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Chico, a Menina e a Janela Maria Cristina Baracat Jornal da Mediunidade, 32 Editado pela LEEPP Grupo Gaivota ~ Sempre amor para você ~. Na rua, o caos do transito belo horizontino .
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Chico, a Menina e a Janela Maria Cristina Baracat Jornal da Mediunidade, 32 Editado pela LEEPP Grupo Gaivota ~ Sempre amor para você ~
Na rua, o caos do transito belo horizontino. No correio, cabisbaixa, a funcionária se ressentia do excesso de trabalho e chamou o próximo da fila. Era um homem trazendo uma carta simples. Percebendo a cara amuada da atendente, falou: “Belo dia! Nada nos falta, não é?” Ela sorriu sem graça e o senhor completou com bom humor, dando tapinhas na sua própria barriga avantajada: “Nada nos falta mesmo, certo?” Gordinha, a funcionária não resistiu à cena e riu, ainda acanhada. Ele sacou do bolso uma foto e mostrou-lhe: “Veja que bonito! É Chico Xavier!” Olhando o retrato, ela abriu o sorriso e exclamou: “Ah! O Chico! Eu tinha três anos de idade quando isso aconteceu, mas nunca me esqueci daquela janela! Parece que foi ontem!...”
Intrigado, o homem perguntou: “Sim, moça, mas que aconteceu?” Ela continuou: “A família de meu pai é de Pedro Leopoldo, e nós – meu pai, minha mãe, minha irmã e eu – saímos de Itabira e chegamos a Belo Horizonte, depois de seis horas de viagem. Seguimos, então, para Pedro Leopoldo, onde encontraríamos meu avô, para que ele nos conhecesse.” Olhando para si mesma, disse: “Eu era uma menina franzina, fraca!... Estava debilitada e doente. Nada parava no meu estômago. Hospedamo-nos na casa do vovô.” Fez uma pausa. Precisava buscar na memória. “Continue...” – pediu o homem curioso.
A mulher prosseguiu: “O meu tio Nuca, que frequentava com Chico Xavier o Centro Espírita Luiz Gonzaga, foi nos visitar e ficou comovido em me ver naquela situação, choramingando o tempo todo. Ele pediu aos meus pais para me levarem ao Centro Espírita. Meus pais, muito católicos, ficaram receosos, mas meu avô intercedeu e eles permitiram.” A trabalhadora silenciou e arrancou a lembrança boa do fundo da alma: “É como se fosse hoje. Eu só tinha três anos de idade! Quando cheguei ao Centro Espírita Luiz Gonzaga, o Chico me pegou no colo e levou para uma janela onde havia uma paisagem que nunca esqueci. Era uma paisagem como qualquer outra, dessas de Minas Gerais, mas era diferente. Não me lembro do que ele falou para mim, nem do seu rosto, mas a música que ele cantou para mim, não esqueci”.
O senhor interrompeu: “E que música era?” Ela sorriu e começou a cantar com suavidade, como se o tempo parasse: “Mãezinha do Céu, / eu não sei rezar. / Só sei repetir. / Eu quero te amar. / Azul é o teu manto, / branco é o teu véu. / Mãezinha, eu quero / te ver lá no Céu!” Em silêncio, com discretas lágrimas escorrendo pelo rosto, o senhor continuou ouvindo: “Depois, ele me deu um copo d’água para beber e disse que nunca mais iria sofrer daquele mal”- completou a senhora. “Aconteceu mais alguma coisa?” – perguntou o homem. Completamente calma, a mulher explicou: “Só sei o que a minha mãe me contou, anos depois. Cheguei em casa e dormi muito, um sono tão profundo, que ficaram preocupados. Nunca mais tive nada de mal; recuperei a saúde. Mas... aquela janela... a paisagem... não esqueci jamais. Nem a canção!”
Chico, para sempre em nossas vidas! Mensagem distribuida por: espiritismo.luz@uol.com.br