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A SANTA CEIA. Rev. Silvio F. da Silva Filho Vila Velha - ES. Hino 257. Amoroso, nos convida Cristo para a Comunhão e oferece o pão da vida para a nossa salvação. Teu amável chamamento vem a nós por teu favor. Dá-nos força e crescimento, ó Jesus, na fé, no amor.
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A SANTA CEIA Rev. Silvio F. da Silva Filho Vila Velha - ES
Hino 257 • Amoroso, nos convida • Cristo para a Comunhão • e oferece o pão da vida • para a nossa salvação.
Teu amável chamamento • vem a nós por teu favor. • Dá-nos força e crescimento, • ó Jesus, na fé, no amor.
3. Por tão grande benefício cumpre-nos te agradecer. Oh! recebe em sacrifício nossa vida e nosso ser.
Nesta mesa prometemos • sempre em tua Lei viver • e fiéis a ti seremos, • bom Jesus, até morrer.
Com humildade e alegria, confessamos que só podemos receber a verdadeira compreensão da santa ceia, quando o Espírito Santo diariamente abrir o nosso entendimento para compreendermos as Escrituras. Esse foi o caminho que conduziu Lutero na compreensão do Sacramento. Não há outro caminho para nós.
OS TEXTOS Mateus 26.26-30 Marcos 14.22-26 Lucas 22.19,20 1 Coríntios 11.17-26
1 Co 11 17Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior. 18Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio. Mt 26 26Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. Mc 14 22E, enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. Lc 22 19E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.
Mt 26 27A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; Mc 14 23A seguir, tomou Jesus um cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos; e todos beberam dele. Lc 22 20Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós. 1 Co 11 19Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio. 20Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comeis.
1 Co 11 21Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague. Mt 26 28porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. Mc 14 24Então, lhes disse: Isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos. Lc 22 21Todavia, a mão do traidor está comigo à mesa. 22Porque o Filho do Homem, na verdade, vai segundo o que está determinado, mas ai daquele por intermédio de quem ele está sendo traído!
1 Co 11 22Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo. Mt 26 29E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai. Mc 14 25Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus. Lc 22 23Então, começaram a indagar entre si quem seria, dentre eles, o que estava para fazer isto.
1 Co 11 23Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Mt 26 30E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Mc 14 26Tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Lc 22
1 Co 11 24e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 25Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. 26Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Mt 26 Mc 14 Lc 22
1 Co 11 27Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. 28Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; 29pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. 30Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. Mt 26 Mc 14 Lc 22
1 Co 11 31Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. 32Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo. 33Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros. 34Se alguém tem fome, coma em casa, a fim de não vos reunirdes para juízo. Quanto às demais coisas, eu as ordenarei quando for ter convosco. Mt 26 Mc 14 Lc 22
A palavra de Deus e os elementos são a essência do sacramento. Podemos traçar um paralelo entre os elementos visíveis da santa ceia e o do batismo. Nós não temos o direito de questionar se a água deve ser usada no batismo, ou se podemos substituí-la.
As Confissões não especificam o tipo de pão ou vinho. Jesus usou o pão sem fermento, ou asmo, que tinha disponível naquela ceia. Não há uma ordem específica de Jesus para usar aquele tipo de pão sem fermento. O texto bíblico simplesmente diz que ele tomou o pão.
O copo continha o “fruto da videira” (Mt 26.29). Devido a época, isto exclui qualquer outro produto não fermentado. A palavra “há quem se embriague”, (1 Co 11.21), mostra que se tratava de vinho. Vinho é, pois, legitimamente, o referente para a expressão “fruto da videira” Usar suco de uva no mínimo torna incerta a validade do sacramento.
Intinção A intinção, como alteração do comer e do beber, foge do padrão do uso instituído. Mesmo que possam ser listados vários motivos, tais como a impossibilidade de tomar vinho, racionamento de vinho ou, o que é mais problemático, a crença de que, derramando o vinho, se estaria derramando o sangue de Cristo que teria surgido de uma transubstanciação, tal prática não se justifica.
O mesmo parecer da CTRE é de que nenhum dos motivos supracitados justifica a prática da intinção, pois a santa ceia não é o único meio da graça. Não é a sua falta que condena, mas o seu desprezo, o que seria o mesmo que desprezar o evangelho. Onde não há vinho, ou mesmo onde se entende que não se deva tomar vinho por motivos clínicos, não haverá santa ceia.
