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A Pietà de Miguel Ângelo. Há uns dias entretive-me a fazer esta apresentação, que me deu imenso prazer. Devo ter sentido algo parecido com o que sentiu, há oito anos atrás, Robert Hupka, que andou à volta da Pietà de Miguel Ângelo,na Basílica de São Pedro, em Roma...
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Há uns dias entretive-me a fazer esta apresentação, que me deu imenso prazer. Devo ter sentido algo parecido com o que sentiu, há oito anos atrás, Robert Hupka, que andou à volta da Pietà de Miguel Ângelo,na Basílica de São Pedro, em Roma... • Foi uma exposição de mais de cem fotografías a preto e branco de Robert Hupka, de Março a Abril de 2000. A página web é esta: • http://193.48.70.125/arstella/en/sommaire/index.dim .
Este homem obteve autorização para fotografar a Pietà, durante toda uma noite... Fez centenas de fotografías de todos os ângulos, de todas as maneiras possíveis, subiu a andaimes...
A exposição teve lugar na Capela do Bispo, em ambiente íntimo, na semipenumbra, com música de cânticos gregorianos em fundo. Num silêncio absoluto. As fotografías, todas a preto e branco, o envolvimento numa semi obscuridade, convidavam a uma oração profunda... • Escolheu-se a Capela do Bispo visto ter sido reaberta ao público depois do seu restauro, um ambiente magnífico para acolher esta exposição. Toda a gente recolhida em contemplação da enorme beleza que se desprendia daquelas fotografías.
Há dias quis procurar na net noticias deste fotógrafo • e encontrei todas estas fotografías, • pelo que construí a apresentação • seguindo um pouco o critério que ele próprio deve ter seguido para fazer a exposição. • A cor do fundo, a música... Isto foi o que encontrei lá, um silêncio arrasador. • Só têm que clicar para passar os diapositivos. • Não quis fazê-lo em automático para dar tempo à reflexão... • Quando interrogaram Robert Hupka sobre a contemplação da Pietà, • ele respondeu: • Encontrei-me, pela primeira vez na minha vida, com a verdadeira grandeza.»
Miguel Ângelo (com apenas 23 anos de idade) • ficou tão apaixonado por esta sua primeira grande obra de escultura, que deixou gravado o seu próprio nome na faixa que atravessa o seio da Virgem Maria, o que não acontece em nenhuma outra obra sua. Alguém definiu maravilhosa obra como • «A pedra que é uma ternura.»
Foi impressionante a exposição. Transferi para esta apresentação as suas fotografias. Esse homem teve um privilégio incrível, algo que, confessou, tinha mudado sustancialmente a sua vida. As fotografias foram tiradas depois da agressão (1972) que sofreu a face da Virgem. Alguém a golpeou com um martelo e partiu-lhe também um dedo. Ainda se notam os danos... Por tudo isto, queria partilhar convosco algo que me muito me agradou fazer ... E com que prazer, meu Deus! Prado
Ao perguntarem a Miguel Ângelo porque é que tinha esculpido o rosto da Mãe tão jovem como o do Filho respondeu: «As pessoas apaixonadas por Deus nunca envelhecem!»