E N D
2. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease Em colaboração com :
Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue (NHLBI), EUA,
e
Organização Mundial da Saúde OMS
3. GOLD - Comitê Executivo R. Pauwels, Bélgica – Coordenador
S. Buist, EUA C. Jenkins, Austrália
P. Calverley, Reino Unido N. Khaltaev, Suíça
B. Celli, EUA C. Lenfant, EUA
Y. Fukuchi, Japão J. Luna, Guatemala
S. Hurd, EUA W. McNee, Reino Unido
L. Grouse, EUA N. Zhong, China
5. Projeto GOLD Brasil Coordenação
Associação Latino-americana de Tórax
Sociedades Participantes
Sociedade Brasileira de Clínica Médica
Sociedade Brasileira de Geriatria e Geron-
tologia
Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia
6. Projeto GOLD Brasil Comitê Científico
Alberto Cukier
Fernando Lundgren
José Roberto Jardim
Júlio Abreu de Oliveira
Coordenadora Executiva
Ft. Fernanda W. Rosa
8. Dados sobre a DPOC A DPOC é a 4a causa de morte nos EUA (atrás das doenças cardíacas, do câncer e da doença cerebrovascular).
Em 2000, a OMS estimou em 2,74 milhões as mortes por DPOC em todo o mundo.
Em 1990, a DPOC estava classificada como a 12a doença em termos de impacto global; estima-se que em 2020 ela venha ocupar a 5a posição.
9. Causas de mortalidade nosEUA em 1998 Causas de Morte
1. Doença cardíaca
2. Câncer
3. Doença cerebrovascular
4. Doenças respiratórias (DPOC)
5. Acidentes
6. Pneumonia e influenza
7. Diabetes
8. Suicídio
9. Nefrite
10. Doença hepática crônica
11. Outras causas
Número
724.269
538.947
158.060
114.381
94.828
93.207
64.574
29.264
26.295
24.936
469.314
10. Variação percentual da taxa de mortalidade ajustada para a idade nos EUA entre 1965 e 1998
17. GOLD - Objetivos Aumentar o conhecimento da DPOC entre os profissionais de saúde, as autoridades de saúde pública e o público em geral.
Melhorar o diagnóstico, o tratamento e a prevenção da DPOC
Estimular a pesquisa sobre a DPOC.
19. GOLD - Relatório do Painel Baseado em evidências
Orientado para a implementação de:
Diagnóstico
Conduta
Prevenção
Os resultados podem ser avaliados
20. GOLD - Relatório do Painel Categoria
da evidência Fontes da evidência
A Ensaios clínicos aleatorizados
Grande número de dados
B Ensaios clínicos aleatorizados
Dados em número limitado
C Ensaios clínicos não aleatorizados
Estudos observacionais
D Consenso entre participantes do painel
21. GOLD - Relatório do Painel: Conteúdo Introdução
Definição e classificação
Impacto da DPOC
Fatores de risco
Patogênese, patologia e fisiopatologia
Tratamento
Pesquisas futuras
22. Definição de DPOC A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença caracterizada por limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas ou gases nocivos.
32. Causas de limitação do fluxo aéreo Limitação irreversível
Fibrose e estreitamento das vias aéreas
Perda do recolhimento elástico devido à destruição dos alvéolos
Destruição do suporte alveolar que mantém as vias aéreas desobstruídas
33. Causas de limitação do fluxo aéreo Limitação reversível
Acúmulo de células inflamatórias, muco e exsudado plasmático nos brônquios
Contração da musculatura lisa das vias aéreas centrais e periféricas
Hiperinsuflação dinâmica durante exercícios físicos
34. GOLD - Relatório do Painel de EstudosQuatro componentes da conduta na DPOC Avaliação e monitorização da doença
Redução dos fatores de risco
Conduta na DPOC estável
Educação
Farmacológica
Não- farmacológica
Conduta nas exacerbações
35. Objetivos da conduta na DPOC Prevenir a progressão da doença
Aliviar os sintomas
Melhorar a tolerância a atividades físicas
Melhorar o estado da saúde
Prevenir e tratar exacerbações
Prevenir e tratar complicações
Reduzir a mortalidade
Minimizar os efeitos colaterais do tratamento
36. Avaliação e monitorização da doença
Redução dos fatores de risco
Conduta na DPOC estável
Educação
Farmacológica
Não- farmacológica
Conduta nas exacerbações
37. Avaliação e monitorização: pontos fundamentais O diagnóstico da DPOC é baseado em uma história de exposição a fatores de risco e na presença de limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível, na presença ou não de sintomas.
