380 likes | 661 Views
Avatar. Abra os olhos para Ver!. Texto Ecológico: Elenita Malta, Historiadora Texto Visão espírita – Prof Barros de Oliveira Música: I See You, Leona Lewis. O filme Avatar aparece num ótimo momento.
E N D
Avatar Abra os olhos para Ver! Texto Ecológico: Elenita Malta, Historiadora Texto Visão espírita – Prof Barros de Oliveira Música: I See You, Leona Lewis
O filme Avatar aparece num ótimo momento. Após o fracasso da Conferência do Clima em Copenhague e no início do Ano da Biodiversidade, é um brado de alerta sobre nossa péssima relação com a natureza.
Merece ser assistido pelos belos efeitos e pela fotografia extraordinária, porém, mais do que isso, apresenta uma poderosa mensagem ecológica: o homem precisa restabelecer sua conexão com a natureza.
Nos fala também de respeito ao próximo, homem, animal ou floresta, igual ou diferente de nós.
O espectador é transportado para a lua Pandora, habitada pelo povo Na’vi, em um universo de experiências sensoriaisencantadoras, com seres de formas jamais imaginadas, cores reluzentes e uma natureza exuberante.
Avatar propõe uma discussão pertinente sobre o futuro do nosso planeta, a Terra.
Inova ao expor a monstruosidade do ser humano, personificado no cel. Miles, que destrói um mundo em perfeita harmonia, com uma brutalidade chocante, em cenas que provocam indignação.
Mostra a inescrupulosidade do ser humano, até onde o homem é capaz de chegar para obter ganhos econômicos.
Quando a árvore-casa dos Na’vicai, o desmatamento da Amazônia, da Mata Atlântica, o derretimento dos polos, a morte dos corais e dos oceanos, enfim, todas as desgraças provocadas pelo homem são evocadas.
Vemo-nos atirando contra a natureza, só porque debaixo dela se encontra um minério valioso, que, para os humanos, resolveria a crise energética, uma vez que em 2154 – ano em que a trama se passa – não existe mais verde na Terra.
Com a Terra arrasada, segue-se a colonização de outros mundos. Ao mostrar nossa mesquinhez, o filme pretende atingir o que ainda resta de consciência ecológica no ser humano.
O nome da lua, Pandora, é significativo. Na mitologia, Pandora, a primeira mulher criada por Júpiter, recebe dos deuses, presentes em forma de dons, como beleza, persuasão e música.
Do marido, Epimeteu, recebe uma caixa contendo todos os males, com a advertência de não abri-la. Mas a curiosidade foi maior, e Pandora abriu a caixa, liberando pragas que atingiram o homem, restando apenas a esperança.
Pandora não cuidou de sua caixa, e nós não estamos cuidando do nosso planeta. Avatar nos adverte: a Terra é nossa caixa de Pandora. Se não soubermos preservá-la, será o nosso fim.
O filme é permeado de esperança. Na lua Pandora tudo está em equilíbrio. Uma árvore da vida, a deusa Eywa, sustenta as conexões entre as raízes de todas as árvores e entre todos os seres.
É uma teia, como as sinapses que ligam os neurônios em nosso cérebro. Acaso na Terra os sistemas também não estão interligados? Esse é o preceito fundamental da ecologia. Como dizia José Lutzenberger, em seu Manifesto Ecológico Fim do Futuro: tudo está relacionado com tudo. Tudo é uma coisa só.
Embora nossa conexão não se realize diretamente, como ocorre por meio das tranças dos Na’vi, com os cavalos (Direhorses), animais alados (Banshee) ou com a própria terra... ela existe, só que está perdida pelo nosso afastamento da natureza.
Avatar nos diz que, se quisermos manter o direito de habitar na Terra, precisamos colocar-nos novamente em contato com a natureza.
O personagem principal, Jake Sully, consegue se libertar da cegueira e da ignorância e perceber a tempo a catástrofe que os humanos iriam desencadear em Pandora.
Ao entrar em contato com os costumes dos Na’vi, Jake Sully, aos poucos, vai compreendendo a importância da harmonia ecológica de Pandora.
Trata-se, além de conhecer os modos de alimentação e locomoção, de como respeitar a vida em todas as suas formas.
Quando a jovem princesa Neytiri diz a ele “Eu vejo você”, ela não apenas vê, mas sente, percebe e respeita o outro.
Para vivermos em equilíbriocom a natureza e com nossos semelhantes, é preciso “vê-los” profundamente.
