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O sol. O Sol é uma estrela, como todas as outras que vemos no céu à noite. A diferença é a distância. As outras estão a anos-luz de distância, ao passo que o Sol está apenas a 8 minutos-luz de distância (milhares de vezes mais próximo).
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O sol • O Sol é uma estrela, como todas as outras que vemos no céu à noite. A diferença é a distância. As outras estão a anos-luz de distância, ao passo que o Sol está apenas a 8 minutos-luz de distância (milhares de vezes mais próximo). • Ele é uma estrela "média", é apenas uma entre bilhões que orbitam o centro da nossa galáxia. • O Sol está "queimando" há mais de 4,5 bilhões de anos, e deve continuar por mais alguns bilhões. É composto de uma grande quantidade de gás, principalmente hidrogênio e hélio. Por ser tão grande, sua gravidade é imensa, o suficiente para a força gravitacional segurar todo aquele hidrogênio e hélio (e para manter todos os planetas nas órbitas à sua volta). • O Sol não "queima" como um pedaço de madeira queimaria. Na verdade, ele é um reator gigante, conforme você irá aprender nas próximas páginas.
Observações importantes • Fotos tiradas por sondas espaciais mostram que ele é muito parecido com a Lua, por causa do grande número de crateras, mas sua composição química, tanto da superfície quanto do seu interior, é parecida com a da Terra. • A observação a olho nu só é possível, no máximo duas horas antes do Sol nascer ou duas horas depois do Sol se por. • Não existe atmosfera em Mercúrio.
Observações importantes À noite, quando aparece no céu, o planeta Vênus é um dos astros mais reluzentes, só não é mais brilhante que a Lua. Popularmente ele é conhecido como "Estrela Dalva" ou "Estrela do Pastor". Com telescópios, e mesmo binóculos, nós podemos observá-lo no período de claridade e desde que ele não esteja visualmente próximo do Sol. Durante muito tempo pensou-se que Vênus era o planeta gêmeo da Terra, mas hoje sabemos que são parecidos apenas no tamanho e na quantidade de massa. Nas condições ambientais para a existência de vida ele é completamente diferente da Terra.
Observações importantes • Até onde se sabe o planeta em que vivemos é o único do nosso sistema solar em condições de abrigar vida da forma como a conhecemos. A Terra está à uma distância adequada do Sol, tem uma atmosfera rica em oxigênio e possui grandes quantidades de água. É o primeiro planeta, a partir do Sol, que tem um satélite natural, a Lua. • A princípio, é dispensável dar explicações sobre a Terra, pois é o planeta do Sistema Solar que mais conhecemos, mas por isso mesmo, ela serve como base para compararmos com os dados obtidos de outros planetas. Isso permite o estudo comparado dos planetas, ou formalmente, a Planetologia.
Observações importantes • O clima desse planeta é o mais parecido com a Terra. No verão de Marte que a temperatura chega perto de 20o e no inverno pode chegar a -140o C. Mesmo usando um telescópio médio é possível observar em Marte a presença de calotas polares formadas de gelo seco (gás carbônico congelado). Além disso, desde o século passado os astrônomos já haviam observado a presença de estações do ano no planeta. Acredita-se que em Marte exista água congelada próximo dos pólos e abaixo da superfície. Na década de 70, duas sondas (Viking I e Viking II) desceram em Marte com o objetivo de procurar vida na forma de bactérias, fungos ou algo parecido, mas nada que pudesse comprovar a existência desses organismos foi encontrado.
Observações importantes • Todos os planetas, de Mercúrio a Marte são chamados planetas terrestres, pois são planetas sólidos e que possuem uma superfície rígida para pisar. De Júpiter à Netuno, até onde se sabe, são planetas gasosos, ou seja, não têm superfície sólida que se possa pisar sem afundar. • Júpiter, o maior planeta do sistema solar, é considerado gasoso possuindo uma quantidade enorme de furacões, dos quais se destaca a grande mancha vermelha, que é um furacão observado a mais de três séculos e que provavelmente permanecera lá por tempo igual ou maior. • Não se sabe se existe uma superfície sólida em Júpiter. O que podemos observar são somente suas nuvens. A constituição dessa atmosfera é bem diferente da terrestre. • Os anéis de Júpiter foram descobertos em março de 1979 pela sonda Voyager I, e constatou-se ser um sistema de anéis de partículas sólidas que circundam o planeta na região equatorial.
Observações importantes • As observações dos anéis feitas da Terra dependem da posição de Saturno relativo à Terra, pois devido as inclinações da órbita da Terra e de Saturno com o plano da eclíptica, ora os anéis podem ser vistos como um disco com o planeta no centro e ora podem ser vistos como dois braços de Saturno. • Uma análise espectroscópica dos anéis mostra que há uma abundância de gelo. Nesse gelo aparecem presentes outros compostos que não puderam ser determinados.
Observações importantes • No caso de Urano a inclinação do eixo de rotação chega a 82,5° . Por causa disso apenas uma parte do planeta é iluminada e a outra passa por períodos de até 42 anos na escuridão. Esse efeito é único no sistema solar e provoca no planeta profundas mudanças de circulação atmosférica alterando os fenômenos meteorológicos. Essa rotação tão inclinada com o plano de órbita pode ter sido provocada pelo choque com um corpo de massa próxima a da Terra, que se formou na mesma região de Urano. Esses choques também podem ter ocorridos com Júpiter e Saturno, mas como suas massas são bem maiores as consequências não foram tão extremas. • Os anéis de Urano foram descobertos em 1977, por ocultação de uma estrela, numa série de fotos para análise sobre a atmosfera do planeta. Esses anéis estão no interior das órbitas dos satélites conhecidos, são opacos à luz, muito estreitos no sentido radial, com menos de cem quilômetros e com muitas divisões. Pelo que se sabe são constituídos de gelo e partículas escuras que não chegam a refletir 5% da luz incidente. A origem pode ser devido a choques de pequenos satélites, mas nada se pode afirmar. Nem mesmo uma hipótese é formulada por falta de dados conclusivos.
Observações importantes • Quando os anéis de Urano foram detectados pela primeira vez, diversos astrônomos acreditavam que Netuno também pudesse tê-los, o que foi confirmado com a chegada da nave Voyager II ao planeta em 1989. • Assim que se detectou a presença dos anéis, acreditou-se que estes não seriam de fato anéis, mas sim arcos que não davam a volta completa no planeta. Com a aproximação da sonda essa dúvida foi desfeita. No entanto, em alguns pontos a densidade de matéria era maior que em outras, por isso a sonda, ainda distante, só pode observar alguns setores circulares dos anéis. • Acredita-se que esse amontoado de matéria em determinadas regiões dos anéis pode ser devido à presença de pequenos satélites. • A observação direta dos cinco anéis de Netuno só foi possível em 1984, devido à ocultação de uma estrela. Por serem muito tênues e possuírem apenas algumas dezenas de quilômetros, a observação direta através de telescópios nunca havia sido possível. • Até agora , o número total de satélites confirmados em Netuno é de 13 e não apresentam muitas novidades. • Devido a sua grande distância do Sol, Netuno é um dos planetas mais frios do Sistema Solar. Porém, o centro deste planeta possui temperaturas semelhantes a da superfície solar, podendo chegar a 6000°C.