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FOTOGRAMETRIA. FOTOGRAMETRIA obtenção da geometria dos objectos do terreno a partir de fotos (necessita de correcção de geometria). UTILIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA AÉREA EM CARTOGRAFIA. FOTOINTERPRETAÇÃO
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FOTOGRAMETRIA obtenção da geometria dos objectos do terreno a partir de fotos (necessita de correcção de geometria) UTILIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA AÉREA EM CARTOGRAFIA FOTOINTERPRETAÇÃO interpretação da forma e aspecto (cor, textura, brilho) para identificação dos objectos com fins temáticos. estrada rio floresta terrenos agrícolas
FOTOGRAMETRIA: conjunto de métodos que, com base em fotografia, permitem obter informação geométrica sobre os objectos fotografados (medição da forma e posição de objectos que aparecem numa imagem do terreno). É um método de teledetecção. LEVANTAMENTO FOTOGRAMÉTRICO: aplicação dos métodos da fotogrametria ao trabalho topográfico, para representar a forma do terreno e coordenar pontos (M, P, H). • VANTAGENS • muita informação • usada em qualquer altura • cartografia de pontos de difícil acesso • mais rápido • permite cartas temáticas • DESVANTAGENS • menos prreciso (escala) • objectos não visíveis não são cartografados
Elaboração de cartas topográficas (obter a forma e dimensão dos objectos) Fotografia aérea é usada na: Elaboração de cartas temáticas (saber o que são os objectos) • A fotografia aérea por si só não é suficiente para a elaboração de cartas. • É necessário fazer a COMPLETAGEM com informação obtida no terreno: • cartas topográficas: para a correcção da geometria da fotografia aérea, são necessários pontos do terreno de coordenadas conhecidas e bem visíveis na foto - PONTOS DE APOIO FOTOGRAMÉTRICO • cartas temáticas: confirmar no terreno a interpretação dada aos objectos
negativo a’ n’ i’ p’ b’ distância focal ou distância principal f Centro de projecção O f positivo b p i n a eixo óptico 90º B I A N P objecto a fotografar isocentro ponto nadiral ponto principal FOTOGRAFIA É UMA PROJECÇÃO CÓNICA Nas fotos verticais o nadir, o ponto principal e o isocentro coincidem N = P = I
vertical oblíqua baixa oblíqua alta • TIPOS DE FOTOGRAFIA • (segundo a orientação do eixo óptico) • fotos terrestres • fotos aéreas: • verticais (inclinação < 3º) • oblíquas altas ( com o horizonte na foto) • oblíquas baixas ( sem o horizonte na foto) Como obter cartas topográficas a partir de fotografias ?
O Imagens p P PROJECÇÃO CÓNICA Na projecção cónica as imagens das linhas verticais irradiam do Nadir Os pontos A e B, na mesma vertical, aparecem deslocados ao longo de uma recta que passa no Nadir. Este efeito faz com que as imagens de pontos a diferente altura sofram um deslocamento de paralaxe Dr Esse deslocamento é tanto maior quanto maior for o afastamento rdo Nadir,
CARTA TOPOGRÁFICA FOTOGRAFIA VERTICAL Desenho a escalas diferentes plano horizontal de projecção PROJECÇÃO CÓNICA COMPARAÇÃO DA GEOMETRIA DE UMA CARTA TOPOGRÁFICA E DE UMA FOTOGRAFIA VERTICAL PROJECÇÃO ORTOGONAL
Sobreposição da carta e da foto posição ortogonal Carta topográfica posição da projecção cónica Na mesma escala Na fotografia aérea ocorre um deslocamento radial da imagem de pontos a diferente altura, em relação à posição ortogonal. Uma foto vertical de um terreno acidentado não é igual a uma projecção ortogonal, que caracteriza as carta topográficas. A fotografia aérea só pode ser usada em cartografia após correcção dos deslocamentos de paralaxe. CARTA TOPOGRÁFICA v.s. FOTOGRAFIA AÉREA Fotografia aérea
p’ n’ a’ b’ negativo a p n b positivo ESCALA DA FOTOGRAFIA AÉREA aOb AOB distância focal = f A = altura de voo • Sendo A a altura média de voo sobre o terreno, a escala que se obtém é uma escala média. • Pontos mais baixos do terreno terão uma escala menor e pontos mais elevados terão uma escala maior. A escala na foto não é constante. cota do terreno = H datum altimétrico
DISTÂNCIAS FOCAIS (f – distância principal) lentes normais: f = 300 mm (f = diagonal da foto) grandes angulares f = 150 mm (f < diagonal da foto) - para a mesma altitude de voo dão maior área (menor escala) - melhor para o relevo pequena angulares f = 600 mm (f > diagonal da foto) - para a mesma altitude de voo dão menor área (maior escala) - menos pormenor do relevo - imagem de pior qualidade CARACTERÍSTICAS DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS
Deslocamento de paralaxe Afastamento radial do centro positivo DESLOCAMENTO DE PARALAXE Oab OAM Opb BAM • deslocamento é radial a partir de p • deslocamento aumenta radialmente • deslocamento é proporcional à diferença de cota • menor H, maior escala, maior deslocamento
Relação entre a escala da foto e da carta: DF >= 5 x DC DF – denominador da escala da foto DC – denominador da escala da carta CARACTERÍSTICAS DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS ALTURA DE VOO SOBRE O TERRENO, H Para distâncias focais f = 300 mm baixa altitude <1500 m escala 1/5000 média altitude 1500 m - 5000 m escala 1/5000 - 1/17 000 grande altitude > 5000 m escala <1/17 000 Maior altura de voo, maior terreno fotografado, mas menor precisão do relevo Admitindo r =0.2 mm como erro de graficismo Na escala 1/5000(baixa altitude) 5000 x 0.2 = 1000 mm = 1 m pode-se obter curvas de nível com E > 2 m Na escala 1/20 000 20000 x 0.2 = 4 000 mm = 4 m pode-se obter curvas de nível com E > 5 m
v marcas fiduciais c u Dimensão das fotos = 230 mm Dimensão (D x D) do terreno coberta por uma foto: D x Escala = 0.230 m 230 mm CARACTERÍSTICAS DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS C – centro da foto A posição do centro da foto é determinada a partir das marcas fiduciais Referencial fiducial: eixos uu e vv
a p 115 mm CARACTERÍSTICAS DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS DIMENSÕES DA FOTOGRAFIA: 230 mm x 230 mm Considerando: i) erro planimétrico máximo admissível: r = 0.2 mm ii) altura de voo: H = 2500 m iii) a maior distância radial: r = 162.6 mm i.e., desníveis de 3 m não irão provocar deslocamentos de paralaxe máximos iguais ao erro de graficismo, não provocando alterações notáveis no posicionamento planimétrico. Se as variações de relevo são inferiores a 3 m podemos admitir o terreno plano e considerar que a foto é uma carta fotográfica
COBERTURAS FOTOGRÁFICAS • IDENTIFICAÇÃO: • Nº VOO • Nº FIADA • Nº FOTO
Sobreposição lateral 30% COBERTURAS FOTOGRÁFICAS B - aerobase SOBREPOSIÇÃO LONGITUDINAL 60% Conceitos: B - AEROBASE b – FOTOBASE D – LARGURA FOTOGRAFADA CENTRO DA FOTO CENTRO TRANSFERIDO Sobreposição longitudinal 60% SOBREPOSIÇÃO LATERAL 20 - 30%
N S Pontos de apoio para georeferenciação M = -79983.61 m P = -77489.22 m H = 212.04 m M = -80864.56 m P = -77076.54 m H = 138.93 m Altura de voo = 7306 pés = 2229 m f = 400 mm escala = 0.4/(2229-180) ≈ 1/5000 altitude média da região ≈ 180 m Sentido do voo c´´ e c´ são os centros transferidos, respectivamente da foto anterior e da posterior
60% 60% foto 3 foto 1 foto 2 sentido do voo PAR ESTEREOSCÓPICO Três fotos consecutivas da mesma fiada com 60 % de sobreposição longitudinal. 60 % da imagem da foto 2 aparece também na foto1. Do mesmo modo 60% da imagem da foto 2 aparece na foto 3. As fotos 1 e 2 constituem um par estereoscópico. O mesmo sucede com as fotos 2 e 3.
Marcas fiduciais foto 1 foto 2 Centro transferido da foto 2 Centro da foto 2 Centro da foto 1 Centro transferido da foto 1 PAR ESTEREOSCÓPICO CENTRO DA FOTOGRAFIA E CENTRO TRANSFERIDO O centro da foto ou ponto principal marca-se a partir da intersecção dos segmentos rectos que unem as marcas fiduciais. O centro transferido é a imagem do centro de uma foto noutra foto consecutiva da fiada.
SEPARAÇÃO DE IMAGENS PARA VISÃO ESTEREOSCÓPICA Estereoscópio de espelhos Esquema simplificado de um estereoscópio de espelhos (com lentes, prismas e espelhos)
SEPARAÇÃO DE IMAGENS PARA VISÃO ESTEREOSCÓPICA ANÁGLIFOS Consiste em separar objectos por utilização de cores. A imagem encarnada só é visível quando é vista através de um filtro de cor diferente (e complementar, neste caso). Ou seja o olho esquerdo está impossibilitado de ver o A da direita uma vez que o filtro tem a mesma cor e não vai permitir distinguir a referida letra, ou o que quer que seja dessa cor.
SEPARAÇÃO DE IMAGENS PARA VISÃO ESTEREOSCÓPICA ALTERNADORES DE IMAGEM Método utilizado na fotogrametria numérica. Duas imagens digitais constituindo o par estereoscópico são visualizadas num monitor de um computador, sobrepostas mas alternadamente. A frequência de refrescamento do monitor tem que ser superior a 120 Hz para garantir que cada imagem é disponibilizada a 60Hz. Óculos de cristais líquidos LCD e emissor de infravermelhos que sincroniza a obturação das lentes com a disponibilização das imagens no ecrã As lentes dos óculos têm cristais LCD que podem obstruir a passagem de luz através das próprias lentes. Por outro lado, o software disponibiliza integral e alternadamente a imagem esquerda ou a imagem direita no monitor. O emissor, sincronizado com o computador, tornará a lente pertinente opaca conforme a imagem que for disponibilizada pelo computador na mesma fracção de segundo.
