1 / 23

A Magia

A Magia. Agir sobre a realidade. A Magia: abordagem teórica. A magia deve ser entendida numa lógica de controlo (natureza, eu, os outros, instituições). Dois conceitos: NAM.TAR e ME.

fynn
Download Presentation

A Magia

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. A Magia Agir sobre a realidade

  2. A Magia: abordagem teórica • A magia deve ser entendida numa lógica de controlo (natureza, eu, os outros, instituições). • Dois conceitos: NAM.TAR e ME. • O primeiro traduz os decretos divinos; o segundo exprime uma ordem intemporal e impessoal à qual o mundo e o seu equilíbrio estão sujeitos. Os ME estão guardados em Eridu pelo deus Enki/Ea.

  3. A Magia: abordagem teórica • Os ME não são criados mas fazem parte do mundo. • Constituem uma espécie de lei natural. • Relação entre os ME e a lógica subjacente à magia. • Enki é o deus que patrocina a magia e o deus que guarda os ME.

  4. A Magia: abordagem teórica • O que está em causa é a coexistência de uma visão teísta com uma visão não-teísta. • Os presságios são entendidos canonicamente como mensagens dos deuses mas basicamente são substância não-teísta. • Evidenciam a relação e a interdependência entre o homem e o meio. • A reacção teísta é a oração e o sacrifício, entabulando a comunicação com os deuses; a reacção não-teísta é a magia. • Em conclusão, embora enquadrada por uma lógica que não dispensa os deuses, a magia reflecte uma visão não-teísta.

  5. A Magia: abordagem teórica • Os ME reflectem uma realidade não-moral que precede o mundo organizado de forma teísta, com a sua moral. • Os textos reflectem uma certa tensão entre Enki e Enlil e entre os ME e NAM.TAR. • Fundo monoteizante nesta tensão.

  6. Áreas tratadas pela magia • A impotência: podia ser provocada pelos deuses ou pelo homem. • Misturas massa feita de trigo com barro do oleiro; moldas figurinhas de um homem e de uma mulher e colocas uma sobre a outra. Depois, deposita-as junto à cabeça do doente e recitas o encantamento sete vezes. Retira as figurinhas e coloca-as junto de um porco. Se o porco se aproximar, isso significa mão de Ishtar; se o porco não se aproximar isso significa que a magia atingiu esse homem.

  7. Áreas tratadas pela magia (exemplos) • Sentimento de rejeição (diagnóstico mão do homem): • «Se um homem ganhou um inimigo e o seu acusador o cercou com ódio, injustiça (...), maldades – ele é rejeitado pelo rei, pelo nobre e pelo príncipe. Cai constantemente no medo, sente-se mal de noite e de dia, sofre perdas financeiras frequentes, caluniam-no, as suas palavras são alteradas, os seus proventos estagnam, não é bem recebido no palácio, os seus sonhos são confusos, vê nos seus sonhos defuntos, um dedo maldoso aponta-o, atrás dele, um olho maldoso persegue-o a toda a hora (...)».

  8. Áreas tratadas pela magia(exemplos) • Terapias: 1. beber uma poção feita a partir de plantas esmagadas em vinho. • 2. Preparação de bolsas de couro a pendurar à volta do pescoço.

  9. Magia e ira divina • Na Mesopotâmia, a magia e as suas consequência, por um lado, e a ira divina, por outro lado, são entendidas como realidades diferentes. • Se um homem experimentou algo adverso e não sabe explicar o que aconteceu; ele sofreu constantes perdas (...); ele dá constantemente ordens mas estas não são cumpridas (...); ele não dorme de dia nem à noite, vê frequentemente sonhos terríveis (...); o seu apetite por pão e por cerveja diminuiu; esquece-se da palavra que proferiu. Esse homem tem a ira de deus e/ou da deusa sobre ele; o seu deus e a sua deusa estão zangados com ele.

  10. Magia e ira divina • Apesar das duas lógicas serem distintas, elas tocam-se por vezes. Ocasionalmente, a magia pode afectar o deus pessoal levando-o a abandonar o homem: • Porque uma bruxa me embruxou, Uma mulher enganadora acusou-me, Levou a que o meu deus e a minha deusa me abandonassem e eu adoeci (...); não sou capaz de descansar nem de dia nem de noite.

