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Dismenorréia. Pedro da Silva Campana, nº 54 Rafael Augusto da Silva Moratto , nº 55 Rafael Braghetta João, nº 56. Definição. Dismenorréia é definida como dor pélvica pré-menstrual com ou sem associação a sintomas sistêmicos.
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Dismenorréia Pedro da Silva Campana, nº 54 Rafael Augusto da Silva Moratto, nº 55 Rafael Braghetta João, nº 56
Definição • Dismenorréia é definida como dor pélvica pré-menstrual com ou sem associação a sintomas sistêmicos. • Sinonímia: algomenorréia, síndrome de dor menstrual, ou de menstruação dolorosa ou menalgia.
Epidemiologia • Incidência acumulada de 72% nas mulheres até os 19 anos em população urbana (SANTIAGO, 2003) com utilização de tratamento clínico em até 32% e perdas no trabalho ou escola de 8% (FEBRASGO 2002).
Classificação • Segundo a etiologia, é classificada como: • Primária/ Essencial: casos nos quais inexistem problemas orgânicos subjacentes. • Secundária: casos nos quais há associação com doenças orgânicas.
Diagnóstico Clínico • Dismenorréiaprimária: dorhipogástrica com irradiaçãolombossacra e/ou face anterior dacoxa com início anterior oudurante as primeirashoras do períodomenstrual e duração de aproximadamente48-72. • Vômitos, diarréia, cansaço, cefaléiaouatésíncope. • Examefísiconormal.
Diagnóstico Clínico • Dismenorréiasecundária: dorsemelhante a dadismenorréiaprimária, podeterinício 1 a 2 semanas antes damenstruação e persistiraté o final damesma. • Dororiginada de doençaspélvicas, geralmenteapós 20 anos de idade. • Presença de alterações no examefísico, laboratorial, de imagemourefratariedade no tratamentoclínico-medicamentoso habitual.
Diagnóstico por Exames Complementares • Devem ser solicitados na suspeita de dismenorréia secundária. Em adolescentes com história e EF típicos de dismenorréia primária, admite-se o teste terapêutico, reservando os exames complementares para os casos de falha.
Algoritmo da Dismenorréia Clínica Médica: dos Sinais e Sintomas ao Diagnóstico e Tratamento. Barueri: Manole, 2007 (adaptação)
Tratamento O tratamento da dismenorreia pode ser considerado em dois momentos distintos: 1. Durante a crise: o tratamento deve ser sintomático e prontamente estabelecido, com objetivo de aliviar a dor. Consiste no uso de analgésicos, antiespasmódicos e calor local. São medidas paliativas, pois não agem diretamente na causa da dor e devem ser repetidas em todas as crises. 2. Entre as crises: é o tratamento definitivo: · De acordo com a doença (nos casos de dismenorréiasecundária); · Na dismenorréiaprimária, podemos usar de medidas gerais, como: - Analgesia e antidepressivos - Dieta - Exercícios físicos - Calor local - Vitamina B6 - Psicoterapia - Acupuntura
Tratamento • Além das medidas gerais devemos utilizar tratamento específico que engloba: • AINEs: competição com prostaglandinas em seus sítios de ação e inibição da COX1 e COX2 • Contraceptivos orais/DIU: impedem a ovulação e, portanto, restabelecem um ambiente hormonal equivalente ao início da fase proliferativa, no qual imperam baixos níveis de prostaglandinas • Progestágenos: Para as pacientes que não desejam anticoncepção hormonal, a suplementação com progesterona sintética na segunda fase do ciclo é uma boa alternativa para a redução do volume menstrual e, consequentemente, da cólica.
Tratamento • Nos casos de dismenorreia secundária ou de dor pélvica relacionada a outros sistemas do organismo, o tratamento deve ser direcionado e específico para a doença orgânica principal, com suporte clínico e uso de medicação e medidas sintomáticas. • Nos casos de dismenorréiaem que não se observa melhora após o uso de AINH e ACHO, há grande probabilidade da existência de doença pélvica oculta, em especial endometriose. Dessa maneira, a realização de laparoscopia diagnóstica traz benefício nesse grupo de pacientes.