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C O B E R T U R A. R E P R E S E N T A Ç Ã O. DISCIPLINA DE DESENHO II ARQUITETURA E URBANISMO FAG.
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C O B E R T U R A R E P R E S E N T A Ç ÃO DISCIPLINA DE DESENHO II ARQUITETURA E URBANISMO FAG
O telhado é fundamental para o acabamento externo de uma edificação. Ele reflete o estilo do projeto. Sua importância, porém, vai muito além do efeito estético. A cobertura de uma edificação deve ser projetada e executada por profissionais habilitados, pois é um elemento responsável pela segurança da edificação. O projeto é determinante para o seu correto funcionamento e duração. A estanqueidade de um telhado, isto é, a capacidade de não vazar, depende da inclinação da cobertura e da correta colocação das telhas.
A cobertura Funciona como elemento essencial de abrigo para os espaços internos de uma edificação. Sua forma e construção devem controlar a passagem de água, ar e calor. Deve ser estruturado de forma a vencer os vãos e suportar seu peso próprio além de outras cargas incidentes. A forma de um sistema de cobertura, plano ou inclinado, desempenha papel fundamental na imagem da edificação, portanto a escolha da tipologia de cobertura dependerá, dentre outros fatores, da intenção formal do projetista.
EM UM PROJETO DE COBERTURA, DEVEM SER CONSIDERADOS: - a estrutura do telhado: deve ser capaz de suportar todas as solicitações (peso próprio, ação de agentes atmosféricos – chuvas, ventos, geadas). - a inclinação do telhado: deve seguir inclinação mínima e máxima para cada tipo de telha. Caso a inclinação seja insuficiente, fica prejudicado o escoamento das águas pluviais e facilitada a sua infiltração, a acumulação de limos, musgos e outros que interferem na eficácia de desempenho da cobertura. A inclinação excessiva causa a fixação inadequada das telhas, provocando o deslocamento e até a queda destas, pela ação de agentes diversos, principalmente ventos. - a ventilação do telhado:deve permitir perfeita ventilação para evitar a condensação na parte inferior da telha. Costuma-se dizer que as telhas “respiram”, porque seu material poroso permite-lhe absorver e rejeitar as condensações. A correta aplicação das telhas deve considerar a sua ventilação ou arejamento, isto é, a maior ou menor facilidade com que se verifica a sua secagem depois de saturadas pela chuva ou por umidade ambiente. O ar deve circular por meios naturais no interior da cobertura – ele entra pelos beirais, indo sair pela cumeeira. Esta condição não pode ser esquecida, pois é um dos principais causadores de anomalias nas coberturas. A ventilação também é responsável pela circulação de ar na face inferior das telhas, evitando eflorescências. - o tipo de telha: as telhas serão responsáveis pela vedação, impermeabilização, estanqueidade e climatização da edificação, além da estética da fachada. A execução deverá ser perfeita para garantir a funcionalidade do telhado. O tipo de telha influencia na estrutura e inclinação do telhado. O tipo de telha será definido com base em vários fatores que deverão ser considerados, conforme se verá depois.
Um bom telhado deve oferecer proteção: 1 - Proteção contra as chuvas;2 - Proteção contra os ventos;3 - Proteção contra os raios solares;4 – Proteção em relação à segurança;5 - Proteção térmica (calor);6 - Proteção acústica (barulho). O formato da estrutura da cobertura é calculado para que a mesma transfira todas as cargas que suporta (externas como vento e chuva, além do peso próprio e das telhas) para os apoios laterais – pilares ou vigas
COBERTURAS PLANAS: Para seu perfeito funcionamento necessitam de uma inclinação de aproximadamente 2%. Essa inclinação conduzirá a água a drenos e ou a calhas perimetrais. Esse tipo de cobertura exige uma membrana contínua para cobrimento. No Brasil, grande parte das coberturas planas é composta por laje de concreto. Uma vantagem da utilização de coberturas planas é a liberação dos espaços para áreas externas. Em outros países e até mesmo no Brasil, vê-se cada vez mais a utilização de “coberturas verdes” ao invés de simplesmente a laje plana. A grande desvantagem da utilização de coberturas planas são os vazamentos, que são extremamente recorrentes devido ao surgimento de fissuras na manta impermeabilizante e no concreto.
