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Aquecimento Global. Porque devemos nos preocupar?. Fabio Feldmann. O que é aquecimento global?. Aumento da temperatura média global, ocasionado pelo acréscimo de Gases Efeito Estuda (GEEs) na atmosfera, gerando a intensificação do Efeito Estufa. Aquecimento Global.
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Aquecimento Global Porque devemos nos preocupar? Fabio Feldmann
O que é aquecimento global? Aumento da temperatura média global, ocasionado pelo acréscimo de Gases Efeito Estuda (GEEs)na atmosfera, gerando a intensificação do Efeito Estufa.
Aquecimento Global “O Aquecimento Global é o grande responsável pelo aumento da temperatura do globo em 0,6°C desde1860.” IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
Efeito Estufa • Fenômeno natural que garante que a dispersão da energia solar pelo planeta seja mais lenta que a absorção, mantendo a Terra aquecida e garantindo a vida no planeta. • A intensificação deste fenômeno é gerada, principalmente, por atividades que utilizam combustível fóssil, uma vez que estes emitem GEEs.
2. A maior fração passa pela atmosfera para aquecer a Terra, sendo depois devolvida ao espaço 1. A energia solar chega à Terra; 3. Uma parcela do que é devolvido reflete na atmosfera e volta para a Terra, mantendo o calor - Efeito Estufa. Mecanismo de Efeito Estufa
Mecanismo de Efeito Estufa • Alguns gases, como o CO2,presentes no ar podem absorver temporariamente luz IR térmico, assim, nem toda a energia é dissipada diretamente para o espaço; • Logo após sua absorção, a radiação infravermelha térmica é re-emitida em diversas direções de maneira completamente aleatória; • Dessa forma, uma parte dessa radiação retorna à superfície sendo novamente absorvida pela Terra, gerando, em decorrência disso, aquecimento tanto da superfície como do ar; • O redirecionamento do IR térmico em direção ao globo é responsável pela manutenção da temperatura média da Terra de aproximadamente +15°C. Caso esses gases não se fizessem presentes na atmosfera essa temperatura seria de -15ºC.
Mecanismo de Efeito Estufa • A atmosfera atua assim, como um cobertor que retém em seu entorno uma parte do calor liberado pela superfície, garantindo a regulação da temperatura terrestre. • A preocupação dos cientistas reside no aumento da concentração de gases capazes de absorver luz IR térmico, do que resultaria o redirecionamento de maior quantidade de energia fazendo a temperatura elevar-se acima da média de 15°C. • A esse fenômeno dá-se o nome de AQUECIMENTO GLOBAL, distinguindo seus efeitos daquele que vem atuando naturalmente por milênios
Efeito Estufa • Gases Efeito Estufa: • Dióxido de Carbono (CO2) • Metano (CH4) • Óxidos Nitrosos (NOx) • Halogênios • Clorofluorcarbonetos (CFCs) • Hidroclorofluorcarbonetos (HCFCs) Contribuição para o Efeito Estufa
Com o aumento populacional e a possibilidade de industrialização, as emissões de gases efeito estufa aumentaram muito desde o começo do século e tendem a aumentar mais.
Dióxido de Carbono (CO2 ) • 55% das emissões de GEE de origem antrópicas são CO2; • Assim, das emissões ditas recentes de CO2 – ocorridas nas últimas décadas – apenas 50% já foi removida de modo efetivo; • Portanto o dióxido de carbono emitido hoje estará ainda absorvendo energia térmica pelos próximos séculos,aquilo que é emitido hoje afetará diretamente as futuras gerações. • A queima de combustíveis fósseis e a produção de cimento aporta no ar cerca de 5,5 Gt C/ano, das quais cerca de 60% - cerca de 3,3 Gt – não encontram qualquer sumidouro.
Em termos estatísticos um habitante de país industrializado gera em média todos os anos 5t CO2; já para os países em desenvolvimento esse valor raramente supera 0,5t CO2 – décima parte.
Uma família de classe média, por exemplo, com dois filhos e dois carros, precisaria plantar 63 árvores por ano, para mitigar suas emissões. Uma multinacional como a Unilever, que emite por ano 3,6 milhões de toneladas de CO2, precisaria plantar 20 milhões de árvores ao ano - o suficiente para preencher nada menos que 26.666 campos de futebol. Green Initiative
Dióxido de Carbono (CO2) • Contribuição Antrópica: • Transporte; • Indústria; • Domiciliar; • Agricultura. • Mineração de carvão; • Extração e transporte de petróleo e gás natural; • Mudança no Uso da Terra e Florestas;
Metano CH4 • Um aumento de CH4 no ar provoca, em termos de intensidade, um efeito equivalente à 21 vezes aquele proporcionado pelo CO2 • A vida média do CH4 na atmosfera varia entre 10 e 15 anos.