  11. Magia e pecado • A magia e o pecado são as causas da ira divina. No entanto, dificilmente estas duas causas se associam porque as lógicas subjacentes são antagónicas. • Quando essa associação se dá ela é artificial e frágil. • O pecado realça o poder divino e a culpa, a responsabilidade individual; a magia destaca a inocência e a fragilidade humana. • A possibilidade de através da magia se provocar a ira divina envolve a desvalorização da lógica teísta: então o deus pessoal não era capaz de assegurar a protecção do crente?

  12. Reacção contra o presságio • O fatalismo mesopotâmico não chega ao ponto de aceitar o cepticismo relativamente às possibilidades de evitar um presságio. • O presságio indica uma possibilidade. • Os rituais namburbi existiam para evitar o mal.

  13. Rituais namburbi • Conseguirá conter a ira dos deuses que produziram o presságio. • Deverá levar os deuses a rever a sua posição. • A impureza adquirida pela vítima deve ser anulada. • A impureza da casa do indivíduo deve ser retirada. • A pessoa deve poder regressar à sua vida normal. • Deve obter uma protecção permanente contra outras ameaças.

  14. O ritual • Durante a noite, antes do ritual, o exorcista prepara a água consagrada de que precisará. Para isso, lançará na água substâncias purificadoras assim como pedras preciosas e metais. Depois deixará a bacia com água durante a noite à luz das estrelas. • Ao nascer do dia, o exorcista erigirá pequenos altares a Ea, Shamash e Asalluhi na margem do rio, num sítio de difícil acesso. Previamente, terá aspergido o lugar com água consagrada. • Para convocar os deuses, prepara-lhes uma refeição que inclui pão, carne, tâmaras, incenso, água e várias qualidades de cerveja.

  15. O ritual • Depois, o exorcista pede aos deuses para aceitarem a refeição, dando-lhes tempo para a consumirem. • Só então a vítima é autorizada a apresentar-se perante os deuses pedindo que estes mudem o seu destino. • Os deuses, especialmente Shamash, deus da justiça, retirariam o mal que pendia sobre a vítima. • Os medos e as ameaças que pendiam sobre a vítima eram representados por um cão uivante. Esse cão tinha que ser apanhado antes do ritual ou então era usada uma imagem de barro.

  16. O ritual • A vítima apresentava-se com o seu oponente perante Shamash, submetendo-se a um julgamento que reveja a sentença. • A vítima ergue a imagem do cão que representa a ameaça. • Este acto representa a acusação perante o juiz divino, presente também numa imagem.

  17. O ritual • Depois de garantir o favor divino, através da oração e do sacrifício, o exorcista prossegue com a destruição da impureza. • Em muitos ritos, o exorcista lança um recipiente em barro ao chão, quebrando-o. • Depois a vítima lava-se na água consagrada. • A água suja é vertida sobre a figura do presságio. • Demonstrações de libertação da ameaça: despir o casaco, cortar o cabelo, unhas, etc. • Outras vezes, a pessoa tinha descascar uma cebola, representando o desaparecimento das dificuldades. • Eliminação do presságio. Fazem-se oferendas ao rio (cerveja, farinha, pão); fazem-se orações. O presságio é lançado ao rio, tendo sido pedido que ela vá para o apsû. • Uma vez que a imagem de barro se afundava, estava provada a sua culpa e a ameaça desaparecia.

  18. Código de Hammurabi • Se um médico realiza uma incisão profunda num homem, com um bisturi de bronze e lhe salva a vida, ou se lhe abre a sobrancelha com bisturi de bronze e lhe salva o olho, receberá dez siclos de prata. • Se for filho de um mushkenum, receberá cinco siclos de prata. • Se for o escravo de um homem, receberá dois siclos de prata.

  19. Código de Hammurabi • Se um médico realiza uma incisão profunda num homem, com bisturi de bronze, e lhe provoca a morte ou se lhe abre a sobrancelha, com bisturi de bronze, e lhe provoca danos, que lhe cortem a mão.

More Related