5.1- Doutrina Católica: Há na Ceia unicamente corpo e sangue de Cristo; na “eucaristia” o pão e o vinho transformam-se (transubstanciam-se) em corpo e sangue de nosso Senhor. Também pregam a comunhão sob uma espécie, isto é, a proibição do cálice aos leigos. Concomitância: Juntamente com a hóstia consagrada recebe-se o corpo e o sangue de Cristo. Vejamos o que diz Mt 26.27, Mc 14.23, 1 Co 11.25
5.2- Doutrina Reformada: Afirmam que estão presentes no sacramento pão e vinho naturais. Tomam as palavras da instituição em sentido figurado, afirmando que pão e vinho apenas significam ou representam o corpo e sangue de Cristo. As palavras “Isto é o meu corpo” não podem ser tomadas em sentido figurado, e neste sentido diz Paulo em 1 Co 11.27 que o comungante indigno é réu não do sinal ou símbolo do corpo de Cristo, mas do próprio corpo e sangue de Cristo.
Isso seria impossível se não tivesse recebido o verdadeiro corpo e sangue de Cristo.
5.3- Doutrina Bíblica (pregada pela IELB): Estão presentes na Ceia, por virtude da instituição Divina, o pão, vinho, corpo e sangue de Cristo. O comungante recebe os dois elementos visíveis (pão e vinho) de forma oral e também os elementos celestes (corpo e sangue) de maneira sobrenatural, incompreensível à nossa limitada razão! Sob o pão e o vinho recebemos o corpo que Cristo deu por nós e o sangue que derramou por nós.
Martinho Lutero Quem recebe dignamente esse sacramento? Jejuar e preparar-se corporalmente é, sem dúvida, boa disciplina externa. Mas verdadeiramente digno e bem preparado é aquele que tem fé nestas palavras: “dado em favor de vós” e “derramado para remissão dos pecados”. Aquele, porém, que não crê nessas palavras ou delas duvida, é indigno e não está preparado, pois as palavras “por vós” exigem corações verdadeiramente crentes”.
Isso é tudo o que precisamos saber? O professor Joel Biermann, diz que “A explanação de Lutero no Catecismo Menor provê parte da resposta – mas não toda a resposta”.
“Comunhão funcionalmente aberta”. É a prática de deixar nas mãos do indivíduo a decisão se ele pode ou não participar da santa ceia, sem se preocupar com a confissão daquela pessoa.
O professor Gerson Linden, nos ajuda a compreender o assunto, dizendo que “A ceia é “do Senhor”. Não é um direito dos homens; é dádiva. São convidados aqueles que o Senhor convida. Por isso, a participação na santa ceia não deve ser vista como um “direito” do visitante, quando este se sente adequadamente preparado. Sendo do Senhor, a ceia é administrada pelo povo do Senhor. Que a Igreja tem não só o direito, mas o dever de desempenhar este papel, fica claro pelos imperativos apostólicos, referentes ao tratamento da Igreja com indivíduos membros (1 Co 5.9-13; 11.19; 2 Co 2.5-11; 2 Ts 3.14,15)”
A instrução na doutrina cristã é importante para que a pessoa que pretende participar do sacramento esteja em efetiva união confessional com o povo de Deus reunido. Divisão na confissão estabelece divisão no sacramento. Em 1 Co 10.16,17 Paulo vincula a união com os irmãos à união no sacramento. Além disso, a comunhão fechada traz consigo um aspecto de proteção ao “visitante”. O participar indignamente, a falta do “examinar-se” e de “discernir o corpo”, que estão ligados à instrução na fé, trazem ao participante juízo, ao invés de bênção.
Não estaria um visitante, alguém que não pertence a congregação, melhor preparado que um membro da congregação? Só Deus conhece os corações. Por isso, a Igreja e os ministros não têm o direito de julgar a fé “interior” daqueles que a confessaram, segundo o correto ensino, negando-lhes o sacramento, a menos que seus atos (frutos) deponham contra sua integridade. Da mesma forma, Igreja e ministros não têm o direito de julgar os que não foram devidamente instruídos e examinados, considerando-os aptos a participarem da Ceia, sem que tenham confessado sua fé.
Mas, agindo assim, não estaríamos nós, luteranos, insistindo que apenas nós somos cristãos verdadeiros e que apenas nós vamos para o céu?
A prática da comunhão fechada não implica considerar somente os participantes como “verdadeiros cristãos”.
Pastor David Karnopp Quando negamos a santa ceia para pessoas de outras denominações, não estamos dizendo que elas não sejam cristãs ou que não tenham fé. Em muitas igrejas, prega-se a palavra de Deus de forma suficiente para que pessoas possam chegar à fé em Cristo. Assim, pela fé em Cristo são nossos irmãos. Mas é preciso lembrar que santa ceia requer unidade de doutrina e confissão.
O Professor Joel Biermann diz que: O administrador dos mistérios de Deus precisa educar seu povo sobre a importância do sacramento em muitos níveis e particularmente precisa enfatizar os aspectos corporativos e confessionais do sacramento que estão presentes junto com a comunhão individual com Cristo. Basicamente, o alvo é ajustar a cultura da igreja da forma que pessoas gentis sejam aptas a reconhecer que uma pessoa não deveria esperar comungar em todo e qualquer altar onde ele porventura esteja presente.