Óxidos nitrosos • No nível molecular, o N2O é cerca de 206 vezes mais impactante que o CO2 no que se refere ao Aquecimento Global • Desde a era pré-industrial até a década de 1980 a taxa de crescimento deste composto foi de 13%.
CFC • Os CFCs têm elevada persistência no ar e alta taxa de absorção de energia, fazendo com que sua moléculas tenham potencial de Aquecimento Global equivalente ao de 10000 moléculas de CO2 • Mesmo assim o efeito final provocado pelos CFCs sobre a temperatura do globo é pequeno. Isso porque o aquecimento causado pelo CFCs em função do redirecionamento de energia é compensado pelo resfriamento que estes compostos induzem na estratosfera ao destruírem a Camada de Ozônio.
“A concentração de GEE na atmosfera pode atingir o dobro do seu nível pré-industrial já em 2035, significando um aumento de temperatura de 2º C” Stern, 2006
Impactos • BIODIVERSIDADE • Deterioração de ecossistemas únicos e ameaçados • Diminuição da biodiversidade -migração ou até extinção de espécies • Êxodo de espécies do mangue por permanente elevação do nível do mar • Mudanças nos ciclos de migração e reprodução • AGRICULTURA • Perda da produtividade na agricultura • Ameaça a segurança alimentar
Impactos • OCEANOS • Desgelo das calotas polares • Aumento do nível dos oceanos • Perda de regiões costeiras – deslocamento populacional e menor área de cultivo • Aquecimento das águas superficiais – alteração das correntes marítimas e propicia proliferação de algas • Deterioração do recifes de corais pela elevação do nível do mar e da temperatura • Perda da qualidade da água pela entrada de água marinha
Impactos REGIME HÍDRICO • Mudanças nos regimes de precipitações • Eventos extremos – secas, enchentes e estações mais intensas SAÚDE - Falta de água potável - Expansão e desenvolvimento de novas pestes - Epidemias – dengue , malária, cólera entre outras doenças - Pandemias devido ao aumento dos vetores de doenças mais comuns
Mortes estimadas devido ao Aquecimento Global em 2000 Mortalidade por Milhões de Pessoas 0 – 2 2 – 4 4 – 70 70 – 120 University of Wisconsin - Madison
Impactos SOCIO-ECÔNOMICOS • Prejuízos econômicos devido a desastres ambientais como furacões, secas, enchentes • Submersão de ilhas oceânicas – êxodo populacional e diminuição do turismo (Ilhas do Pacífico) • Conflitos entre países – além da busca por recursos naturais, também por causa do deslocamento populacional • Pressão na infra-estrutura dos órgãos públicos, principalmente dos paises em desenvolvimento
2006 – Relatório SternAspectos Econômicos das Mudanças Climáticas • Analisa os custos econômicos das mudanças climáticas; • “As alterações climáticas são a maior falha de mercado jamais vista no mundo e interagem com outras imperfeições do mercado.” • Conclusão: os benefícios de uma ação rigorosa e antecipada ultrapassam os custos econômicos da falta de ação.
Aspectos econômicos das Mudanças Climáticas • Os riscos dos impactos das mudanças climáticas pode ser reduzido pela estabilização da concentração de CO2e atmosférico entre 450 e 500 ppm CO2e. • Nível atual é de 430 ppm, o qual aumenta em média 2 ppm por ano. • Tal estabilização necessitaria que as emissões fossem pelo menos 25% inferiores aos níveis atuais, até 2050. • Para a estabilização da concentração de CO2e entre 500 e 550 ppm seria gasto anualmente cerca de 1% do PIB global.
Quão vulnerável nós somos? • A questão é: Qual a vulnerabilidade da Terra? Da vida na Terra? De cada uma das espécies que hoje habita este planeta? Da espécie humana? • Quanto e como somos susceptíveis ao aquecimento global ainda não é certo. Mas atualmente já se pode sentir os inúmeros impactos. • Mas estamos adaptados à tais mudanças?
Vulnerabilidades - conceitos • No contexto das mudanças climáticas é definido como o grau em que um sistema natural ou social é capaz de lidar com os estragos decorrentes da mudança do clima. • É considerado um Indicador de Sensibilidade de um sistema às mudanças climáticas e da habilidade deste se adaptar a elas. • A capacidade de responder aos efeitos positivos e negativos das mudanças climáticas, bem como o quanto ajustes em práticas cotidianas, processos e estruturas serão capazes de moderar ou eliminar o potencial de destruição ou ainda aproveitar oportunidades criadas pela mudança no clima global.
