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O teu riso. Tira-me o pão, se quiseres, tira-me o ar, mas não me tires o teu riso. (Avançar c/ o mouse). Não me tires a rosa, a lança que desfolhas, a água que de súbito brota da tua alegria, a repentina onda de prata que em ti nasce.
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O teu riso Tira-me o pão, se quiseres,tira-me o ar, mas nãome tires o teu riso. (Avançar c/ o mouse)
Não me tires a rosa,a lança que desfolhas,a água que de súbitobrota da tua alegria,a repentina ondade prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regressocom os olhos cansadosàs vezes por verque a terra não muda,mas ao entrar teu risosobe ao céu a procurar-mee abre-me todasas portas da vida.
Meu amor, nos momentosmais escuros soltao teu riso e se de súbitovires que o meu sangue manchaas pedras da rua,ri, porque o teu risoserá para as minhas mãoscomo uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,teu riso deve erguersua cascata de espuma,e na primavera , amor,quero teu riso comoa flor que esperava,a flor azul, a rosada minha pátria sonora.
Ri-te da noite,do dia, da lua,ri-te das ruastortas da ilha,ri-te deste grosseirorapaz que te ama,mas quando abroos olhos e os fecho,
quando meus passos vão,quando voltam meus passos,nega-me o pão, o ar,a luz, a primavera,mas nunca o teu riso,porque então morreria.
FORMATAÇÃO: CLAUDIA MADEIRA ENTRE NO SITE: http://www.corepoesia.com TEXTO: PABLO NERUDA IMAGENS: GOOGLE SOM:”SONHO DE AMOR” DE SCHUBERT- PIANISTA: RICHARD CLAYDERMAN