Um visitante presente numa cerimônia de batismo certamente não iria pensar que fosse apropriado trazer seu próprio filho imediatamente a pia batismal para que ele também pudesse participar nas atividades da comunidade, e nem o pastor e os que estivessem sentados próximos ao visitante o encorajariam para que fizesse isso. Esse processo de reeducação, necessariamente, progredirá lenta e sensivelmente, onde despenseiros fiéis estão honrando o chamado do Senhor.
Trivializam essa função de despenseiro e a reduzem a tarefa de contar cálices ou hóstias para garantir que não haverá faltas embaraçosas durante a distribuição. Por outro lado, a função de despenseiro pode ser entendida como encontrar formas criativas para “agilizar” a liturgia sacramental e a distribuição, para que possa ser feita mais eficientemente e dentro dos limites da sagrada “regra dos 60 minutos”.
Paulo Gehrard Pietzsch A participação na santa ceia está, de algum modo, ligada à profissão de fé. A IELB não admite a participação de pessoas de outras denominações da santa ceia, prática essa denominada de “comunhão fechada”. Em defesa da comunhão fechada, Mueller argumenta:
Assim fez Cristo: deixou que a pregação fosse multidão adentro sobre cada um, bem como depois também os apóstolos, de sorte que todos a escutaram, crentes e incrédulos; quem a apanhava, apanhava-a. Assim também devemos nós fazer. Todavia não se deve atirar o sacramento multidão adentro. Ao pregar o evangelho, não sei a quem atinge; aqui, porém, devo ter para mim que atingiu aquele que vem ao sacramento; aí não devo ficar em dúvida, mas ter certeza de que aquele, a quem dou o sacramento, aprendeu e crê corretamente o evangelho .
Segundo Koehler, a santa ceia foi instituída para cristãos, para seus discípulos, não para o público em geral. Mueller insiste que a igreja cristã não deve praticar comunhão livre, mas privativa, visto que é da vontade de Deus que só crentes se aproximem da Mesa do Senhor. Enquanto que o santo Evangelho deve ser pregado indiferentemente a crentes e incrédulos (Mc 16.15,16), a Santa Ceia se destina somente aos regenerados, conforme comprovam as palavras da instituição de Cristo e a praxe normativa dos apóstolos (1 Co 10.16; 11.26-34).
A santa ceia, bem como o culto todo, não tem a finalidade primeira de ser evangelística. É verdade que toda a vida do cristão quer ser um testemunho da fé em Jesus. Sob esse prisma, o culto também é. Mas acima disso, o culto tem a finalidade de receber os fiéis para fortalecê-los na fé, através da palavra e sacramentos e renová-los no perdão, no amor e na graça de Deus e na decisão de servir ao Senhor com alegria. A evangelização é decorrente do culto e não exatamente direcionada ao culto. É a partir do culto que os filhos de Deus manifestam a sua confissão de fé e o seu ensino cristão ao mundo. Como exemplo, podemos dizer que quando nos sentamos à mesa para fazer uma refeição, não estamos ali realizando o trabalho do dia-a-dia, mas sendo fortalecidos para o trabalho que vem a seguir. A Santa Ceia tem a finalidade de fortalecer os fiéis no amor de Deus, e que, firmados neste amor, dêem testemunho da verdade.
Dos cristãos: a - aqueles que já são batizados, e, portanto, receberam a fé cristã; b - que têm condições de se examinarem a si mesmos a respeito de sua fé; c - os que crêem que na Santa Ceia receberam o verdadeiro corpo e verdadeiro sangue de Cristo em, com e sob o pão e o vinho para perdão de seus pecados; d - os que querem viver a sua fé em amor .
Por isso, a igreja não tem a liberdade de dar a santa ceia para quem a receberia para juízo (1 Co 11.29). Para termos uma celebração abençoada da santa ceia, a igreja pratica a comunhão privativa e não uma comunhão aberta. Com o costume da inscrição para a santa ceia, onde a comungante anuncia ao seu pastor ou outra pessoa consignada, com antecedência, a sua intenção de participar da santa ceia, a igreja procura evitar que pessoas inelegíveis e pessoas fora da igreja participem da mesa do Senhor.
Hino 256 1. Oh! Pão celeste, doce bem, mais excelente que o maná! Minha alma vida nele tem e eternamente exultará.
2. Oh! Nova aliança do Senhor no sangue desta Comunhão! Reconciliando o pecador, lhe traz em Cristo a salvação.
3. Sedento na alma, venho a ti, aumenta a fé, ó Salvador; arrependido estou aqui, buscando o teu perdão, Senhor.
4. Ó Ceia, que és o manancial que me sustenta e dá vigor, vem dar-me a vida e paz real e a comunhão em santo amor.