FOTOBASE AJUSTADA Fotobase: b = B x escala sendo B a distância percorrida pelo avião entre 2 fotos - em terreno plano a distância entre o centro p1 e o centro transferido p2’ é igual à fotobase - se p1 e p2 não estiverem à mesma cota, então a distância entre p1 e p2’ não será igual à fotobase Para cada altitude há uma fotobase ajustada. As fotobases ajustadas são determinadas em relação a um ponto Q que se encontra a um nível π0 .
Medição da fotobase ajustada num par estereoscópico Fotobase: b = B x escala Pretendendo-se a fotobase ajustada à altitude do ponto q: i) orienta-se o par estereoscópico; ii) mede-se a distância β entre os centros das fotos, segundo a direcção do voo, e iii) a distância δ entre as imagens do ponto q nas duas fotografias.
PARALAXE ESTEREOSCÓPICA Considerando o referencial fiducial das foto, cada ponto é definido por um par de coordenadas. A paralaxe estereoscópica de um ponto é o módulo da diferença entre as coordenadas segundo a linha de voo desse ponto, nas duas fotos do par estereoscópico: pxq - é a paralaxe do ponto q Aq – é a altura de voo em relação ao ponto q.
Considerando dois pontos q e p : Paralaxe do ponto p Paralaxe do ponto q Diferença de paralaxe = Diferença de nível = DIFERENÇA DE PARALAXE E DESNÍVEL A paralaxe estereoscópica de um ponto é igual à fotobase ajustada a esse ponto. Pontos de igual cota, tendo a mesma fotobase, têm a mesma paralaxe estereoscópica. Esta propriedade das fotografias verticais é utilizada para determinar a diferença de cota entre os pontos da foto.
Medição da diferença de paralaxe num par estereoscópico orientado Diferença de paralaxe entre os pontos q e p =
Processamento de fotografias Restituidores digitais Fotografias digitais num computador com capacidades de processamento de imagem. As imagens aparecem em ecran para interpretação pelo operador e respectivo processamento da imagem, ou são sujeitas a uma correlação de modo a formar um modelo digital altimétrico do terreno e extracção do detalhe.
ORTOFOTOMAPAS Ortofotografias (ortofotos) são fotografias aéreas rectificadas, com escala uniforme, nas quais os deslocamentos de paralaxe devido ao relevo e inclinação foram removidos da imagem. Os objectos passam a estar representados numa projecção ortogonal e têm as características geométricas de um mapa, com toda a informação contida na foto original.
OBTENÇÃO DE ORTOFOTOMAPAS A imagem fotográfica do terreno apresenta-se distorcida devido a diversos fatores inerentes ao processo fotográfico, tais como: • Projecção central da fotografia; • Variação da topografia do terreno; • Distorção provocada pelo sistema de lentes da câmara fotográfica; • Variações na altitude de vôo da aeronave; • Curvatura da terra. Não se pode efetuar medidas de coordenadas, distâncias e áreas diretamente sobre a fotografia. Para obter um Ortofoto é necessário corrigir a distorção da imagem. A projeção central é transformada em projeção ortogonal, a curvatura da terra e a topografia do terreno é corrigida de modo a tornar a escala homogénea. A imagem é "achatada, esticada e comprimida" até que as feições do terreno apareçam na sua correcta posição e em escala homogénea.
ORTOFOTOMAPAS • Produção de ortofotos requer: • fotografias aéreas • pontos de controlo no terreno • modelo digital de elevação do terreno (MDET). O MDET pode ser gerado a partir da fotografia aérea por técnicas de fotogrametria e estereocomparação automática ou pode ser derivado a partir de curvas de nível digitalizadas de mapas existentes
OBTENÇÃO DE ORTOFOTOMAPAS Correcção da distorção das imagens Fotografia Aérea com malha distorcida Ortofoto com malha e imagem retificadas
Exemplo de ampliação exagerada mostrando os pixeis da imagem Matriz de pixeis que constituem a imagem ORTOFOTOMAPAS Um ortofoto digital (ortoimagem) é uma imagem digital corrigida para a projecção ortogonal. A imagem consiste numa matriz de pixéis que registam o valor da reflectância do terreno para cada pixel. A resolução da imagem é definida pela dimensão do pixel. As imagens podem ser obtidas por câmaras digitais ou obtidas por digitalização de fotografias aéreas.
Ampliação de uma imagem com pixel = 2 m Mesma área em imagem com pixel = 0.25 m As imagens representam a mesma área ORTOFOTOMAPAS Resolução das imagens
Imagem com pixel = 1 m Imagem com pixel = 8 m ORTOFOTOMAPAS Resolução das imagens A resolução a escolher depende da escala a que se pretende trabalhar
Coberturas de ortofotos - Instituto Geográfico Português - IGP