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Da Revolta à Guerra Civil

Da Revolta à Guerra Civil. Do governo de Palmela (verão de 1846) à Patuleia (Outubro de 1846 a Junho de 1847). A musa contestatária. Comem a seara os pardais? É por culpa dos Cabrais. Não medram os milheirais? Pois a culpa é dos Cabrais. … Primavera de 1845 - 46.

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Presentation Transcript


  1. Da Revolta à Guerra Civil Do governo de Palmela (verão de 1846) à Patuleia (Outubro de 1846 a Junho de 1847) 2012 / 02 / 15 e 29

  2. A musa contestatária Comem a seara os pardais? É por culpa dos Cabrais. Não medram os milheirais? Pois a culpa é dos Cabrais. … Primavera de 1845 - 46 O Cabral fugiu para Espanha com uma carga de sardinha. Tal a pressa que levava, nem disse adeus à rainha. Verão de 1846 Aprende, rainha, aprende, Mede agora o teu poder, Tu de um lado, o povo doutro, Qual dos dois há-de vencer. Outono - Verão de 1846 - 47 2012 / 02 / 15 e 29

  3. Primavera de 1846 / Primavera de 1847 – evolução política G G E E U U R O R O 2012 / 02 / 15 e 29

  4. Acusações da oposição a Costa Cabral - Leis da Saúde; - Reforma fiscal. • Controlo do poder executivo sobre o legislativo; • Desrespeito pelos princípios constitucionais; • - Desrespeito pela autonomia local • Fraude eleitoral; • - Promiscuidade na relação Estado / Companhias. 2012 / 02 / 15 e 29

  5. Governo Palmela – 21 de Maio de 1846 / 6 de Outubro de 1846 2012 / 02 / 15 e 29

  6. Dificuldades políticas – conciliar os opostos 2012 / 02 / 15 e 29

  7. Artigo de “ O Grito Nacional” – 5 de Junho de 1846 2012 / 02 / 15 e 29 “Os militares não querem as demissões? Leve-lhas o Ministério, escritas em sangue. O trono não que abraçar deveras o povo? Pois retire-se o Ministério do seu lado. E se a Corte vier depois para nos abrir os braços, já temos a resposta pronta – é muito tarde.”

  8. Dificuldades financeiras – a dívida pública 2012 / 02 / 15 e 29

  9. Dificuldades financeiras – problemas orçamentais 2012 / 02 / 15 e 29

  10. Dificuldades financeiras – a balança comercial 2012 / 02 / 15 e 29

  11. Dificuldades financeiras – os credores internos Alguma liquidez Credores Internos do Estado Insolvência ou próximo ♦ Desvalorização dos títulos; ♦ Suspensão de pagamentos. 2012 / 02 / 15 e 29

  12. Dificuldades financeiras – os problemas fiduciários 1846 moeda circulante Unidade monetária – o Real (plural – reis); moeda metálica Tipo de moeda em circulação notas (Banco de Lisboa) Situação gerada pela queda de Costa Cabral? Pânico – quem não tem notas não quer recebê-las; quem as tem tenta desembaraçar – se delas. 2012 / 02 / 15 e 29

  13. Dificuldades financeiras – os problemas fiduciários Medida do Governo Palmela Decretado o curso forçado e inconvertibilidade das notas Consequências da medida Desvalorização das notas – deixam de circular pelo seu valor facial Reflexo nos montantes dos pagamentos. 2012 / 02 / 15 e 29

  14. Oliveira Martins analisando a situação do país no Verão de 1846 2012 / 02 / 15 e 29 Os financeiros perdiam-se, olhando o Tesouro vazio; e sob o nome de economias decretavam uma bancarrota duas vezes má: porque rematava a crise, acabando de arruinar o crédito (…) sem ficarem com isso habilitados a pagar o resto dos juros, nem dos ordenados. A dívida interna, já com o desconto de uma décima, recebia segunda, e duas de uma vez a externa.

  15. Oliveira Martins analisando a situação do país no Verão de 1846 (continuação1) 2012 / 02 / 15 e 29 Ao mesmo tempo os empregados sofriam uma dedução de duas décimas (Decreto de 21 de Agosto). A Bolsa fecha: não há quem dê um real pelas inscrições; e o rebate das notas cresce, cresce sempre. Em 1 de Outubro uma medida rasgada, acompanhada de conselhos prudentes e de exortações patrióticas, apareceu no Diário. As moratórias, o curso forçado das notas, prorrogavam-se até ao fim do ano. Mas descansem (…) o

  16. Oliveira Martins analisando a situação do país no Verão de 1846 (continuação2) Governo punha um fiscal seu no Banco e nesses três meses ia arranjar-se o dinheiro para lhe pagar e ele então pagar as notas.(…) Criava-se a Caixa de Amortizações (…) e (…) essa Caixa havia de encher-se depressa. (…) Eram palavras ou poeira a ver se cegavam a vista dos credores. Baldado empenho que só deu de si pô-los decididamente do lado da reacção tramada, uma vez que a fraqueza “palmetista” não era capaz de resolver uma crise na qual 2012 / 02 / 15 e 29

  17. Oliveira Martins analisando a situação do país no Verão de 1846 (continuação3) tinham as fortunas arriscadas. Passou o dia 6 de Outubro; ganhou-se a vitória; mas deram todos com inimigos imprevistos. Protestava, insurgia-se o Reino. (…) Em vez da paz era a guerra; em vez da fortuna a ruína total. 2012 / 02 / 15 e 29

  18. Falta de apoios políticos ♦ Dificuldades em: ♦ gerar consensos; ♦ combater a crise ♦Redução do poder de compra; ♦ Alta de preços ♦ Atrasos nos pagamentos; ♦ Desemprego. • Os três eixos da “fraqueza • “palmelista” ♦ Questão eleitoral • Má vontade da rainha • Descontentamento social 2012 / 02 / 15 e 29

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