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Naturalismo. “Para os naturalistas, o homem é visto como um “caso” a ser cientificamente analisado.”. Naturalismo.
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Naturalismo “Para os naturalistas, o homem é visto como um “caso” a ser cientificamente analisado.”
Naturalismo • O Naturalismo foi um movimento cultural relacionado às artes plásticas, literatura e teatro. Surgiu na França, na segunda metade do século XIX. Este movimento foi uma radicalização do Realismo. • Émile Zola: principal representante do Naturalismo
Entusiasmado com as descobertas das ciências naturais e da medicina, o escritor Émile Zola, representante máximo do Naturalismo na França, produziu romances com personagens doentias, dominadas pelos apelos da carne, do sangue e pela herança transmitida por seus ancestrais. • Com Thérèse Raquin, Zola inaugurou, em 1867, o Naturalismo. Esse "romance experimental" tinha como objetivo confirmar o que na época era tido como verdade científica: heranças biológicas, condições do meio ambiente e momento histórico determinavam o caráter, a psicologia e o comportamento do ser humano.
Características • A principal característica do Naturalismo é o cientificismo exagerado que transformou o homem e a sociedade em objetos de experiências; • Descrições minuciosas e linguagem simples; • Preferência por temas como miséria, adultério, crimes, problemas sociais, taras sexuais etc. A exploração de temas patológicos traduz a vontade de analisar todas as podridões sociais e humanas sem se preocupar com a reação do público.
Evolucionismo: Charles Darwin, o cientista inglês, em 1859 deu início a uma profunda evolução na história da ciência ao publicar sua obra fundamental denominada Sobre a origem das espécies, cujas principais ideias são: a “luta pela sobrevivência” e a “seleção natural”.
Determinismo: Hippolyte Taine defende que o comportamento humano é determinado por três fatores: o meio, a raça e o momento histórico.
Socialismo científico: Também denominado socialismo marxista, o socialismo científico foi desenvolvido no século XIX por Karl Marx e Friedrich Engels. “A religião é o ópio do povo”.
Positivismo O positivismo defende a idéia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.
Diferenças entre o Realismo e o Naturalismo • Todo naturalista é realista, mas nem todo realista é naturalista. • O Naturalismo “é” uma tendência dentro do Realismo. • O Naturalismo é o Realismo levado às últimas consequências. • A distinção entre os dois estilos nem sempre é muito nítida.
Condicionada a um destino contra o qual não pode lutar; • Sua vida interior é reduzida a quase nada; • Seu comportamento aproxima-se do comportamento animal, é movido pelo instinto; PERSONAGENS
Ênfase na hereditariedade física e psicológica como fator determinante do comportamento das personagens; • O desequilíbrio das personagens aparece quando o ambiente físico e social favorece sua manifestação; • As condições para a manifestação do conflito dramático da personagem naturalista são herança biológica e ambiente; • Os espaços miseráveis evidenciam os desequilíbrios que o escritor pretende denunciar;
O autor tem intenção combativa, ou seja, pretende provocar a reflexão sobre a realidade social da época; • O autor é objetivo, tem compromisso com a realidade; • A visão apresentada é imparcial e impessoal; • Há uma interpretação da vida através métodos científicos; • Há preocupação com o momento histórico; • Não há idealização;
Condicionamento das personagens ao meio físico e social: • Fatores naturais (temperamento, raça); • Fatores sócio culturais (ambiente, educação); • Apresentam relação de causa e efeito; • Explicação lógica e racional; • Descrição minuciosa do espaço e da personagem; • Linguagem mais simples que a dos românticos; • Preferência por períodos curtos e de compreensão imediata.
Afinal, o que estava acontecendo com ela naquele dia? Nunca se sentirá tão mole. Devia ser ar contaminado. Não havia ventilação no fundo daquela via longínqua. Respirava-se toda espécie de vapores que saíam do carvão com uma efervescência de fonte, e às vezes com tal abundância que as lâmpadas apagavam-se. [...] Não podendo mais, sentiu necessidade de tirar a camisa. [...] tirou tudo, a corda e a camisa, com tanta ânsia que teria arrancado a pele, se pudesse. E agora, nua, deplorável, rebaixada ao trote de fêmea ganhando a vida pela lama dos caminhos, esfalfava-se, com a garupa coberta de fuligem e barro até a barriga, como uma égua de carroça. De quatro patas, ela empurrava o vagonete.” ZOLA, Émile. Germinal. Tradução: Francisco Bittencourt. São Paulo: Abril Cultural, 1979. P. 318-319. (Fragmento).