso • Padre : sodomita • Camponês : parvo • Judeu : agiota • Crítica ao capitalismo comercial crescente • Caracterização social: conservadorismo

  18. Prosa do Humanismo Gil Vicente Auto da Barca do Inferno: • Personagens: • Diabo, Anjo • Fidalgo, Onzeneiro, Sapateiro, Frade, Brízida Vaz, Corregedor, Procurador, Enforcado • Judeu • Joane, o Parvo • Cavaleiros : salvos pelo merecimento pessoal: luta da cristandade contra o “infiel” • Caracterização social: conservadorismo - valorização de ideais da Idade Média

  19. O Teatro Popular de Gil Vicente Arte: Transição e Contradição - Conteúdo - Personagem - Forma

  20. Conteúdo: ridendo castiga mores (a rir se corrigem os costumes) • Medieval • Religioso • Moralista • Catequista • Místico • Sagrado • Humanista • Pagão • Crítico e Caricatural • Satírico • Cotidiano • Profano

  21. Os Sete Pecados Capitais • Avareza • Ira • Gula • Luxúria • Preguiça • Soberba • Vaidade

  22. A Tentação de Santo Antão - Hieronimos Bosch

  23. O Jardim das Delícias - Hieronimos Bosch

  24. Personagens: moralizar e satirizar • Alegóricos • Símbolos Morais • Universo Sagrado • Bem x Mal • Moralização • Tipificados • Tipos sociais • Universo Cotidiano • Caricaturas Sociais • Crítica Social

  25. Forma: Pobreza e Riqueza • Pobreza Cenográfica • Ausência de Orientação de Cenas (Didascálias) • Paralelismo entre Cenas (Repetição Estrutural) • Problemas de Seqüência • Riqueza Textual • Recursos Poéticos: Drama em Versos • Discursos Tipificados: Personagem x Fala • Variedade Lingüística: Línguas

  26. Auto de Fé, 1490 – Pedro Berruguete • Auto: peça de teatro curta • Origem medieval • Origem religiosa • Escrita em medida velha • Propósito Moralizante

  27. Auto da Barca do Inferno: O Juízo Final • 01 Cena Introdutória • 10 Cenas simétricas (cenas de mesma estrutura) • Entrada da personagem • Interlocução: Tipo Social x Diabo • Interlocução: Tipo Social x Anjo • Sentença Final: Anjo • Embarque do Tipo Social: Salvação ou Punição

  28. O Diabo e seu Companheiro • O Preparo da Barca • Propagandeia-se a Barca • O clima é de feira

  29. O Fidalgo Dom Henrique • Vem com sua cadeira e com um pajem • Presunçoso e Orgulhoso • Confia, todavia, nas Orações • Condenado

  30. O Onzeneiro • Banqueiro • Novo tipo social: Burguês • Faz parte da revolução mercantilista • Traz um bolsão de dinheiro (“vazio”) • Avarento e usurário • Condenado

  31. O Parvo Joane • Humilde e mendicante • Pobre e ingênuo • Carece de tudo • Não tem malícia • Nada traz • Salvo • Converte-se em ajudante do anjo

  32. O Sapateiro • Artesão e comerciante • Larápio, roubava com a profissão • Trazia formas, sapatos e objetos da profissão • Morreu confessado • Condenado

  33. O Frade e sua Amada Florência • Hipócrita • Condena-se no que reprova • Amante e Esporte Violento como vícios • Traz a Amante e uma Roupa de Gladiador por debaixo do hábito religioso • Não lhe vale o hábito • Condenado

  34. Brízida Vaz, a Alcoviteira • Alcoviteira • Cafetina • Prostituta • Vende feitiços, enganos, poções, mentiras, sexo • Traz o Baú de Virgos: luxúria • Condenada

  35. O Judeu e seu Bode Expiatório • O Judeu traz o Bode Expiatório • Não faz parte da lógica do julgamento • Não pode ser condenado: vale-se do Bode • Não pode ser salvo: não crê no Cristo • Condenado: vai amarrado atrás da Barca do Inferno • Notar: preconceito

  36. O Corregedor e o Juiz • Representantes da lei • Trazem os papéis, os processos mal julgados • Injustiça • Condenados

  37. O Enforcado • Suicida • Traz a forca ainda no pescoço • Cuidava adiantar a salvação e a vida eterna com o suicídio • Alega ter sido enganado • Condenado

  38. Os Quatro Cavaleiros • Justificados pelo heroísmo e pela moral • Morreram pelo cristianismo: mártires • Não se atêm ao Diabo • Trazem a Cruz como trunfo • Salvos

  39. Auto da Barca do Inferno Leia o texto integral

  40. Exercícios: 1- Aponte pelo menos duas diferenças entre a Poesia Palaciana e o Trovadorismo. 2-Pode-se dizer que o teatro de Gil Vicente comporta uma ambivalência de valores ideológicos. Explique em quê consiste essa ambivalência. 3-Como a salvação dos cavaleiros cruzados no final do Auto da Barca do Inferno pode dar indicações sobre o modelo de pensamento de Gil Vicente?

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