38. Pacientes que apresentam tosse crônica e produção de expectoração e que tenham história de exposição a fatores de risco deverão ser submetidos a uma espirometria, mesmo na ausência de dispnéia. Avaliação e monitorização: pontos fundamentais
39. A espirometria é o padrão-ouro para o diagnóstico e a avaliação da DPOC.
Os profissionais de saúde envolvidos no diagnóstico e na conduta da DPOC devem ter acesso à espirometria. Avaliação e monitorização: pontos fundamentais
40. A realização da gasometria arterial deve ser levada em consideração para todos os pacientes com VEF1 < 40% do previsto ou com sinais clínicos sugestivos de insuficiência respiratória ou insuficiência cardíaca direita.
Avaliação e monitorização: pontos fundamentais
42. Espirometria: Normal e DPOC
43. Fatores determinantes da gravidade da DPOC Gravidade dos sintomas
Gravidade da obstrução brônquica
Freqüência e gravidade das exacerbações
Presença de complicações da DPOC
Presença de insuficiência respiratória
Comorbidades
Estado se saúde geral
Número de medicamentos necessários para o tratamento da doença
46. GOLD Relatório do Painel de EstudosQuatro componentes da conduta na DPOC Avaliação e monitorização da doença
Redução dos fatores de risco
Conduta na DPOC estável
Educação
Farmacológica
Não- farmacológica
Conduta nas exacerbações
51. Estratégias breves para ajuda a pacientes que queiram parar de fumar ARGÜA
ACONSELHE
AVALIE
AUXILIE
ACOMPANHE
Identifique sistematicamente todos os fumantes a cada visita
Aconselhe firmemente todos os fumantes a abandonarem o vício
Avalie a disposição para se fazer uma tentativa de abandonar o vício
Ajude o paciente a parar de fumar
Esquematize o acompanhamento
52. GOLD Relatório do Painel de EstudoQuatro componentes da conduta na DPOC Avaliação e monitorização da doença
Redução dos fatores de risco
Conduta na DPOC estável
Educação
Farmacológica
Não- farmacológica
Conduta nas exacerbações
53. Conduta na DPOC estável: pontos fundamentais A abordagem global da conduta na DPOC estável deve ser caracterizada por um avanço gradual do tratamento, dependendo da gravidade da doença.
Educar os pacientes sobre a DPOC pode ser uma medida importante no sentido de melhorar não só habilidades específicas, mas também a condição de se lidar com a doença e a qualidade de vida. A educação é eficaz para se alcançar certos objetivos, incluindo a cessação do tabagismo (Evidência A) .
54. Nenhuma das medicações existentes para o tratamento da DPOC se mostrou capaz de modificar o declínio da função pulmonar a longo prazo, que é a característica fundamental da doença (Evidência A). No entanto, o tratamento farmacológico da DPOC é utilizado para reduzir os sintomas e/ou as complicações. Conduta na DPOC estável: pontos fundamentais
55. Os broncodilatores são fundamentais para o tratamento sintomático da DPOC. Eles podem ser prescritos com base na necessidade ou de forma regular, a fim de prevenirem ou reduzirem os sintomas (Evidência A ) .
Os principais tratamentos broncodilatadores são os beta2 agonistas, os anticolinérgicos e a teofilina, isolados ou em combinação (Evidência A ) .
Conduta na DPOC estável: pontos fundamentais
56. As medicações broncodilatadoras são fundamentais para o tratamento dos sintomas da DPOC.
A via inalatória deve ser a preferida.