Um aspecto interessante é que a vida no avatarpassa a ser mais real do que a “vida real”. Isso pode instigar-nos a questionar: a vida que levamos atualmente nos proporcionaqualidade de vida? Não está na hora de buscarmos qualidade de existência?
O filme nos mostra que as sociedades tidas como “primitivas”, até mesmo “selvagens”, têm mais sabedoria, e, geralmente, uma ligação com a natureza muito mais rica do que a nossa.
Somos responsáveis pelo sistema econômico falho, excludente, perverso – que, apesar da crise, surpreendentemente permanece o mesmo – que, visando ao lucro e ao crescimento ilimitado, coloca a natureza como uma ‘pedra no sapato’ para atingir o “desenvolvimento”.
O que nos falta, como mostra Avatar, é envolvimento. O próprio nome “desenvolvimento” sugere um desligamento com o envolvimento, uma total desconexão com a Mãe Natureza, que só gera desequilíbrio para todos nós.
Estamos cada vez mais desconectadoscom a teia da natureza, preocupados em ganhar dinheiro custe o que custar.
Mesmo que o preço seja a vida dos que ainda não nasceram ou até mesmo dos oceanos, das árvores e dos animais, não cogitamos alterar nossos hábitos de consumo, extremamente danosos aos recursos naturais, e, muito menos, mudar nossa matriz energética altamente poluente. Estamos cada vez mais desconectados com a teia da natureza, preocupados em ganhar dinheiro custe o que custar.
Ainda há tempo para salvar a Terra, basta nos reconectarmos.
“I see you!” – “Eu vejo você!” Avatar e o Espiritismo
Companheiros é impossível assistir "Avatar", e não o relacionar diretamente com vários conhecimentos e ensinamentos da Doutrina Espírita. Caso não tenha reparado, eles elucidam à todo momento termos como estabelecer à ligação, usar a consciência e o coração para expressar suas vontades de locomoção e etc... Enfim, me deram a idéia de uma versão semelhante, porém moralmente contrária ao povo Inca, exilados do belo Orbe da Constelação do Cocheiro, por não terem merecimentos morais para progredir com Capela. Que à Paz de DEUS e do Mestre Jesus permaneçam sempre em nossos corações em processo de regeneração.
Avatar e o EspiritismoPara os espíritas e simpatizantes, fica fácil identificar uma correlação entre a realidade dos Na’vi com a teoria do plano superior dos kardecistas. Na filosofia espírita, existem vários planos espirituais (também chamadas de colônias). Numa delas, o espírito desencarnado (ou mesmo encarnado, em alguns casos como no sonho) tem acesso ao plano. Neste plano, a emanação de vida vive numa harmonia constante com a natureza que o cerca,como se ela fosse uma extensão da sua essência. Vive de forma harmônica entre seus semelhantes e é desprovido de sentimentos como o materialismo e desejos mundanos.A ligação entre este plano e Pandora é muito evidente para quem conhece estes ensinamentos. E a própria relação entre a realidade dos humanos com a realidade dos Na’vi também é uma maneira de associar aos conceitos de plano terrestre e o plano espiritual.
Avatar vem do sânscrito Avatāra, que significa "Aquele que descende de Deus", ou simplesmente "Encarnação“, ou seja, qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim a manifestação de uma emanação de vida divina na Terra.
A convivência harmoniosa com os animais e com a natureza, o respeito pela vida, entender e saber que em algum momento retornaremos à natureza, pois se faz parte dela. O respeito pelos animais, usando-os naquilo que é necessário, mas respeitando o seu habitat. São livres, e os acompanham pela ligação especial que se cria, não pela dominação agressiva imposta. A fé e a lealdade entre eles. Exemplos de união, aceitação e o reconhecimento de erros sem cair na humilhação .
Certamente que é possível perceber a Espiritualidade pelas vias intuitiva e sensível, "no silêncio da meditação", como dizia Kardec, e no contato profundo com a Natureza. Mas supor que estas são as únicas vias existentes de acesso à Realidade Profunda é no mínimo reducionista. Aliás, foi o próprio Kardec quem, por diversas vezes, ao longo da Revista Espírita e em Obras Póstumas, destacou o papel da Arte na espiritualização da humanidade, a exemplo desta citação: “o Espiritismo abre à arte um campo novo, imenso, e ainda inexplorado, e quando o artista trabalhar com convicção, como trabalharam os artistas cristãos, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações.” PAZ, LUZ E HARMONIA SOBRE O PLANETA