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ITU DE REPETIÇÃO. Como Abordar? Como Tratar? Vanessa Ribeiro Victor Peixoto Wagner Sampaio. Definição. Hellerstein, 1982.
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ITU DE REPETIÇÃO Como Abordar? Como Tratar? Vanessa Ribeiro Victor Peixoto Wagner Sampaio
Definição • Hellerstein, 1982. “Recorrência é definida como dois episódios de infecção urinária em seis meses, ou pelo menos três episódios em um ano, não importando se devido a recidiva (recrudescência de infecção urinária não curada) ou a reinfecção.”
Epidemiologia • Clarke et al, 1996. • A recorrência da infecção urinária é comum na infância: • Ocorrendo em 25% dos recém-nascidos; • 30% a 50% das crianças maiores • Porcentagem que aumenta para 60 a 75% depois da segunda e terceira infecções.
Epidemiologia • Hellerstein, 1982. • As meninas têm maior probabilidade de apresentar infecção urinária recorrente que os meninos. • A recorrência de infecção urinária após a primo-infecção é descrita em 50% das meninas durante o primeiro ano e; • Em 75% dos casos durante dois anos de seguimento.
Fatores de risco na infância • Mangiarotti et al, 2000: • Idade abaixo de seis meses na primeira infecção. • Loening-Baucke, 1997: • Associação entre constipação intestinal e infecção urinária recorrente, sendo descrita em 11% de pacientes, principalmente em meninas.
Fatores de risco na infância • Riyuzo et al, 2007: • 20% a 50% de crianças com infecção urinária recorrente apresentam refluxo vésico-ureteral, principalmente graus III a V e refluxo bilateral. • Koch, 2003: • Má formações urinárias obstrutivas • Distúrbios funcionais da bexiga • Resíduo urinário miccional • Constituem fatores importantes na recorrência da infecção urinária.
Etiologia • Hellerstein, 1982: • Escherichia coli é a bacteria mais comumente identificada (67%) nas infecções urinárias recorrentes. • Entretanto, em crianças com infecção urinária recorrente e naquelas tratadas com antibióticos profiláticos há maior incidência de infecções urinárias causadas por Proteus sp, Klebsiella sp e Enterobacter sp.
Como abordar? • Quadro de ITU? • Heilberg & Schor, 2003. • Recém-nascidos: icterícia fisiológica prolongada associada ou não à perda de peso (30% dos casos), hipertermia, presença de complicações neurológicas (30%), diarréia, vômitos ou cianose. • Lactentes: déficit pôndero-estatural, diarréia ou constipação, vômitos, anorexia ou febre de etiologia obscura • Faixa pré-escolar: febre, enurese, disúria ou polaciúria.
Reinfecção ou Recidiva? • Shapiro & Elder, 1998: • Para definir a reinfecção é necessário demonstrar nova espécie bacteriana ou outro sorotipo da mesma bactéria na urina. • Duas ou mais culturas negativas entre duas infecções causadas por patógenos idênticos também indicam reinfecção.
Como diagnosticar? • Heilberg & Schor, 2003. • Fitas reagentes; • Sedimento urinário; • Urocultura; • Imunofluorescência do Sedimento Urinário ou ACB (“Antibody-Coated Bacteria”); • Ultra-som; • Urografia Excretora; • Uretrocistografia Miccional – Padrão ouro para RVU; • Cintilografia com DMSA.
Acompanhamento • Riyuzo et al, 2007: • Seguimento regular de crianças com infecção urinária, com controles de cultura de urina a cada seis ou oito semanas, principalmente em menores de dois anos de idade e/ou portadores de refluxo vésico-ureteral.
Como tratar? • Nuutinen & Uhari, 2001: • Quimioprofilaxia é eficaz na prevenção de infecção urinária; • Entretanto, deve-se considerar remota a prescrição da quimioprofilaxia em crianças com infecção recorrente e trato urinário normal. • Koch, 2003: • Pode-se indicar a quimioprofilaxia nos casos de infecção urinária recorrente associada a condições que predispõem à estase urinária, como; • Constipação intestinal • Disfunção miccional, • Refluxo vésico-ureteral • Associação Americana de Urologia, 1997 – qualquer grau de refluxo. • Guideline Sueco, 1999 – Graus III a V. • Enquanto é realizado o tratamento dessas condições.
Tratamento • BARREIRA, 1997. • amoxicilina (50mg/kg/dia de 8/8 h); • sulfametoxazol (8mg/kg/dia de 12/12 h); • trimetropim (40mg/kg/dia de 12/12 h); • amoxicilina + ac. clavulânico; • gentamicina • cefalosporinas
Profilaxia • BARREIRA, 1997. • nitrofurantoina (1-2mg/kg/dia); • trimetropim- sulfametoxazol (2-10mg/kg/dia); • trimetropim (2mg/kg/dia, se criança< 6 meses);
Profilaxia • BARREIRA, 1997. • MEDIDAS GERAIS • Micções frequentes e completas; • micção dupla ao deitar (antes e depois de lavar os dentes); • evitar obstipação; • ingestão hídrica elevada; • tratamento de parasitoses intestinais; • higiene perineal; • mudar de cuecas diariamente.
Referências Hellerstein S. Recurrent urinary tract infections in children. Pediatr Infect Dis. 1982; 1: 271-81. Shapiro E, Elder JS. The office management of recurrent urinary tract infection and vesicoureteral reflux in children. Urol Clin North Am. 1998; 25: 725-34. Clarke SE, Smellie JM, Gurney S, West DJ. Technetium- 99m-DMSA studies in pediatric urinary infection. J Nucl Med. 1996; 37: 823-8. Mangiarotti P, Pizzini C, Fanos V. Antibiotic profilaxis in children with relapsing urinary tract infections: review. J Chemother. 2000; 12: 115-23. Mangiarotti P, Pizzini C, Fanos V. Antibiotic profilaxis in children with relapsing urinary tract infections: review. J Chemother. 2000; 12: 115-23. Loening-Baucke V. Urinary incontinence and urinary tract infection and their resolution with treatment of chronic constipation of childhood. Pediatrics. 1997; 100: 228-32. Márcia C. Riyuzo, Célia S. Macedo, Herculano D. Bastos. Fatores associados à recorrência da infecção do trato urinário em crianças. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 7 (2): 151-157, abr. / jun., 2007. Koch VH, Zucolotto SMC. Infecção do trato urinário. Em busca de evidências. J Pediatr (Rio J) 2003; 79 (Supl 1): S97-106. Ita Pfeferman Heilberg, Nestor Schor. Abordagem Diagnóstica E Terapêutica Na Infecção Do Trato Urinário – Itu. Rev Assoc Med Bras 2003; 49(1): 109-16 Nuutinen M, Uhari M. Recurrence and follow-up after urinary tract infection under the age of one year. Pediatr Nephrol. 2001; 16: 69-72. BARREIRA, João Luís - Pediatria II. Porto: AE FMUP, 1997