Vulnerabilidades A vulnerabilidade é algo inerente a uma população determinada, e variando de acordo com suas possibilidades culturais, sociais e econômicas. Assim, os países que possuem menos recursos serão os os mais vulneráveis e com maior dificuldade de adaptação;
Vulnerabilidades • Os danos causados pelas mudanças climáticas ainda são pouco conhecidos. • Para os países em desenvolvimento, é fundamental o aprofundamento dos estudos em torno da vulnerabilidade dos ecossistemas e das medidas de adaptação que se mostram necessárias • A ampliação do diálogo existente entre o Governo, a sociedade e as empresas, sobre as mudanças climáticas é primordial para o sucesso das políticas que almejam diminuir a vulnerabilidade do País e aumentar nossa capacidade de adaptação ao problema.
Brasil • Tendo em vista que os ecossistemas naturais não apresentam grande capacidade de adaptação à magnitude das mudanças climáticas se estas ocorrerem no curto intervalo de tempo, é claro que o Brasil, país megadiverso, deverá sofrer graves alterações em seus biomas. • Somando o aquecimento global às mudanças no uso do solo, é quase certo que em um futuro breve, acontecerão rearranjos importantes nos ecossistemas e até mesmo na redistribuição dos biomas brasileiros.
Brasil • O número de estudos sobre a resposta de espécies da flora e da fauna Amazônica e do Cerrado às mudanças climáticas é ainda pequeno, mas estes indicam que para um aumento de 2° a 3°C na temperatura média, até 25% das árvores do cerrado e 40% de árvores da Amazônia poderiam desaparecer.
Brasil Setor Agrícola • Aumento nas taxas evapotranspirativas, promovendo maior consumo de água das plantas e portanto, esvaziando o reservatório “solo” mais rapidamente; • Redução do ciclo das culturas, tornando-as mais eficientes em termos de assimilação e transformação energética, porém mais sensíveis à deficiência hídrica; • Redução da área potencial de produção agrícola para alguns tipos de culturas que não se adaptam em ambientes com baixo regime hídrico.
Brasil INPE
Brasil • Não obstante, alterações no regime hídrico são certas, porém os estudos que trabalham com tal vulnerabilidade apresentam informações controversas, expondo tanto o aumento quanto a diminuição nos índices de chuva; • A despeito, as mudanças climáticas afetarão no projeto, construção e operação de empreendimentos relacionados aos recursos hídricos devido a sua susceptibilidade. • Nesse sentido, a área de energia no Brasil apresenta-se altamente vulnerável às mudanças climáticas, graças a importância da geração hidrelétrica na matriz energética do país.
Brasil No que diz respeito a saúde, serão favorecidas doenças cuja proliferação se dê em ambientes quentes e úmidos, tais como: malária, dengue, cólera, leishmaniose, leptospirose e hantovirose.
Mitigação Qualquer atividade antrópica que reduza as fontes ou seja capaz de capturar gases efeito estufa da atmosfera.
Adaptação “Já não é possível deter as mudanças climáticas que irá ter lugar nas próximas duas ou três décadas, mas é possível proteger, de certo modo, nossas sociedades e economias dos seus impactos - por exemplo prestando melhor informação, melhor planejamento e infra-estrutura. Nos países em desenvolvimento a adaptação custará dezenas de milhões de dólares por ano, colocando ainda mais pressão nos recursos naturais” Stern, 2006
Adaptação Segundo o IPCC (2001), os países que possuem menos recursos serão os que mais dificilmente se adaptarão e portanto, os mais vulneráveis. A capacidade de adaptação é dada pela “riqueza, tecnologia, educação, informação, habilidades, infra-estrutura, acesso a recursos e capacidade de gestão.
O que deve ser feito… • Substituição de combustíveis fósseis; • Uso de energia renovável e aumento da eficácia energética; • Manejo adequado na agropecuária; • Controle de queimadas e desmatamento; • Métodos de captação e armazenamento de Carbono; • Planejamento para a adaptação das nações; • Visão internacional partilhada de objetivos a serem atingidos; • E principalmente mudanças no padrão de consumo!
“São necessários 3 elementos de política para um resposta global eficaz: • A fixação do preço do carbono, implementado através de impostos, do comércio ou de regulamentos; • Política de apoio à inovação e à utilização de tecnologias mais limpas; • Ações para remover barreiras à eficácia energética, e informar, educar e persuadir as pessoas sobre o que elas podem fazer individualmente.” Stern, 2006
“O mundo não precisa escolher entre evitar as alterações climáticas e promover desenvolvimento. As mudanças nas tecnologias de energia, no mercado e na estrutura das economias criaram oportunidades para negócios.” Stern, 2006
Obrigado. Fabio Feldmann Alameda Jaú, 1160 São Paulo (11) 3253 7798