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HISTÓRIA DA FARMÁCIA. Disciplina de Introdução à Ciências Farmacêutica Prof. . Gilvan Luciano Lima. HISTÓRIA DA FARMÁCIA. Os chineses, por exemplo, há mais de 2.600 anos já preparavam remédios extraídos de plantas.
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HISTÓRIA DA FARMÁCIA Disciplina de Introdução à Ciências Farmacêutica Prof.. Gilvan Luciano Lima
HISTÓRIA DA FARMÁCIA • Os chineses, por exemplo, há mais de 2.600 anos já preparavam remédios extraídos de plantas. • Mil anos depois, os egípcios faziam o mesmo, utilizando também sais de chumbo, cobre e ungüentos feitos com a gordura de vários animais, como hipopótamo, crocodilo e cobra. • Na Índia, Roma e na Grécia, onde Hipócrates, ao sistematizar os grupos de medicamentos - narcóticos, febrífugos e purgantes - inaugurou uma nova era para a cura.
HISTÓRIA DA FARMÁCIA • O primeiro documento farmacêutico data de cerca de 2500 a.C. • Na Antiguidade a Medicina e a Farmácia eram uma só profissão, mas na antiga Roma começou a separação daqueles que diagnosticavam a doença, daqueles que misturavam matérias para produzir porções de cura, era a época de Hipócrates e de Galeno.
HISTÓRIA DA FARMÁCIA • Hipócrates (Pai da Medicina) • Patologia geral apepsia (desequilíbrio) • pepsis (febre, inflamação e pus) • crisis ou lysis (eliminação) • Galeno (Pai da Farmácia). • Combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades. • É precursor da alopatia.
HISTÓRIA DA FARMÁCIA • Galeno (200 – 131 a.C.) • Escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos, e em suas obras se encontraram cerca de quatro centenas e meia de referências a fármacos. • Elaborou uma lista de remédios vegetais, conhecidos como "galênicos", a maioria dos quais era composta com vinho. • Observador e metódico, classificou e usou magistralmente as ervas. Fazia preparações denominadas "teriagas" feitas com vinho e ervas.
HISTÓRIA DA FARMÁCIA • No século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão. • A partir do século X, foram criadas as primeiras boticas - ou apotecas - na Espanha e na França. Eram as precursoras das farmácias atuais. • Cabia aos boticários conhecer e curar as doenças, e para o exercício da profissão deviam cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a feitura e guarda dos remédios.
HISTÓRIA DA FARMÁCIA • No século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças. • Também foi constatada a existência de microorganismos úteis e nocivos. • Com o tempo, foi implantada no mundo a indústria farmacêutica e, com ela, novos medicamentos são criados e estudos realizados, em velocidade espantosa.
HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL • Governador geral Thomé de Souza trouxe de Portugal o 1° Boticário Diogo de Castro. • No Brasil colônia, medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados em boticas. • O boticário em frente ao doente manipulava e produzia medicamentos, de acordo com a farmacopéia e a prescrição dos médicos. • Nos locais distantes eram vendidos por mascates
O PAPEL DOS JESUÍTAS • Foram os primeiros a instituir enfermarias e boticas em seus colégios, tornando-se especialistas em preparo de remédios, principalmente os feitos à base de plantas medicinais. • Era nos colégios que a população encontrava os medicamentos, vindos de Portugal ou preparados pelos próprios jesuítas. • Carta de Aprovação como boticário.
HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL • Em 1640, as boticas foram autorizadas a funcionar como comércio e se multiplicaram em toda a colônia. • Com o tempo, foram surgindo outros componentes de remédios, como mercúrio, arsênico e ópio.
Regimento 1744 • Proibia a distribuição de drogas e medicamentos para estabelecimentos não habilitados; • Multas e apreensões em caso de descumprimentos; • Criação da figura de Responsável Técnico • Exigia a existência de balanças, pesos e medidas, medicamentos galênicos, vasilhames, livros, etc.
CURSOS DE FARMÁCIA NO BRASIL • Vinda da família Real para o Brasil • 1832 – Faculdade de medicina na Bahia • 1834 – Faculdade do Rio de Janeiro • 1837 – Formados os 6 primeiros farmacêuticos brasileiros • 1839 – Escola de Farmácia de Ouro Preto • 1896 – Escola de Farmácia de Porto Alegre • 1899 – Escola de Farmácia de São Paulo • 1912 – Escola de Farmácia da UFPR
HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL • Com a fundação das primeiras Faculdades de Farmácia (1839 - 1898), o boticário foi lentamente sendo substituído pelo Farmacêutico. • A botica, onde o boticário pesquisava e manipulava fórmulas extemporâneas, originou dois novos tipos de estabelecimentos: • Farmácia • Laboratório Industrial Farmacêutico(VOTTA, 1965; COELHO, 1980).
DECRETO 19.606/31 • Reconhece a competência para o farmacêutico exercer: Análises clínicas, químico bromatologista, biologista e legista; • Controle de venda de substâncias causadoras de dependência, retenção de receita e guarda em armários; • Obrigatoriedade da direção por farmacêutico nos laboratórios privativos de hospitais, casa de saúde, sanatórios, cooperativas, estabelecimentos religiosos.
HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL • Até a década de 30, a indústria nacional de medicamentos eram em sua maioria de reduzidas dimensões e tinham uma origem familiar (BARROS, 1995). • Baseava-se no emprego de matérias-primas de origem vegetal e mineral, apresentando condições adequadas ao suprimento do mercado existente, àquela época bastante reduzido (COELHO, 1980; BARROS, 1995). • Embora a produção de medicamentos satisfizesse o mercado, é imperioso ressaltar que isto se deve ao fato de que grande parte da população não tinha acesso aos serviços de saúde (BARROS, 1995).
INDUSTRIALIZAÇÃO • Introdução bastante rápida dos antibióticos e produtos de síntese no campo da terapêutica • Abertura de nossa economia ao capital estrangeiro, esta indústria nacional emergente foi totalmente absorvida pelos oligopólios internacionais do medicamento • da procura por farmácias de manipulação. • Foco passa a ser o médico • Afastamento do farmacêutico para as outras áreas (FRENKEL, 1978; COELHO, 1980; GIOVANNI, 1980; RECH, 1985; BARROS, 1995; BERMUDEZ, 1995).
CRIAÇÃO DOS CONSELHOS • Ordem dos Farmacêuticos após a II semana de Farmácia em São Paulo (1936); • Em 1957 encaminhado projeto ao governo em 11 de novembro de 1960 são criados os CFF e CRFs; • Em 1969 reforma universitária com implantação do currículo mínimo.
Símbolo da Farmácia A taça com a serpente nela enrolada é internacionalmente conhecida como símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem remonta à antigüidade, sendo parte das histórias da mitologia grega. Segundo as literaturas antigas, o símbolo da Farmácia ilustra o poder (cobra) da cura (taça).
LEI 5991/73 • Lei sanitária com forte pressão de associações de donos de farmácias além da indústria farmacêutica; • Criam-se Posto e dispensários de medicamentos em estabelecimentos hospitalares; • Permitem a venda de anódinos em hotéis e similares; • Drogaria é estabelecimento de venda e varejo de produtos farmacêuticos; • Admitem a abertura por leigos; • A farmácia é caracterizada por comércio
"Projeto Biomédico" • Na década de 80 o projeto mobilizou a categoria farmacêutica, inclusive o movimento estudantil, no sentido de preservar a profissão farmacêutica. • As bandeiras de luta e a necessidade de articulação da categoria, neste momento, propiciaram as condições fundamentais para avaliações e constatações sobre uma possível crise de identidade do Farmacêutico, uma vez que este encontrava-se afastado de seu eixo principal de atuação: o medicamento (VI SEMINÁRIO, 1994).
A FARMÁCIA NO MUNDO “Uma sociedade sem médicos não tem saúde, uma saúde sem medicamentos não tem remédios, um remédio sem farmacêutico não tem cura”.
PORTUGAL Desde 1521, D. Manuel instituiu o Regimento do Físico-Mor do Reino, em que somente os farmacêuticos (boticários) poderiam ser proprietários, após exame de conhecimento realizado por um júri, composto pelo Físico-Mor, físicos da corte e pelos boticários do rei e da rainha
PORTUGAL • Ensino em 5 anos com possibilidade de Farmácia Pública, Hospitalar, Industrial e Análises Clínicas; • Limitação do número de farmácias por distância;
FRANÇA • Rei Luís XV mandou chamar de farmacêutico em vez de boticário; • Farmácias funcionam com farmacêuticos durante todo o horário. Fecham nas férias; • São identificados por uma cruz verde, os remédios ficam atrás do balcão; • O farmacêutico é remunerado por uma margem fixa sobre o preço da venda. Os medicamentos são reembolsados pela seguridade.
FRANÇA • Não há propriedade sem direção técnica; • No caso de falecimento do farmacêutico, os herdeiros podem ficar no máximo 1 ano mas com farmacêutico.
ESPANHA • São bem tradicionalistas com laboratórios de manipulação; • Farmácia somente de farmacêuticos, em caso de falecimento 18 meses; • Nas férias ou quando não há farmacêuticos, as farmácias fecham; • Zoneamento das farmácias.
ITÁLIA • A abertura de farmácias é exclusiva de farmacêuticos, não há redes; • A presença de farmacêutico é necessária durante todo o horário de funcionamento, fecha nas férias; • Lei obriga uma farmácia a cada 4.000 habitantes. E não menos de 200 m. • Lei obriga farmacêuticos em hospitais
ALEMANHA • Propriedade do farmacêutico; • Presença durante todo o período de funcionamento, na ausência e férias fecham; • Placa com o nome na entrada; • Pode cobrar por consultas e serviços como profissional de saúde, independentemente da venda;
REINO UNIDO • Propriedade exclusiva; • Recebimento por margem média de 33%; • Medicamentos são vendidos a granel; • Farmácias fecham na ausência ou férias do farmacêutico.
Contudo... • Muito além de ser um simples dispensador de remédios, o farmacêutico está envolvido no processo de pesquisa de novas drogas, no estudo de efeitos colaterais e de reações adversas dos medicamentos já existentes, na fabricação de cosméticos, na medicação de doentes hospitalares, na fiscalização sanitária e em outras atividades que asseguram a qualidade de vida.
REFLEXÃO “O papel do Farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O Farmacêutico representa o elo de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. É o atento guardião do arsenal de armas com que o Médico dá combate às doenças. É quem atende às requisições a qualquer hora do dia ou da noite. O lema do Farmacêutico é o mesmo do soldado: servir. Um serve à pátria; outro à humanidade, sem nenhuma discriminação de cor ou raça”. Monteiro Lobato