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Nossa Senhora D'Oropa. A pia tradição narra que exilado na Palestina, o mártir Santo Eusébio, bispo de Vercelli, encontrou três imagens sagradas da Virgem Maria esculpidas em madeira de cedro negro. Quando pôde voltar ele as transportou consigo.
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A pia tradição narra que exilado na Palestina, o mártir Santo Eusébio, bispo de Vercelli, encontrou três imagens sagradas da Virgem Maria esculpidas em madeira de cedro negro. Quando pôde voltar ele as transportou consigo.
Uma doou à sua cidade natal, na Sardenha; uma mandou para santificar o Monte de Crea, nos Alpes piemonteses, pertencente à sua diocese. A terceira, a mais bonita e que seria obra do Evangelista São Lucas, designou para a igreja de sua sede episcopal, na França. Entretanto, a perseguição contra os hereges arianos obrigou Santo Eusébio a se refugiar no vale D'Oropa, em Piemonte, Itália. E, novamente, carregou consigo aquela Sagrada Imagem.
Ao nordeste de Biella, província do Piemonte, Itália, à altura de 200 metros, localiza-se o santuário onde se venera a imagem de uma Nossa Senhora de cor negra que, segundo uma antiga tradição, foi levada por Santo Eusébio da Terra Santa para o vale d'Oropa. Trata-se de um dos mais antigos locais de peregrinação do ocidente. Numa pedra que se encontra na basílica está afixada uma data: ano de 369.
Após fundar um mosteiro em Vercelli, Santo Eusébio retornou ao vale d' Oropa e reuniu discípulos em torno de si, que depois viveram como eremitas seguindo a Regra de São Bento. Esses eremitas cuidaram do santuário até o século XV, suportando as aflições provocadas pelas invasões dos bárbaros. Só no século XI a paz volta a reinar naquele lugar sagrado. No século XVII foram chamados para administrar o santuário padres seculares. Em 1918 ali chegaram os Padres Redentoristas.
Há uma lenda que diz o seguinte: tinham resolvido transportar a imagem milagrosa para Biella. Mal começaram a viagem, a imagem tornou-se tão pesada que era impossível conduzi-la. Quando decidiram retorná-la ao seu lugar, ela recuperou seu peso normal. No lugar onde a imagem se recusou a ser transportada construíram uma capela conhecida como "capela do Transporte", na subida do monte.
Em 1599, ameaçada pela peste, a cidade de Biella invocou a proteção da Virgem, fazendo-lhe a promessa de tomar sobre si uma parte dos encargos para a manutenção do santuário e ajudar na aceleração da construção da basílica.A primeira missa foi celebrada na basílica em 1600. Em 1620 a imagem foi coroada pela primeira vez, na presença de 25 mil pessoas, quando foram presenciados sete milagres. Uma segunda coroação foi realizada em 1720.
Os peregrinos puderam contemplar, na ocasião, uma coroa de estrelas sobre a imagem, bem como um cometa que parecia querer cair sobre o local. Outra coroação, em 1820, reuniu 100 mil fiéis no vale. A quarta coroação ocorreu nos primeiros anos após a Guerra Mundial. A festa foi presidida pelo Cardeal Isidoro Valfré, como legado do Papa.
São incontáveis os milagres operados por intercessão de Nossa Senhora d'Oropa no decorrer dos séculos. No livrinho Il Santuario di Oropa, o Pe. Mario Trompetto informa que o rosto e as mãos da imagem jamais são atingidos pelo pó, apesar de nunca serem espanados. Este milagre pode ser observado por qualquer peregrino.
As peregrinações realizam-se durante todo o ano litúrgico, especialmente nos dias 21 de novembro, 15 de agosto e 8 de setembro. Uma grande procissão conhecida como "procissão da peste", organizada pelos habitantes de Biella, acontece anualmente no dia 1º. de maio.
Texto – Pe. Juarez de Castro – Música – Ave Maria – Albano Carrisi Imagens – Google – Formatação – Altair Castro 04/08/2012