A escolha entre beta2 agonistas, anticolinérgicos, teofilina ou terapia combinada depende da disponibilidade das drogas e da resposta do paciente em termos do alívio dos sintomas e efeitos colaterais.
Broncodilatores em DPOC estável
57. Os broncodilatores são prescritos com base nas necessidades, ou de forma regular, a fim de prevenirem ou reduzirem os sintomas.
Os broncodilatadores de ação prolongada são mais convenientes.
Em comparação com o aumento da dosagem de um único broncodilatador, a combinação de broncodilatores pode melhorar a eficácia e reduzir o risco de efeitos colaterais. Broncodilatores em DPOC estável
58. O uso regular de corticóides inalatórios deve ser prescrito apenas para pacientes com resposta espirométrica documentada ao uso de corticóide, ou em pacientes com um VEF1 < 50% do previsto e com exacerbações repetidas, que necessitem de tratamento com antibióticos e/ou corticóides sistêmicos (Evidência B). Conduta na DPOC estável: pontos fundamentais
59. O tratamento crônico com corticóides sistêmicos deve ser evitado devido a uma relação risco-efetividade desfavorável (Evidência A ).
Todos os pacientes com DPOC se beneficiam de programas de treinamento físico, melhorando a tolerância ao exercício, os sintomas de fadiga e dispnéia (Evidência A ). Tratamento da DPOC estável: pontos fundamentais
60. A administração de oxigênio a longo prazo (> 15 horas por dia) aos pacientes com insuficiência respiratória crônica tem se mostrado eficaz no aumento da sobrevida dos mesmos (Evidência A). Tratamento da DPOC estável: pontos fundamentais
61. Conduta na DPOC de acordo com a gravidade Estádio 0: Em risco
Estádio 1: DPOC leve
Estádio 2: DPOC moderada
Estádio 3: DPOC grave
62. Conduta na DPOC: todos os estádios Evitar os agentes nocivos
- cessar tabagismo
- reduzir a poluição intradomiciliar- reduzir a exposição ocupacional
Vacinação contra gripe
63. Conduta na DPOC Estádio 0: Em risco
64. Conduta na DPOC Estádio I: Leve
65. Conduta na DPOC Estádio II a: Moderada
66. Conduta na DPOC Estádio II b: Moderada
67. Conduta na DPOC Estádio III: Grave
68. GOLD Relatório do Painel de EstudoQuatro componentes da conduta na DPOC Avaliação e monitorização da doença
Redução dos fatores de risco
Conduta na DPOC estável
Educação
Farmacológica
Não - farmacológica
Conduta nas exacerbações
69. Conduta nas exacerbações: pontos fundamentais As exacerbações de sintomas respiratórios que requerem intervenção médica são eventos clínicos importantes na DPOC.
As causas mais comuns de uma exacerbação são a infecção das vias aéreas e a poluição do ar; no entanto, a causa de um terço dos casos das exacerbações graves não pode ser identificada (Evidência B).
70. Os broncodilatadores inalatórios (beta2 agonistas e/ou anticolinérgicos), a teofilina e os corticóides sistêmicos, de preferência por via oral, são efetivos no tratamento da exacerbação da DPOC (Evidência A). Conduta nas exacerbações: pontos fundamentais
71. Pacientes que apresentam exacerbação da DPOC, com sinais clínicos de infecção das vias aéreas (aumento do volume e mudança da cor da expectoração e/ou febre) podem se beneficiar do tratamento antibiótico (Evidência B). Conduta nas exacerbações: pontos fundamentais
72. Conduta nas exacerbações: pontos fundamentais A ventilação não-invasiva por pressão positiva intermitente (VNPPI) nas exacerbações agudas melhora os gases arteriais e o pH, reduz a mortalidade hospitalar, diminui a necessidade de intubação e ventilação mecânica invasiva e reduz a permanência hospitalar (Evidência A).
73. Conduta na DPOC Na seleção do plano de tratamento, devem ser levados em consideração os benefícios e riscos para o paciente, como também os custos direto e indireto para o mesmo, para a sua família e para a comunidade.