COBERTURAS INCLINADAS: • No desenvolvimento do projeto de coberturas inclinadas, diversas questões devem ser consideradas, sendo que todas essas questões se interligam: • Volumetria desejada – ou seja, altura da cobertura e inclinações desejadas; • Em função da decisão volumétrica define-se o tipo de telha – diferentes tipos de telhas aceitam diferentes tipos de inclinação; • Em função do tipo de telha e dos vãos que se deve cobrir será definida a estrutura da cobertura, que pode ser composta por menor número de elementos e por elementos mais esbeltos, quanto menor for o peso. • ETAPAS PARA A DEFINIÇÃO DA COBERTURA: • Proposição volumétrica; • Escolha do tipo de telha entre as compatíveis com o tipo de volumetria desejada – inclinação; • A partir da inclinação, calcula-se as cumeeiras e as linhas de intersecção dos planos; • Quando os volumes estiverem dispostos de forma perpendicular os espigões e rincões ficarão dispostos com ângulo de 45º; • É interessante investigar as diversas possibilidades formais, verificando em fachada e em pequenas maquetes.
Telhado de Uma Água Telhado de Duas Águas
INCLINAÇÃO A inclinação da cobertura é dada em graus. Calcula-se da seguinte forma: É a relação entre os catetos do triângulo retângulo: Ex.: i=35% Vão= 10 metros H=5x35% H=1,75m
Telhado de Três Águas Telhado de Quatro Águas
Cabe salientar que em função da harmonia da composição e de facilitar a definição das linhas de intersecção, utiliza-se a mesma inclinação para todos os planos (águas) da cobertura.
A ESTRUTURA DA COBERTURA: A estrutura de uma cobertura deverá prever todos os esforços que deverão ser suportados: peso próprio da cobertura, ação de agentes atmosféricos verticais (chuva sem vento), inclinados (chuvas com/ou ventos) e horizontais (ventos). A estrutura da cobertura deve ser projeta de modo a suportar e transferir todos os esforços para a estrutura da edificação (pilares, vigas e/ou paredes). Seu formato é projetado e dimensionado de modo a garantir o equilíbrio da cobertura. Dependendo do tipo de telhas e, principalmente, da concepção do projeto, poderá ser: 1. Madeiramento: cobertura composta por tesouras e malha em madeira, responsável pela sustentação das telhas. As tesouras são os elementos verticais, responsáveis pela distribuição dos esforços para o restante da edificação. Formadas por madeiramentos de 6 x 12cm, ou 6 x 16cm, distanciadas, no máximo de 3,00m entre si. As terças são elementos horizontais apoiados sobre as tesouras, ligando-as entre si. São peças de madeira de 6 x 12cm, ou 6 x 16cm, distanciadas entre si no máximo 1,50m. Os caibros são dispostos sobre as terças, perpendicularmente a estas, espaçados no máximo a 50cm entre si, com secção 5 x 6cm, ou 5 x 7cm. Quando são utilizadas telhas grandes, o madeiramento de tesouras+terças+caibros é suficiente para amparar as telhas. Quando utiliza-se telhas menores, há necessidade de ripas. As ripas são as madeiras de apoio das telhas. São colocadas sobre os caibros, em sentido perpendicular a estes e devem ser distanciadas entre si, conforme dimensões da telha e galga*.
Estrutura em madeira utilizada em vãos até 12,00m. Aceita qualquer tipo de telha. *Galga: distância entre as ripas conforme tamanho das telhas. A primeira galga deve medir 29cm, entre a face inferior da primeira ripa até a face superior da segunda ripa. As demais, seguem dimensões da telha utilizada (geralmente 32cm – as telhas são recobertas em média 10cm).
2. Treliças metálicas: Estruturas planas ou espaciais formadas por barras e perfis de aço estrutural moduladas. Formam uma malha sustentada, geralmente em aço galvanizado laminado – o aço resiste bem aos esforços de tração. Por isso, as treliças são usadas para maiores vãos (grandes vãos, acima de 12 metros). Para qualquer tipo de telha, geralmente telhas grandes e que exijam pequena inclinação. Quando tratadas e pintadas adequadamente, têm durabilidade maior do que a madeira. Fácil e rápida montagem.
EXEMPLO DE UMA ESTRUTURA INCLINADA EM CORTE TRANSVERSAL E LONGITUDINAL
ALGUNS TIPOS DE BEIRAL Beiral inclinado
ALGUNS TIPOS DE BEIRAL Beiral reto
ALGUNS TIPOS DE BEIRAL Sem beiral, com platibanda:
RUFOS São elementos feitos de chapa metálica, utilizados ao longo de cumeeiras, espigões, rincões e junto a planos verticais.
ALGUNS DETALHES DE EXECUÇÃO: Construção da Linha A linha é confeccionada com uma viga 6X12 e deve ter um comprimento maior que o Vão. Recebe 2 entalhes, um em cada lado, onde vão ser encaixadas as Empenas.